quarta-feira, 18 de outubro de 2017

A civilização humana só irá avançar...




Entre os encarnados, no plano físico, nos países mais avançados, e nos que buscam ativamente adquirir o mesmo desenvolvimento, já existe um bom senso em comum onde, para que as pessoas possam vir a conquistar seus objetivos, para que elas consigam agregar à sua personalidade valores como o respeito, a solidariedade, o senso de justiça, da caridade, e que esses mesmos valores se estendam a todas as classes sociais, dos mais ricos aos mais pobres, imprescindível que se invista o máximo possível de recursos e medidas na mais preciosa das ferramentas para estes devidos fins: a Educação!



Ela, a educação, é a base para o crescimento e o equilíbrio positivo e produtivo de qualquer sociedade, para que esta venha a progredir de forma justa e pacífica, beneficiando a todos, sem exceção, combatendo e eliminando os privilégios de qualquer espécie, garantindo a todos a igualdade de direitos, assim como também, o de deveres para com o todo, aonde o mais forte irá sempre buscar amparar e auxiliar na evolução e no bem estar do mais fraco, e não subjuga-lo, como comumente acontece já há milênios no processo de formação de nossa civilização.


A educação está ligada basicamente ao conhecimento, a informação, ao desenvolvimento do discernimento individual para que cada um possa vir a escolher e decidir por si mesmo o seu destino, determinando suas necessidades e suas prioridades, não se deixando vincular assim a interesses que não são seus, deixando se deixar manipular e conduzir, seja por qual poder temporário que tente comandar o coletivo de acordo com seus objetivos, ainda mais quando estes estão ligados a sentimentos e paixões inferiores, como a cobiça, a usura, a vaidade e o egoísmo, como tanto vimos ao longo da história de nosso planeta, onde forças como a igreja e o estado buscaram na subjugação das massas, alimentando sua ignorância, angariar para si, aquilo que na verdade nunca lhes pertenceu.



Ainda hoje, infelizmente, tratamos comumente com a manipulação da informação por parte daqueles que detém o poder, estejam eles em evidência ou ocultos, como políticos, grandes empresários, pretensos representantes de trabalhadores, grandes empresas dos meios de comunicação, frentes religiosas, entre outros, fazendo com que a ausência da educação seja a principal arma utilizada neste controle sobre aqueles que creem naquilo que desejam impor, onde a Verdade única e eterna, trazida por nós por nosso Amado Mestre Jesus, único parâmetro capaz de garantir a nossa evolução espiritual, é vilipendiada, oculta, manipulada, mascarada, desprezada, de acordo com os grupos que de alguma forma tentam impor e permanecer no poder.



O Espiritismo, como Consolador Prometido do Cristo, tem desde sua Codificação por Allan Kardec, como objetivo maior, trazer a nós os ensinamentos e os exemplos do Mestre na total amplitude que eles representam, racionalizando a fé, a certeza na imortalidade da alma, a lei da causa e efeito, a necessidade de corrigirmos nossos defeitos, resgatarmos nossos débitos com o próximo e com o todo, e adquirirmos o conhecimento daquilo que, de fato, nos levará a avançar e progredir, não só como individualidade, mas como sociedade.



A civilização humana só irá avançar rumo a um novo patamar quando todos se tratarem como irmãos, como preconizou Jesus, assumindo cada um sua posição de Filho de Deus, fazendo brilhar o sentimento maior que traz dentro de si desde sua criação, o Amor, em sua mais pura expressão, onde sentimentos como o respeito, a solidariedade, a caridade, a tolerância, estarão presentes em todas as decisões, pondo fim a corrupção de valores que ainda hoje, infelizmente, ainda dominam nossa sociedade.



Informação, educação, o desenvolvimento da personalidade de acordo com os valores do bem, independente de religião, de partidos, de raças, de nacionalidades, desde a criação de nossas crianças no lar, até os últimos anos de aprendizado escolar, sendo os pais exemplos vivos para seus filhos, é o que garantirá uma nova etapa evolutiva de nosso Planeta, onde o bem passe a ser majoritário não só como força, mas também em número.



Na posição de comandantes ou comandados, de chefes ou subordinados, de classe rica ou menos favorecida, estando nós na condição de ensinar ou na necessidade maior de aprender, o que mais importa para que nossa sociedade deixe para trás a negatividade e a inferioridade humana, para que ela deixe de ser corrupta e promíscua, é que desenvolvamos em nós o sentimento cristão, a preocupação contínua pelo bem estar do próximo, do todo, tendo a consciência que para sermos felizes, também assim deve se sentir o nosso vizinho, tendo como foco maior o respeito pelas diferenças, sejam elas quais forem, eliminando de vez qualquer ação que venha a se nortear pela cobiça, pelo poder a qualquer custo, por valores meramente materiais e imediatistas.



Apenas nos transformando individualmente conseguiremos um dia transformar o todo, sendo o Espiritismo uma poderosa ferramenta para que a educação chegue a todos, pois se baseia no Cristo, e amplia a visão de nossa existência, tirando-nos da precariedade de alguns anos na Terra, onde qualquer doença ou ação menos digna pode nos tirar, nos elevando a condição de eternidade, provando e comprovando para nós, que esta existência nada mais é que uma curta passagem, um breve período de uma longa vida, onde já por séculos estamos tentando, nem sempre de forma correta, crescer e melhorar nossas condições e daqueles a quem mais amamos, a quem mais nos sentimos ligados.



Educar é dar e adquirir conhecimento, é distribuir informação, é formar personalidades, é dar a cada um a capacidade de trilhar sozinho o seu caminho, sendo responsável pleno por suas escolhas, por sua evolução, e quando se conquista, de fato, este patamar, nada há de mais claro que foi os passos do Cristo que o vencedor seguiu por todo tempo de sua ascensão, ainda que não consciente disso, pois só vence aquele que encontra e faz brilhar dentro de si o Amor, e Jesus é essencialmente isso: Amor!



Ele mesmo se definiu, por estar plenamente consciente de sua posição:



Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida!



Não há educação e conhecimento que dispense, para a total conquista do ser, ao que o Mestre nos trouxe e representa.



Sigamos então a sua orientação, carreguemos a nossa própria cruz, e busquemos acompanhar aos seus passos no rumo do nosso próprio calvário redentor.



Que assim seja!

quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Teremos sempre liberdade...



O Amor, a Caridade, a Justiça, baseados nos ensinamentos e exemplos cristãos, deverão ser sempre os parâmetros pelos quais nos relacionemos com os nossos irmãos do caminho, garantindo assim que nossas ações e reações estejam revestidas da mais plena compreensão e aceitação das diferenças, não os julgando ou condenando em nenhuma hipótese, mesmo que às atitudes que venham a tomar, de alguma forma, nos prejudiquem, ou a alguém a quem amamos, ou mesmo a sociedade em geral.


Nesses parâmetros, se nos disciplinarmos a vivencia-los na essência, aprenderemos a ser pacientes, tolerantes, a termos respeito pelo próximo, tendo, porém, a prudência e a capacidade de discernimento para com o mal não compactuar, nos indignando, sim, com aquilo que o representa, mas nos mantendo equilibrados para reagir de forma construtiva e positiva, gerando paz e concórdia, ainda que em alguns casos sejam necessárias medidas mais incisivas para coibi-lo.


Todos nós temos, doado por Deus desde nossa criação, total liberdade de ação, o nosso livre arbítrio, que nos dá plena condição de traçarmos o nosso próprio destino, escrevendo a nossa própria história, sendo-nos facultado tanto percorrer o caminho do erro, onde o egoísmo e o orgulho prevalecem, além das demais paixões inferiores, como também o do correto, onde a humildade, o bem, o amor são guias seguros para nos fazer avançar mais prontamente aos nossos objetivos maiores de evolução.


Ninguém, desta forma, é obrigado a nada, sendo livre para determinar seu rumo, entretanto, atrelado implicitamente ao conceito de liberdade plena, temos o da responsabilidade total pelos nossos atos, tendo que assumir as consequências de tudo que realizarmos, colhendo tudo o que plantarmos, não por punição ou castigo, mas por sequência natural da vida, onde toda ação traz consigo a reação proporcional.


Se existe uma legislação específica que rege a nossa sociedade, de acordo com a cultura de cada povo e de cada região de nosso planeta, correto que aquele que a venha infrigir, já que tem plena liberdade para tal, venha a assumir para si a consequência prevista pelo seu ato, ao qual tinha ele plena ciência.


Assim, quanto menos ignorante somos, mais responsáveis somos por nossos atos, e maiores serão as consequência deles advindas, sendo proporcional o grau de dificuldade que deveremos enfrentar para corrigi-los e reequilibramos as forças da natureza que nós mesmos, com nossas inconsequências, influenciamos de forma negativa.


Se assim é a legislação plano físico, sendo este uma cópia pálida da verdadeira vida, a espiritual, nada diferente deve esperar aquele que infringe a legislação Divina, onde cada um deverá receber de acordo com as suas obras, nada podendo esperar de privilégios aquele que não se preocupou em ser útil e produtivo para si e para o todo, de acordo com as suas possibilidades realizadoras.


Teremos sempre liberdade, mas ela será cerceada e de acordo com aquilo que buscarmos para nós. Quem prefere o erro e as paixões inferiores, não pode esperar viver em um ambiente onde prevaleça o bem e a harmonia superior.


Se muitos são impedidos de agir livremente de acordo com seus desejos de forma ampla e irrestrita isso se dá ao fato que todos temos direitos absolutamente iguais, assim, se desejamos o bem, se desejamos estudar e trabalhar em prol de nossa evolução e de nosso mundo, se escolhemos o amor como bandeira, temos o direito de percorrer o nosso caminho longe daqueles que a isso não querem, sendo que estes deverão viver exatamente de acordo com o padrão vibratório que geraram para si, dentro dos limites que lhes são impostos, sendo a liberdade de cada um condicionada a fronteira onde começa a liberdade do seu irmão do caminho.


Natural, entretanto, que nos relacionemos com todos nossos irmãos do caminho, inferiores e superiores, pois cabe ao homem auxiliar na evolução do próprio homem, e se hoje, alguns de nós já se encontram em uma posição melhor, não devem nunca esquecer que seus espíritos são eternos, que já viveram outras vias, onde muitos erros devem ter sido cometidos, sendo, neste tempo, também auxiliados e socorridos pelo convívio direto com irmão do caminho mais avançados.


Aprendemos com nossos erros, com as consequências adversas de nossas escolhas, com a dor, com a enfermidade, lembrando sempre que quanto mais nos afastamos do ideal cristão, maiores serão as dificuldades a enfrentar para dele novamente nos aproximarmos.


Há prisões no mundo encarnado, assim como há prisões nos umbrais da espiritualidade, onde condicionada está a liberdade para aquele que sabe ou não dela fazer bom uso, onde seu livre arbítrio continua a existir, sendo restrito apenas, por consequência de suas escolhas, aos limites que sua própria inferioridade impôs.


Aqueles que, por esforço e trabalho, delas, das prisões, já conseguem se manter afastados, tem como dever, ou como tarefa voluntária e valorosa, tudo fazer para auxiliar aqueles que lá estão, não compactuando com seus erros, mas tudo fazendo para desperta-los para o verdadeiro caminho que os levarão a encontrar a paz e a felicidade, lembrando que a felicidade plena só é conquistada quando absolutamente todos a nossa volta também estão felizes.


Orar e vigiar para não decairmos, se hoje já estamos algo equilibrados no caminho do bem, não esqueçamos jamais os principais ensinamentos do Mestre, que é o de amar ao próximo como a nós mesmos, que é perdoar não sete, mas setenta vezes sete, assim como também, não julgar para não sermos julgados.


Com isso, um dia, aprenderemos a estender o nosso amor ao mais cruel dos criminosos, vendo-o como um irmão do caminho enfermo, que merece nossos cuidados e nossa compaixão.


Sabemos ser difícil olhar a um criminoso com caridade e comiseração, mas, lembremos que o Mestre padeceu na cruz ao lado de dois ladrões, e que por eles teve o mesmo amor com que tratava aos seus mais queridos seguidores.


Fiquemos em paz conosco mesmos, para que um dia nosso mundo também venha a encontra-la.