sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Uma mensagem psicografada...




Mensagem psicografada recebida em reunião da Sociedade Santista de Estudos Espíritas 

Por vezes, os maiores ensinamentos chegam a nós nos mais simples relatos, como disse o Mestre, que ouçam os que têm ouvidos de ouvir. 

Que Deus os proteja e os ilumine!

Contribuindo um pouco mais com aquilo que foi dito sobre a importância de nos manter limpos enquanto médiuns, venho falar do tempo que passei na Terra, e do quanto me distancie do meu trabalho, pois seria muita pretensão da minha parte chamar de missão, me deixando levar por sentimentos negativos, desejos inferiores, deixando-me seduzir por doces e confeitos, que sempre levávamos em nossas reuniões semanais, me distraindo nas minhas tarefas junto aos nossos irmãos sofredores, e olhem só, não do mal ou obsessores, só sofredores.

Tínhamos por hábito, o nosso grupo, de chegarmos cedo, e cada um levar um doce, um bolo, pães, frios, salgadinhos, algo normal, pois a maioria de nós ia direto do trabalho para as tarefas do centro.

Eu era, e sempre fui, louca por doce, e não via a hora de chegar no centro, saindo apressada do trabalho, e na condução ia imaginando o que a Cláudia iria levar, já que ela era uma doceira de mão cheia, e gostava tanto dos elogios que a cada semana fazia algo diferente, sempre tentando impressionar ainda mais a todos.

Com o passar do tempo, eu me preocupava mais com o que íamos comer do que com os espíritos que iríamos socorrer, algo que se tornara rotina, e que não mais tocava, como no início, ao meu coração, como uma enfermeira ou uma médica, que não mais se impressionava com a dor de seus pacientes, levando a título de obrigação o que na verdade deveria ser visto como um ideal, uma missão.

E foi assim que me perdi, que prejudiquei minha oportunidade reencarnatória como médium, por algo tão “simples”, mas que aos poucos foi me distraindo daquilo que realmente era importante em minha vida, ou pelo menos deveria ser, danificando a minha capacidade receptiva, meu contato mais próximo com meus mentores espirituais, principalmente daquele que me sustentava como intermediária entre os planos.

Podem ter certeza, isso tudo, sem ter tido em nenhum momento sequer sofrido nenhum tipo de influência espiritual inferior, nenhuma perseguição, nenhuma obsessão, nem mesmo a mais simples, eu mesmo fui a minha obsessora, eu mesma fui a influência negativa, eu mesmo sabotei a minha tarefa junto ao espiritismo.

Hoje, aqui, aprendo, ou melhor, reaprendo a servir, a ser útil, e só o fato de poder vir aqui e relatar a minha experiência já é um grande passo no meu processo de reajuste.

Quem me trouxe foi um outro médium que faliu, conhecido de vocês, e que hoje trabalha em uma equipe que auxilia na recuperação de médiuns falidos.

Orem por mim, isso ajuda nos momentos difíceis a nos mantermos vigilantes e focados naquilo que precisamos priorizar para nós.

Fiquem em paz, fiquem com Deus.

Rosalva