terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Um Feliz 2014!


Precisamos primeiramente, levar o nosso preito de agradecimento a Deus pela oportunidade de estarmos mais uma vez juntos, neste ano que finda, com nossos entes queridos, onde através de inúmeras situações pudemos algo acrescentar ao nosso conhecimento, com possibilidades de estudo e realizações, tanto pessoais como profissionais e também, em nossa colaboração junto a Sociedade Santista de Estudos Espíritas, além de podermos ter a saúde e a força para trabalharmos e fazer a nossa parte junto ao todo, a nossa família, a nossa sociedade, buscando sempre traçar nosso caminho baseado nos conceitos cristãos, do bem, apesar das dificuldades diárias em superarmos nossos instintos e sentimentos inferiores, naturais, em nosso atual estágio evolutivo.

Indubitavelmente, 2013 para nós foi um ano especial, onde pudemos conhecer e entrar em contato com pessoas que muito acrescentaram à nossa existência, nos trazendo, com seu carinho e conhecimento, novas oportunidades de crescimento e evolução, através de seus exemplos, de suas palavras, e de seu carinho.

Mais especial ainda se tornou 2013 quando conseguimos realizar nosso maior sonho, nosso maior projeto, que foi a edição e o lançamento de nosso primeiro Livro, Máximas de André Luiz, por intermédio da Casa Editora O Clarim, que acreditou em nosso trabalho e nos deu assim, com muita seriedade e respeito, qualidades maiores de todo seu trabalho até hoje no ramo literário, a oportunidade de levarmos nosso estudo até aos nossos irmãos do caminho, o que nos motiva a prosseguir e a dar continuidade para novos projetos futuros, sempre visando levar a nossa amada Doutrina Espírita adiante, sendo mais um a somar na árdua tarefa de espalhar a Verdade contida no Consolador Prometido pelo Mestre Jesus, o Espiritismo, a todos aqueles que, como nós, sequiosos, buscam por sua transformação espiritual no bem.

Um Feliz 2014 a todos aqueles que durante este ano nos acompanharam em nosso blog, esperando poder contar com com carinho e a atenção de vocês sempre.

Muita Paz, muita Luz e muito Amor!


Para finalizar este ano mais um trecho da nossa obra "Máximas de André Luiz"







Máxima 32

Mãe de André Luiz

“...há questão que devemos entregar ao Senhor, em pensamento, antes de trabalhar na solução que elas requerem...”

Problemas complexos, questões aparentemente insolúveis, situações angustiosas em que, geralmente, disponibilizamos uma quantidade enorme de tempo e de energia sem conseguirmos as soluções, geram escolhas e necessidades que parecem fogo a nos queimar.

Desequilibrados, encontramos apenas respostas desconexas para nossas dúvidas; vislumbramos apenas acordos e soluções inacessíveis ou distantes da realidade em que vivemos.

Surge o momento de respirar fundo, parar, relaxar, erguer o pensamento a Deus, enviando-lhe nossos pensamentos mais recônditos, mais sinceros, em busca da resposta, da solução, não suplicando que os problemas sejam resolvidos prontamente, mas, que nossa mente clareie e encontremos o caminho, aponte-nos a direção a tomar.

Quando aprendemos a confiar em Deus, em Jesus e em nossos amigos espirituais interessados em nosso bem-estar e no nosso crescimento, os problemas, mesmo existindo, ficam mais simples, menos angustiantes.  Aprendemos a conviver com eles e resolve-los. A dor torna-se relativa, pois, conseguimos vislumbrar um futuro melhor. A nossa capacidade de realização amplia-se quando nos entregamos aos pensamentos positivos, a oração, ao entendimento espiritual.

Entregar o problema a Deus não quer dizer que Ele irá resolvê-lo para nós e sim nos mostrar o caminho e nos fortalecer para que possamos enfrentá-lo e vencê-lo.

A impaciência, a revolta, a pressa, a displicência, são as principais causas que nos fazem desperdiçar forças e tempo em questões, que se enfrentadas com atitudes moderadas e cristãs, poderiam ser mais facilmente resolvidas, de forma menos dolorosa, menos traumática.

Por este motivo é que devemos todos os dias reavaliar nossos atos, nossos pensamentos, nossas dúvidas, nossos problemas, nossos sentimentos. Orar a Deus e pedir luz, entendimento, calma, coragem, para melhorarmos, reduzindo ao máximo a possibilidade de erros e, consequentemente, evitando que voltemos a falir em nossa jornada evolutiva.

Deus sabe sempre o que é melhor para nós e só sofremos quando, utilizando de forma equivocada nosso livre-arbítrio, insistimos em recalcitrar, afastando-nos das decisões cristãs e da conduta correta que nos levará cada vez mais próximos ao Nosso Pai Celestial.


F e l i z

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terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Um pouco do Natal com Chico Xavier...

ALGO MAIS NO NATAL


Senhor Jesus!
Diante do Natal, que te lembra a glória na manjedoura, nós te agradecemos:
a música da oração;
o regozijo da fé;
a mensagem de amor;
a alegria do lar;
o apelo a fraternidade;
o júbilo da esperança;
a bênção do trabalho;
a confiança no bem;
o tesouro da tua paz;
a palavra da Boa Nova;
e a confiança no futuro!...
Entretanto, oh! Divino Mestre, de corações voltados para o teu coração, nós te suplicamos algo mais! ...Concede-nos,
Senhor, o dom inefável da humildade para que tenhamos a precisa coragem de seguir-te os exemplos!

EMMANUEL
(Do livro “Luz do Coração”, Francisco Cândido Xavier - Edição CLARIM)







Ante o Natal

A esperança se agiganta.
A Natureza se renova e brilha.
A passarada feliz.
Voa feliz, vibra e canta.
O berço pobre,
A estrela que rebrilha,
O jardim que encanta.
As flores brilham. Que maravilha!
É Jesus que vem de novo,
Falar de Deus ao coração do povo,
Com a sua palavra que reluz!
Saúdam-se os cristãos de toda a Terra,
É o domínio da paz, banindo a guerra!
É o Senhor! É Jesus.. Sempre Jesus!
Xavier, Francisco Cândido. Pelo Espírito Maria Dolores. Página recebida pelo médium Francisco C. Xavier - na noite de 9/10/1999 no Grupo Espírita da Prece, Uberaba-MG..




Bilhete de Natal

Meu amigo, não te esqueças,
Pelo Natal de Jesus,
De cultivar na lembrança
A paz, a verdade e a luz. 
Não olvides a oração
Cheia de fé e de amor,
Por quem passa, sobre a Terra,
Encarcerado na dor.
Vai buscar o pobrezinho
E o triste que nada tem...
O infeliz que passa ao longe
Sem o afeto de ninguém.
Consola as mães sofredoras
E alegra o órfão que vai
Pelas estradas do mundo
Sem os carinhos de um pai.
Mas escuta: Não te esqueças,
Na doce revelação,
Que Jesus deve nascer
No altar do teu coração.
Pelo Espírito Casimiro Cunha
XAVIER, Francisco Cândido. Antologia Mediúnica do Natal. Espíritos Diversos. FEB.

Cartão de Natal

Ao clarão do Natal, que em ti acorda a música da esperança, escuta a voz de alguém que te busca o ninho da própria alma!... Alguém que te acende a estrela da generosidade nos olhos e te adoça o sentimento, qual se trouxesses uma harpa de ternura escondida no peito.
Sim, é Jesus, o amigo fiel, que volta.
Ainda que não quisesses, lembrar-lhe-ias hoje os dons inefáveis, ao recordares as canções maternas que te embalaram o berço, o carinho de teu pai, ao recolher-te nos braços enternecidos, a paciência dos mestres que te guiaram na escola e o amor puro de velhas afeições que te parecem distantes.
Contemplas a rua, onde luminárias e cânticos lhe reverenciam a glória: entretanto, vergas-te ao peso das lágrimas que te desafogam o coração...É que ele te fala no íntimo, rogando perdão para os que erram, socorro aos que sofrem, agasalho aos que tremem na vastidão da noite, consolação aos que gemem desanimados e luz para os que jazem nas trevas.
Não hesites! Ouve-lhe a petição e faze algo! ... Sorri de novo para os que te ofenderam; abençoa os que te feriram; divide o famel com os irmãos em necessidade; entrega um minuto de reconforto ao doente; oferece uma fatia de bolo aos que moram, sozinhos, sob ruínas e pontes abandonadas; estende um lençol macio aos que esperam a morte, sem aconchego do lar; cede pequenina parte de tua bolsa no auxílio às mães fatigadas, que se afligem ao pé dos filhinhos que enlanguescem de fome, ou improvisa a felicidade de uma criança esquecida.
Não importa se diga que cultivas a bondade somente hoje quando o Natal te deslumbra!... Comecemos a viver com Jesus, ainda que seja por algumas horas, de quando em quando, e aprenderemos, pouco a pouco, a estar com ele, em todos os instantes, tanto quanto ele permanece conosco, tomando diariamente ao nosso convívio e sustentando-nos para sempre.
Pelo Espírito Meimei
XAVIER, Francisco Cândido. Antologia Mediúnica do Natal. Espíritos Diversos. FEB.

Crônica do Natal

Desde a ascensão de Herodes, o Grande, que se fizera rei com o apoio dos romanos, não se falava na Palestina senão no Salvador que viria enfim...
Mais forte que Moisés, mais sábio que Salomão, mais suave que David, chegaria em suntuoso carro de triunfo para estender sobre a Terra as leis do Povo Escolhido.
Por isso, judeus prestigiosos, descendentes das doze tribos, preparavam-lhe oferendas em várias nações do mundo.
Velhas profecias eram lidas e comentadas, na Fenícia e na Síria, na Etiópia e no Egito.
Dos confins do Mar Morto às terras de Abilena, tumultuavam notícias da suspirada reforma...
E mãos hábeis preparavam com devotamento e carinho o advento do Redentor.
Castiçais de ouro e prata eram burilados em Cesaréia, tapetes primorosos eram tecidos em Damasco, vasos finos eram importados de Roma, perfumes raros eram trazidos de remotos rincões da Pérsia... Negociantes habituados à cobiça cediam verdadeiras fortunas ao Templo de Jerusalém, após ouvirem as predições dos sacerdotes, e filhos tostados do deserto vinham de longe trazer ao santuário da raça a contribuição espontânea com que desejavam formar nas homenagens ao Celeste Renovador.
Tudo era febre de expectação e ansiedade.
Palácios eram reconstruídos, pomares e vinhas surgiam cuidadosamente podados, touros e carneiros, cabras e pombos eram tratados com esmero para o regozijo esperado.
Entretanto, o Emissário Divino desce ao mundo na sombra espessa da noite.
Das torres e dos montes, hebreus inteligentes recolhem a grata notícia... Uma estrela estranha rutila no firmamento.
O Enviado, porém, elege pequena manjedoura para seu berço de luz.
Milícias angelicais rejubilam-se em pleno céu...
Mas nem príncipes, nem doutores, nem sábios e nem poderosos da Terra lhe assistem a consagração comovente e sublime.
São pastores humildes que se aproximam, estendendo-lhe os braços.
Camponeses amigos trazem-lhe peles surradas.
Mulheres pobres entregam-lhe gotas de leite alvo.
E porque as vozes do Céu se fazem ouvir, cristalinas e jubilosas, cantam eles também...
- "Glória a Deus nas alturas, paz na Terra, boa vontade para com os Homens!..."
Ali, na estrebaria singela, estão Ele e o povo...
E o povo com Ele inicia uma nova era...
......................................................
É por isso que o Natal é a festa da bondade vitoriosa.
Lembrando o Rei Divino que desceu da Glória à Manjedoura, reparte com teu irmão tua alegria e tua esperança, teu pão e tua veste.
Recorda que Ele, em sua divina magnificência, elegeu por primeiros amigos e benfeitores aqueles que do mundo nada possuíam para dar, além da pobreza ignorada e singela.
Não importa sejas, por enquanto, terno e generoso para com o próximo somente um dia...
Pouco a pouco, aprenderás que o espírito do Natal deve reinar conosco em todas as horas de nossa vida.
Então, serás o irmão abnegado e fiel de todos, porque, em cada manhã, ouvirás uma voz do Céu a sussurrar-te, sutil:
- Jesus nasceu! Jesus nasceu!...
E o Mestre do Amor terá realmente nascido em teu coração para viver contigo eternamente.
Pelo Espírito Irmão X
XAVIER, Francisco Cândido. Antologia Mediúnica do Natal. Espíritos Diversos. FEB. Capítulo 47.


quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Vamos pensar...

Existem médiuns e médiuns espíritas. Médium significa medianeiro, ele é a ponte entre dois extremos, dois mundos, o físico e o espiritual, entre os encarnados e os desencarnados. A Doutrina Espírita, codificada por Allan Kardec, não criou o intercâmbio, este existe desde os mais remotos tempos, eram os oráculos, os adivinhos, as vestais, existindo até mesmo entre os selvagens, quando os pajés, os feiticeiros, mantinham constante comunicação com os mortos.

Umbanda, candomblé, catolicismo, todas as religiões e seitas possuem em sua história, antiga e atual, fatos reais de comunicação entre os dois planos, aviso de santos, visita de anjos, visões, caboclos, preto velhos, uma variedade de situações e acontecimentos, onde o intermediário, o médium, de forma atuante, facilita, através da combinação fluídica, a comunicação entre o mundo corpóreo e o espiritual, agindo e influenciando a vida de todos os envolvidos, isto, através de todos os tempos.

O médium espírita é aquele que serve a este intercâmbio como instrumento nas comunicações realizadas, de acordo com os preceitos da Doutrina Espírita, nela baseando as comunicações, as formas com que se realizam, os objetivos que se propõe alcançar, a conduta, a postura, agindo conforme foi orientado pelos próprios espíritos quando na formulação das Obras Básicas da Doutrina, das informações reunidas, ordenadas e devidamente estudadas e comprovadas por Allan Kardec.

No Livro dos Médiuns encontramos, devidamente, estudados e especificados, os conceitos, as regras, as dificuldades, os escolhos, que existem no caminho de todo aquele que tem como objetivo dedicar-se a mediunidade, fazendo com que aqueles que menospreze ou ignore seus conceitos, possa vir a não dispor de todos os parâmetros necessários para desenvolver suas tarefas mediúnicas, comprometendo a seriedade do que venha a receber, das comunicações que sejam dadas por seu intermédio, porque lhe faltarão critérios para analisar o conteúdo e a veracidade doutrinária que os espíritos que agiram por seu intermédio trouxeram, podendo vir a prejudicar não só a si mesmo, como aqueles que buscam seu arrimo como interprete da espiritualidade, os que o buscam para que, de alguma forma, os auxilie em suas dificuldades físicas e espirituais.

O médium espírita é aquele que agrega em si as leis morais, os ensinamentos cristãos, não que lhe exija a perfeição, mas, que se esforce ao máximo para pensar, falar e agir conforme os conceitos básicos, os exemplos do cristianismo e do espiritismo. Não se pode supor um médium espírita que durante o dia se entregue aos vícios, as paixões inferiores, a sentimentos e atitudes negativas, onde a impaciência, a cólera, a inveja, o egoísmo, o orgulho imperem, e a noite, durante as reuniões do centro que frequenta se “santifique”, esperando se tornar um instrumento fiel e passivo da espiritualidade superior. É uma questão de lógica, de bom senso, devendo todos estar ciente que o ensinamento do Mestre Jesus, quando Ele diz que a cada um será dado segundo as suas obras, não é por acaso ou sem fundamento.

Apesar de o médium espírita ser apenas o intermediário, o instrumento, sua passividade está condicionada ao que ele é como ser humano. Como espírito livre tem todo o direito de agir como melhor lhe aprouver, não sendo obrigado e nem constrangido a nada fazer que não deseje. Ele, como todos nós, tem o direito, inalienável, de utilizar como melhor desejar seu livre-arbítrio, entretanto, da mesma forma que pode agir e viver como desejar, a espiritualidade superior pode se servir ou não do seu dom mediúnico, pois, se ele tem respeitado seu direito de ação, também precisa estar consciente que nada deverá esperar no que se refere as atividades espíritas se não o fizer por merecer, com esforço próprio, com dedicação e atitudes voltadas ao bem.

Vaidade, preconceito, egoísmo, ambição, orgulho, prepotência, são sentimentos que não compactuam com o médium espírita, então, aquele que age desta forma, não pode esperar nada de bom em suas comunicações com a espiritualidade, porque, como os semelhantes se atraem, se sintonizam, só terá como companhia imediata, por sua própria escolha, espíritos que, por similitude, se interessem por seus mesmos gostos, com seus desejos, com sua postura, com sua forma de agir e pensar.

Para ser um médium espírita atuante, produtivo, eficaz, eficiente, faz-se necessário uma reforma interior, uma luta constante contra as conhecidas deficiências espirituais de sua personalidade cármica, aprendendo a condicionar seu espírito, sua mente a agirem em todos os instantes de sua vida, em todas as situações cotidianas, de acordo com os conceitos que norteiam a existência de um homem de bem, um homem cristão, com a bondade nos pensamentos, nas palavras, nos atos, sendo tolerante, paciente, humilde, sempre disposto a servir, a auxiliar, a perdoar as ofensas, a relevar as críticas, e tudo isso só depende unicamente de si mesmo, e com isso estará bem mais próximo de conquistar o que de mais importante todo trabalhador espírita pode e deve possuir: o Equilíbrio.

Todo esforço, todo desejo, toda a determinação que demonstrar para corrigir suas atitudes, sua postura, não se perderá, não será em vão, não ficará sem a resposta e o auxílio por parte da espiritualidade superior.

Se o tarefeiro tudo faz para conquistar seu equilíbrio, os benfeitores espirituais tudo farão para que os fatores externos não o prejudiquem, não dificultem o seu êxito.

Tranquilidade para enfrentar possíveis problemas materiais, financeiros, familiares, profissionais, tudo será feito para que o esforço do trabalhador fiel seja recompensado, não que este ficará isento de problemas, mas, sim, que terá energia e paz para suportá-los e superá-los. Esta certeza, este arrimo, nos trás também a compreensão que o trabalho espírita, o trabalho cristão, se assemelha a qualquer outra tarefa, onde a recompensa é sempre proporcional ao serviço realizado e também que esta vem sempre após o efetivo cumprimento do dever e não como muito esperam, que é ser recompensados antes, condicionando, riqueza, saúde, conforto, bens materiais para poder vir a trabalhar em prol do próximo ou da sociedade onde vive.

Dar para receber, lutar para poder vencer, do esforço vem a ascensão, do trabalho virá a evolução, Deus a tudo provê, e de nós Ele espera apenas a ação, a boa vontade, o esforço, o sacrifício, o suor.

Todos que trabalham na Doutrina Espírita possuem responsabilidades, oradores, palestrantes, médiuns, dirigentes, ajudantes, e, seja qual for a atividade, acima de qualquer coisa, precisam ser, de fato, ESPÌRITAS, pensar, agir, falar, viver, trabalhar, agir, seja, no centro, no lar, no serviço, no lazer, sempre de acordo com os ensinamentos e conceitos doutrinários. Vale mais ser um bom ajudante, que um péssimo médium, um bom dirigente que um confuso palestrante.


Espírita não é apenas um título, é um modo de vida, porque a responsabilidade maior não é a com a nossa necessidade e sim com a daqueles que nos buscam atrás de arrimo, de orientação, de também poderem conhecer as lições e os exemplos do Nosso Mestre Jesus, de se capacitarem para evoluir através dos preceitos do Consolador Prometido, do Espiritismo, cabendo a cada um agir sempre com seriedade, com a humildade e o sincero desejo de servir, com o mais puro amor no coração.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Mais alguns trechos...



"...não existe homem, encarnado ou desencarnado, por mais envolvido, por mais dominado por suas paixões, por seus instintos inferiores, que não possua algo ou alguém a quem ele respeite, a quem ele ame, a quem ele tudo faça para ajudar, para não magoar, para auxiliar a ser feliz, pois, apesar da dura couraça que reveste seu coração já há inúmeras existências, ele traz em si o mesmo sentimento, o mesmo destino, o mesmo objetivo final que o mais puro dos espíritos almeja, porque Deus, assim criou todos nós, deixando-nos a capacidade de escolha para determinarmos apenas, o caminho e o tempo que este trajeto evolutivo irá durar..."





"...ser bom, ser cristão, ser espírita, não nos dá o direito a prêmios. Ser bom é obrigação, não estamos fazendo favor a ninguém em sermos honestos, dignos, pacientes, tolerantes, humildes, prestativos. Nascemos para amar, para conquistarmos, a paz, a felicidade, a harmonia, a irmandade entre todos que cruzarem nosso caminho, não nascemos para julgar a ninguém, para condenar, para criticar, para delatar, nascemos para praticar a caridade, a benevolência e compreender as diferenças que formam nossas personalidades, nossos costumes, nossa cultura e respeitar cada um como ele é, mesmo que não concordemos..."






"...só vence a batalha quem se dispõe a lutar, quem estuda, quem trabalha, aqueles que reconhecem seus erros, suas falhas, suas dificuldades, que são humildes o suficiente para compreender suas limitações e que lutam para superá-las, cientes da necessidade do auxilio por parte daqueles que lhes são superiores e que os amam, os estimam e confiam que serão capazes de vencer, de melhorar, de alçar a novas fases em suas jornadas evolutivas..."






"...um dos passos mais importantes para conseguirmos manter nosso desejo de transformação é sabermos diagnosticar o que mais dificulta nosso progresso evolutivo, qual sentimento, qual parte de nossa personalidade é ainda mais refratária a mudança, a transformação, qual sentimento inferior ainda não conseguimos completamente dominar e que ainda nos afeta quanto as nossas decisões e ações, o quanto ainda cria de situações contrárias a nova postura que decidimos e escolhemos seguir. Antigos vícios que ainda fazem pressão, que ainda nos fazem tremer, fraquejar, atitudes íntimas, pensamentos obtusos, ações aparentemente sem importância, mais que ainda mantém vivo dentro de nós a inferioridade que tanto nos prejudica há séculos de lutas e fracassos..."







"...Deus é só Amor, Ele não julga, não condena e nos da total liberdade para determinar e escolher o caminho que queremos seguir para nossas conquistas e quais são as prioridades para nós, respeitando nosso livre-arbítrio, porém, permitindo sempre que nossos benfeitores espirituais nos sigam de perto e tudo façam para o nosso despertar.
Mesmo com tudo isso, temos que levar em conta que o ser humano busca invariavelmente o caminho mais fácil para conquistar o que deseja, o que lhe de menos trabalho, o que lhe requer menor esforço. Muitos até desistem de tarefas, de objetivos, de conquistas, porque percebem que isso lhes custará muito tempo, muita energia, muito desgaste, preferindo, por comodismo, continuar na mesma situação em que está ou parte a procura de algo mais simples, que não gere tanto trabalho, tanta responsabilidade, tanta preocupação.
Esta fuga do esforço individual é que faz com que muitos se tornem parias na sociedade, preferindo pedir, roubar, enganar, entregando-se as forças do destino, desistindo de lutar, de resistir, buscam no comodismo, na indiferença prosseguirem sua vida, passam a considerar os outros como seus devedores, acham serem merecedores de auxílio e que os mais afortunados tem obrigação de lhes sustentarem e atenderem seus anseios..."







"...é muito fácil ao ser perguntado, respondermos que somos espíritas, sentindo até certo orgulho, um “que” de superioridade aflora na resposta. Difícil, na verdade, é realmente “sermos” espíritas, o que não se conquista só por frequentar um centro, por ler todas as obras importantes da Doutrina, por ter todos os ensinamentos devidamente compreendidos e assimilados, não só por ser médium, por proferir uma palestra, por doutrinar um espírito sofredor, mas, também por perdoar a quem nos ofende, por não alimentar a vaidade em nossos filhos e em nós mesmos, por não ter vícios, por não perder tempo com atividades que despertam nossos sentimentos inferiores, por amar ao próximo como a nos mesmos, por praticar a caridade da palavra, da ação, do pensamento, do silêncio, por não julgar a ninguém, por aceitar cada um como é.
Ser espírita é compreender que não somos melhor que ninguém, que se formos preteridos em alguma situação na tarefa a que nos propomos realizar, participar, aprender a compreender que não somos os melhores, que não somos os únicos que podem e sabem realiza-la e que não somos indispensáveis ou insubstituíveis. Que as tarefas espíritas são responsabilidades de todos, e que na Doutrina não há lugar para melindres, ciúmes, magoas, protestos, inveja, cobiça..."



quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Assim deveria ser...




Um renascimento, um novo mundo, uma nova concepção de vida. A partir do momento em que, encarnados ou desencarnados, novos ou velhos, independente da condição social, da condição financeira, das condições orgânicas, se no umbral ou em postos de socorro na espiritualidade, se entre amigos ou solitários dentro do nosso “eu”, aceitamos e vivenciamos, em toda sua grandeza, os ensinamentos do Mestre Jesus e os conceitos, as ratificações de seus preceitos, trazidos a nós pela luz do Consolador Prometido, pela Doutrina Espírita, um novo caminho é traçado em nossa jornada evolutiva, uma nova visão nos desperta para a vida, independente das alegrias, das tristezas, das realizações, das dificuldades que estivermos vivendo.

Mudanças absolutas, sérias, que interferem e que transformam nossa postura, nossas decisões, nossa visão do mundo, das pessoas, das situações. A descoberta dos valores reais que passam a nortear nossa existência, agregados definitivamente em nossa personalidade eterna, em nosso espírito.




Passamos a valorizar as palavras, os pensamentos, os sentimentos, como o respeito, o amor, o carinho, a tolerância, a paciência, a coragem, a honestidade. Renovamo-nos no estudo, no trabalho, nas realizações, pensando sempre em somar, em construir, não só para o nosso crescimento individual, mas, principalmente para o crescimento comum, de todos nossos irmãos da jornada.
Perde-se o interesse pelo supérfluo, pelas paixões inferiores, pelos vícios, pelas conquistas fúteis, não mais a inveja, o egoísmo, a prepotência, a intolerância, o rancor, as conversas e discussões banais, o prazer ilusório, o fanatismo político, esportivo ou religioso, entre tantos outros desvarios que desperdiçam nossas energias, nosso tempo, nossa capacidade realizadora.

Quando adquirimos o sentimento cristão, a personalidade espírita, grande parte das “obrigações”, das “necessidades”, das “prioridades” que alimentamos em nossa vida pessoal e em sociedade, se perde, se modifica, se transforma, tudo passa a ser mais simples, mais objetivo, mais natural, como deve ser vida daquele que conhece e passa a viver a Verdade Eterna, fonte de conhecimento e progresso que no futuro norteará a todos nós.


A humildade, a sinceridade, a discrição, a bondade, o discernimento, o amor a tudo que é de Deus, da natureza, do homem de bem, passam a ser os agentes condutores, as bússolas de nossas vidas, não mais a justiça parcial e individual, o poder desmedido, inconsequente, o orgulho doentio, aprendendo desta forma a valorizar apenas as conquistas que fazem que nos aproximemos cada vez mais do bem, da paz, do equilíbrio e do infinito e eterno amor.



segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

"Máximas de André Luiz"





Trecho do capítulo 25, "Generoso Alvitre", do Livro "Máximas de André Luiz"



"...quando nos referimos ao trabalho cristão, ao ato de servir, de realizar, para aqueles que realmente querem fazer algo em nome da verdadeira caridade, temos que estar cientes que este trabalho deve ser feito não só no centro espírita que frequentamos, mas, em todas as situações de nossas vidas, onde formos chamados para dar o testemunho de nossa disposição de mudar para melhor nossa forma de agir e de viver.

Em nosso lar, com nossa família, com nossos amigos, em nosso trabalho, no lazer, na rua, a todo o instante o espírita tem que estar pronto para o trabalho, para a atitude, para a palavra amiga, o gesto fraterno, a ajuda desinteressada. O bêbado na via pública, o enfermo solitário que precisa de companhia para ir ao médico, o vizinho que precisa ausentar-se e não tem com quem deixar o filho, o cego que não consegue atravessar a rua, inúmeras situações que exigem que a nossa disposição cristã estenda-se do centro espírita para o nosso dia-a dia. A informação para o transeunte, o lugar na fila para os mais velhos, a educação no trânsito, tudo isso é trabalho cristão, é exemplo, é ajuda ao equilíbrio geral, não relute, não desanime pelo fato do próximo não agir, não pensar como você, Jesus Cristo nos espera há mais de dois mil anos, não queiramos, portanto, ser mais exigentes que Ele, façamos o nosso trabalho e passemos em frente.

No centro espírita, na creche, no asilo, no hospital, em casa, na rua, nas tarefas do dia-a-dia, onde se disponha a servir, ajudar, não imponha condições, não espere retorno, não aguarde cumplicidade, não queira agradecimentos ou aplausos, sirva e vá adiante, não escolha tarefas, não se considere usado, humilhado, tudo feito com o coração é nobre, é válido, é real, é venerável.
Não espere cargos de direção, de destaque, de valor, sirva em silêncio, trabalhe sem alarde, Deus tudo sabe, tudo vê, sinta o suor benéfico da tarefa bem realizada, do bem espalhado, do dever cumprido. Tenha ciência que nada que é feito com amor, com dedicação, com renúncia, se perde, toda tarefa assim realizada é um tesouro de luz a mais na obra gigantesca arquitetada pelo Engenheiro Divino, que guarda o nosso pagamento como uma chuva de alegrias e bênçãos futuras.
Temos que levar em consideração que qualquer tarefa realizada para o bem comum, para o próximo, para a coletividade, os maiores beneficiados seremos sempre nós mesmos, que teremos somado ao nosso espírito, amigos eternos que nos auxiliarão e se alegrarão com nosso triunfo, com nosso esforço.


Somos uma enorme família e nenhum trabalho digno e honesto se perde, fica sem remuneração, Deus a tudo vê e a tudo provê. Não nos esqueçamos que por mais que tenhamos errado e recalcitrado, Deus é um Pai amoroso, que aguarda a volta de seu filho, que nos permite recomeçar, que nos da oportunidade para através do trabalho, retornarmos, quantas vezes se fizer necessário, a senda evolutiva a qual somos todos destinados..."



sábado, 7 de dezembro de 2013

Apenas alguns trechos...nada mais...

"...Se um discípulo se esforça em aprender, em estudar, em observar aqueles que são mais experientes, mais capacitados, se já aceita o quanto tem ainda a adquirir para também estar pronto quando chegar a sua vez de ensinar, de exemplificar, se age com humildade, com receptividade, se sabe ouvir, se respeita àqueles que estão em um nível mais elevado, muito provavelmente, terá seu caminho aplainado, facilitado, não por privilégio, ou por parcialidade de seus benfeitores, e sim, porque se preparou e se habilitou de acordo com as necessidades básicas de qualquer aluno, seja qual for a disciplina que busque aprender, concentrando-se nos conceitos, nas formas, nos preceitos, aliando a teoria a prática, vivenciando todos os estágios necessários a seu progresso, até que possa se sentir seguro para um novo passo, uma nova responsabilidade, um novo desafio, que assim fez por merecer e que lhe será franqueado conseguir, como é para todo aquele que bateu à porta, como ensinou Jesus,  na busca do conhecimento e da melhoria espiritual, sendo esta aberta, podendo por ela adentrar, para encontrar com aqueles que vivem no bem e para o bem..."




 "...os ensinamentos cristãos, os preceitos espíritas, aliados a nossa disposição de efetivá-los, promovendo nossa transformação espiritual, é o suficiente para caminharmos sempre no sentido correto, sempre em ascensão, sempre em frente, não precisando de ninguém para idolatrar, precisando apenas estar em paz e quites com a nossa própria consciência, quando esta finalmente estiver plenamente voltada para o que o Nosso Amado Pai espera de nós..."




"...assim é aquele que busca no centro espírita apenas cumprir uma etapa de sua vida social, um compromisso com sua consciência, preferindo não interagir diretamente com as tarefas da casa, não assumindo funções, colaborando sem se envolver diretamente com as ações desenvolvidas na entidade, buscando através de frágeis justificativas, não auxiliar diretamente em nada que tome seu tempo ou ultrapasse o limite que impôs para si mesmo para aquela etapa de sua atribulada e mundana existência..."



"...qualquer tarefa que cabe a nós realizar para o bem, para o melhoramento do próximo, do planeta onde vivemos, por mais difícil, por mais demorada, por mais complicada, fará com que sejamos os maiores beneficiados, pela alegria, pelo prazer, pelo reconforto de termos a consciência tranquila e estarmos cientes que tudo realizamos à contento para nossa própria evolução espiritual, o que nos capacitará para novos e mais complexos desafios, com mais límpidas e reais luzes e possibilidades de crescer..."





"...o trabalhador do bem terá sempre o bem ao seu lado e a seu dispor, podendo sempre auferir forças para novos desafios, novas conquistas, secundado e amparado por aqueles que o esperam de braços abertos para que no futuro caminhem, lado a lado, na busca incessante e continua do conhecimento e da perfeição..."


"...nossos benfeitores e amigos espirituais estarão sempre ao nosso lado, nos fortalecendo e orientando, sendo que, a dor, a dificuldade, o sofrimento, irão durar sempre o tempo estritamente necessário para que sejam aproveitemos ao máximo em nosso crescimento espiritual, seja como resgate, como expiação, como aprendizado, como missão, nos deixando cientes, que, logo depois de superados, teremos amplas condições de melhorar, de crescer, de escolher e definir novas etapas em nossa existência, onde o prazer e a alegria de servir, de produzir, de evoluir, serão a tônica que nos farão lembrar destes períodos turbulentos, como uma vaga lembrança de nossa inferioridade humana..."õue o tarefeito pode acarretar para si, que o distanciara de seu objetivo fazendo com que volte a se envolver, nas paixeterminad




"...o grande desafio hoje do ser humano, do trabalhador cristão, daquele que busca sua melhoria espiritual, íntima, é conseguir manter o padrão vibratório, seus pensamentos, suas palavras, suas atitudes, sua postura, seus sentimentos, de conformidade aos conceitos que defende, conceitos estes cada vez mais ignorados e desprezados por boa parte da sociedade moderna, voltada para as conquistas materiais efêmeras e o poder temporal ilusório, deixando-se iludir pela vaidade, pelo orgulho, pelo egoísmo, pela ambição, tratando o tarefeiro do bem como se fosse um louco, um ser do passado e até mesmo de outro mundo..."

domingo, 24 de novembro de 2013

Em paz sempre...

O médium espírita é aquele que agrega em si as leis morais, os ensinamentos cristãos, não que lhe exija a perfeição, mas, que se esforce ao máximo para pensar, falar e agir conforme os conceitos básicos, os exemplos do cristianismo e do espiritismo. Não se pode supor um médium espírita que durante o dia se entregue aos vícios, as paixões inferiores, a sentimentos e atitudes negativas, onde a impaciência, a cólera, a inveja, o egoísmo, o orgulho imperem, e a noite, durante as reuniões do centro que frequenta se “santifique”, esperando se tornar um instrumento fiel e passivo da espiritualidade superior. É uma questão de lógica, de bom-senso, devendo todos estar ciente que o ensinamento do Mestre Jesus, em que diz que a cada um será dado segundo as suas obras, não é por acaso ou sem fundamento.




Temos que nos conscientizar que quanto mais informação, quanto mais conhecimento, quanto mais estudo, quanto maior a nossa capacidade de reconhecimento e discernimento, maior será a cobrança sobre nossos pensamentos e atitudes, cobranças essas feitas por nossa própria consciência, encontrando cada vez menos justificativas para erros, desvios, repetições, quedas e desatinos.





 O entusiasmo é uma das forças mais atuantes para que alcancemos nossos objetivos na vida e assim é também quando se trata das lides espíritas, porém, ele tem que ser comedido, raciocinado, estudado, persistente, o que nos tornará sempre capaz das mais altas realizações, de sempre buscar novos desafios, vencendo os naturais obstáculos que costumam surgir quando passamos a nos dedicar efetivamente as tarefas do bem.




Todo o mal que nós produzimos, assim, como todo o bem, voltará para nós com a mesma força e proporção, em um prazo mais curto ou mais longo de tempo, de acordo com as consequências materiais e espirituais que ele gerar.






É imprescindível, que cheguemos na nossa casa, em nosso lar, e encontremos um ambiente de paz, de concórdia, de tranquilidade, de amor, para que nosso espírito possa se restabelecer, se equilibrar, reavaliar o que fez, planejar o que ainda falta fazer, corrigindo erros, melhorando acertos.

Podemos dividir nossa existência física em “templos”, locais onde devemos estabelecer nossas prioridades, coordenar nossos desejos, nossos pensamentos, avaliar o que temos feito, como temos agido, sendo os dois principais “templos”, o nosso “eu” interior e a nossa casa, nosso lar, onde, caso tenhamos plena condição de nos mantermos equilibrados, cordatos, com uma postura definida para realização do bem, dos conceitos cristãos que devem nortear nossa existência, muito mais fácil será nossa participação e nosso convívio nos outros “templos” que fazem parte de nossa vida, nosso trabalho, nosso centro espírita, nosso convívio social, nossa vida diária.

Por este motivo, as pessoas que convivem no mesmo lar, sob o mesmo teto, sejam cônjuges, pais e filhos, irmãs e irmãos, tudo devem fazer, para viverem bem, para se respeitarem, para aceitarem as diferenças de personalidade e as diferenças evolutivas, alimentando a amizade, a compreensão, a fraternidade, a solidariedade, o amor, porque, quando conquistarem estes valores, estes sentimentos dentro do seu próprio lar, mais perto estarão de expandi-los para fora dele, para os outros ”templos”, tornando-se assim, mais próximo do ideal cristão que deve nortear às nossas vidas.

No lar não deve existir, consequentemente, orgulho, vaidade, ciúmes, egoísmo, deve existir, sim, cumplicidade, carinho, aconchego, o lar tem que ser nosso oásis, nosso porto seguro, o lugar para onde voltar após a batalha diária, para o repouso físico e espiritual, onde, em sua entrada, tenham como barreiras, o bem que alimentamos e buscamos vivenciar, tornando-o intransponível para as forças inferiores que pululam ao nosso redor e que buscam no desequilíbrio, nos vícios, nas paixões degradantes, na hostilidade, no menosprezo pela moral, pelo amor, invadir nossa casa e espalhar todo seu fel, sua revolta, seu mal.

Façamos do nosso lar um ”templo” de amor, de paz, de alegria, de eterna esperança para um futuro melhor, não só nosso, mas, de todos que dele possam se aproximar, física ou espiritualmente, em busca de um reduto de Jesus na Terra.

sábado, 16 de novembro de 2013

Porções...

Mesmo todos tendo o livre-arbítrio, a capacidade de decidir e não aceitar, aquele que tem o dom da oratória, da manipulação das massas, torna-se sempre corresponsável por tudo que gerar com seu discurso, com seus conselhos, com o que sua índole priorizar de bom ou de ruim, assumindo a responsabilidade pelos fatos gerados de sua influência, tendo que, no futuro, viver as consequências, positivas ou negativas, sempre de acordo, com a bondade e a justiça divina.





Viver para o bem, de acordo com a moral cristã, buscar no estudo dos preceitos espíritas o porquê do sofrimento, da dificuldade e da dor, cientes que Deus nunca dá um fardo superior as forças e que o trabalho honesto, o real desejo de acertar, a verdadeira fé nas possibilidades de transformação e evolução, serão sempre as melhores maneiras de encontrar a paz e o equilíbrio que tanto se almeja e se necessita, além da verdadeira felicidade, aquela que se baseia unicamente no bem e no amor ao próximo e a Deus.






Temos que saber avaliar os conselhos, as orientações, os “auxílios” que nos são oferecidos, principalmente, quando estamos carentes, fragilizados, por estarmos enfrentando problemas, dificuldades, sofrimentos, porque é nesta hora que agentes do mal, agentes da inferioridade humana, se aproveitam para satisfazer seus interesses mesquinhos, quando, invigilantes, nos entregamos aos seus domínios.
Não existem milagres, tudo carece esforço, estudo, trabalho, disposição. Soluções mirabolantes, instantâneas, facilidades quando tudo aponta para dificuldades, devem ser vistas com precaução, com atenção, com vigilância, atendo-nos que, vale mais a pena sofrer com dignidade, que nos “salvar”, escapar do perigo, através do erro, do crime, do mal.




Em tudo que se puder imaginar de bom, de gratificante, de construtiva alegria ou tudo que se puder apontar de ruim, de sofrimento, de dor, de decepção, todas as consequências, todos os prêmios, todos os resgates, todo o mecanismo que controla o ritmo e as possibilidades de realização, que regula a vida humana em quaisquer paragens do Universo Cósmico, pode-se resumir para a conquista, para o conhecimento, a verdade contida na máxima cristã, que inalterável, guiará sempre o caminho do homem e do que ele pode esperar para o seu futuro, em qualquer circunstância, em qualquer plano que esteja vivendo ou que venha a viver:

“A cada um será dado conforme suas obras”






Seremos sempre aquilo que quisermos ser, receberemos aquilo que fizermos por merecer, nem mais, nem menos, não há injustiça nas leis divinas, e também não há forma de que qualquer um consiga vir a burlar estas mesmas leis, o amor gera amor, o bem gera o bem, enquanto aquele que odeia gera para si o ódio, aquele que provoca a dor terá como consequência futura a dor, não há punição, não a recompensa, não há castigos, não há privilégios, há apenas respostas, reações. Cumpra-se a lei do retorno e se quisermos avançar, se quisermos nos tornar pessoas de bem, se quisermos viver com aqueles quem amamos e que nos amam, em um ambiente de paz, de equilíbrio, de tranquilidade, de amor, de justiça, façamos por merecer, através do esforço próprio, do estudo continuo, do trabalho heroico, aprendendo a renunciarmos a nos mesmos, a carregamos valorosamente nossa cruz e a seguirmos ao Mestre Jesus, porque Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida.






O mal, a inferioridade, os vícios, as paixões seculares, devem ser combatidas diuturnamente, sem descanso, sem trégua, precisamos ser os nossos mais severos juízes, os nossos mais contundentes censores, aprendendo a relevar o erro do próximo e a não aceitar de forma alguma o nosso, nos mantendo atentos, vigilantes, controlando-nos seja qual for a dificuldade que formos chamados a superar.







Humildade, resignação, coragem, discernimento, consciência, determinação, comprometimento, disciplina, ideal, organização, amor, compreensão, muitas qualidades a se desenvolverem, mas todas fáceis, simples, se, de fato, quisermos nos tornar pessoas de bem, se desejamos nossa transformação, se permanecemos focados na vontade de melhorar, de crescer, de vencer e superar as dificuldades, de buscar e não temer novos desafios, sempre baseados na fé cristã, em seus conceitos, em seus exemplos cristalinos, e melhor ainda, se ratificados e ampliados nos preceitos espíritas, em seus ensinamentos e esclarecimentos, como Consolador Prometido por Jesus.
Plantar para colher, para merecer, para poder esperar, para poder escolher, para poder continuar sempre resoluto no caminho único e possível que nos levará a alcançar os mais altos cumes da perfeição espiritual, o do BEM! 









O arrependimento é o início da jornada de recuperação do espírito culpado, da avaliação da postura que até então se utilizou para as escolhas e decisões, da mudança do seu padrão vibratório, é o primeiro passo para se desligar de seus instintos e paixões inferiores, assim como dos sentimentos negativos que alimentou.
O arrependimento surge quando nos conscientizamos que fizemos algo errado, quando no íntimo nos sentimos insatisfeitos com nossas ações, sejam elas prejudiciais apenas a nós mesmos ou a nossos irmãos do caminho, variando o grau e a intensidade da culpa com a nossa fragilidade, como nosso desequilíbrio, quando grandes erros podem ser encarados de forma tranquila e consciente, vindo a ser, desta forma, mais prontamente, corrigidos ou ressarcidos, enquanto, pequenas falhas, podem gerar “monstros” de desânimo, de complexos, de fobias, fazendo que levem um tempo maior do que o necessário e exigido para serem quitados, superados e esquecidos.
Uma agressão, uma traição, um engodo, uma calúnia, um crime, uma simples mentira, alguém que deixamos de ajudar ou que viemos a prejudicar, um bem que poderíamos ter feito e não fizemos, são vários os erros e desacertos que nos levam, quando já interessados em praticar o bem, a conviver este sentimento que é gerado por nossa consciência, quando nos avisa que estamos em desacordo com a verdade divina que carregamos conosco em nosso íntimo, desde os remotos tempos de nossa criação e que aos poucos vai desabrochando, surgindo, nos fazendo ver o quanto se faz necessário melhorar para atingirmos estágios superiores, objetivo maior de todos que buscam a evolução.
O mais importante ao reconhecermos nossos erros e deles nos arrependermos, é não nos deixar abater, não desanimar, conscientes que este é o primeiro passo de nossa recuperação, que não há uma justiça implacável, uma eternidade de penas e castigos, e que todos nós estamos habilitados para a renovação, para ressarcimos todos os débitos que gerarmos, sejam eles referentes a nossa própria personalidade, aos nossos irmãos do caminho, ao local onde vivemos, a um ideal que nos comprometemos a atingir ou a promessas e compromissos não cumpridos.
Vale ressaltar que não basta, portanto, o arrependimento, por mais sincero que ele seja, para a quitação do nosso débito, ele é apenas o ponto de partida para que possamos através do resgate, do esforço, do trabalho, do sofrimento, da dor, do amor, pagar as nossas dívidas e reassumirmos o equilíbrio junto a nossa consciência e a consciência cósmica, nos habilitando para avançar na busca de novos compromissos, novos desafios, novas condições de estudo e aprimoramento individual.
Todos nós somos devedores, somos credores, se hoje prejudicamos a alguém, ontem, fomos prejudicados, não há ninguém isento de culpa, não há ninguém que seja apenas vítima, que um dia já não tenha sido o agressor, desta forma, devemos satisfação de nossos erros, de nossos débitos, apenas a Deus, não cabendo o direito a mais ninguém, por mais que se julgue prejudicado, a se arvorar de juiz, a condenar ou querer aplicar a justiça com as próprias mãos.
Devemos, sim, procurar o perdão e a reconciliação com quem prejudicamos quitando o débito que temos para com ele. Devemos, sim, perdoar e aceitar o pagamento quando aqueles que nos prejudicaram nos procuram para saldarem suas dívidas, mas, sempre agindo reciprocamente com caridade, com respeito, com paciência, com fraternidade, com tolerância, com amor.
Não há vítima que tenha o direito, dentro da justiça divina, de humilhar seu agressor, de tripudiar sobre seu arrependimento, de persegui-lo, de querer pagar na mesma moeda aquilo que sofreu, já que, talvez, para este que se julgue tão prejudicado, um dia ressurja em sua lembrança cármica, erros tão ou mais graves do que aqueles que lhe foram impostos e que se julga no direito de cobrar, quando, com certeza, esperará, por sua vez, um tratamento mais brando e cristão por parte daqueles que são ou foram suas vítimas.
Quando nosso arrependimento é sincero, quando predispostos a nos transformar, a quitar nossos débitos, a nos agregarmos as forças do bem, caso não sejamos perdoados por nossas vítimas, e estas, por sua vez, queiram assumir o papel de algoz, poderão elas se ver impossibilitadas de nos maltratar, de nos perseguir, de nos castigar, porque a justiça pertence somente a Deus e Ele sempre mantem a porta da renovação aberta ao espirito delinquente, não cabendo a ninguém mais o direito de julgar, por mais que se entregue a revolta, a lamentação, ao queixume.
Desta forma, resta a estas pretensas vítimas, caso não queiram piorar ainda mais a sua situação, não mais desperdiçarem sua jornada evolutiva, perdoar ou esquecer, para não ficarem paradas no tempo, enquanto vêm àqueles que julgavam seus inimigos, seus algozes, se distanciarem, por estarem lutando e se esforçando para ser tornarem melhores, verdadeiros trabalhadores do bem.
Arrependamo-nos, sim, de nossos erros, de nosso passado culposo, mas, sempre olhando para frente, para o futuro, para o alto, buscando da renovação, objetivando um novo começo, livre do mal que, até então, impensadamente tínhamos alojado em nosso coração.
Jesus não quer que nenhuma de suas ovelhas fique sem retornar ao redil, nos voltemos desta forma para Ele e tudo façamos para nos apresentar límpidos, já quites com nossa consciência e prontos para avançar rumo a perfeição que Ele almeja para todos nós.