terça-feira, 28 de março de 2017

Sejamos humildes para reconhecer nossas limitações...



Orgulho e egoísmo, sem dúvida, são sentimentos inferiores matrizes de todos os desequilíbrios e erros que alimentamos e cometemos, hoje, e dos já cometidos em inúmeras existências passadas, inclusive, durante nossas estadias no plano espiritual.

Decorrente desta constatação, analisando o que ainda valorizamos atualmente, arriscamos afirmar que estamos estagnados há séculos, com mínimos avanços, e constantes escolhas e atitudes recalcitrantes, o que justifica ainda estagiarmos neste planeta de provas e expiações.


Se algo avançamos, isto ocorre quase de forma imperceptível, tal ainda a importância que damos as coisas mesquinhas, fúteis, superficiais, ao mundanismo da sociedade humana, em detrimento ao esforço e a disciplina que o estudo e o trabalho diretamente ligados a nossa renovação espiritual exigem.


Ainda quando já nos esforçamos no caminho do bem, procurando ser uma pessoa íntegra, honesta, valorizando o bem, e nada fazendo de sã consciência para prejudicar e lesar ao próximo, difícil que nos libertemos de forma definitiva do egoísmo, de supervalorizarmos aquilo que a nós está mais intimamente ligado, como nosso lar, nossa família, nossas conquistas materiais, nosso patrimônio, nossa posição social, nos concentrando em proteger e aumentar nossas posses, sem atinar com as necessidades que a nossa sociedade como um todo carece, assim como as do que mais próximos de nós convivem, nos isolando em uma redoma, onde passamos a ser o centro do mundo, estando bem, desde que nossos desejos e nossas necessidades estejam satisfeitas.


Da mesma forma, o egoísmo acaba por prevalecer quando estamos passando por problemas ou enfermidades, ou estejam eles ocorrendo com algum dos nossos entes queridos, quando passamos a desejar imediata melhora, até mesmo a exigir, seja por parte de pessoas ou profissionais que possam ajudar, ou até mesmo de Deus, das correntes religiosas ao qual somos filiados, sem atinar que não somos especiais, ou se o somos, seremos tanto quanto qualquer outro irmão do caminho, seja ele quem for.


Todos nós estamos sujeitos a quaisquer das situações que a vida no plano físico apresenta, desta forma, se o nosso filho tem uma doença grave, ao mesmo tempo, no mundo, outros pais estão enfrentando o mesmo problema que nós, ou até mesmo em condições mais graves, sendo que não haverá privilégios a se esperar, mesmo que sejamos pessoas de bem, que pratiquemos atos meritórios, que sejamos caridosos, que venhamos a frequentar uma religião, ou algo doar do nosso tempo e de nossa energia em prol da sociedade ou do próximo.


O amor, como é falsamente compreendido em nosso atual estágio evolutivo, acaba por se tornar exclusivista, egoísta, seletivo, onde tendemos sempre a direciona-lo a quem nos é afim, a quem nos agrada, a quem compatibiliza com nossa forma de pensar e de agir, tal o hábito que temos de eleger vítimas e algozes, mocinhos e vilões, culpados e inocentes, em total desacordo com as máximas cristãs que nos convidam a compreender o amor em sua essência, orientando-nos a perdoar não sete, mas setenta vezes sete, a não atirar pedras caso também tenhamos algum tipo de pecado, a não julgar afim de não ser julgado, e a nos reconciliar com os nossos adversários enquanto  a caminho com ele.


Quando o Mestre colocou como princípio básico de amar ao próximo como a nós mesmos, foi claro que devemos, acima de tudo, alimentar ao amor, faze-lo nascer e se expandir dentro de nós, primeiro valorizando nossa individualidade, encontrando o equilíbrio, lutando contra nossos instintos e sentimentos inferiores, nos amando e nos conhecendo, com o firme propósito de expandirmos este puro sentimento ao próximo.


Vale salientar, entretanto, que o Mestre não especificou quem é o próximo, não impôs condições, parâmetros, exigências, apenas citou o próximo, a todo e qualquer irmão do caminho, independente das diferenças que nos caracterizam, seja de credo, de cor, de preferência sexual, política, de condição social, ou qualquer outro fator que possa vir a formar algum impeditivo ligado a segregação ou ao preconceito.


Seja rico ou pobre, seja um ente querido ou um desconhecido, precisamos compreender que todos somos iguais, não só perante as leis humanas, mas, principalmente as divinas, com os mesmos direitos e deveres, com as mesmas possibilidades, as mesmas oportunidades, ainda que estejamos envolvidos em processos evolutivos únicos, motivados por nossas inúmeras existências pretéritas, que nos unem através de vínculos, de simpatias, de antipatias, tudo, porém, plenamente possível de realização e vitória, já que o fardo a suportar nunca será superior as nossas forças.


Evidente que a nossa dor não diminuirá, ou o nosso problema não será mais simples de resolver, apenas por sabermos que há outros irmãos do caminho passando por situações iguais ou piores que as nossas, não sugerimos conformismo, mas sim, equilíbrio, discernimento, paz íntima, fé, coragem para suportar e superar a adversidade, sem que venhamos a comprometer ainda mais nosso espírito frente as leis do bem, lutando e agindo para superar e suportar, mas, sem ferir ou prejudicar a ninguém, e sem nos deixar levar por sentimentos como o desespero, a revolta, o ódio, a inveja, a vaidade, o ciúme, ou outro qualquer que venha a nos arrastar a situações e consequências ainda mais dolorosas e complexas de solução.


Não somos o centro do mundo, não devemos esperar privilégios, ou exigir atenção e ação indevida, sabendo respeitar ao próximo e a sociedade onde vivemos, estudando e trabalhando para nos tornar pessoas melhores, de acordo com os conceitos cristãos, abalizados pelos preceitos espíritas, que nos dão a certeza da continuidade da vida, e das inúmeras oportunidades que ela nos oferece de aprendizado e de quitação de nossas dívidas pretéritas.



Sejamos humildes para reconhecer nossas limitações, agindo sempre para melhorar, mas dentro daquilo que somos capazes de realizar, nos preocupando mais em viver em função do que precisamos, do que em função do que desejamos, principalmente, quando ainda somos incapazes de discernir entre o que, de fato, irá nos fazer avançar e crescer como individualidade eterna, e o que nos manterá acorrentados a nossa inferioridade, não visando efêmeras e passageiras vitórias, mas eternas conquistas no infinito caminho do bem e da paz maior.



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terça-feira, 21 de março de 2017

Nesta luta nunca estaremos sós...




Se há, e há, possibilidade de intercâmbio, de interferência, de influência, entre os dois planos, o espiritual e o físico, a principal fonte, o principal instrumento, é, sem dúvida, o pensamento humano, que nos distingue uns dos outros, que nos identifica na multidão, que nos caracteriza e classifica quanto ao que somos, o que sentimos, o que desejamos, o que almejamos, onde e com quem nos compraz estar, escrevendo assim nossos destinos, determinando as ações e as reações que produziremos, agentes principais das atrações e das rejeições, na simbiose ou na repulsa, em nosso relacionamento com os nossos irmãos do caminho, estejam eles encarnados ou desencarnados.


É o pensamento, o luminar da liberdade humana, onde ninguém e nada pode penetrar e comandar, caso nós não o permitirmos, é porto seguro para nossas ideias e ideais, guardião da nossa vontade, onde tiranos, fanáticos, radicais, ditadores, usurpadores não podem nos atingir, por mais que maculem o nosso corpo, por mais que nos inflijam sofrimentos ou agressões.


Apesar do pleno domínio que todos temos do nosso pensamento, do nosso sentir mais íntimo, por fraqueza, por comodismo, por ignorância, por medo, ou levados por tantos outros sentimentos inferiores, como o orgulho, a vaidade, o egoísmo, preferimos nos deixar comandar, manipular, dando espaço para que inúmeros manipuladores venham nos impor aquilo que desejam, isso dos mais simples aos mais complexos relacionamentos, seja ele um íntimo de nosso lar, um colega de trabalho, um chefe, um subordinado, até líderes religiosos e políticos, artistas e pretensas celebridades, quando perdemos o nosso poder de discernimento e deixamos que outros venham a ditar as nossas regras de conduta, as nossas escolhas, os nossos gostos, isso na maioria das vezes de forma imperceptível, nos momentos que nos tornamos pouco vigilantes e negligentes com nossos objetivos maiores trazidos ao plano físico pelas portas da reencarnação.


Um dos maiores legados que Allan Kardec nos deixou, além de todos os ensinamentos contidos na Doutrina Espírita, é o de aprendermos a aproximar e correlacionar o sentimento a razão, a fé ao conhecimento, nos impulsionando a não aceitar nada que tentem nos impor como dogma ou artigo de fé, e sim, apenas e exclusivamente, ao que nos fale a razão, a lógica, nos dando plena liberdade de questionar, de duvidar, de estudar e buscar por nós mesmos as respostas, nos dando através da codificação um guia seguro para tal, principalmente, para ampliarmos ao infinito a nossa visão sobre a vida, e o quanto ainda desconhecemos, o quanto ainda nos falta aprender, deixando claro que unicamente levantou a ponta do véu em relação ao que nos aguarda no decorrer não só desta existência, mas de todas as outras que ainda nos faltam vivenciar nesta jornada rumo a plena evolução.


Estudando, adquirindo o conhecimento, mantendo a nossa mente aberta, com discernimento e responsabilidade, a novas informações, mais seguros estaremos quanto a qualquer situação que tenhamos que enfrentar no plano físico, e desta forma, menos sujeitos a sermos negativamente manipulados, usados, seja por quem for, aprendendo a analisar cada fato de forma segura e imparcial, nada aceitando de olhos fechados, nos tornando assim, mais uteis a nossa sociedade como um todo, fortalecendo aqueles que agem com boa intenção, e mantendo afastados aos que visam unicamente satisfazer às suas paixões e seus vícios de conduta.


Como parâmetro para determinarmos o caminho a seguir neste processo de autoconhecimento e domínio pleno sobre nossos pensamentos, sobre nossa vontade, teremos sempre Aquele que é o Caminho, a Verdade e a Vida, Nosso Amado Mestre Jesus Cristo, que nos dá o roteiro em seus ensinamentos e exemplos, de como conquistar a paz e a felicidade, deixando claro que para isso se fará sempre a necessidade do esforço, da luta, de carregarmos a nossa própria cruz, principalmente, porque, o nosso maior desafio será sempre o de superar a nossa própria inferioridade, alimentada por séculos e vidas de descaminhos e inconsequências.


Somos livres para pensar, para sentir, para agir, porém, escravos nos tornaremos, sempre que nos deixarmos arrastar pelo erro, pelo mal, mesmo quando este esteja disfarçado de felicidade e sucesso, de prazeres mundanos, fúteis e passageiros, que nos acarretarão apenas mais sofrimentos e dissabores futuros.


Sejamos donos do nosso destino, cientes do sacrifício do superar o próprio “eu”, aquilo que fomos, que ainda somos, em relação ao que desejamos, daqui em diante, nos tornar, neste processo de renovação e transformação que todo aquele que deseja evoluir precisa passar, até que encontre o pleno domínio sobre sua vontade, até que encontre a verdadeira paz que só o bem pode proporcionar.


Nesta luta nunca estaremos sós, nossos amigos e benfeitores espirituais estarão sempre presentes quando sincero for o nosso desejo de mudar para o bem, enriquecendo o nosso pensamento com o amor e o conhecimento que trazem, nos fortalecendo e potencializando nossa capacidade de assumir definitivamente o controle sobre o nosso ser eterno.


Que seja nossa vontade, que assim seja!    


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terça-feira, 14 de março de 2017

Ainda que distantes estejamos das conquistas íntimas...




Enquanto inúmeros espíritos tudo fazem para alcançar ou manter o seu equilíbrio, dedicando suas horas e seus esforços trabalhando na Seara de Jesus, outros, ainda não devidamente esclarecidos ou não interessados a tal, fracos e pusilâmes, satisfeitos por se entregarem aos desejos e paixões inferiores, desperdiçam seu tempo e sua energia nas regiões pesadas e negativas que formam a espiritualidade inferior, passando muitas vezes a influenciar, a se misturar e se infiltrar, entre nós, no plano físico de nosso planeta.


Os encarnados que com eles se identificam criam para si, afundados em seus erros e em seus vícios, uma couraça de miasmas negativos, instabilizando seu perispírito, seu corpo fluídico, dificultando sobremaneira a atuação à seu favor por parte dos bons espíritos, dos seus amigos e benfeitores espirituais, facilitando a influência perniciosa de seus perseguidores ou associados espirituais, afinados que passam a ser, com interesses e prazeres em comum, gerando uma simbiose, uma interligação, uma interdependência, que difícil se torna saber quem está prejudicando a quem, ficando o encarnado em dificuldade para viver de forma digna e de acordo com os conceitos cristãos, e o desencarnado cada vez mais se afastando dos reais objetivos de trabalho e estudo que a espiritualidade lhe franqueia, preferindo, ambos, estacionar e embrutecer, vivendo e se alimentando, reciprocamente, das energias negativas e deletérias oriundas do intercâmbio entre planos, absorvidos pela negatividade de pensamentos e de ações.


Quando mais o encarnado se identifica com a espiritualidade inferior mais difícil se torna de compreender e aceitar o que as forças positivas e do bem tem a lhe oferecer, ficando surdo às investidas e conselhos de benfeitores, e mesmo sofrendo, mesmo recapitulando erros e situações decorrentes de suas atitudes, escolhe por afastar-se cada vez mais da possibilidade de mudar, de se transformar, de sacudir o jugo do mal, do inferior que traz dentro de si e do que atrai das forças externas participes, obscurecendo cada vez mais sua capacidade de discernimento, de compreensão, de noção do certo e do errado, satisfeito que passa a ficar, temporariamente, de se alimentar de falsos prazeres, de ilusórias alegrias geradas pelo desvario, pela ilusão de felicidade e de poder que o mal carrega consigo.


Sempre teremos, entretanto, a solução, a resposta, o amparo, as ferramentas necessárias para reagir e superar a todos os chamados de nossa inferioridade milenar, disponibilizados que estão para todos nós, pela bondade e justiça divina, os preceitos que norteiam o valoroso homem de bem, quando nos predispomos, de fato, a sê-lo, quando escolhemos viver para servir e não mais sermos servidos, para tudo fazer ao próximo o que gostaríamos que ele nos fizesse, amando a Deus sobre todas as coisas, conhecendo e vivenciando o puro conceito da caridade, que envolve o perdão das ofensas, a paciência com os erros alheios, com nossos erros, o respeito pelas diferenças, a valorização da amizade, do carinho, do Amor, a tudo e a todos, vivendo conforme o Mestre nos ensinou, e de acordo com os exemplos que nos delegou, mesmo que conquistando-os passo a passo, lição a lição.


Ainda que distantes estejamos das conquistas íntimas do bem, nossos amigos e benfeitores espirituais levarão em conta, se assim agirmos, a vontade férrea de conseguir, a intenção sincera do renovar e recomeçar, dispostos estejamos de aparar as arestas, corrigir os defeitos, converter fracassos em sucessos, derrotas em vitórias, aprendendo a acertar e a caminhar de cabeça erguida, amparados pelo Amor do Cristo, com a nossa cruz, com o nosso fardo sobre os ombros, seguindo seus passos e tudo fazendo para um dia alcança-lo, unindo e reunindo o discípulo ao Mestre, em um amplexo de amor e de eterno agradecimento, de eterna gratidão, por nos ter, pacientemente, esperado, todos nós, todas as ovelhas que se desgarraram do rebanho, e que agora anseiam por retornar.


O Espiritismo nos traz, pela lei da reencarnação, o refrigério para mantermos acesa a chama da esperança, quando passamos a aceitar que por mais que tenhamos errado e nos desviado do caminho, a porta do arrependimento e do desejo sincero de transformação estará sempre aberta.


Se no erro, nos associamos aos que assim também agem, em uma recíproca influência, saibamos que, no bem, também poderemos ser agentes motivadores para que nossos antigos associados e adversários também venham a reconsiderar seus proceder, suas posturas, ajudando-os com nosso exemplo a que busquem dentro de si a força que os levará a avançar, de acordo com os parâmetros que a positividade de intenções apresenta, rumo a novos desafios, e mais altos voos,



Que assim seja então para cada um de nós, que seja no bem.


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terça-feira, 7 de março de 2017

Ninguém pode assumir nossos compromissos...





O que mais caracteriza aos laços familiares, principalmente os mais íntimos, marido e mulher, pais e filhos, irmãos e irmãs, geralmente, é a dependência cármica, positiva ou negativa, unidos todos pelos mais variados sentimentos, tendo como ápices, o amor ou o ódio, a amizade ou a inimizade, quando almas afins e de alguma forma ligadas e entrelaçadas pelo passado, por situações geradas em outras vidas, vem agora ao plano físico com um objetivo em comum, seja ele qual for, idealizando a correção de erros, o resgate de dívidas, o amparo e orientação unilateral ou mútuo, o fortalecimento de sentimentos do bem, ou a transformação dos sentimentos gerados pela inferioridade humana que ainda os venham a dominar.


Ainda que sendo a ligação que nos une aos entes queridos, forte e determinante, para a nossa atual necessidade evolutiva, não podemos esquecer e desconsiderar que somos individualidades eternas, cada uma com seu cipoal de conhecimento e experiência adquirido, com suas dívidas a resgatar, com suas missões a cumprir, em diferentes estágios, o que nos leva a ter a necessidade de viver de acordo com o que temos a oferecer, e a receptividade que temos a apresentar. 

Ao reconhecermos que somos únicos, como nossas qualidades e nossos defeitos, com o que conquistamos e com o que ainda nos falta conquistar, mais preeminente se faz, podemos dizer, a "obrigação" para com nossa própria consciência, de respeitarmos as diferenças, por mais que estejamos amparados pela melhor das intenções para aqueles que conosco dividam o mesmo teto, ou que façam parte relevante de nossas existências.


Por excesso de zelo, por uma concepção distorcida de amor, por vezes, nos deixamos levar pelo ciúme, pelo sentimento de posse, querendo que nosso ente querido enxergue ao mundo pelos nossos olhos, esquecendo ser ele um ser individual e com sua própria história cármica, tendo desta forma prioridades de aprendizado e trabalho diferentes das nossas, onde sua vitória íntima não estará onde julgamos ou sabemos estar a nossa, quando equivocadamente pretendemos julga-los e posiciona-los para que venham a seguir aos nossos passos, ou agir de acordo como agiríamos nas situações que estejam enfrentando.


Sentimos na própria pele o peso dessa postura quando somos nós o oprimido, o vigiado, o manipulado, quando nossos entes queridos tentam nos impor a sua forma de pensar, de agir, de ver o mundo, quando julgam saber o que é melhor para nós, quando na maioria das vezes não sabem nem mesmo o que é o melhor para si mesmos, o mesmo que ocorre conosco quando tentamos nos arvorar de mestres ou de “donos” de alguém.


Muitas vezes não nos sentimos felizes, em nosso íntimo, nem mesmo com a nossa vida ou pela forma que fomos criados, mas como nos fizeram crer que assim era o correto, sem atinar e sem avaliar, decidimos impor e passar adiante aos que agora são nossos dependentes os mesmos princípios, agindo assim nas mais diversas frentes, querendo que nossos tutelados estudem nas mesma escolas que estudamos, conheçam os mesmos lugares que conhecemos, façam as mesma coisas que fazíamos, e que reajam as situações da mesma maneira que costumávamos reagir, mesmo que em nosso íntimo, no passado, reprovássemos este ou aquele procedimento que nos ensinaram.


Equivocadamente, por vezes, tentamos impor este nosso passado também aos nossos companheiros, nossos cônjuges, querendo que nosso relacionamento seja igual aos dos nossos pais, dos nossos avós, sem atinar que, na verdade, nem mesmo sabemos se eles sejam ou tenham sido felizes, sem perceber que nosso parceiro ou parceira, tem uma visão de vida familiar diferente da nossa, vindo de um mundo diferente, de valores mais ou menos parecidos, e que, se realmente lhes temos amor, nos cabe aos poucos, conhecer e respeitar, caso o nosso interesse seja, de fato, fortalecer e estender ao vínculo que hora nos une.


As diferenças de personalidade, de forma de agir e de pensar, variam ao infinito, decorrentes da experiência pessoal de cada um, dos valores que escolheram para si, e, principalmente, de seu histórico cármico, daquilo que fez e conquistou em outras vidas, e de suas passagens mais ou menos longas pelo plano espiritual, onde, por mais que já tenhamos vínculos pretéritos a nos unir, erros a resgatar, débitos a ressarcir, os conhecimentos a adquirir, e os sentimentos a transformar, são únicos e pertencentes a cada um, por mais que sejamos mais ou menos ligados na intimidade a este ou aquele irmão do caminho.


Ninguém pode assumir nossos compromissos, ninguém pode alcançar as nossas vitórias e conquistas, mas podemos, sim, caminhar juntos, paralelamente, forjando ou relaxando laços, ajudando-nos mutuamente a crescer, ou, infelizmente, a nos perder, como tão comumente ainda acontece em nosso planeta de provas e expiações.


Desta forma, nós, como cristãos, como espíritas, o que nos cabe, é aprender a respeitar e tolerar as diferenças, compreender que cada um vive um momento único em sua existência milenar, não buscando impor regras e conceitos, não querendo criar receitas infalíveis de felicidade, não gerando parâmetros para os outros porque não sabemos quais são suas necessidades, quais são suas prioridades nesta existência física, aprendendo a aceitar cada um como é, mesmo que não venhamos a concordar com sua forma de agir e de pensar, seja ele um ente querido, um amigo, um conhecido, ou até mesmo um momentâneo adversário.


A melhor forma de chegarmos intimamente a este estágio, a conquistar a este equilíbrio íntimo, a este poder de discernimento, será sempre o de basearmos nossa existência nos ensinamentos e nos exemplos do Cristo Jesus, buscando sermos humildes para compreender a necessidade do perdão, do dar e do pedir, do não julgar para não ser julgado, do não atirar a primeira pedra se não estivermos sem pecado, do reconciliar com o inimigo enquanto no caminho estivermos com ele, e, essencialmente, do amar a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a nós mesmos.


Temos o dever de buscar ajudar a quem conosco vive, principalmente, dentro do nosso próprio lar, mas sem nunca violentar ao seu direito de decidir a sua própria vida, tendo como lembrança que não somos perfeitos, que não temos a resposta para todas as perguntas, que não conhecemos nem mesmo a nossa própria história milenar, quanto mais aos dos nossos irmãos do caminho, e que, em questão de paciência, o Mestre, conosco, assim como nossos benfeitores espirituais mais diretos, a tem ao infinito, já que, apesar de todos os nossos erros, estão eles sempre ao nosso lado, sem nunca desistir, acreditando sempre que um dia, em definitivo, iremos compreender que só o amor em sua plenitude é o caminho para nossa evolução eterna.



Que aprendamos então, que assim seja!  



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quinta-feira, 2 de março de 2017

Para que possamos sempre avançar...






Somos sim, individualidades eternas, mundos únicos, em nossa essência, da Criação Divina, cabendo a cada um suas escolhas, suas atitudes, determinar suas prioridades e detectar suas necessidades, assim como o tempo e a energia que pretende dispor para sua própria ascensão, para seu progresso, para crescer de acordo com o objetivo maior que nos une em uma única direção, a perfeição!


Passo a passo, lutando corajosamente, quando assim determinados, contra nossas imperfeições, contra nossos vícios, nossas paixões inferiores, nossos medos, nossas dúvidas, gradativamente, vamos desenvolvendo energias positivas, a intelectualidade, quando compreendemos a necessidade do estudo, nossas habilidades, quando já fazemos do trabalho, honesto e digno, a fonte principal para nossas conquistas.


Aos poucos, agregamos a nossa postura, a nossa forma de pensar e de agir, os valores morais e éticos, aprendendo a respeitar a sociedade onde estamos inseridos e ao próximo com quem convivemos, seja de forma íntima, através de nossa família e de nossos amigos, ou em relações mais esporádicas e menos incisivas, como companheiros de trabalho, de lazer, ou fugazes encontros no dia a dia de nossa existência no plano físico.


Com essas conquistas, os sentimentos nobres vão substituindo a outros, negativos e destrutivos, quando a fraternidade, a tolerância, a amizade, o perdão, a caridade, e, principalmente, o amor, se sobrepõe na maioria das vezes aos que, até então, nos mantiveram na retaguarda da evolução espiritual, como o egoísmo, o orgulho, a vaidade, a usura, entra tantos outros ligados a negatividade e a inferioridade humana.


Para isso, nossa vontade, nosso desejo de transformação para o bem, não deve prescindir da fé, da certeza de um Poder Maior a velar por nós, e nos possibilitar todas as ferramentas necessárias para que venhamos a nos renovar, enfrentando nossas tendências negativas, ressarcindo dívidas contraídas, com o próximo, com o todo, com nossa própria consciência, corrigindo erros, aprendendo a transforma-los em preciosas lições, para que não mais venhamos a recalcitrar.


Como espíritas, melhor devemos compreender a estas questões, por já termos como base a lei da reencarnação, da causa e efeito, da pluralidade de vidas e de mundos, onde estende por um tempo muito maior de que alguns míseros anos como encarnados, as infinitas possibilidades de crescimento, de aprendizado, não nos condenando assim, sob nenhuma hipótese, a uma eternidade de sofrimentos por alguns erros cometidos, da mesma forma que não teremos a um beatífico paraíso por poucos acertos e sinceros arrependimentos.


O Pai Maior, porém, em sua infinita justiça e bondade, nunca desampara a nenhum dos seres de sua criação, por mais que nos afastemos do caminho que nos levará a elevação espiritual, quando age no homem exatamente através do próprio homem, sem milagres, sem ações onde o maravilhoso impere, mas sim, sempre se utilizando de um ser no socorro e no amparo a outro ser, nas mais infinitas formas, sempre o superior auxiliando ao inferior, o mais forte ao mais fraco, o mais capaz ao menos incapaz, o são ao enfermo, em situações por vezes até mesmo alternantes, onde hoje quem ajuda amanhã vem a ser o ajudado, o que ensina, mais adiante aprende, em uma troca constante de posições de acordo com a necessidade e o equilíbrio ao qual já conseguimos atingir, e a experiência que já conquistamos, através do estudo ou da própria ação.


Desta forma, não há quem não precise, em algum momento de sua existência, do arrimo e da orientação de algum irmão do caminho, onde vítimas e algozes se confundem, assim como professores e alunos, médicos e pacientes, orientadores e orientados.


Ninguém é superior ou inferior a ninguém, apenas nos encontramos em estágios diferenciados, onde cada um, por seu livre arbítrio, escolhe para si o caminho que irá percorrer, elegendo o que mais prioriza e deseja, ciente que toda ação irá gerar uma consequente reação, de acordo com aquilo que produzir.


Amigos, cúmplices, associados, adversários, irmãos, iremos conquistando de acordo com aquilo que formos plantando em nossa jornada diária, quando elegemos nossas companhias, e as situações pelas quais iremos passar, indubitavelmente, porém, aprendendo, seja pela dor ou pelo amor, avançando na velocidade que determinarmos para nós, sob o constante amparo de Deus, e das forças superiores que subordinadas a Ele regem o nosso Universo, onde cada um de nós, por menor que seja, faz a sua parte para que venhamos a crescer sempre em busca do melhor que nossa existência eterna tem a oferecer.



Que hoje seja, diferentemente de outras experiências, no bem, para que possamos sempre avançar.



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