quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Reflitamos, e façamos nossas escolhas...






Todos nós, quando dispostos a servir, estaremos aptos a dar a nossa parcela para que as forças do bem se estabeleçam e ganhem força em nosso planeta, caminho natural que este já percorre, como tudo aquilo que é da criação divina, e tem um objetivo útil no contexto universal, estando assim, tanto o homem, como a natureza como um todo, em constante processo de renovação e mudança, sempre crescendo, não mais retroagindo em suas conquistas, ainda que nós, como seres imperfeitos, não consigamos a isso apreender e compreender.


Cada qual, de acordo com sua capacidade atual de realização, age dentro de suas possibilidades, suas prioridades, e daquilo que a espiritualidade superior projeta para ele, sempre visando a evolução, a corrigenda, a readequação de valores e ações, desde que estas, como comumente acontece em nosso atual estágio, fujam dos parâmetros ideais evolutivos a que todos estamos sujeitos, ainda que resistamos em aceitar.


Nesta jornada rumo a ascensão, como há a escala evolutiva dos mundos, que coloca a nossa Terra ainda em uma posição inferior, caracterizada por um local de provas e expiações, também há a jornada individual, de cada ser criado e gerado pelo Nosso Pai Maior, seja qual for o reino da natureza que a sua essência atualmente se encontre, sempre direcionando-se no objetivo de agregar, de ampliar, de conquistar, ainda que o embrutecimento torne isso natural e aleatório por um longo período de séculos de lutas e transformação.


Há mais de dois mil anos, tivemos como humanidade civilizada e pronta para mais altos voos, a passagem entre nós, do Governador de Nosso Planeta, Nosso Amado Mestre Jesus, para, baseado na Lei já apresentada aos homens por outros que o antecederam, definir de forma objetiva e clara, os parâmetros necessários para a conquista de novos patamares evolutivos, não só individuais, mas da sociedade como um todo, apresentando a importância da conquista e valorização de sentimentos até então deixados para segundo plano, considerados não condizentes com o poder e as glórias que o mundanismo humano até então representava, sentimentos essenciais para que venhamos a crescer e avançar, sentimentos que nos levam ao equilíbrio, a pacificação espiritual e mental, todos ele baseados no amor, mas que se subdividem de acordo com a negatividade que até então a humanidade terrestre carregara, como a caridade, a bondade, o respeito, a tolerância, o perdão, a simplicidade, a humildade, e tudo mais que leva o ser humano a enxergar no próximo não um inimigo, não um adversário a ser vencido, mas a um irmão, tão carente de compreensão e carinho como ele mesmo o é.


A Doutrina Espírita, ratificando a estes conceitos, veio trazer a base racional para que possamos, pelo estudo, pela compreensão científica e a religiosidade pura, conhecer a essência da vida em sua eternidade, através da sublime lei da reencarnação, da pluralidade das existências, dos mundos, da causa e efeito, da necessidade preeminente de alijarmos nossa negatividade, nos reeducarmos em nossos pensamentos, em nossas palavras, em nossas ações, lutando contra nossos instintos inferiores, contra os vícios e seus falsos prazeres, contra as paixões degradantes, e os sentimentos que impedem que venhamos a desenvolver o que de melhor trazemos dentro de nós, sentimentos como o egoísmo, a vaidade, o orgulho, a prepotência, a preguiça, o medo, a dúvida, entre tantos outros fatores impeditivos para que possamos explorar toda a positividade a qual todos nós devemos alcançar e desenvolver.


Evidente que basta olhar ao redor para vermos que a nossa sociedade ainda traz em si os mesmos fatores negativos que a sociedade da época do Mestre trazia, ainda valorizamos as conquistas meramente materiais, o desprezo pelos valores morais, a busca insana pelo poder, a usura, a ganância, a sexualidade desequilibrada, mas, é inegável, o esforço que esta mesma sociedade faz para melhorar, haja visto as leis mais brandas, que protegem aos mais fracos, as minorias, como também a valorização da tolerância e do respeito pelas opiniões contrárias, pela liberdade de escolha, pelo direito que cada um tem, dentro dos parâmetros do bem e da legislação vigente, de ser feliz, de procurar o melhor para sim, livre de preconceitos, de segregação, de discriminação.


Ainda que muitos ameacem a estas conquistas, que tentem voltar a intolerância que sombreou a nossa sociedade em todos os tempos, presos ao orgulho de casta ou de falsos parâmetros morais, é irreversível o avanço do bem, da sublimidade de intenções, da valorização da vida, do direito de sermos o que desejarmos, livres para lutar por nossas conquistas dentro daquilo que elegemos como ideal de vida, sempre que baseados nos ensinamentos e exemplos do Cristo Jesus.


Como individualidade, precisamos definir para nós o que desejamos, quais são nossas prioridades, nossos desejos, nossos objetivos, e por eles lutar, sem esmorecer, considerando sempre a importância do estudo, do trabalho, da determinação, e da disciplina, ainda mais quando estes estão ligados a Doutrina Espírita, quando nela buscamos desenvolver tarefas ligadas a nossa evolução e ao auxílio, ainda que pequeno, ao próximo, quando se torna de fundamental importância a valorização do nosso tempo e de nossas energias, focando naquilo que é útil e produtivo para que venhamos a nos tornar, de fato, efetivos seareiros da Seara do Mestre, não mais nos escorando e recorrendo ao negativismo de sentimentos que alimentamos por séculos, por vidas.


Reflitamos, e façamos nossas escolhas, cientes sempre que delas decorrerão tudo aquilo que o nosso futuro reserva.



Que seja na paz, que seja no bem, que seja com muito Amor!  






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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Ninguém é obrigado a nada...




Muitos ainda, apesar da aparente intenção de se tornarem efetivos tarefeiros da seara espírita, apesar de não mais praticarem deliberadamente o mal, de tudo fazerem para não se entregarem a vícios e paixões degradantes, preferem, através das mais estranhas e incompreensíveis justificativas, adiar, deixar para um momento mais propício, que por experiência sabemos tardar a acontecer, isso quando acontece, o ato efetivo de contrair compromissos, de assumir responsabilidades concretas, seja qual for a frente de trabalho, dentre as inúmeras que as lides espíritas oferece.


Gostam de assistir palestras, de frequentar as reuniões públicas, de receber o benefício do passe, de levar esporadicamente algumas roupas usadas e alguns mantimentos para os irmãos mais carentes, porém, preferem não se envolver em nada que exija sua participação mais contínua, mais regular, que envolva dias e horários específicos.


Não estudam regularmente os princípios evangélicos e os conceitos doutrinários porque não gostam de ler, ou por não terem “tempo”, ou por consideram os livros da codificação trazidos por Allan Kardec de difícil compreensão, ou entediante leitura, preferindo assim conhecer superficialmente aos princípios, se apegando unicamente no que ouviram em uma ou outra palestra a que assistiram.


Não entram para a equipe de organizadores e dirigentes, quando já algo entendem dos preceitos doutrinários, por se acharem incapacitados para tal ou por não disporem de tempo, justificativa também utilizada com constância para não entrarem na equipe das tarefas mediúnicas, nos que providenciam a limpeza e a organização do ambiente, nas ações assistenciais junto aos mais carentes, na visita aos hospitais, aos presídios, aos moradores de rua.



Problemas pessoais, incapacidade intelectual, imperfeição espiritual, enfermidades físicas, timidez, medo, além da já citada falta de tempo, são as constantes justificativas e desculpas nas quais se agarra para não interagir mais incisivamente nas tarefas do centro que frequenta, preferindo agir a margem, quando tiver vontade, quando não for atrapalhar a outras atividades de sua agenda diária.


Não devemos, e nem temos capacidade para tal, para esmiuçarmos os reais motivos que levam ao frequentador da casa espírita a não doar mais de si em prol das atividades que sabemos ser uteis, e por vezes, essenciais, a inúmeros irmãos em desequilíbrio, tanto em estágio no plano físico como no espiritual, talvez sentimentos como o egoísmo, a preguiça, o orgulho, a vaidade, também sejam agentes influenciadores para que assim procedam, mas não cabe a ninguém julgar, porque nós mesmos, se pararmos para avaliar, teremos sempre muita mais condições de trabalho e de ação do que atualmente dispomos, onde infelizmente, porém, continuamos a priorizar o mundanismo e a futilidade de nossa sociedade, como membros ativos que dela somos.


O mais estranho, ou talvez não, já que isso também é comum no ser humano, é que mesmo assim fazem questão de tomarem para si o título de espírita, como deve ocorrer também nas demais correntes religiosas, onde o termo “não praticante” tão comumente é usado, sem terem a noção exata que um título serve exatamente para identificarmos aquilo que somos dentro do conceitual que ele carrega em si, fato que, nestes casos que citamos, em nada condiz com a verdade dos fatos.


Ainda dentro desta linha de pensamento, até mesmo para os espíritas mais ativos e devidamente engajados nas frentes de trabalho e estudo que o Espiritismo oferece, faz-se necessário a vigilância e a constante avaliação da própria conduta, para que não venhamos a nos afastar do objetivo principal que é a reforma íntima, a transformação espiritual para o bem, principalmente quando nos atemos tanto ao conceitual, a teoria, as ações efetivas, ao comparecimento disciplinado aos compromissos assumidos, que nos esquecemos de por em prática, em nosso dia a dia, os sentimentos positivos e nobres que devem ser os principais agentes norteadores daquele que segue, ou que pretende seguir, os ensinamentos do Mestre Jesus.


A caridade, a humildade, a honestidade, a alegria, a facilidade de perdoar e compreender as diferenças evolutivas, o não julgar, deve ser os sentimentos que predominam em nosso íntimo e em nossas ações, não só quando entre as paredes do nosso centro, junto aos nossos companheiros de Doutrina, mas, também, e principalmente, devem se estender ao nosso lar, com a nossa família, os nossos amigos, em nosso trabalho, em nosso lazer, nas mais simples situações que venhamos a enfrentar durante nossa existência diária.


Termos ou não tempo para cuidarmos de nossa renovação espiritual, de participarmos efetivamente de ações que venham a nos beneficiar e aos nossos irmãos do caminho, de acordo com os conceitos cristãos e os preceitos espíritas, dependerá sempre do que priorizarmos para a nossa vida.


Ninguém é obrigado a nada, não é fator condicionante para sermos felizes e conquistarmos nossa vitória espiritual sermos espíritas, católicos, budistas, mas, desde que desejemos nos dedicar a algo, seja o que for, que o façamos de corpo e alma, com todas as possibilidades realizadoras que possuímos, caso contrário estaremos desperdiçando o que mais de precioso temos, o nosso tempo, juntamente com o que de mais precioso Deus nos deu em nossa romagem terrestre, a nossa energia vital, tudo devidamente adequado a nossa possibilidade de discernir, de decidir, de escolher, tendo cada um a liberdade, o livre arbítrio para escrever sua própria história.


O que podemos dizer e dela esperar, por nós, é que nossa história seja de menos promessas e títulos, e mais de ações e realizações.


No bem, sempre no bem.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Inúmeros serão os percalços que surgirão...





Para todo serviço que tem como objetivo acrescentarmos algo nas tarefas do bem, entre eles, aqueles que desenvolvemos na seara espírita, precisamos possuir, não a perfeição, pois, esta não se encontra no atual estágio evolutivo do nosso planeta, de provas e expiações, mas a disciplina e a perseverança de levarmos a efeito os esforços para que, como instrumentos das forças superiores, estejamos devidamente capacitados, preparados, habilitados, para que nossa sintonia seja a mais límpida possível com nossos benfeitores e mentores espirituais.



Para que efetivemos nossa participação nos labores doutrinários, precisamos lembrar que, em nenhum momento, haverá por parte daqueles que nos são superiores, e que nos guiam e orientam do plano espiritual, qualquer tipo de constrangimento ou exigência, nenhuma imposição ou obrigatoriedade, respeitado que será, sempre, o nosso livre arbítrio, isso, por mais que tenhamos nos comprometido em participar e auxiliar nos trabalhos e estudos que deverão ser executados e levados a efeito.



Porém, se aceitamos e, de fato, estamos propensos a realiza-los, precisamos ter a hombridade e a responsabilidade de executa-los a contendo do que se espera de um tarefeiro do Espiritismo Cristão, nos mantendo vigilantes para não permitir que nenhum sentimento negativo, nenhuma ação inferior, venha conturbar nosso equilíbrio íntimo, assim como o do ambiente onde formos chamados a interagir.



Os principais prejudicados, sempre, quando desviados estivermos dos objetivos maiores em nossas tarefas, seremos nós mesmos, quando incorreremos no erro de desperdiçarmos energia e tempo, sem que os objetivos principais venham a ser conquistados, com o agravante de termos que assumir as responsabilidades por tudo que deixar de ocorrer por todo bem não realizado, assim como, do mal que esta ausência, ou esse desleixo sobre nossos compromissos, tenha gerado.



Para servirmos dignamente nas tarefas do bem, sejam elas inerentes as tarefas do centro que frequentamos, ou ações externas, como as assistenciais, temos que procurar sermos bons, dentro daquilo que esta concepção representa, disciplinando-nos de acordo com nossas responsabilidades, sem perder o entusiasmo e, principalmente, o desejo sincero de servir, de ser útil ao próximo, de forma sincera, nos preocupando em orarmos e vigiarmos para não sermos surpreendidos por nossas próprias imperfeições, ou pelo negativismo ainda vivo em estado latente em nosso íntimo, oriundo de outras experiência carnais, ou de estágios mal aproveitados quando no plano espiritual.



O amor em servir, em ser útil, sem nada esperar em troca, sem julgar, sem questionar, sem selecionar ou elitizar a quem desejamos ajudar, essa deve ser a nossa postura ideal, tudo de acordo com a essência da conduta cristã, baseada na simplicidade da parábola do bom samaritano, onde o que contou não foi a posição ou o destaque social, o poder ou as posses materiais, mas unicamente a boa vontade, a boa intenção, a atitude, e a ausência do prejulgamento, do preconceito, quando aquele que serviu o fez unicamente no interesse de ajudar, sem medir, sem questionar, sem ponderar prós ou contras, como tão comumente temos o hábito de fazer em nossa luta diária, ainda mais quando nossas ações se baseiem na caridade, no auxílio ao irmão necessitado, quando regras e imposições geradas por nós mesmos, só vem sobrecarregar e retardar ainda mais as ações de benemerência a que nos propomos realizar.



Inúmeros serão os percalços que surgirão sempre no caminho do trabalhador de boa vontade para que ele não venha a levar a efeito suas intenções no bem, ainda mais se recente é essa sua postura, tal a ligação que ainda possui com antigos adversários e cúmplices  no erro e no crime, porém, se sincera for sua intenção, certo é que poderá contar sempre com o amor e o arrimo de seus protetores espirituais, assim como também, dos protetores daqueles que se propõe a socorrer, a servir, a ajudar.



Ao final, como sabemos, o maior adversário a vencer seremos sempre nós mesmos, a nossa milenar preferência pelo caminho considerado mais fácil e prazeroso, das paixões, dos desregramentos, dos vícios.



Porém, se o inimigo é persistente, não é invencível, ainda mais que poderemos contar, se assim o desejarmos, com armas como a boa vontade e disciplina, a fé e a determinação, a coragem e o amor, quando, baseando nossa postura nos ensinamentos e preceitos cristãos, teremos amplas possibilidades de vencer e avançar, passo a passo, seguros naquilo que desejamos, que temos por direito conquistar, tal qual filhos de Deus que somos, livres para escolher, presos, porém, as consequências de nossas decisões.



Que sejam laços de amor, de caridade, de perdão, de amizade sincera, a nos prender, nos dando amplas condições de alçar mais altos voos, abertos a novas conquistas e infinitas possibilidades de aprendizado e crescimento.




Que seja assim, que seja sempre no bem!     

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Que seja no bem, que sejam do bem...






A perfeição é possível, e inerente a todos nós, filhos de Deus, seja qual for dos infinitos céus que formam o nosso Universo estejamos, ainda que muitos de nós a considerem utópica, baseados principalmente na imensurável e indefinida distância que dela estamos separados, tal o nível de inferioridade de desejos, de prioridades, de escolhas e ações que compõe a humanidade do nosso globo terrestre.


Se desejarmos considerar esta distância baseados em parâmetros mais próximos a realidade em que vivemos, basta avaliar o quanto ainda estamos distantes de nossos mentores e benfeitores espirituais, tal a notícia que deles temos através da extensa e rica literatura espírita, ou em contato direto com eles através dos contatos mediúnicos nas tarefas dos centros que frequentamos, onde vemos o discernimento, a paz, a bondade, o senso de justiça, o amor, nas elucidações que nos apresentam, nas soluções que nos trazem, na postura de pleno equilíbrio frente as mais complicadas situações, abrangendo suas ações ao maior números possível de irmãos envolvidos, estejam eles encarnados ou desencarnados, além da capacidade íntima de avaliar ações passadas, presentes e até mesmo futuras, como meios de locomoção, de expressão, de leitura situacional, que vai muito além dos nossos mais valorosos e sinceros esforços.


Conscientes, entretanto somos, ou deveríamos ser, do quanto ainda somos imperfeitos e carentes da noções básicas para encetarmos, de fato, a esta jornada evolutiva a qual todos estamos de igual maneira predestinados, haja visto que fomos criados em igualdade de condições e de possibilidades, onde cada um, desde seus primeiros passos, por seu livre arbítrio, escolhe para si os caminhos que o levará a esta condição de ascensão.


Presos ainda estamos aos mais rudimentares sentimentos inferiores, onde a inveja, a vaidade, o ciúme doentio, o egoísmo, o orgulho desmedido, a usura, a cobiça, a prepotência, o ódio, são preponderantes na maioria das escolhas que levamos a efeito durante nossa existência diária, mesmo que procuremos os esconder atrás de máscaras de civilidade, traídos quase sempre nos mais singelos gestos, nas mais banais posturas que apresentamos.


Ainda que já voltados ao bem, que não mais tenhamos o desejo de ninguém prejudicar, de voluntariamente tomar qualquer atitude desonesta, ilegal, que venha prejudicar ao próximo, a imperfeição que ainda vigora em nossa sociedade humana, leva a nos emaranharmos no cipoal de erros que acabam por prejudicar a nós mesmos, ainda que indiretamente repercutam no bem estar do próximo e da sociedade onde estamos inseridos, onde sentimentos como o medo, a dúvida, o pessimismo, a displicência, a preguiça, a leviandade, e, principalmente, a entrega a paixões degradantes e a vícios, onde os excessos de todos os tipos, acabam por nos afastar das melhores possibilidades de evolução e crescimento, tirando-nos do foco principal que deverá se basear sempre nas conquistas espirituais e intelectuais, voltadas ao bem e as infinitas possibilidades de atuação junto a evolução de nossa humanidade como um todo.


Essencial que estejamos engajados na luta não só pelo nosso melhoramento e a nossa transformação íntima, mas também, e em igual proporção, dentro de nossas forças e possibilidades, quanto ao melhoramento da nossa sociedade, sendo membro atuante na luta pelo desenvolvimento social, pelas melhores condições de vida para todas as classes, com oportunidades justas, e o mínimo de decência e respeito que todo ser humano merece para viver de forma produtiva.


Ninguém conseguirá ser plenamente realizado e feliz, no bem, se no leito ao lado estiver um irmão gemendo de dor e de sofrimento, mesmo que este nos seja desconhecido, pois se não há equilíbrio geral, de uma forma ou de outra, estaremos no meio do desequilíbrio, e seremos por ele afetados, independente do quanto já tenhamos conquistado.


Parâmetro Maior para essa conquista individual, indicaremos sempre ao Nosso Amado Mestre Jesus Cristo, seus exemplos, seus ensinamentos, sua postura frente as mais difíceis situações, até mesmo quando injustamente sofreu as maiores agressões e humilhações no calvário redentor, quando sempre se manteve equilibrado, justo, lúcido, quando nos motivou a agir com bondade, com caridade, com amor, frente a mulher culpada que iria ser legalmente apedrejada, quando nos trouxe a figura do samaritano e da pobre viúva como exemplos maiores de solidariedade e respeito, quando condicionou nossa vitória íntima ao perdão incondicional, não de sete, mas de setenta vezes sete, a não atirarmos nenhuma pedra se caso também já tivéssemos pecado, e muito pecamos, que nos reconciliássemos com nossos inimigos enquanto no caminho com eles estivermos, e, essencialmente, que carreguemos nossa própria cruz caso segui-Lo desejarmos.


Prioridades, cada um de nós deverá escolher e definir as suas, assim como, também, as escolhas e decisões que formarão sua existência diária, sabedores que, em nenhuma circunstância, poderemos fugir das consequências naturais que cada uma delas vir a gerar.


Ao plantar batatas, invariavelmente, colheremos batatas, por mais desculpas, justificativas, atenuantes, tentemos encontrar para não vir a colhê-las, sendo que só depois de muito esforço, de muito trabalho, de muita dedicação, poderemos revolver a terra para novo plantio, quando então, novamente, agora com mais experiência, caberá a cada um escolher e selecionar as novas sementes que irá fazer florescer.


Que seja no bem, que sejam do bem.




Que assim seja!                        

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Tudo nos é permitido...




Disciplina, palavra fundamental para todo aquele que assume o compromisso de algo produzir, de algo adquirir, concentrando toda sua ação e toda sua atenção para o fim que almeja alcançar, ciente que a displicência, a invigilância, a desatenção, distorcerão os parâmetros a serem seguidos, tirando-lhe o foco, e fazendo com que, indevidamente, se afaste daquilo a que se propôs, estando fadado por este motivo, ao fracasso, parcial ou completo, ao realizar as tarefas que deveria leva-lo ao ideal proposto.



É inevitável, se não nos esforçarmos para algo conquistar, se não traçarmos as diretrizes básicas para este intento, se não as priorizarmos, que nos percamos no caminho, confundindo intenções com ações efetivas, transformando sonhos em ilusões, nos distanciando aos poucos, sem que disso percebamos, dos nossos planos, engolfados em dúvidas, receios, adiamentos, perdendo oportunidades e gerando dificuldades reais ou imaginárias.



Tudo nos é permitido, e quando equilibrados, possuímos o discernimento para não alçar voos maiores que permite a nossa capacidade, sabendo galgar degraus com precisão e constância, regularidade e disciplina, ainda que por vezes seja necessário conter a ansiedade, sabendo agir de acordo com as possibilidades, com os quadros que se apresentam, sabendo avaliar a hora de avançar, de recuar, de mudar os planos, de recomeçar ou levar a efeito um novo começo.



Assim devemos agir com todos os nossos objetivos, com nossos ideais, com aquilo que desejamos para nós, planejando, avaliando, agindo, de acordo com nossas possibilidades, nossas habilidades, buscando não desperdiçar tempo e energia com qualquer coisa que nos distraia, nos tire o foco, que faça com que venhamos a nos afastar, a não agir de acordo com que a situação exige, tudo isso claro, dependendo do grau de importância e relevância que a situação em si tem em nossa existência.



Assim devemos agir também, naturalmente, quando nos referirmos ao desejo, quando sincero e real, da nossa transformação espiritual para o bem, não nos deixando arrastar por nada que atrapalhe a nossa ascensão, cientes que nada conquistaremos de uma hora para outra, por um passe de mágica, já que as inferioridades que alimentamos em nosso íntimo já datam de muito tempo, de muitas vidas.



Em contrapartida, também não podemos em nenhum momento desanimar, nos entregar a lamentações, ao hábito de nos considerarmos destinados a ser de uma forma ou de outra, muitos até recaindo no erro de se considerar “assim mesmo”, de ter “nascido assim”, de seus pais “serem assim”, ignorando o fator básico que aqui estamos exatamente com o objetivo de evoluir, de nos renovar, deixando para trás o homem velho e nos revestindo de novas energias, novas habilidades, baseadas em novas perspectivas, atentos para aproveitar todas as oportunidades que a vida nos oferecer, assim como as que tivermos as condições de criar.



Um dos principais fatores que deveremos sempre levar em conta para que venhamos a evoluir como individualidade humana e eterna, é a razão principal que nos faz desejar atingir a um determinado objetivo, onde, se esta se baseia unicamente em necessidades materiais ou desejos inferiores, ligados às paixões humanas, dificilmente iremos, ainda que as conquistemos em sua plenitude, nos sentir bem, satisfeitos, motivados a empreendermos mais complexos aprendizados, mas relevantes tarefas, porque o anseio de acumular que muitos têm, vêm exatamente da insatisfação natural que o que tanto anseiam carrega em si, por ir contra os objetivos maiores que todos trazemos gravados dentro de nós, e que, insistentemente, por séculos, preferimos ignorar e menosprezar.



Valorosas são as conquistas materiais quando a elas não nos submetemos, quando as desejamos para nos dar o equilíbrio para vitórias inerentes a nossa elevação espiritual, sendo estas sim, a bagagem que nos irá acompanhar por nossa infinita jornada evolutiva, que poderemos levar por onde formos, estejamos aqui, no plano físico, em novas romagens, ou quando em ação na nossa verdadeira pátria, a espiritual.



Independente do que priorizarmos e desejarmos, sejam conquistas ligadas a matéria ou ao espírito, a base principal deverá ser sempre os conceitos cristãos, de amor e paz, de perdão e concórdia, de respeito e tolerância, de disciplina e humildade, de caridade e desenvolvimento intelectual, não desperdiçando tempo e energia com sentimentos e atitudes que em nada acrescentarão ao nosso espírito eterno, nada que seja ligado as paixões e aos vícios, aos sentimentos inferiores e degradantes, haja vista que, caso avaliemos com cuidado a nossa volta, dificilmente encontraremos o mais próximo que podemos chegar da felicidade nesse mundo de provas e expiações, junto aqueles que escolham para si o erro, o crime, a cobiça, a usura, a inveja, o egoísmo, o ciúme, a ambição desregrada e desmedida.



Tudo nos é permitido, saibamos escolher, saibamos priorizar, que seja sempre na paz do Nosso Senhor Jesus Cristo, seja qual for o caminho.




Que assim seja!