sexta-feira, 26 de abril de 2019

Saber ouvir e saber falar...





Uma das melhores formas de aprender e aproveitar todas as possibilidades que surjam para enriquecer nosso conhecimento, principalmente quando estamos recebendo informações de forma prática, através de exemplos, de situações, da expansão do ensino por parte de nossos mentores, professores, orientadores, é bem simples, e altamente eficaz quando utilizada: saber ouvir!

O “saber ouvir” implica um esforço de nossa parte, de autoeducação, de disciplina, ainda mais, pela necessidade de superar antigos hábitos, oriundos da falta de humildade, quando, buscando mostrar ou provar que não somos ignorantes, que somos intelectualizados, cultos, atualizados, geramos interferências, apartes, muitas das vezes, fugindo da lógica que está sendo exposta, fazendo com que, ao contrário do objetivo, nos afastemos do tema proposto, dificultando ainda mais sua compreensão e assimilação.

O correto, quando alguém direta ou indiretamente nos dirige a palavra, em uma conversação formal ou informal, em uma palestra, uma aula, uma exposição, é mantermos a mente aberta sobre o tema tratado, sem preconceitos, sem ideias preconcebidas ou conclusões precipitadas, ouvindo atentamente, concordando ou não, participando ou não da mesma opinião sobre o que nos está sendo passado, primeiramente, por respeito, por educação, e depois, para permitir que nosso interlocutor exponha tudo o que desejar de forma plena, pois, talvez, com o decorrer da argumentação, venhamos a mudar nossa forma de ver o que está sendo exposto ou que venhamos a entender melhor a sua posição, evitando, assim, agir de forma prepotente ou arrogante, ainda mesmo que tenhamos argumentos contrários poderosos ou que estejamos com a razão, já que a vida é um eterno aprendizado, e sempre podemos tirar algo positivo e construtivo de qualquer situação ou qualquer ensinamento ou orientação que queiram nos transmitir.

Precisamos nos manter atentos e concentrados quando desejamos apreender de fato o que nos querem informar, evitando ruídos desnecessários na comunicação, pensamentos ou respostas precipitadas, não se preocupando em buscar na nossa memória, enquanto falam conosco, exemplos e fatos similares que tenham acontecido conosco, porque, acabamos por focar apenas uma parte do que está sendo passado e terminamos por não mais prestar atenção na continuidade, desperdiçando, por vezes, preciosas oportunidades de aprendizado.

Quem sabe ouvir, de fato, tem mais facilidade de comunicação, de entendimento, de compreender, e também de se fazer compreendido, porque tende a tratar o assunto com mais equilíbrio, estando mais embasado, assimilando tudo com maior facilidade, aumentando sua capacidade de análise e discernimento, aproveitando o que é de positivo e descartando o que nada irá contribuir para seu melhoramento e evolução individual.

O “saber ouvir” é de fundamental importância para, além de enriquecermos nosso conhecimento, aprendermos também a utilizar a palavra de forma correta, produtiva, positiva, pois, ambos os fundamentos da comunicação, para serem devidamente aproveitados em nossa transformação espiritual, devem se basear na humildade, na sinceridade, no discernimento do bem e do mal, nos conceitos cristãos, não desperdiçando ao falarmos, ao interagirmos com nossos irmãos do caminho, nem o nosso tempo e nem o deles. Aquele que norteia sua existência no orgulho, na vaidade, na prepotência, no egoísmo, se trai exatamente através de suas palavras, de sua postura, na sua comunicação com as pessoas, mesmo que, por um período, consiga enganar, manipular, prejudicar, mais cedo ou mais tarde deixa entrever suas reais intenções, sua real personalidade, distante daquela que angariaria, além de amizades sinceras, a possibilidade de crescer, de se educar, de se tornar uma pessoa de bem.

A palavra é uma das principais ferramentas que o homem dispõe para realizar seus objetivos quando encarnado.

A palavra pode aliviar, incentivar, auxiliar, ensinar, motivar, esclarecer, solucionar, explicar, comover, confortar, entre tantas outras possibilidades de arrimo e engrandecimento espiritual, como também, infelizmente, pode machucar, magoar, ferir, manipular, derrotar, destruir, confundir, amedrontar, escandalizar, até mesmo matar, entre tantos outros males que a inferioridade humana ainda não aprendeu a controlar e expurgar de sua existência, tanto física como espiritual.

Temos na nossa história, antiga ou recente, inúmeros exemplos entre artistas, políticos, religiosos, que pelo poder de sua palavra, pelo poder que têm na formação de opiniões, levaram, e muitos ainda levam seus seguidores, seus discípulos, seus fãs, ao delírio, as guerras, ao fanatismo, a intransigência, a loucura, vítimas e alvos fáceis de seres inescrupulosos ou indevidamente esclarecidos, que por sua oratória, dominam e manipulam, interferindo de forma indevida nas suas escolhas e decisões, prejudicando o avanço evolutivo daqueles que foram iludidos por suas argumentações.

Mesmo todos tendo o livre-arbítrio, a capacidade de decidir e não aceitar, aquele que tem o dom da oratória, da manipulação das massas, torna-se sempre corresponsável por tudo que gerar com seu discurso, com seus conselhos, com o que sua índole priorizar de bom ou de ruim, vindo a assumir a responsabilidade pelos fatos gerados por sua influência, tendo no futuro, que viver as consequências, positivas ou negativas deles decorrentes, sempre de acordo com a bondade e a justiça divina.

A palavra é um dom divino para aquele que dela pode vir a realizar prodígios, por seu conteúdo, sua importância, levando o conhecimento, a Verdade do Cristo, seus conceitos, seus exemplos, seus ensinamentos, aquela que nos faz nos aproximar de quem amamos, de quem queremos auxiliar, de quem nos pode ajudar.

Não pensemos nela, na palavra, como uma arma nas mãos indevidas do crime, como os acusadores, os detratores, os caluniadores, os mentirosos a utilizam, e sim, como os anjos o fazem, os nossos mentores espirituais, nossos amigos, aqueles que levam através da mediunidade cristã, a palavra repleta de amor, de esperança, de companheirismo.

Pensemos na palavra como uma ferramenta de trabalho, que poderá sempre nos levar e nos trazer novos parâmetros, nossos ensinamentos, novas notícias, novos consolos.

Bendito seja sempre aquele que traz nas suas palavras o amor ensinado por Jesus, aquele que visa sempre o bem ao próximo e a compreensão de que Deus estará sempre em seu coração.




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