segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

A Felicidade está ao alcance de todos!




A felicidade está ao alcance de todos!

Frase bastante conhecida de todos nós, que dia a dia, lutamos para conquistar nossos sonhos, realizar nossos planos, superar nossas dificuldades e estar em paz, dependendo também para isso, que todos aqueles a quem amamos também o estejam.

Abraçamos a Doutrina Espírita como farol a iluminar ao nosso caminho, principalmente, porque ela fez com que reencontrássemos ao Mestre Jesus em toda sua essência e pureza, longe de dogmas, de rituais, de obrigações, nos fazendo ver que o Amor, quando bem compreendido, basta para que tudo o mais seja mera consequência a ser revista, reconstruída, renovada, transformada.

Quem ama como o Cristo dispensa da necessidade de perdoar ofensas, pois, não se melindra, não se magoa.

Quem ama como o Cristo não julga a ninguém, porque sabe que também é devedor da Lei Divina, seja nesta mesma existência, ou em pretéritas oportunidades reencarnatórias.

Quem ama como o Cristo não tem nenhum tipo de preconceito, porque entende todas as diferenças, seja de credo, de raça, social, política, desportiva, de preferência sexual, tendo dentro de si o respeito a tudo e a todos.

Quem ama como o Cristo carrega a sua própria cruz, a sua própria dor quando esta se faz presente, seja vinda de si ou de seus entes amados, encarando problemas, fracassos, enfermidades, traições, desilusões, de cabeça erguida e olhar confiante, porque sabe que o Pai Maior nunca, em nenhuma instância, dá aos seus filhos um fardo que seja superior as suas forças.

Quem ama como o Cristo sabe que sua vida é eterna, que seu Reino de Paz e de Amor é a todos franqueado, pois, prometeu Ele que nenhuma ovelha de seu rebanho ficará de fora do redil.

Por estes motivos e infinitos outros, é que a felicidade está sim ao alcance de todos, e para isso basta amar, basta crer, basta viver como o Cristo, em seu coração, em cada segundo de sua sagrada existência planetária.

Um feliz ano a todos nós!

Que assim seja!    

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Equilíbrio é uma das principais conquistas...





Equilíbrio é uma das principais conquistas individuais para que consigamos realizar as principais aspirações que priorizarmos em nossas existências, nos auxiliando a superar todos os obstáculos, aplainando nosso caminho, quando finalmente encontramos uma constância de proceder, de postura, nos disciplinando para agir de acordo com aquilo que consideramos ser o ideal para nossa jornada evolutiva.

Não viver só de sonhos, não estagnar esperando que a vida ou as pessoas nos conduzam pela mão, que resolvam nossos problemas, que nos tragam aquilo que objetivamos e esperamos para nossa pretensa felicidade, mas também, não nos entregar a desatinos e erros gerados pela precipitação, pela ansiedade mal administrada, pela pressa mal conduzida.

Encontrar o ponto de equilíbrio na forma de encarar a vida, aos problemas, as situações, ajuda-nos a administrar a nossa reação ante a adversidade, a nossa motivação perante o que nos traz alegria, prazer, para que não venhamos a continuar desperdiçando precioso tempo com dúvidas, receios, arroubos, impedindo, assim, que venhamos a nos esconder atrás de uma covardia injustificável ou nos arrojarmos em uma coragem temerária e inconsequente, não sendo aqueles que para tudo tem uma negativa radical e contínua, e nem aqueles que a tudo consentem e aprovam seja qual for a oportunidade que for apresentada.

O importante é não navegar por extremos, evitando excessos de qualquer tipo, o que sempre, mais cedo ou mais tarde, acaba por acarretar dissabores, desilusões, gerando as naturais consequências negativas para quem não sabe administrar corretamente o manancial de possibilidades que a existência oferece, assim como as que por iniciativa própria pode gerar e criar.

Ponderação, discernimento, bom senso, experiências pessoais ou daqueles que já tiveram a oportunidade de viver fase similar a que estamos atravessando, são ferramentas e parâmetros úteis e positivos para que caminhemos de forma consciente e firme, não isentos de erros ou fracassos, de ilusões ou decepções, mas, com a certeza de estar mais bem preparados para mais prontamente possível, reverter qualquer situação contrária as nossas metas, aos nossos ideais, ao planejamento que gerarmos para o nosso futuro.

Este equilíbrio íntimo, entretanto, só será plenamente conquistado, quando nossos pensamentos, nossas palavras, nossos atos, nossos planos, nossas prioridades, nossas escolhas, nossos sentimentos mais íntimos, estiverem plenamente justificados e alicerçados pela nossa consciência, nossa juíza atenta e segura, que nos garante aliar o equilíbrio conquistado, à paz de espírito, nos mantendo preparados para qualquer surpresa contrária que queiram nos impor ou imputar, quaisquer ações que visem nos desestruturar ou nos afastar do caminho que nos levará a encontrar a verdadeira felicidade, objetivo maior de todos nós, independente da forma que escolhermos para percorrer nossa jornada evolutiva.

Esta paz só se conquistará quando nossos planos presentes ou futuros estiverem de acordo com os parâmetros do bem, quando não visem conquistas baseadas no erro, no assédio indevido ao próximo, quando este não venha a ser prejudicado ou lesado por nossas ações, quando sentimentos e paixões inferiores e negativas não sejam os fatores principais a motivarem nossas escolhas, quando a sinceridade e a honestidade estiverem presentes em todas as decisões as quais viermos tomar no decorrer da nossa existência.

Para quem precise, e são poucos de nós que não precisam, de um guia, de um meio condutor seguro para não se afastar destes objetivos macros que o levará a encontrar o equilíbrio e a paz de espírito, que baseie suas ações nos conceitos cristãos, nos exemplos de amor, de entendimento, de compreensão, de fraternidade que nos presenteou o Mestre há mais de dois milênios, e que até hoje ainda pouco conhecemos em sua total amplitude, tal a displicência com que insistimos em percorrer nosso caminho, mais interessados na busca de brilhos fugazes, do que na iluminação real de nosso ser individual e eterno.  

O respeito às diferenças, principalmente aquelas que se referem ao estágio evolutivo que cada um de nós se encontra, é base segura para que não queiramos exigir do próximo o que ainda hoje buscamos arduamente conquistar para nós mesmos, que é o pleno equilíbrio de sentimentos, de desejos, de aspirações, o total domínio sobre o nosso senso de discernimento, não só no saber o que é certo e o que é errado, mas principalmente, em aplica-lo e vivencia-lo em todas as nossas decisões, em nossas escolhas, em nossas ações e reações.

Equilíbrio e paz de espírito só serão conquistados com muito Amor, o que nos mostra que nossa vida é assim, feita de conquistas individuais, onde nada recebemos por privilégio, e sim, através de muito esforço, muita disciplina, muita dedicação e muita coragem.       

Sigamos.

sábado, 20 de outubro de 2018

Kardec e a meritocracia!








Hoje, mais uma vez, daremos a palavra ao Codificador da Doutrina Espírita, Allan Kardec, reproduzindo mais um texto inserido no Livro "Obras Póstumas", uma coletânea de publicações, na maioria delas inéditas, encontradas entre o vasto material de estudo que ele deixou, lembrando que este foi escrito por volta de 1860, e o quanto ele se aproxima do atual momento que hoje estamos vivenciando.





As Aristocracias 


Aristocracia vem do grego aristos, o melhor, e Kratus, poder: a aristocracia, em sua acepção literária, significa, pois: Poder dos melhores. 

Convir-se-á que o sentido primitivo foi, por vezes, singularmente desviado; mas vejamos que influência o Espiritismo pode exercer sobre a sua aplicação. Para isso tomemos as coisas no ponto de partida e sigamo-las através das idades, para delas deduzir o que ocorrerá mais tarde. 

Em nenhum tempo, nem em nenhum povo, os homens em sociedade puderam abster-se de chefes; são encontrados entre os povos mais selvagens. Isso se prende a que, em razão da diversidade das aptidões e dos caracteres inerentes à espécie humana, há por toda a parte homens incapazes que é preciso dirigir, fracos que é necessário proteger, paixões que é preciso comprimir; daí a necessidade de uma autoridade. 

Sabe-se que, nas sociedades primitivas, essa autoridade foi deferida aos chefes de família, aos anciãos, aos velhos, em uma palavra, aos patriarcas; essa foi a primeira de todas as aristocracias.

Tornando-se as sociedades mais numerosas, a autoridade patriarcal ficou impossibilitada em certas circunstâncias. As querelas entre populações vizinhas ocasionaram os combates; foi preciso para dirigi-las não de velhos, mas de homens fortes, vigorosos e inteligentes; daí os chefes militares.

Vitoriosos esses chefes, se lhes conferia a autoridade, esperando encontrar, em sua bravura, uma garantia contra os ataques dos inimigos; muitos, abusando de sua posição, dela se apoderaram eles mesmos; depois, os vencedores se impuseram aos vencidos, ou os reduziram à servidão; daí a autoridade da força bruta, que foi a segunda aristocracia. 

Os fortes, com seus bens, transmitiram, muito naturalmente, sua autoridade aos seus filhos, e os fracos sob compressão, não ousando nada dizer, se habituaram, pouco a pouco, a considerar estes como os herdeiros dos direitos conquistados pelos seus pais, e como seus superiores; daí a divisão da sociedade em duas classes: os superiores e os inferiores, aqueles que mandam e aqueles que obedecem; daí, por consequência, a aristocracia de nascimento, que se torna tão poderosa e tão preponderante quanto a da força, porque ela não tinha força por si mesma, como nos primeiros tempos em que era preciso pagar por sua pessoa, ela dispunha de uma força mercenária. 

Tendo todo o poder, se dava, naturalmente, privilégios. Para a conservação desses privilégios, era preciso lhes dar o prestígio da legalidade, e ela fez as leis em seu proveito, o que lhe era fácil, uma vez que só ela as fazia. Isso não era sempre suficiente; deu-se o prestígio do direito divino, para torná-las respeitáveis e invioláveis. Para assegurar o respeito da parte da classe submissa que se tornava mais numerosa, e mais difícil de contentar, mesmo pela força, não havia senão um meio, impedi-la de ver claro, quer dizer, mantê-la na ignorância. 

Se a classe superior tivesse podido nutrir a classe inferior sem nada fazer, a teria facilmente dominado por muito tempo ainda; mas como esta era obrigada a trabalhar para viver, e trabalhar tanto mais quanto era oprimida, disso resultou que a necessidade de encontrar, sem cessar, novos recursos, de lutar contra uma concorrência invasora, de procurar novos mercados para os produtos, desenvolveu a sua inteligência, e ela se esclareceu pelas mesmas causas das quais se serviu para sujeitá-la. 

Não se vê aí o dedo da Providência? A classe submissa, portanto, viu claro; viu a pouca consistência do prestigio que se lhe opunha e, sentindo-se forte pelo número, aboliu os privilégios e proclamou a igualdade diante da lei. Esse princípio marcou, em certos povos, o fim do reino da aristocracia de nascimento, que não é mais do que nominal e honorífica, uma vez que ela não confere mais direitos legais. 

Então, se levantou um novo poder, o do dinheiro, porque com dinheiro se dispõe de homens e de coisas. Era um sol diante do qual se inclinava, como outrora se inclinava diante de um brasão, e mais baixo ainda. O que não se concedia mais ao título, se concedia à fortuna, e a fortuna teve os seus privilégios iguais. Mas, então, percebeu-se que, se para fazer fortuna é preciso uma dose de inteligência, não era preciso tanto para herdá-la, e que os filhos são, frequentemente, mais hábeis para comer do que para ganhar, que os próprios meios de se enriquecer nem sempre são irrepreensíveis; disso resultou que o dinheiro perdeu, pouco a pouco, seu prestígio moral, e que essa força tende a se substituir por um outro poder, uma outra aristocracia mais justa: a da inteligência, diante da qual todos podem se inclinar sem se aviltar, porque ela pertence ao pobre como ao rico. Será essa a última? Ela é a alta expressão da Humanidade civilizada? 

Não. A inteligência nem sempre é uma garantia de moralidade, e o homem mais inteligente pode fazer um emprego muito mau de suas faculdades. Por outro lado, só a moralidade pode, a miúdo, ser incapaz. A união dessas duas faculdades, inteligência e moralidade, é, pois, necessária para criar uma preponderância legitima, e à qual a massa se submeterá cegamente, porque lhe inspirará toda a confiança por suas luzes e por sua justiça. Será a última aristocracia, a que será a consequência, ou antes, o sinal do advento do reino do bem sobre a Terra. Chegará muito naturalmente pela força das coisas; quando os homens dessa categoria forem bastante numerosos, para formarem uma maioria imponente, será a eles que a massa confiará os seus interesses. 

Como vimos, todas as aristocracias têm a sua razão de ser; nascem do estado da Humanidade; ocorrerá o mesmo com aquela que se tornar uma necessidade; todas fizeram, ou farão, o seu tempo segundo o país, porque nenhuma teve por base o princípio moral; só esse princípio pode constituir uma supremacia durável, porque será animado dos sentimentos de justiça e de caridade; supremacia que chamaremos: aristocracia intelecto-moral. 

Um tal estado de coisas é possível com o egoísmo, o orgulho, a cupidez que reinam soberanos sobre a Terra? A isso responderemos com firmeza: sim, não somente é possível, mas chegará, porque é inevitável. Hoje, a inteligência domina; é soberana, ninguém poderia contestá-lo; e isso é tão verdadeiro que vedes o homem do povo chegar aos primeiros cargos. 

Essa aristocracia não é mais justa, mais lógica, mais racional do que a da força brutal, de nascimento ou do dinheiro? Por que, pois, seria impossível juntar-lhe a moralidade?

Porque, dizem os pessimistas, o mal domina sobre a Terra. Está dito que o bem não o dominará jamais? Os costumes e, por consequência, as instituições sociais, não valem cem vezes mais hoje do que na Idade Média? Cada século não foi marcado por um progresso? Por que, pois, a Humanidade se deteria quando tem ainda tanto a fazer? Os homens, por um instinto natural, procuram seu bem-estar; se não o encontram completo no reino da inteligência, procurá-lo-ão alhures; e onde poderão encontrá- lo se não for no reino da moralidade? Para isso, é preciso que a moralidade domine numericamente. 

Há muito a fazer, é incontestável, mas, ainda uma vez, haveria tola presunção em dizer que a Humanidade chegou ao seu apogeu, quando é vista a marchar, sem cessar, no caminho do progresso. Dizemos primeiro que os bons, sobre a Terra, não são inteiramente tão raros quanto se crê; os maus são numerosos, isto infelizmente é verdade; mas o que os faz parecer ainda mais numerosos, é que são mais audazes, e sentem que essa audácia mesma lhes é necessária para triunfarem; e, todavia, compreendem de tal modo a preponderância do bem que, não podendo praticá-lo, dele tomam a máscara. Os bons, ao contrário, não exibem as suas boas qualidades; não se colocam em evidência e eis porque parecem tão pouco numerosos; mas sondai os atos íntimos, realizados sem ostentação, e, em todas as classes da sociedade, encontrareis ainda bastante boas e louváveis naturezas para vos tranquilizar o coração e não desesperar da Humanidade. 

E, depois, é preciso dizer também, entre os maus há muitos que não o são senão por arrastamento, e que se tornariam bons se fossem submetidos a uma boa influência. Coloquemos em fato que, sobre 100 indivíduos, há 25 bons e 75 maus; sobre estes últimos, há deles 50 que o são por fraqueza, e que seriam bons se tivessem bons exemplos sob os olhos, e se, sobretudo, tivessem tido uma boa direção desde a infância; e que sobre os 25 francamente maus, nem todos são incorrigíveis. 

No estado atual das coisas, os maus estão em maioria e fazem a lei para os bons; suponhamos que uma circunstância leve à conversão dos 50 medianos, os bons estarão em maioria e farão a lei por seu turno; sobre os 25 outros francamente maus, vários sofrerão a influência, e não ficarão senão alguns incorrigíveis sem preponderância. 

Tomemos um exemplo para comparação: Há povos entre os quais o assassínio e o roubo são o estado normal; o bem ali é exceção. Entre os povos mais avançados e os melhores governados da Europa, o crime é exceção; perseguido pelas leis, e sem influência sobre a sociedade. O que ali ainda domina são os vícios de caráter: o orgulho, o egoísmo, a cupidez e seu cortejo. Por que, pois, esses povos progredindo, os vícios ali não se tornariam a exceção, como o são hoje os crimes, ao passo que os povos inferiores alcançariam novo nível? 

Negar a possibilidade dessa marcha ascendente seria negar o progresso. Seguramente, tal estado de coisas não poderia ser a obra de um dia, mas se há uma causa que deve apressar-lhe o advento, sem nenhuma dúvida, é o Espiritismo. Agente por excelência da solidariedade humana, mostrando as provas da vida atual como a consequência lógica e racional das ações realizadas nas existências anteriores, fazendo de cada homem o artífice voluntário de sua própria felicidade, de sua vulgarização universal resultará, necessariamente, uma elevação sensível do nível moral atual.

Os princípios gerais de nossa filosofia estão apenas elaborados e coordenados, e já reuniram, numa imponente comunhão de pensamentos, milhares de adeptos disseminados sobre toda a Terra. Os progressos realizados sob a sua influência, as transformações individuais e locais que provocaram, em poucos anos, nos permitem apreciar as imensas modificações fundamentais que são chamados a determinar no futuro. Mas se, graças ao desenvolvimento e à aceitação geral dos ensinos dos Espíritos, o nível moral da Humanidade tende constantemente a se elevar, enganar-se-ia estranhamente supondo-se que a moralidade se tornará preponderante com relação à inteligência. 
O Espiritismo, com efeito, não pede para ser aceito cegamente. Ele apela para a discussão e a luz.

"Em lugar da fé cega, que anula a liberdade de pensar, ele disse: Não há fé inabalável senão aquela que pode encarar a razão face a face, em todas as épocas da Humanidade. À fé, é necessária uma base, e essa base é a inteligência perfeita do que se deve crer; para crer, não basta ver, É preciso sobretudo compreender." (O Evangelho Segundo o Espiritismo.) 

Pois, com justiça, que podemos considerar o Espiritismo como um dos mais poderosos precursores da  aristocracia do futuro, quer dizer, da aristocracia intelecto moral. 

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Kardec e o atual momento político!





Hoje daremos a palavra ao Codificador da Doutrina Espírita, Allan Kardec, reproduzindo um texto inserido no Livro "Obras Póstumas", uma coletânea de publicações, na maioria delas inéditas, encontradas entre o vasto material de estudo que ele deixou.



Lembremos que este texto foi escrito por volta de 1860, onde Kardec analisa os três princípios básicos da Revolução Francesa, sua terra natal, e que na época abalou todo o mundo, pela queda da monarquia absolutista pelo poder do povo, da república.


É um texto algo longo para o imediatismo moderno, ainda mais inserido, agora como apresentamos, nas redes sociais, onde o tempo parece escorrer ainda mais rápido, mas, para quem tiver o interesse de algo acrescentar a sua forma de pensar, ao seu conhecimento, poderá, com discernimento, captar a amplitude dos conceitos apresentados por Kardec para o quadro político social de sua época, e o quanto ele parece atual, em relação a atualidade que vive nossa sociedade moderna.

Bem, vamos a ele:   



Liberdade, Igualdade, Fraternidade!

Liberdade, igualdade, fraternidade, estas três palavras são, por si sós, o programa de toda uma ordem social, que realizaria o progresso mais absoluto da Humanidade, se os princípios que representam pudessem receber sua inteira aplicação.


Vejamos os obstáculos que, no estado atual da sociedade, podem a isso se opor e, ao lado do mal, procuremos o remédio. A fraternidade, na rigorosa acepção da palavra, resume todos os deveres dos homens relativamente uns aos outros; ela significa: devotamento, abnegação, tolerância, benevolência, indulgência; é a caridade evangélica por excelência e a aplicação da máxima: "Agir para com os outros como gostaríamos que os outros agissem conosco." 



A contrapartida é o Egoísmo. A fraternidade diz: "Cada um por todos e todos por um." O egoísmo diz: "Cada um por si." 



Sendo essas duas qualidades a negação uma da outra, é tão impossível a um egoísta agir fraternalmente, para com os seus semelhantes, quanto o é para um avarento ser generoso, a um homem pequeno alcançar a altura de um homem grande. Ora, sendo o egoísmo a praga dominante da sociedade, enquanto ele reinar dominador, o reino da verdadeira fraternidade será impossível; cada um quererá da fraternidade em seu proveito, mas não a quererá para fazê-la em proveito dos outros; ou, se isso faz, será depois de estar seguro de que não perderá nada. 



Considerada do ponto de vista de sua importância para a realização da felicidade social, a fraternidade está em primeira linha, é a base; sem ela não poderia existir nem igualdade e nem liberdade sérias; a igualdade decorre da fraternidade, e a liberdade é a consequência das duas outras. 


Com efeito, suponhamos uma sociedade de homens bastante desinteressados, bons e benevolentes para viverem, entre si, fraternalmente, não haveria entre eles nem privilégios nem direitos excepcionais, sem o que não haveria ali fraternidade.



Tratar alguém como irmão, é tratá-lo de igual para igual; é querer-lhe o que desejaria para si mesmo; num povo de irmãos, a igualdade será a consequência de seus sentimentos, de sua maneira de agir, e se estabelecerá pela força das coisas. 



Mas qual é o inimigo da igualdade? O orgulho!



O orgulho que, por toda a parte, quer primar e dominar, que vive de privilégios e de exceções, pode suportar a igualdade social, mas não a fundará jamais e a destruirá na primeira ocasião. Ora, sendo o orgulho, ele também, uma das pragas da sociedade, enquanto não for destruído, oporá uma barreira à verdadeira igualdade. A liberdade, dissemos, é filha da fraternidade e da igualdade; falamos da liberdade legal e não da liberdade natural que é, por direito, imprescritível para toda criatura humana, desde o selvagem ao homem civilizado. 


Vivendo os homens como irmãos, com os direitos iguais, animados de um sentimento de benevolência recíproco, praticarão entre si a justiça, não procurarão nunca se fazerem mal, e não terão, consequentemente, nada a temer uns dos outros. 



A liberdade será sem perigo, porque ninguém pensará em dela abusar em prejuízo de seus semelhantes. Mas como o egoísmo que quer tudo para si, o orgulho que quer sempre dominar, dariam a mão à liberdade que os destronaria? Os inimigos da liberdade são, pois, ao mesmo tempo, o egoísmo e o orgulho, como o são da igualdade e da fraternidade. 



A liberdade supõe a confiança mútua; ora, não poderia haver confiança entre pessoas movidas pelo sentimento exclusivo da personalidade; não podendo se satisfazer senão às expensas de outrem, sem cessar, estão em guarda uns contra os outros. 


Sempre com medo de perder o que chamam seus direitos, a dominação é a condição mesma de sua existência, por isso armarão sempre ciladas à liberdade, e a abafarão tanto tempo quanto o puderem. Esses três princípios são, pois, como o dissemos, solidários uns com os outros e se servem mutuamente de apoio; sem sua reunião, o edifício social não poderia estar completo. A fraternidade praticada em sua pureza não poderia estar só, porque sem a igualdade e a liberdade não há verdadeira fraternidade. A liberdade sem a fraternidade dá liberdade de ação a todas as más paixões, que não têm mais freio; com a fraternidade, o homem não faz nenhum mau uso de sua liberdade: é a ordem; sem a fraternidade, ele a usa para dar curso a todas as suas torpezas: é a anarquia, a licença.



Por isso que as nações mais livres são forçadas a fazerem restrições à liberdade. A igualdade sem a fraternidade conduz aos mesmos resultados, porque a igualdade quer a liberdade; sob pretexto de igualdade, o pequeno abate o grande, para se substituir a ele, e se torna tirano a seu turno; isso não é senão um deslocamento do despotismo. 


Segue-se que, até que os homens estejam imbuídos do sentimento da verdadeira fraternidade, falta tê-los na servidão? Que sejam impróprios às instituições fundadas sobre os princípios de igualdade e de liberdade? Semelhante opinião seria mais do que um erro; seria absurda. Não se espera que uma criança haja feito todo o seu crescimento para fazê-la caminhar. Quem, aliás, a tem mais frequentemente em tutela?São homens de idéias grandes e generosas, guiados pelo amor ao progresso? Aproveitando da submissão de seus inferiores, para desenvolver neles o senso moral, e elevá-los, pouco a pouco, à condição de homens livres? Não; são, na maioria, homens ciosos de seu poder, à ambição e à cupidez dos quais outros homens servem de instrumento, mais inteligentes do que animais, e que, para esse efeito, em lugar de emancipá-los os têm, o maior tempo possível, sob o jugo e na ignorância. Mas essa ordem de coisas muda por si mesma pela força irresistível do progresso. A reação é, às vezes, violenta e tanto mais terrível quanto o sentimento de fraternidade, imprudentemente abafado, não vem interpor um poder moderador; a luta se estabelece, entre aqueles que querem agarrar e aqueles que querem reter; daí um conflito que se prolonga, frequentemente, durante séculos. 


Um equilíbrio factício se estabelece enfim; há melhoria; mas sente-se que as bases sociais não estão sólidas; o solo treme a cada instante sob os passos, porque não é, ainda, o reino da liberdade e da igualdade sob a égide da fraternidade, porque o orgulho e o egoísmo estão sempre ali, levando ao fracasso os esforços dos homens de bem. 


Todos vós que sonhais com essa idade de ouro para a Humanidade, trabalhai, antes de tudo, na base do edifício, antes de querer coroar-lhe a cumeeira; dai-lhe por base a fraternidade em sua mais pura acepção; mas, para isso, não basta decretá-la e inscrevê-la sobre uma bandeira; é preciso que ela esteja no coração e não se muda o coração dos homens com decretos. Do mesmo modo que, para fazer um campo frutificar, é preciso arrancar-lhe as pedras e os espinheiros, trabalhai sem descanso para extirpar o vírus do orgulho e do egoísmo, porque aí está a fonte de todo mal, o obstáculo real ao reino do bem; destruí nas leis, nas instituições, nas religiões, na educação, até os últimos vestígios, os tempos de barbárie e de privilégios, e todas as causas que mantêm e desenvolvem esses eternos obstáculos ao verdadeiro progresso, que se recebe, por assim dizer, desde a meninice e que se aspira por todos os poros na atmosfera social; só então os homens compreenderão os deveres e os benefícios da fraternidade; então, também, se estabelecerão por si mesmos, sem abalos e sem perigo, os princípios complementares da igualdade e da liberdade. A destruição do egoísmo e do orgulho é possível? Dizemos alta e ousadamente SIM, de outro modo seria preciso colocar uma suspensão ao progresso da Humanidade. O homem cresce em inteligência, é um fato incontestável; chegou ao ponto culminante que não poderia ultrapassar? Quem ousaria sustentar essa tese absurda? Progride ele em moralidade? 


Para responder a esta pergunta, basta comparar as épocas de um mesmo país. Por que, pois, teria antes alcançado o limite do progresso moral do que do progresso intelectual? Sua aspiração, para uma ordem de coisas melhor, é um indício da possibilidade de a isso chegar. Aos homens progressistas cabe ativar o movimento pelo estudo e pela prática dos meios mais eficazes. 

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Saber respeitar...






Aquele que estuda a Doutrina Espírita e conhece seus princípios básicos, sabe que todos nós estamos aqui, no plano físico, de passagem, sendo a verdadeira vida, a espiritual.

Ainda assim, nós espíritas, ainda valorizamos, lutamos, brigamos, adoecemos, nos encolerizamos, nos magoamos e nos revoltamos, por coisas e situações fúteis, pequenas, insignificantes, se comparadas as reais necessidades e prioridades que devem nortear a vida de um verdadeiro cristão.

Discussões e agressões por futebol, por política, por religião, por preconceito social, sexual, de raça, de cor, brigas insanas, que em muitos casos, levam à agressão, à morte.

Pequenos contratempos no trânsito, nas filas de banco, no mau atendimento do funcionário público, com o vizinho barulhento, com as crianças indisciplinadas, onde perdemos o equilíbrio, a serenidade, a razão, e nos deixamos arrastar por sentimentos contraditórios, geralmente, baseados na vaidade, no orgulho, no egoísmo.

Situações que nos sentimos, equivocadamente, humilhados, nos preocupando em não sermos vencidos e superados na contenda, não mais nos atentando para a solução do problema, não mais nos preocupando com quem está a razão, e se a briga ou a sua consequência, de fato, tem alguma relevância para o prosseguimento normal de nossas vidas.

Difícil de imaginar, Madre Tereza de Calcutá, Chico Xavier ou tantos outros trabalhadores do bem que vivem ou já viveram entre nós, brigando em uma esquina porque seu time perdeu, seu candidato é melhor, ou porque alguém, indevidamente, riscou seu carro ou passou a sua frente na fila do supermercado.

Eles não foram especiais, eles não são santos, são simplesmente pessoas como nós, que por seu próprio esforço, por sua própria dedicação, compreenderam que só o amor, só a compreensão, só a fraternidade, só o respeito, só o perdão, só a caridade, podem fazer com que conquistemos a paz de espírito e o equilíbrio que, no fundo, todos buscam, cientes que na simplicidade, na humildade, está a resposta de como agir para seguir Àquele que nos serve de exemplo e de estímulo, para que também lutemos por nossa transformação e, assim, conquistarmos o direito de sermos chamados de homens de bem, Nosso Senhor Jesus Cristo.

Desta forma, se de fato, nós espíritas, desejamos nos instruir, nos aperfeiçoar, se almejamos viver esta oportunidade cármica da melhor forma possível para quando do nosso retorno a pátria espiritual possamos encetar novas tarefas, novos desafios, vindo desfrutar da companhia e da presença sempre estimulante de nossos benfeitores espirituais, precisamos nos conscientizar, e aprender a valorizar as reais e verdadeiras prioridades, os reais valores cristãos, nos adaptando aos parâmetros que norteiam a existência do tarefeiro espírita, daquele que sabe das suas necessidades, de suas responsabilidades, e está sempre voltado não só para o seu crescimento individual, mas, também, do seu próximo e do ambiente onde foi chamado a viver e a desenvolver suas tarefas, quando desta experiência carnal.

Saber respeitar a si mesmo, ao próximo, a Deus e não se deixar envolver por atitudes e situações onde o desequilíbrio, a inconstância, os sentimentos negativos predominem, sabendo vigiar e cuidar para que seus instintos inferiores e suas dificuldades pretéritas não ganhem vulto e não voltem a influenciar de forma errônea suas escolhas, suas decisões, sua postura.

Para aspiramos novas oportunidades, temos que primeiro estarmos preparados e abalizados no bem, nas tarefas e nas lições que nos levarão sempre a mantermos como ideal seguir o Mestre, aprendendo, assim, a carregar a nossa cruz com dignidade e amor, como Ele tão bem nos ensinou.

Não é submissão ou atitudes não participativas em nosso dia a dia no que tange a nossa família, ao nosso trabalho, ao nosso convívio social, mas a consciência que cada um de nós se encontra em um momento evolutivo diferenciado, que não nos cabe transformar a maneira de pensar e de agir de ninguém, além de nós mesmos, guardando o devido respeito a todos, porém, sendo firmes e resolutos quanto a percorrermos o caminho do bem, tendo como bandeira maior o amor e a paz, combatendo de forma cristã o mal, e com ele não sendo, em nenhuma hipótese, conivente.

Guia seguro do proceder?

Nosso Amado Mestre Jesus!

Que assim seja!

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Ainda sobre ser espírita...




Importante e prioritário, para todo aquele que já compreende sua necessidade individual de transformação e ascensão espiritual, e também sabe ser a Doutrina Espírita o Consolador Prometido pelo Mestre Jesus, que veio trazer à humanidade terrestre a explicação e a expansão de seus conceitos, que se aprofunde no estudo de seus ensinamentos e exemplos, buscando ampliar seu conhecimento, sua cultura, ampliando seu horizonte de possibilidades e realizações, que só o conhecimento proporciona.


O “estudioso” espírita para se tornar útil dentro de tudo que agrega em sua personalidade os ensinamentos evangélicos e doutrinários, precisa, necessariamente, ser também o “trabalhador” espírita, o “pai” espírita, o “marido” espírita, o “filho” espírita, o “amigo” espírita, o “chefe” espírita, o “subordinado” espírita, ou seja, em toda e qualquer circunstância de sua atual existência física, até mesmo nas mais simples situações de seu dia a dia, ele precisa, na essência conceitual do que o título representa, “ser espírita”.


A impaciência, a intolerância, o preconceito, o hábito de julgar ao próximo, de alimentar discussões e conversas estéreis, a preguiça, a presunção, a vaidade, o egoísmo, o orgulho, o mau humor, a agressividade, a excessiva e, por vezes, contundente e desastrosa sinceridade, no afã de se tornar um defensor indébito da justiça, tudo isso nos afasta da postura e do verdadeiro sentido que o título espírita deve representar, fazendo com que venhamos a nos relacionar com nossos irmãos do caminho em uma posição contrária daquela que se espera de um seguidor e tarefeiro do Cristo, onde o conhecimento adquirido se obscurece pelas ações contrárias e adversas do que ele mesmo representa.


De nada adiantará anos ou décadas de um esforço heroico e disciplinado para se estudar e enriquecer nosso conhecimento se não efetivarmos na prática tudo aquilo que conquistamos como conceito.


De nada adiantará se após o estudo dos ensinos fundamentais escolares ingressarmos em uma faculdade de medicina, dispondo de nosso tempo, de nossas riquezas, de nossas energias, para aprendermos a ser médicos, capazes de auxiliar e curar nossos irmãos do caminho de suas enfermidades, não nos dispusermos, após concluído o curso, a trabalhar e a disponibilizar para a sociedade onde estamos inseridos tudo aquilo que, por empréstimo divino, nos foi facultado conquistar.


Assim, se nosso objetivo é o de nos renovarmos e transformarmos através do estudo e da capacitação dos conceitos evangélicos, dos preceitos espíritas, precisamos compreendê-los em sua essência, não permitindo nos afastar daquilo que eles representam, deixando-nos dominados por sentimentos inferiores, que obliteram tudo aquilo que viermos a acrescentar com nosso esforço, não efetivando na prática o conhecimento adquirido, desperdiçando, desta forma, mais uma oportunidade de avançarmos em nossa jornada evolutiva.


Muito será cobrado daquele que muito recebeu, até mesmo a riqueza material adquirida na Terra, por mais que tenhamos nos esforçado para tal, não passa de mero empréstimo Divino para que venhamos a crescer e evoluir como individualidade e coletividade.
Nada nos pertence, de fato, além de nós mesmos, de nossa mente, das riquezas que acumularmos espiritualmente, únicos tesouros que nos será permitido levar e carregar por onde nossos passos nos conduzirem, sejam no plano físico, ou na continuidade infinita do nosso caminho espiritual.


Ser Espírita não é meramente um título, uma denominação, é um estado íntimo, representa toda uma evolução, uma renovação, uma transformação, é uma responsabilidade assumida com a própria consciência e com Deus, onde o bem deverá ser sempre prioridade, e o amor e a paz as bandeiras a serem erguidas sem fatores condicionantes, sem imposições, mas sim, em toda a pureza que representam, para que o Cristo reviva em cada passo que dermos no caminho, em cada escolha, em cada decisão, não mais nos permitindo deixar dominar pelos mesmos sentimentos inferiores, pelos mesmos vícios, pelas mesmas paixões degradantes, que por séculos, em menor ou maior intensidade, indevidamente alimentamos.


O estudo aprofundado das obras básicas da codificação, assim como de todas as obras que vieram a complementar, é de fundamental importância para que a nossa fé e a nossa religiosidade, estejam baseadas na mais pura razão, longe do dogmatismo e do fanatismo que acabam por obscurecer o que de mais puro os conceitos e preceitos cristãos tem a nos ofertar, como fatores construtivos à nossa personalidade.


Aprender a discernir, a separar o joio do trigo, ampliando nossa visão, nossa capacitação, nos protegendo contra os excessos e as confusões geradas muitas vezes por obras literárias ou estudos sobre a doutrina que não se baseiam na verdade, ou que não passem ainda de meras suposições, não nos deixando enredar por mirabolantes teorias que acabam por nos afastar do principal objetivo ao qual, todos temos que nos ater, que vem a ser a transformação espiritual para o bem, e esta passa, essencialmente, pela renovação de nossos sentimentos, aliada a conquista intelectual e cultural que o aprendizado teórico nos oferece.


Estudar e trabalhar visando o nosso melhoramento íntimo, lutando diariamente para não mais alimentarmos vícios e posturas que não condizem que aquilo que visamos para nós, unindo a teoria à prática, cientes que somos ainda falhos, mas que temos plenas condições de nos corrigir, de não mais errar, sabendo que a responsabilidade de quem já sabe distinguir o certo do errado, o que nos fará avançar e o que nos fará permanecer estacionários, é muito maior da que ostentam os irmãos que ainda deliberadamente se prendem a inferioridade de sentimentos e de atitudes.


Sem dúvida, o preço é alto para quem quer crescer, evoluir, assim é, nos mais comezinhos compromissos que assumimos durante nossa jornada diária, quanto mais queremos crescer, maiores serão nossas responsabilidades, e maior será a cobrança, sendo, da mesma forma, maiores e mais graves as consequências dolorosas que teremos que suportar caso venhamos a falhar ou a não realizar condignamente aquilo a qual nos propusermos.


Quem quer crescer tem que assumir riscos e responsabilidades, tem que se esforçar, tem que ter foco, disciplina, vontade, onde o suor e a renúncia a efemeridade de prazeres imediatos, levará à alegria e o prazer imensurável da vitória íntima sobre os desafios assumidos, a recompensa de conquistar sonhos, realizar objetivos, felicidade maior, quando estes visem o bem individual e coletivo, quando se baseiem nos conceitos cristãos, quando sejam honestos, dignos, leais, éticos, quando tenham como sentimento determinante o Amor.


Cabe a nós traçarmos o nosso destino, as conquistas são franqueadas a todos, sem exceção, pela Justiça e Bondade Divina, onde a cada um será sempre dado conforme as suas obras.


Saibamos construir nosso edifício na argamassa do bem, saibamos angariar para nós o arrimo e a companhia dos benfeitores espirituais, daqueles que nos amam, que já venceram a si mesmos, e que acreditam em nossa capacidade de vencer e de acompanha-los na infinita possibilidade de estudo e trabalho que o Universo Cósmico nos oferece.
Façamos por merecer a confiança e sigamos sempre em frente, com a Graça de DEUS. 

terça-feira, 4 de setembro de 2018

No rumo certo...




“...não busqueis o maravilhoso: a sede do milagre pode viciar-vos e perder-vos...”


Muitos, infelizmente, viciados na forma errônea cristalizada ao longo dos séculos da concepção religiosa, buscam o Espiritismo atrás de milagres, da solução instantânea para o seu problema, seja ele físico, material, mental, espiritual, seu mesmo ou de entes queridos, sempre de acordo com a “lei do menor esforço”, na espera que os médiuns e os espíritos que os assistem sejam juízes, advogados, policiais, guarda costas, médicos, conselheiros, oráculos, até mesmo lhes arranjando empregos compensatórios, matrimônios, vitórias no jogo, etc.

Apegam-se aos fenômenos, as manifestações espirituais, enaltecem as provas irrefutáveis as suas vistas, elogiam aos médiuns seguros e produtivos, emocionam-se, quando prestam a devida atenção, com a palestra edificante, saem reconfortados e fortalecidos ao receber o passe salutar, e continuam vivendo exatamente como viviam antes de conhecer os conceitos espíritas, antes de conhecer com mais profundidade e exemplos, as máximas cristãs, voltam para o seu lar das reuniões que passaram a frequentar no centro espírita, alimentando em seu íntimo, em meio aos benefícios que receberam, os mesmos vícios, as mesmas paixões, as mesmas ilusões e sentimentos negativos que até então escolheram para si como postura de vida, pouco ou quase nada assimilando das verdadeiras ações que os levarão ao devido reajustamento íntimo e a reformulação das prioridades que devem nortear suas existências.

Quem assim age ao procurar a solução, na religião, dos seus problemas, de suas dificuldades, seja no Espiritismo ou em outra corrente espiritual, apenas procurando a solução imediatista de sua aflição, do que lhe constrange ou atrapalha para atingir seus determinados fins, se conquista o paliativo que busca, após alguns lampejos de euforia, logo abandona as tarefas para dar prosseguimento em sua vida “normal”, como se tivesse ido a um pronto socorro para curar a sua dor de cabeça, e depois de medicado, e algo restabelecido, logo esquece o tratamento, e, principalmente, da causa que o levou a sentir a dor, o que geralmente, faz com que em um futuro próximo ou distante, volte a adoecer, enquanto que, outros, por não conseguirem ao procurar a religião, satisfazer os seus intentos, se afastam desprezando, criticando, agredindo, difamando, também como ao enfermo que procurou a cura da sua doença, mas não a teve porque não quis seguir os conselhos do médico, que iam contra suas necessidades imediatas.

A Doutrina Espírita, como diversas outras frentes religiosas e espirituais, tem como lema a caridade, o amor ao próximo, e auxilia, de fato, a todos que a procuram, ou os que seus adeptos têm condições de ir ao encontro, que necessitam de auxílio espiritual, físico, material, dentro das possibilidades individuais de realização de cada casa, de cada grupo.

O objetivo maior do Espiritismo é levar o conhecimento, os parâmetros que todos precisamos para a nossa real “cura”, para a realização do nosso real “ideal”, que é a transformação espiritual, a renovação da forma de se encarar a vida e a morte, a compreensão dos nossos objetivos macros, aqueles que envolvem nossos sentimentos mais íntimos, no florescimento daquilo que de mais sagrado todos trazem dentro de si, que é o amor Divino, ajudando-nos a encontrar o equilíbrio, a paz, a segurança, o controle sobre o nosso “eu’, nos fortalecendo assim para que suportemos e superemos qualquer dificuldade de forma natural, com paciência, tolerância, alegria, trabalhando na causa, na renovação de nossas prioridades, da nossa forma de encarar a vida, as pessoas e os problemas, nos mostrando que nossa dificuldade maior é a de compreender o que, de fato, precisamos para nossa evolução, e não, o que queremos e o que desejamos no imediatismo de nossa existência.

Aquele que se aproxima, que procura uma Casa Espírita, precisa saber que lá não encontrará a solução imediata para os seus problemas, não encontrará a cura para suas doenças, a solução para suas questões financeiras, o melhoramento do seu filho rebelde, a comunicação imediata com seu ente querido que desencarnou.

Aquele que se aproxima de uma casa espírita irá encontrar, se esta realmente basear sua conduta na pureza doutrinária e nos princípios cristãos, amor, fraternidade, paz, energias positivas, e um roteiro onde, com estudo, com esforço, com determinação, com trabalho, poderá conquistar sua renovação, sua transformação para o bem, poderá entender a razão de seus sofrimentos, de suas dificuldades, tendo a possibilidade da compreensão das leis divinas da reencarnação, da causa e efeito, que por si, se bem estudadas, já trazem as repostas sobre quaisquer questões dolorosas que estejam enfrentando, e o melhor, trazem a certeza que nenhuma situação constrangedora é eterna, e que dependerá sempre de cada um a reconquista da paz, do equilíbrio, da verdadeira felicidade.

Podemos procurar o auxílio para superarmos nossas adversidades em uma casa espírita, e o encontraremos, de fato, porém, muito provavelmente, não aquilo que desejamos, mas sim o que precisamos, apoiados que seremos, principalmente, pelos irmãos espirituais que nunca nos abandonam, e que estão sempre desejosos, em nome do Nosso Amado Mestre Jesus, em nos guiar na jornada do bem, da paz e do amor, aquela que nos levará as verdadeiras conquistas para a nossa evolução individual e eterna.     

terça-feira, 21 de agosto de 2018

Pensemos...






“...cada coisa, cada ser, cada alma, permanece no processo evolutivo que lhe é próprio. E se já passamos pelas estações inferiores, compreendendo como é difícil a melhoria no plano de elevação, devemos guardar a disposição legítima de auxiliar sempre, mobilizando as melhores possibilidades ao nosso alcance, a serviço do próximo...” (Trecho do Livro Missionários da Luz, André Luis)

“Os Espíritos não podendo melhorar-se, senão suportando as tribulações da vida corporal, seguir-se-ia que a vida material seria uma espécie de cadinho ou depurador, pelo qual devem passar os seres do mundo espírita para atingirem a perfeição?”
“Sim, é bem isso. Eles se melhoram nessas provas, evitando o mal e praticando o bem. Porém, é só depois de várias encarnações ou depurações sucessivas, num tempo mais ou menos longo, se segundo seus esforços, que eles atingem o objetivo para qual tendem.”, (O Livro dos Espíritos, Questão 196)

Podemos nos surpreender em algumas situações de nossa existência que envolve nossos irmãos do caminho ainda não devidamente compenetrados nas tarefas cristãs, presos ainda as paixões inferiores, avaliando-as como degradantes, chocantes, repugnantes, que geram em nós uma imediata aversão, misturada com sentimentos de piedade e solidariedade.

Tentamos por vezes imaginar como pode uma pessoa, um ser humano como nós, se entregar e desistir da vida, destruindo a estima por si mesmo, abdicando da vontade de lutar, entregando-se completamente, de corpo e alma, aos vícios, a promiscuidade, a alienação e a depressão.

Moradores de rua, alcoólatras, maltrapilhos, com feridas expostas e mal curadas, péssimas condições de higiene pessoal, odores insuportáveis, roupas e objetos sujos e deteriorados, viciados, drogados, jogados nos becos, sob as marquises, sob as pontes, nos antros onde a promiscuidade e a violência imperam. Jovens e idosos oriundos de todas as classes, homens e mulheres que abandonaram o lar, a família, a maioria já com imensas dificuldades de diálogo e compreensão, por terem as mentes entorpecidas pelo álcool e pelas drogas baratas, doentes, abatidos, vivendo em uma atmosfera onde a dor, o desânimo, o pessimismo, o tédio, a inércia, obscurecem o passado, esquecendo entes queridos, pessoas que lhes foram caras, sem condições de manter por muito tempo uma conversação sensata e equilibrada.

Exilados, marginalizados, párias de uma sociedade que não se importa; que simplesmente os excluem; acostumada que está em vê-los pelas ruas, pelas calçadas, pelas praças. São alvos de críticas, de desprezo, de escárnio, ou simplesmente ignorados, em um mundo onde já se tornou normal e rotineiro se ver alguém caído no chão, imóvel, com pessoas indo e vindo, apenas se desviando, como se não fosse um ser humano que estivesse ali deitado, mas, simplesmente, um fardo, sujo e imprestável, que a limpeza pública deveria retirar.

Julgados e criticados, pejorativamente rotulados, conceituados, são vadios, preguiçosos, fracos, covardes, merecem quando muito, atiradas com indiferença ou soberba, algumas moedas ou piedosamente, a sobra de algum laudo jantar no restaurante.

Vivem de favores, de caridade, de pequenos furtos, de degradantes tarefas, considerados inoportunos, chatos, inconvenientes, motivo de chacota, de agressão, da violência e do escárnio daqueles que não conheceram a dor, o sofrimento, a decepção, que não compreendem que não somos todos iguais, que nem todos conseguem lidar com a derrota, com a perda, com o abandono, com a traição da mesma maneira, quando, então, encontram nas ruas a fuga, a enganosa solução para aquilo com que não tiveram forças para lutar, suportar, superar.

Feliz de quem consegue, de quem vence seus medos, de quem tem a força e a coragem de reverter as difíceis situações que, por vezes, a vida apresenta, porém, mais feliz ainda são aqueles que, além dessa superação individual, conseguem compreender e auxiliar aqueles que não são tão fortes e determinados como eles, entendendo que cada um atravessa um estágio evolutivo diferenciado, e que, aquele que hoje vive nas ruas, pode ter sido ontem, em outra vida, um ente querido de seu coração, ou até ele mesmo, em pretérita existência, antes de adquirir a coragem e a fé que hoje tem para vencer os desafios e deles não mais precisar fugir.

Esses exemplos também são encontrados no plano espiritual, onde espíritos culpados, fracos, inseguros, se entregam aos mais variados vexames e sofrimentos por se julgarem merecedores, por não suportarem os reclamos de suas consciências pelos erros e crimes cometidos, surtam, viram, também lá, alienados, desequilibrados, ficando a mercê de forças inferiores, voltadas ao mal, que usam e abusam do poder de manipulá-los, tornando-os escravos e cúmplices obrigatórios de seus desvarios.

Se hoje, já conseguimos compreender, assimilar, e com muito esforço, vivenciar as verdades cristãs, os conceitos espíritas, nos cabe o dever de estender as mãos e auxiliar a estes irmãos do caminho que ainda, por falta, principalmente, de fé em Deus e em sua bondade, preferem se entregar ao ostracismo, a doença, a loucura, ao destino, aos vícios, em vez de lutar e enfrentar seus medos, suas fobias, suas culpas, seus fracassos, suas decepções.

Temos que auxilia-los, sem sermos coniventes com suas enfermidades, ajudar a se reerguerem, não nos preocupando em julgar, em conhecer motivos, mas, em estender para eles o futuro, o que podem ainda fazer, o que podem mudar, tanto aos nossos irmãos encarnados, como aos maltrapilhos desencarnados, orando, ensinando, agindo e interagindo, para que reflitam sobre seus passos e reajam contra seus próprios desequilíbrios, renovando seu modo de pensar, de enxergar a vida, auxiliando-os a amarem a si mesmos, e, posteriormente, reaprenderem a amar ao próximo e a Deus, em uma batalha constante, pacífica, contínua, onde todos aqueles que algo aprenderam e assimilaram do bem, cumprem o dever de repassar e trazer para junto de si aqueles que ainda se destroem, aqueles que continuam fugindo de suas responsabilidades.

Odores, feridas, distúrbios, chagas, razões e intenções, se Jesus tivesse parado um único segundo para pensar nesses detalhes como impedimento para suas ações, seriam mínimos os efeitos de seus exemplos e de seus ensinamentos para a humanidade.

Um sorriso, um abraço, uma pergunta, uma resposta, um segundo de atenção, uma moeda acompanhada com um “bom dia”, com um “fica com Deus”, faz uma diferença mínima em nossa existência, mas, pode representar a faísca que irá acender o pavio que levará ao nosso irmão do caminho a acreditar que ele ainda é alguém, que ainda é um filho de Deus, lembrança talvez suficiente para transformá-lo para sempre, fazendo-o retornar ao caminho evolutivo que todos nós, mais cedo ou mais tarde, teremos que percorrer e avançar.

Pensemos.

segunda-feira, 30 de julho de 2018

Precisamos estar cientes...





A Doutrina Espírita nos trouxe uma nova e extasiante visão da Vida.

A Doutrina Espírita trouxe a certeza da pluralidade das existências, onde poderemos resgatar nossas faltas.

A Doutrina Espírita nos permitiu saber que a convivência com aqueles que são, de fato, nossos entes queridos será eterna, e que com eles poderemos estar sempre juntos, mesmo que em planos diversos.

A Doutrina Espírita veio afirmar que nesta eternidade de oportunidades reencarnatórias poderemos adquirir todo o conhecimento que desejarmos e ansiarmos, quando nós mesmos escreveremos com nossos atos e nossas escolhas, o nosso presente e o nosso futuro, deixando claro que todas as dificuldades que possamos estar enfrentando hoje são meras consequências de nossas decisões anteriores, aproveitando-as assim de ensinamento e preparo para novos e importantes desafios que ainda nos aguardam, nos proporcionando o equilíbrio e a paz para que saibamos viver cada momento, mesmo que de dor, para avançarmos e nos fortalecermos, aprendendo a cada dia a nos tornarmos efetivos artífices do nosso próprio destino.

O conhecimento doutrinário, entretanto, não pode nos tornar meros cumpridores de obrigações, como um assalariado que sai para trabalhar todos os dias, sabendo que, se realizar suas tarefas de acordo com o que se espera dele, receberá ao final o seu salário, a sua recompensa.

Não podemos nos subordinar a atitudes e escolhas estudadas e mecanizadas, falseando externamente quem somos apenas por saber como devemos agir para conquistar os nossos objetivos, no caso, uma recompensa futura de uma vida tranquila e longe de sofrimentos quando do retorno ao plano espiritual.

Evidente que quando estamos na fase inicial de adaptação à nossa transformação espiritual, precisamos nos policiar e nos disciplinar para não mais nos deixar arrastar por nossos instintos e sentimentos inferiores, para não mais recalcitrarmos, não mais repetirmos os mesmos erros, devemos até mesmo evitar pessoas, locais, situações, que poderiam facilmente nos arrastar aos nossos antigos hábitos, fazendo com que rapidamente se apagasse a indecisa chama representativa do nosso desejo íntimo de renovação e mudança para o bem.  

Precisamos estar cientes, entretanto, que nossa transformação espiritual não pode funcionar como moeda de troca, ou seja, por estarmos deixando para trás nossos vícios, por não mais estarmos cometendo erros, por algo já estarmos fazendo em prol de nós mesmos e do próximo, até mesmo já participando de forma efetiva das lides cristãs, que nossa vida daqui para frente seja baseada em momentos felizes, que não mais sofreremos reveses, que seremos recompensados por nossos esforços, que tudo de bom que a vida nos reserva ou poderá nos reservar será concedido, ainda mais, quando nossa mudança se baseia especificamente nesta intenção, da espera da gratificação ”salarial” pelos serviços prestados.

Precisamos estar conscientes que promover a nossa renovação, a nossa transformação espiritual para o bem, não é um favor, não é um serviço prestado, é uma obrigação, mas não uma obrigação a ser cumprida para com os nossos protetores espirituais, para com Jesus, para com Deus, mas, sim, uma obrigação para conosco mesmo, para o nosso crescimento, para a nossa evolução, e o fato de estarmos dando os primeiros passos de uma longa caminhada, onde até agora, por nossa vontade, tínhamos escolhido ficar estagnados, parados, não quer dizer que estamos livres dos obstáculos, das quedas, dos acidentes, dos assaltos que a jornada ainda nos reserva, ainda mais pelas consequências dos nossos erros que plantamos no caminho quando dele insistíamos em nos desviar, por atalhos que só nos distanciavam ainda mais do destino.

Nossa renovação espiritual é uma ação íntima, que visa nos fortalecer, nos equilibrar, remodelando nossa postura, a nossa forma de encarar a vida, os problemas, as situações, as pessoas, é um mudança significativa de prioridades, de preferências, onde os conceitos cristãos passam a suplantar os desejos meramente humanos, onde o amor, a fraternidade, a bondade, a sinceridade, a humildade e o respeito passam a ser os sentimentos que norteiam todas nossas escolhas, nossas ações, nossas reações frente às situações que a vida nos apresentar, e é sabido, pelo atual estágio evolutivo deste planeta, que quem escolhe para si esta forma de agir estará propenso a encontrar sérias dificuldades de relacionamento, pois passa a esta sujeito ao escárnio, a traição, ao desprezo, a humilhação, por parte daqueles que ainda supervalorizam o orgulho, a vaidade, a inveja, a prepotência, a arrogante postura de se considerarem mais fortes, mais corajosos, superiores aos demais.

A transformação espiritual está baseada puramente em sentimentos, e estes não se aprendem nos livros, não podem ser adquiridos em palestras, em estudos, onde só encontraremos o caminho, a rota, mas nunca a efetiva mudança.

Não adianta nos mostrarmos transformados, aparentarmos posturas, demonstrarmos nas palavras e nas atitudes aquilo que esperam de nós, e que nós mesmos esperamos, se, de fato, em nosso íntimo, ainda somos os mesmos mascarados, os mesmos atores, enganando ao próximo, e principalmente, a nós mesmos.

A batalha é árdua, mas é humanamente possível de ser vencida.

O caminhar é difícil, mas pode e deve ser contínuo, firme, disciplinado, persistente, porque é certo que chegaremos ao nosso destino, e o melhor de tudo é exatamente isso, que pelo amor e pela bondade divina, seremos exatamente nós mesmos, com nossa própria vontade, que determinaremos quando e de que forma completaremos essa jornada.      

Que seja sempre no bem!