quarta-feira, 30 de novembro de 2016

O que precisamos atentar...




Em um mesmo ambiente, estejam nele cem ou apenas duas pessoas, independente de onde seja e o que esteja ocorrendo, cada um estará vivendo um momento único em sua existência, cada um estará dominado por um sentimento íntimo diferenciado, fazendo com que as reações também sejam geradas de acordo com necessidades e as prioridades que cada ser presente alimente para si.



Assim, poderemos estar em um evento com milhares de pessoas, como uma partida esportiva, um show, onde reine a alegria, a descontração, os prazeres mundanos tão normais em nossa sociedade, e mesmo assim, poderemos nos sentir solitários, carentes, depressivos, desolados, deslocados, caso sejam estes os estados que dominem nosso íntimo.



Da mesma forma que, se adentrarmos uma igreja, um templo, onde o silêncio e a paz convidem a meditação e ao equilíbrio, e forem sentimentos conturbados, dispersos, agressivos, sensuais, que se façam prevalecer, serão eles que nos farão ignorar tudo a nossa volta, nos mantendo presos apenas naquilo que nossa mente determinar.



Somos o que sentimos, o que pensamos, estamos mergulhados nas energias que geramos, nas telas mentais que criamos, nosso estado de espírito nos leva a guerra ou a paz, quando uma simples contrariedade pode nos fazer ter uma reação violenta e destrutiva, enquanto que as mais acerbas perdas possam ser encaradas com tranquilidade e equilíbrio, quando delas retiramos experiência e detectamos novas oportunidades de recuperação e renovação.



Certo, porém, que esses sentimentos íntimos são fatores determinantes para nosso processo de renovação espiritual, principalmente, porque são eles que geram e selecionam as nossas companhias, encarnadas e desencarnadas, aquelas que se afinam conosco, ou, que por nós se vejam ameaçadas em seus desejos, nos enxergando como adversários ou entraves para que venham atingir aos seus objetivos.



O que precisamos atentar, é que esses sentimentos e aspirações que valorizamos e priorizamos, ao atrair afins, são potencializados, ganhando inúmeras novas possibilidades de realização, vindo a gerar situações onde poderemos materializar nossos desejos, assim como auxiliar que aos que conosco se associem a também realizarem aos seus.



Tarefas voltadas ao bem, a caridade, ao amor podem crescer e se expandir quando há plena associação de ideias e de ideais, entre encarnados e desencarnados, assim como também crimes e agressões, desregramentos e ações ligadas aos vícios e desatinos podem vir a ganhar vulto quando são essas as prioridades dos envolvidos.



Inúmeras situações diárias nos mostram o quanto nosso mundo íntimo é predominante, como nosso estado de espírito é primordial para determinar nossa vida, quando vivemos exatamente onde nossa mente determina, gerando para nós a paz, o equilíbrio, e a felicidade que o mundo físico pode vir a nos proporcionar, ou a guerra, o caos, levando-nos a doenças como a depressão, a síndromes como a do pânico, as mais diversas fobias conhecidas, quando a razão se vê obliterada por medos, dúvidas, traumas, mágoas, decepções e revoltas.



Somos, porém, capazes, se assim o desejarmos, de a tudo resistir e superar, de acordo com a máxima cristã que nos ensina que o fardo nunca será superior as nossas forças, dependendo sempre da forma como iremos encarar as adversidades, dominando-as com firmeza, fé e determinação, ou, simplesmente, deixando-nos por elas dominar, como um barco sem leme e sem comando.



Há situações onde as dificuldades se acerbam, ganham vulto, e são, de fato, de difícil solução, até mesmo para os mais fortes e mais capacitados, quando, mesmo que enfermos e frágeis, na maioria das situações, encontramos dentro de nós uma força extra, uma energia que desconhecíamos possuir, como em casos que vemos entes queridos em perigo, ou que nos é exigida uma ação rápida e determinante.



Com o conhecimento do nosso poder gerador e criativo, assim como de associação e enriquecimento de energias e intenções, consciente devemos estar da importância e relevância de alimentarmos sentimentos positivos, em alicerçarmos nossas escolhas e nossa postura nos conceitos cristãos, nos preceitos que a motivam, principalmente quando nossa intenção é a transformação espiritual para o bem, é o combate as nossas imperfeições, as tendências inferiores que alimentamos por um longo período de nossa jornada evolutiva, muitas destas nem mesmo desenvolvidas nesta nossa atual existência, mas que em nosso íntimo, uma voz nos alerta e segreda que já estiveram presentes e atuantes em nossa personalidade, haja vista as vezes que elas ameaçam ressurgir nas situações diárias que enfrentamos, sendo apenas nossa disciplina e o desejo sincero de mudar que as impedem de dominar nossa razão.



Estudar, nos fortalecer no conhecimento, possibilita que venhamos a desenvolver pensamentos e telas mentais de harmonia, paz, entendimento, estando receptivos as influências benéficas de nossos protetores espirituais, atraindo positividade, ao mesmo temo que geramos um campo de força capaz de impedir que miasmas negativos e inferiores venham a atingir nossa aura espiritual, dando-nos um poder de defesa e reação maior para as adversidades, ainda que a dor nos visite, aumentando nossa resistência, e dando vazão para que nossas energias íntimas venham a contribuir de forma positiva e agregadora no ambiente onde formos levados pela a vida a desempenhar nossas tarefas.



Sendo o Mestre Jesus, o Caminho, a Verdade e a Vida, claro se torna a direção a tomar mais fácil para atingirmos a estes objetivos íntimos, desta forma, que sejamos fortes para não recalcitrar, e para galgar, mesmo que gradativamente, aos degraus que nos levarão a mais altos patamares de realizações e conquistas.




Que assim seja! 

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Que possamos um dia...




A educação quanto ao que pensamos e sentimos é fundamental para que possamos passar a externar equilíbrio e sensatez em todas as situações de nossa existência, estejamos a sós, com nossos íntimos, nos comezinhos problemas diários, e em tarefas mais amplas e abrangentes, vindo a tomar assim de forma natural, quando no bem e assim determinados, uma postura cristã, conciliatória, agregadora, construtiva, buscando disseminar o bem, combatendo, consequentemente, as paixões, os vícios, os instintos inferiores, não só com aqueles com quem convivemos e temos a oportunidade de influenciar positivamente com nossos exemplos, mas, principalmente, disciplinando a nós mesmos, visto que somos sempre o maior adversário a ser combatido quando do processo de nossa reforma íntima, tal o desequilíbrio acumulado em séculos de erros e equivocadas escolhas e posturas.



As maiores dificuldades a vencer são aquelas geradas por nossos sentimentos inferiores, as ações e escolhas que diariamente tomamos que não ferem as leis humanas, mas que agem negativamente sobre a nossa vida em sociedade, sobre a civilidade que devemos compartilhar com o próximo, seja em relacionamentos íntimos, em nosso lar, ou em nosso trabalho, em nosso lazer, nos encontros e compromissos diversos que temos durante um dia normal de nossa existência no plano físico.



Ao agirmos de forma egoísta, ao desprezar as necessidades e aos desejos do próximo, ao nos deixarmos enredar pela vaidade, pelo preconceito de qualquer tipo, ao sermos intolerantes e agressivos, mesmo que verbalmente, com aqueles que pensam e vivem de forma diversa que a nossa, aos nos julgarmos superiores ou inferiores, intelectualmente ou socialmente, condenando a vida alheia ou a julgando de acordo com a nossa estreita visão do todo, nos perdemos em um cipoal de conjecturas, de tabus, de estereótipos, acabando por nos prender a uma realidade fictícia, vendo ao mundo apenas pela visão de quem somos e do que estamos acostumados a ser, impedindo a nós mesmos de virmos angariar um cabedal maior de experiência e conhecimento, originários, geralmente, exatamente das diferenças, onde aprendemos e ao mesmo tempo orientamos, sem a noção que podemos ser felizes e vitoriosos, independente de nossa condição, seja ela, social, profissional, física, ou de qualquer outro tipo de caracterize uma diferente vivência em relação ao próximo, bastando para isso que tenhamos a humildade e a decência de respeitarmos a cada um como é, e lutarmos, no caminho do bem, para alcançarmos de forma digna e honesta àquilo que sonhamos ou almejamos vir a ser.



Tudo poderemos conquistar, tudo que existe no plano físico está franqueado para qualquer um de nós, porém, nossa consciência, se devidamente ouvida e respeitada, nos recambiará sempre para aquilo que mais necessitamos em nossa atual existência, e que muito está ligado ao  nosso passado cármico, as nossas precedentes vidas, o que por vezes, no obriga a abrir mão de certos prazeres que o mundo nos oferece, para nos focarmos essencialmente no que nos fará recuperar o equilíbrio, perdido devido aos nossos erros passados, assim como também nos realinharmos aos objetivos maiores que devem nortear a todos nós que temos por objetivo a transformação para o bem.



Desta forma, natural quando nos sintamos ansiosos, depressivos, angustiados, mesmo quando estamos plenamente vitoriosos no que se refere as conquistas materiais, aos valores de sucesso e felicidade que a sociedade nos determina, porque sentimos em nosso íntimo que algo nos falta, que algo ainda impede nossa felicidade, e essa falta, geralmente, está ligada ao compromisso  que assumimos antes de reencarnar, que pode vir a ser com alguém específico, com uma postura determinada, com uma ação relevante na coletividade, tudo ligado ao nosso passado e que ainda se encontra pendente, nos impedindo de avançar como desejaríamos, a razão que nos leva na maioria das vezes, quando no plano espiritual, a retornar a carne de forma voluntária, exatamente para conquistar o que nos falta para nossa evolução.



O esquecimento que reveste o nosso espírito quando reencarnamos impede que venhamos a conhecer os detalhes daquilo que mais nos falta para conquistar o equilíbrio íntimo como individualidade eterna, porém, não podemos desprezar, e é o que geralmente fazemos, aos inúmeros sinais que a vida física nos apresenta no decorrer do tempo que estamos encarnados, quando preferimos burlar os avisos íntimos de nossa consciência, em detrimento aos prazeres efêmeros e as conquistas transitórias as quais acostumados estamos a valorizar quando no plano físico.



Ainda que não recordemos, temos sim, chamados de várias frentes, para que venhamos a despertar para os conceitos e exemplos do Mestre Jesus, aqueles que se, conhecidos e vivenciados, nos levarão sempre a estar em paz e equilibrados para as melhores escolhas e decisões, tendo um suporte ainda maior se tivermos a oportunidade de conhecer e nos aprofundar nos estudos dos preceitos que nos trazem a Doutrina Espírita, quando nos apresenta os relevantes fatores da reencarnação, da lei da causa e efeito, da pluralidade das existências e dos mundos, assim como de tudo que poderemos vir a esperar para o nosso futuro, de acordo com a postura que escolhermos para nossa existência atual.



Se temos a oportunidade de conhecer a Jesus, seja em qual frente religiosa for, nada mais justifica, se esse for o nosso desejo, de continuarmos a valorizar a negatividade do proceder, os sentimentos inferiores, os vícios, as paixões degradantes, pois, Ele, em sua essência, é só amor, bondade, amizade, caridade, humildade, tolerância, representando a união, a solidariedade, o respeito, fazendo-nos compreender o quanto a nossa felicidade depende da felicidade do próximo, o quanto a dor do nosso irmão do caminho indiretamente nos atinge, ainda mais quando a nossa ação direta ou indireta poderia de alguma forma o auxiliar a recuperar o equilíbrio, e retomar sua jornada.



Nossa evolução individual dentro dos parâmetros cristãos, nos faz ingressar nas fileiras dos tarefeiros que lutam pela evolução coletiva, do próximo, do mundo onde vivemos, ainda mesmo que venhamos a conquistar o direito a mais altos voos, porque o amor que este sentimento representa, nos faz voltar, interessados em que nossos entes mais queridos também venham a conquistar por sua vez a este estágio, e quanto mais subimos, maior é o campo que nossa visão abrange, aumentando de forma significativa assim a nossa família, onde passamos a ver em cada ser um irmão amado a ser orientado e protegido.



Que possamos um dia, com nosso esforço e dedicação, alcançar a este estágio, onde de protegidos passaremos a ser protetores, de auxiliados poderemos vir a auxiliar, sendo parte integrante daqueles que nada mais tem a temer da inferioridade humana, apenas vendo-a como mais um tesouro a ser transformado e alçado ao amor infinito do nosso Criador.



Que assim seja!  

   

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Nossos pensamentos...




Nossos pensamentos formam imagens, ganham vida, podem percorrer distâncias. Quando encarnados, quando eles representam nossas lembranças, nossas recordações, eles voam e vão tocar ao coração daquele que na pátria espiritual estagia, daquele que nos é amado, lembrado e relembrado com respeito e carinho, podendo, se isso lhe for possível, após nosso chamado, vir até nós em um átimo de tempo, desde que não atrapalhe suas tarefas, que não prejudique ao seu equilíbrio, para nos dar um ósculo, um abraço, também feliz por poder compartilhar nossa benéfica saudade, desde que esta não esteja revestida de sofrimento ou revolta, em uma transmutação de energia que fortalece a ambos, até que um dia possam materializar a companhia, e juntos prosseguirem em suas jornadas evolutivas.



Como nosso pensamento é vida e pode percorrer imensuráveis distâncias, vale ressaltar a necessidade preeminente de definirmos se nossa intenção nesta existência vem a ser, de fato, a nossa transformação espiritual para o bem, a renovação de nossa postura, pois, da mesma forma que poderemos atrair com ele a positividade de quem nos ama, assim como a proteção e as orientações de nossos benfeitores espirituais, poderemos ser pontos de atração para as entidades desequilibradas do astral inferior, que buscam a companhia de associados encarnados para continuarem vivendo suas paixões, seus vícios, seus sentimentos negativos, nos enredando ou por nós sendo enredados para inúmeras situações que nos levarão a nos afastar do objetivo maior que só o bem representa.



Nosso pensamento é a principal ferramenta para as mudanças que podemos levar a efeito em nossa vida, porque são eles que geram a energia para que venhamos a materializar nossos desejos, e consequentemente, aos nossos sonhos, quando planejamos, alimentamos, organizamos, ponderamos, gerando imagens e situações, que nos auxiliam a discernir e exteriorizar aquilo que vivenciamos em nosso íntimo, além de ser um canal permanentemente em aberto para que venhamos a ser auxiliados por aqueles que conosco se afinam e sintonizam com nossas intenções.



Para isso, se faz essencial a nossa disposição íntima, os traços marcantes que formam a nossa personalidade, para que venhamos a ter absoluto controle sobre o que pensamos, desejamos, e exteriorizamos, para que não venhamos a ser dominados por eles, nossos pensamentos, quando nos deixamos arrastar por ilusões, por enfermidades psíquicas, por medos, pela dúvida, pela inconstância, quando em vez das mais gratas realizações e conquistas, acabamos por apenas nos deixar dominar por um turbilhão de decepções e fracassos, vindo a perder as melhores oportunidades de nossa existência.



Quando assim dominados por nossos sentimentos negativos, pela força que possui nossos pensamentos, passamos a nos entregar a revolta, a mágoa, a tristeza, a depressão, nos afundando ainda mais no negativismo, onde a nossa mente passa a ser agente opressor, nos impedindo de ver as inúmeras oportunidades que continuam vivas e atuantes ao nosso redor, sem enxergar as possibilidades que a vida de forma contínua nos oferece, quando tudo pode ser revertido, renovado, transformado, dependendo unicamente de nós mesmos esta retomada rumo as realizações produtivas, tirando do fracasso, das decepções, apenas os ensinamentos e as experiências que eles contém para que não mais venhamos a recalcitrar.



Assim, para que nossos pensamentos venham a ser nosso agente direcionador para materializar nossos sonhos, faz-se de fundamental importância os sentimentos que caracterizam a nossa personalidade, isso, em relação a conquista maior a qual todos nós deveremos nos ater, que vem a ser a nossa transformação para o bem, a nossa evolução espiritual, a vitória sobre nossos vícios e paixões degradantes.



Se em nosso íntimo ainda valorizamos e alimentamos ao egoísmo, a inveja, a vaidade, o orgulho, a prepotência, o preconceito, o ciúme, a ganância, nossos pensamentos poderão sim, vir a nos levar a exteriorizarmos e materializarmos nossas intenções, porém, as consequências naturais de nossos atos e conquistas estarão invariavelmente fadados ao fracasso, a decepção futura, porque tudo que se baseia no mal, no erro, tende a mais cedo ou mais tarde desmoronar, ruir, pois não possui a base e sustentação necessárias que só a energia e a positividade do bem trazem em si.



Amor, caridade, fraternidade, honestidade, humildade, respeito, sinceridade, são sentimentos que, se vivos, nos farão criar e emitir os mais nobres pensamentos, as mais puras intenções, mesmo aquelas que são referentes as conquistas materiais, no plano físico, onde nossa meta será sempre a de sermos felizes, e fazermos felizes àqueles com quem convivemos, ou viermos a conviver, atraindo, tanto no plano carnal como no espiritual, as forças do bem para nos secundar, potencializando nossas defesas contra as energias inferiores, e nos fortalecendo para que nossas ações se revertam em conquistas efetivas e duráveis, vindo a enriquecer nosso espírito, nos preparando para mais altos voos, mais nobres desafios, para suportarmos e superarmos a qualquer adversidade que ainda venha a fazer parte da nossa existência.



Que tenhamos Jesus Cristo, em seus exemplos e ensinamentos, o parâmetro maior para nossas escolhas e atitudes, e principalmente, que este sentimento, o cristão, povoe a todos nossos pensamentos, nossas intenções, para que a energia que venhamos a gerar seja compatível com as forças do bem que compõe a atmosfera de nosso planeta, para assim virmos a fazer parte efetiva, mesmo que frágil ainda em sua irradiação, da luz maior que levará nosso mundo a um novo patamar evolutivo, onde o bem seja o ideal maior, e o amor a força dominante em todos os corações.




Que assim seja!      

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Vamos tentar?




Muitos dos que se consideram espíritas, infelizmente, só assumem essa postura quando em plena e efetiva atividade doutrinária, já que, nas atitudes diárias, nos pensamentos cotidianos, longe estão de se viver de acordo com os ensinamentos e exemplos de Jesus, conforme o padrão de conduta daquele que deseja deter este título, se deixando levar pelo orgulho, pelo egoísmo, pela vaidade, por paixões inferiores, desprezando em suas tarefas normais todos os parâmetros de vida no bem que recebe através da leitura edificante, das palestras no centro que frequenta, nas mensagens mediúnicas que o grupo ao qual faz parte recebe dos espíritos benfeitores.



O que acaba ocorrendo a este “espírita”, por sua teimosia, sua insistência em levar essa vida dupla, tendo uma fora e outra dentro do centro, das lides doutrinárias, quando suas atitudes rompem a barreira do bom senso, tornando-os surdos aos apelos de seus benfeitores espirituais, é que estes acabam por temporariamente se afastar, respeitando o livre arbítrio das suas escolhas e decisões, deixando-o por conta própria ou na companhia daqueles que mais se ajustam aos seus desequilíbrios, até que, por sua vontade, por seu desejo, retome sua conduta cristã, não apenas quando nas tarefas doutrinárias, mas, em todos os momentos de sua existência ou pelo menos, que se esforce para tal.



Por mais que sejam amorosos e pacientes ao relevar nossos erros, pelos sentimentos que possuem voltados ao bem e ao respeito para com o estágio evolutivo de cada um, os espíritos benfeitores têm responsabilidades maiores, dando relevante importância ao fator TEMPO, não se permitindo desperdiçá-lo com os que não se dispõe a ajudar a si mesmos, aos seus próprios avanços espirituais.



Quando demoramos a compreender nossas necessidades evolutivas, nossas necessidades de transformação, mesmo quando, demonstramos certo interesse pelas tarefas cristãs, pelos ensinamentos espíritas, hesitando em assumir com seriedade e determinação a postura que se espera do verdadeiro trabalhador do bem, de forma inconstante, usamos do nosso tempo uma ínfima parcela para as realizações espirituais, e nesses poucos momentos, levados por sentimentos negativos como a vaidade, o orgulho, assumimos uma falsa postura, como se fossemos pessoas comedidas, ponderadas, solicitas, enganando a nós mesmos quanto aos verdadeiros sentimentos que alimentamos em nosso íntimo, sentimentos estes que afloram logo que não mais estejamos no ambiente que escolhemos para nos dedicarmos as tarefas espirituais, no centro, nas obras assistenciais, voltando a agir, quando assim o somos, com a mesma prepotência, com o egoísmo, com a impaciência e com tantos outros sentimentos negativos que alimentamos há séculos, quando no trato diário com nossos familiares, nossos amigos, nossos vizinhos, na rua, no trânsito, nos comércios, nas repartições publicas, voltando a vestir a roupa de homens comuns, mais preocupados em conquistas efêmeras, valorizando bens materiais e poderes temporais, tão enaltecidos por nossa sociedade moderna.



Este tipo de postura sofre um agravamento em relação a esta dualidade de atitudes, quando decidimos assumir posições mais efetivas nas lides doutrinárias, quando nos candidatamos a sermos doutrinadores, oradores, médiuns, dirigentes, quando passamos à ser parâmetros para aqueles que procuram um centro espírita, na busca de arrimo, de orientação, de um abrandamento para seus males, e confiando na nossa ajuda, se prestam a receber nossos conselhos, passes salutares, orientações.



O problema pode se tornar ainda mais sério quando estes mesmos que auxiliamos, casualmente, nos encontram na rua, em nosso trabalho, em nosso lazer, se deparando não com aquele homem, paciente, tolerante, equilibrado, solícito e sim, com o impaciente, intolerante, que aos gritos, aos berros, com um cigarro no canto da boca, ofende o velhinho que distraidamente faz com que tenha que frear bruscamente seu carro de luxo.



Essa disparidade de sentimentos e de postura nas tarefas espíritas por parte dos encarnados, também é notada e analisada, pelos espíritos que frequentam o centro e caso não sejam amorosos e tolerantes como nossos benfeitores diretos, que pacientemente compreendem nossos defeito e limitações, quando lá comparecem para receberem conselhos, orientações, doutrinações, se surpreendem ao perceber que somos totalmente diferentes, intimamente, no nosso dia a dia, do que tentamos demonstrar quando no centro, e enquanto uns apenas se divertem com isso, outros se irritam e passam a nos perseguir, interferindo em nosso equilíbrio, por se considerarem enganados e traídos na boa intenção de recuperação que demonstravam.




Ninguém é perfeito e nossos benfeitores espirituais não esperam perfeição em nossas atitudes e decisões, mas, esperam sim, principalmente quando decidimos nos dedicar aos trabalhos junto a Doutrina Espírita, junto ao Consolador Prometido enviado por Nosso Mestre Jesus, que nos dediquemos de corpo e alma para superar nossos instintos e sentimentos inferiores, lutando bravamente para vencer todas as dificuldades, normais em nosso atual estágio evolutivo, e que venhamos a assumir uma conduta cristã em todos os momentos de nossa existência, orando e vigiando os nossos pensamentos, as nossas palavras, os nossos atos, em todas as circunstâncias do dia-a-dia e não só quando estivermos efetivamente participando das tarefas doutrinárias, combatendo nossos desejos inconfessos, não alimentando vícios, educando nossa postura, tentando, lutando, insistindo, para não mais voltarmos a falir nos excessos de todos os tipos que fizeram parte de nossa milenar jornada evolutiva. 

Vamos tentar?

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

A necessidade da luta assim deve ser contínua...




Ainda distante da perfeição que estamos hoje, vista a distância imensurável que nos separa deste objetivo, conscientes da imensidão cósmica do nosso universo, precisamos, aqueles que já buscam seguir o caminho do bem, aqueles que já iniciaram sua renovação espiritual, do homem velho apegado as paixões e desregramentos, ansiando ser um novo ser, tendo como prioridade a transformação de sentimentos e necessidades, nos disciplinar e reeducar, de forma gradativa, mas contínua, a nossa postura, com muito esforço e determinação, sendo severos e regrados com nossas atitudes, nossas palavras, nossos pensamentos, mesmo que sabedores que corremos constante risco de recalcitrar, de nos deixar arrastar por nossas imperfeições, vindo a reincidir em diversas oportunidades, ainda que estes erros sejam brandos, não vindo a nos desequilibrar quando as nossas novas intenções.



Ao nos decidirmos a assumir esta nova condição, principalmente quando abalizados nos preceitos espíritas, oriundos dos mais puros conceitos cristãos, cientes devemos estar que nada ocorrerá como se por um passe de mágica, já que foi longo o período, até mesmo milenar, de diversas existências, que nos deleitávamos e nos entregávamos a inferioridade de sentimentos e ações, de prazeres mundanos e crimes nefastos, mais preocupados em satisfazer os nossos instintos, do que abalizar nossa conduta na paz, na humildade de intenções, na fraternidade e no amor, a coletividade, e aos irmãos do caminho mais próximos em nossa jornada evolutiva.



A necessidade da luta assim deve ser contínua, ainda mais que inúmeras serão as situações que ameaçarão que retornemos aos nossos antigos hábitos, geradas por situações circunstanciais e fortuitas, ou trazidas por influências de forças espirituais interessadas em que nos mantenhamos no mesmo patamar que até então nos encontrávamos, sejam elas oriundas de antigos adversários, de vítimas, de associados, ou apenas de seres que não se conformam que outros, perdidos no erro como eles, venham a tentar mudar e sair da situação degradante tal qual eles mesmos também se encontram.



Os nossos pensamentos e sentimentos mais recônditos, aquilo que fala ao nosso íntimo, é o que representa fielmente, de fato, quem somos, são nossos verdadeiros desejos, onde mesmo que tentemos abafar, e isso é justo e válido por parte daquele que sinceramente quer se transformar para o bem, é o que ainda constantemente ameaça ressurgir, nossos antigos medos, nossos preconceitos, nossas paixões, inúmeros sintomas que por vezes, em uma primeira reação, vem em nossa mente, e que ameaçam nossa frágil estabilidade, ainda mais quando são a impaciência, o orgulho, a vaidade, o egoísmo, os responsáveis por estes chamados íntimos que ainda povoam nosso espírito eterno.



Provocados seremos sempre, assim como assediados, influenciados, seduzidos, convidados, não só por ações externas, de pessoas e situações, como também pelo nosso próprio passado culposo, pelos sentimentos que ainda não foram devidamente arraigados ou transformados em nosso íntimo, nos pondo a prova, e nos auxiliando a que venhamos ter a plena visão do que realmente já conquistamos, dentro desses novos objetivos, e do que nos falta conquistar, assim como também, nos dando a real percepção se, de fato, queremos vir a conquistar, porque muitas vezes iludimos a nós mesmos, por diversas razões, sobre esse desejo de renovação, quando na verdade nos comprazemos e buscamos aquilo que de inferior ainda trazemos dentro de nós, principalmente quando o que nos atrai e prende está ligado a vícios, a prazeres, ou caracterizem já por longa data a nossa zona de conforto.



Inúmeras são as situações que podem vir a servir de gatilho para que percamos o foco em nossos atuais objetivos de renovação, e nos vejamos ameaçados de recalcitrar, de repetir antigos erros, mesmo que sejam de forma fortuita e simples, todas ligadas as nossas ações e posturas pregressas, de nosso passado recente, nesta mesma existência, ou de outras vidas, todas ligadas ao negativismo de sentimentos, a posturas indevidas e viciadas, onde o preconceito, a instabilidade emocional, a impaciência, a intolerância, o prazer desequilibrado tenham tido uma relevante participação em nossa história cármica, situações ligadas ao nosso dia a dia que, em um momento de imprevidência, de invigilância, podem nos remeter a reações idênticas a que tínhamos em um pretérito que hoje desejamos transformar.



Traições, injustiças, provocações, vindas de pessoas íntimas ou de alguém que nem mesmo conhecemos, como em uma ocorrência banal de nosso trato diário, até mesmo uma simples discussão de trânsito, ou o sorriso de alguém que nos atraia com sentimentos sensuais e menos dignos, algo que afete diretamente aos sentimentos negativos que ainda temos dificuldade em suprimir e controlar, fazendo com que venhamos, em um único minuto, em uma única escolha ou reação, a desperdiçar o nosso esforço de anos por uma mudança, por uma renovação para o bem.



Orar e vigiar, estudar e trabalhar, disciplinados e focados naquilo que, de fato, desejamos para nós, aliando necessidades e prioridades, ações e desejos, alinhando aquilo que nos é fundamental para nossa transformação com aquilo que idealizamos e desejamos para o nosso presente e para o nosso futuro, sendo combatentes sinceros e determinados dentro do objetivo maior que elegermos para nós, cientes dos riscos, das ameaças, das interferências possíveis, nos acautelando, mas não nos acovardando, aprendendo a valorizar o bem, os ensinamentos de Jesus, nos fortalecendo em nosso íntimo para atrairmos para nós as forças do bem, de nossos benfeitores espirituais, além de que, com isso, podermos manter afastadas aquelas que por algum motivo queiram nos prejudicar, orando para que elas também encontrem a motivação dentro de si para, por sua vez, também buscarem a direção que as levará a encontrar a verdadeira paz, em um ambiente de muito amor, junto aqueles que só desejam o seu bem e a sua evolução.



A cada um será dado conforme as suas obras, se hoje vivemos dificuldades e limitações, é o resultado de nosso passado culposo, porém, se nossa reação atual é transformar, podemos ter a certeza que a resposta por nossos esforços não tardará, assim como a felicidade pacífica e íntima daquele que almeja para si e para o todo apenas o melhor, dentro das forças únicas do bem.




Que assim seja!  

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Bilhões somos em todo mundo...

Bilhões somos em todo mundo em um constante e variável intercâmbio entre planos, ora desempenhando visando nosso reajuste e realização no plano físico, ora nos reequilibrando, nos instruindo, trabalhando, em nossa verdadeira pátria, a espiritual.


Erros e acertos forjam a nossa personalidade cármica, desde os mais remotos tempos, onde as paixões inferiores, aos poucos, foram dando espaço para a mais ampla percepção da vida, nos tornando, mesmo que imperceptivelmente, por vezes, seres mais próximos a Verdade Divina, fazendo com que a nossa sociedade, em geral, cada vez mais também se aproxime do nível de civilidade ideal, fazendo nascer o respeito as diferenças e aos direitos individuais, criando leis cada vez mais justas e equitativas, protegendo minorias ou maiorias, que sempre sofreram a maior cota de sacrifícios e arrochos, na tentativa válida de tentar diminuir a distância existente ainda entre povos, entre classes, onde o mais forte e o mais capaz não mais exerça o seu poder de forma coercitiva sobre o mais fraco, mas, sim, que venha lhe servir de arrimo e incentivo para que, por sua vez, também venha a crescer e evoluir.


Se ainda há sérias dificuldades e obstáculos para que essas leis sejam postas em prática, e, principalmente, sejam aceitas por aqueles que se sentem seres superiores, não considerando privilégios aquilo que recebe a mais, mas sim, seu de direito, mesmo que em suas conquistas outros irmãos tenham que se sacrificar e abrir mão do mínimo para uma subsistência digna, é inegável o avanço de nossa sociedade em relação a situações que ocorriam no passado, onde o preconceito de castas, de raças, de religiões, assim como o direito das mulheres, dos idosos, dos deficientes físicos, eram simplesmente ignorados e sopesados, como ainda, infelizmente, ainda vemos em alguns povos ainda presos a ignorância em algumas regiões de nosso planeta.


E foram exatamente esses abusos, essas discrepâncias, esses crimes ocorridos entre classes sociais e políticas, entre povos, entre religiões, os causadores de inúmeros crimes no passado, sendo um dos mais graves de todos a escravidão, tornando-os fatos geradores de inúmeros processos cármicos os quais respondemos até hoje, com vínculos pretéritos a serem desfeitos no mal e refeitos no perdão e no entendimento, no ressarcimento de dívidas, na correção de posturas, na renovação de sentimentos, onde vítimas e algozes de todos os tempos se debatem muitas vezes com alternância de posições, mas, indubitavelmente, aos poucos, pelo trabalho ou pelo sofrimento, vindo a avançar rumo a um entendimento amplo e benéfico para todos, como individualidade e como coletividade.


Na resistência daqueles que ainda combatem de forma acirrada a estes benefícios sociais que tentam reequilibrar e reajustar as injustiças sofridas por muitos ao longo de séculos, vemos os que ainda não se conformam em ter que abrir mão daquilo que consideram seu por direito, por se considerarem mais fortes, mais capazes, ainda que suas conquistas tenham sido advindas na verdade, muitas vezes, por esforço e trabalho de seus predecessores, onde hoje eles são só usufrutuários.


São aqueles que ainda se deixam dominar pelo orgulho, pela vaidade, pelo egoísmo, encontrados em todas as classes sociais, onde mesmo os que ainda nada possuem, apenas invejam aos que julgam superiores, tendo como objetivo maior apenas estar entre eles, interessados unicamente em também usar e abusar do poder para satisfazer seus desejos mesquinhos e pessoais, ainda que disfarçados no verniz da civilidade.


Entretanto, nosso planeta vive um período de transição, por força do progresso inadiável e necessário, deveremos deixar a posição atual onde prevalecem as necessidades de provas e expiações, de resgates e reparações, para um período onde a regeneração se fará mister, ou seja, onde os que detém em seu íntimo o desejo sincero de se renovarem, de se transformarem para o bem, serão maioria absoluta, dando vazão para que os sentimentos nobres floresçam e ocupem o merecido espaço, fazendo com que os que insistam no mal e no erro se sintam cada mais isolados e constrangidos, vindo a se restringirem apenas a duas opções na continuidade do seu processo evolutivo, que são a beneficamente sucumbir ao suave jugo do bem, buscando por sua vez a mudança de sua postura, ou se afastando e buscando a outros lugares onde possa externar o negativismo que ainda insiste eleger para si, afastamento este que, em determinado período, na reincidência do mal, infelizmente para ele, acabará, por forças das circunstâncias, por lhe ser imposto.


Jesus Cristo, como Ele mesmo afirma, é o Caminho, a Verdade, e a Vida, sendo o guia mais seguro para que venhamos a encontrar aos parâmetros que nos farão encontrar, em nós, fazendo-os florescer, os sentimentos ideais para compormos esse novo mundo que mais cedo ou mais tarde prevalecerá, onde o respeito, a tolerância, a caridade, a solidariedade, a amizade, a sinceridade, a honestidade, a lealdade, a justiça, o amor, comandarão as ações de forma natural, sem imposições, sem exigências, sem que o mais forte tenha que se sobrepor ao mais fraco, mas, sim o auxilia-lo a conquistar, com suas próprias forças, em igualdade de condições, aquilo que almejar de bom para si e para a sociedade onde vive.


Não podemos mudar o todo, essa mudança ocorrerá de forma gradativa de acordo com a renovação das individualidades, onde cada um que aprender que o bem é o único caminho a seguir se tornará mais um ponto de luz a iluminar o espaço terrestre, até que esta luminosidade, aliada a luz emanada por nossos benfeitores espirituais, se unirá a Luz Maior do Nosso Mestre Jesus, aproximando-nos cada vez mais do ideal maior junto ao Nosso Pai Celestial.


Que assim seja!