terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Um Novo Ano, e a Verdade é sempre o que importa...




No ano que está acabando muitas vezes cometemos erros, nossas escolhas e decisões não trouxeram aquilo que esperávamos, mas na verdade isso não importa, porque o que vale é a nossa persistência, a nossa coragem, e a nossa certeza que tivemos sempre as melhores intenções no caminho do bem...


No ano que está acabando talvez muitos de nós tenham sido traídos, enganados nos mais belos sentimentos, mas na verdade isso não importa, o que vale é a nossa consciência tranquila, é não termos guardado mágoa, revolta, ódio, não termos nos entregue a vingança ou a desforra, e mantermos nossa fé, e a certeza que o bem sempre valerá a pena...


No ano que está acabando talvez tenhamos traído ou enganado a alguém, com ou sem intenção, mas na verdade isso não importa, o que vale é termos a ciência que erramos, buscar o perdão de quem prejudicamos, e quando possível, algo reparar do mal que cometemos, lutando para não mais errar, e encontrar definitivamente o bem que temos guardado em nosso coração...


No ano que está acabando, pelo laços da aparente morte, muitos de nós perderam um ente querido, mas isso na verdade não importa, o que vale é que Deus sabe sempre o que é melhor para cada um de nós, e se a saudade ainda é difícil de suportar e superar, tenhamos a certeza que eles estarão sempre ao nosso lado, nos auxiliando quando possível em nossa jornada, até um futuro reencontro que só o bem pode proporcionar...


No ano que está acabando por diversas vezes nos deixamos levar pela impaciência, pela intolerância, muitas vezes dominados pela vaidade, pelo orgulho, pela prepotência, mas na verdade isso não importa, porque a vida nos ensina, e pelas consequências físicas ou espirituais de nossos atos, saberemos que este nunca é o melhor caminho, e que só os sentimentos baseados no bem, como o respeito, a caridade, o amor, de fato, prevalecerão...


No ano que está acabando alguns de nós terminaram um relacionamento onde pensavam existir o Amor, outros deram o início ao que hoje tem a certeza que lhes trará a paz, já alguns ainda procuram aquele ou aquela com quem poderão compartilhar os momentos, as alegrias, os receios, a vida, mas isso na verdade não importa, porque o que vale é que todos estamos imersos neste sentimento divino, e assim, mais cedo ou mais tarde, esta busca terá fim, pois teremos encontrado ele onde ele está guardado, dentro de nós, e assim, no bem, ficará muito mais fácil leva-lo para aquele ou aquela que tem em seu olhar o mesmo sentimento que temos no nosso...




Que o ano de 2016 seja repleto de vitórias e sonhos realizados, quando não que tudo se torne aprendizado, que possamos estar com quem amamos, quando não, que nossos melhores pensamentos e sentimentos estejam com eles, valorizando sentimentos como a humildade, o respeito, a amizade, a sinceridade, a tolerância, o amor, na verdade é tudo isso que importa!


Amo todo vocês!

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Não há privilégios de nenhuma espécie...





“...honrarás teu pai e tua mãe. A lei enviada ao mundo não estabelece que devamos analisar a espécie de nossos pais, mas sim que nos cabe a obrigação de honra-los com o nosso amoroso respeito, sejam eles quais forem...”



“Honrarás teu pai e a tua mãe”, este princípio da Lei Divina, da moral cristã, como todos os outros que compõe o Evangelho de Amor do Nosso Senhor Jesus Cristo, bem como também, os conceitos da Doutrina Espírita, se aplica a todos os filhos de Deus, a nós e a todos os nossos irmãos do caminho, a toda humanidade terrestre, ricos ou pobres, bons ou maus, fortes ou fracos, enfermos ou sãos, cultos ou ignorantes, estendendo-se, guardadas as devidas proporções, a todos os animais que compõe nossa natureza, e que nos acompanham na atual jornada evolutiva planetária.


Não há privilégios de nenhuma espécie, não há “se nãos”, não há imposições ou fatores condicionantes, não há preferências, os ensinamentos e as máximas que formam a conduta de um homem de bem, não permite, em nenhuma hipótese, prejulgamentos, preconceitos, questionamentos, indecisões, dúvidas, errôneas escolhas por parte daqueles que se intitulam cristãos, ou espíritas, cientes que devem ser e estar, que sua parte na tarefa de renovação e transformação, individual e coletiva para o bem, deverá ser levada a efeito com toda dedicação, com toda honestidade, toda sinceridade, sempre de acordo com suas possibilidades e atuais habilidades de produção e realização, cabendo ao final, a Espiritualidade Superior, a Deus, a avaliação, a cobrança, a recompensa, decorrentes de nossos esforços.


Inúmeros são os parâmetros que os ensinamentos e os exemplos cristãos nos presenteiam para que nossa jornada evolutiva seja percorrida de forma firme e resoluta, cabendo a nós o amplo entendimento da essência que cada um deles apresenta.



“Amar ao próximo como a si mesmo”



Em toda sua estadia no plano físico, em suas ações e explanações, o Mestre não específica quem é o próximo, englobando neste termo para não deixar dúvidas sobre a necessidade da amplitude do nosso amor, aos nossos entes queridos, nossos amigos, assim como também aos nossos desafetos, aos nossos adversários, aos que nos são indiferentes, fazendo nascer a necessidade da compreensão da equidade que deve existir em nossos sentimentos mais íntimos. Ele nos pede apenas para AMAR!        



“Perdoar não sete, mas setenta vezes sete”



Jesus não determina se este perdão se refere a quem nos feriu ao corpo físico, ou que nos magoou espiritualmente, o a alguém que nos traiu com ou sem intenção, ou que nos despreza ou simplesmente não nos aceita como somos. Ele apenas nos pede para PERDOAR!



“Não julgueis para não ser julgado”



O Mestre não qualifica a quem devemos avaliar com o intuito de absolver ou condenar, não está se referindo ao criminoso do grave delito, ao agressor covarde, aos membros da nossa família, aos políticos, aos que se dizem religiosos, aos que fogem de seus desafios, ao que maltrata a criança indefesa. Ele apenas nos pede para NÃO JULGAR!



“Se alguém lhe bater na face direita ofereça a outra face”



Aqui não cabe avaliar se temos ou não razão, se merecemos ou não a agressão sofrida, a injustiça com que nos trataram, se foi justa ou não a dor que nos impuseram, se o que nos fizeram nos fez sentir ofendidos ou humilhados.


Ele apenas nos pede para NÃO REVIDAR, para não reagirmos com o mesmo sentimento e na mesma proporção que agiram os nossos agressores!



 “Quem estiver sem pecados que atire a primeira pedra”



Jesus não específicou qual pecado, se um leve erro ou um clamoroso e odioso delito, não se refere a uma mentira casual ou a uma calúnia insidiosa, se a um despretensioso empurrão ou um crime de morte. Ele apenas pede para RECONHECER nossas imperfeições, da mesma forma que precisamos também RECONHECER os limites e o estágio evolutivo de cada um dos nossos irmãos do caminho, vindo assim a ACEITAR, cada um como é, conscientes que do erro pelo qual ele é acusado não sabemos se um dia, em nosso passado culposo já o cometemos, ou totalmente livres estaremos de o cometer.



Jesus amparou a mulher da vida, curou aos leprosos e obsidiados, ceou com alegria na casa do rico considerado pecador, ressuscitou os mortos, glorificou e enalteceu o pequeno óbulo da viúva em contrapartida ao valioso dízimo do abastado fiel.


O espírita, o cristão, não pode querer “elitizar” suas tarefas, seus sentimentos, escolhendo a quem vai ajudar, quem merece ou não sua atenção, impondo regras, fatores condicionantes, rotulando e classificando irmãos de jornada como agressores, vítimas, algozes, perseguidos, perseguidores, sinceros, fantasiosos, se preocupando se este ou aquele precisa realmente de ajuda ou apenas está querendo se aproveitar da sua boa vontade, de suas boas intenções.


Se aqueles a quem de alguma forma ele está ajudando ou socorrendo seja através de atitudes, de palavras, de sentimentos, em ações materiais ou espirituais, está ou não sendo sincero em suas necessidades, se vai ou não aproveitar ou dar valor aos esforços que estão sendo dispendidos ao seu favor, isso na verdade não deve ser fator relevante para o tarefeiro da Seara Cristã, cabendo a ele servir, agir, e seguir adiante.


Da mesma forma, já há muito tempo, estão agindo os nossos protetores e benfeitores espirituais, que nos acompanham em nossa jornada evolutiva desde outras pretéritas experiências, agindo pacientemente com a nossa relutância em seguir seus conselhos e orientações, em aceitar, por vezes, o remédio amargo que nos levará a crescer e a valorizar seus esforços no sentido de nos aperfeiçoarmos como individualidade, resgatando nossos débitos e corrigindo nossos erros, consequentemente nos reconciliando com aqueles que de alguma forma viemos a prejudicar ou que nos prejudicaram.


Quando Jesus, no alto da cruz, eleva o pensamento vivo de amor a Deus, pedindo para que perdoe a seus perseguidores porque não sabem o que estão fazendo, não se referia apenas aos guardas que o açoitaram, ao povo que o escarneceu e humilhou, aos fariseus que tramaram contra sua vida, a covardia dos detentores do poder que não o julgaram com imparcialidade e justiça, mas sim, a todos nós, não só aos homens da sua época, mas a todas as gerações futuras, a todos que por diversas vezes, como nós, já retornamos ao plano físico desde sua excelsa passagem pela Terra, e que ainda hoje não o aceita, não o compreende, ainda relutantes em seguir seus passos, em aceitar e vivenciar em toda plenitude o Amor que nos exemplificou, preferindo se ater às suas mazelas, aos seus vícios, as suas paixões degradantes, as facilidades efêmeras revestidas de uma pretensa felicidade que até hoje a sociedade humana ainda insiste em apresentar como ideal de sucesso.         



Sim, tomara que Deus realmente nos perdoe por não saber ainda o que fazemos, e que tenhamos a coragem e o discernimento de nos aprofundarmos no processo de renovação e transformação espiritual, conscientes, que apenas com o nosso esforço e com a férrea disciplina do nosso proceder iremos encontrar a verdadeira paz que só o Amor do Cristo, sentido e vivido em todo seu esplendor, pode oferecer.