domingo, 26 de janeiro de 2020

O Espírita nas redes sociais.



As redes sociais, indubitavelmente, fizeram com que os seguidores e simpatizantes do Espiritismo se aproximassem, com inúmeros blogs, páginas, perfis, grupos, comunidades, dando a possibilidade de questionamentos, depoimentos, instruções, ampliando as oportunidades de aprendizado, de divulgação e de congregação, para aqueles que têm o interesse de adquirirem conhecimento e diretrizes para crescer e melhorar como ser humano, objetivo maior da Doutrina, ou pelo menos, este assim deveria ser.

Infelizmente, porém, há também aqueles que persistem em tratar do assunto de forma leviana e simplista, mais preocupados em passar o tempo, em conquistar curtidas ou compartilhamentos em suas postagens, muitas vezes agindo de forma equivocada, por ignorância, e em outras, de má fé, sem terem o comprometimento com a verdade, e apenas buscando tumultuar e polemizar.

Perguntas banais, sem propósito, ou aquelas que deixam claro que o autor do questionamento não tem a mínima noção dos conceitos espíritas, nunca o estudou, nem mesmo superficialmente, quando deixa claro que seu interesse é passar o tempo, quando não se divertir, ou tumultuar.

Aqueles que se esforçam para ser espíritas, que conhecem a Doutrina, ou tem o desejo sincero de conhecer, possuem a humildade de admitir suas limitações, e compreendem que não será com algumas respostas aleatórias em algumas postagens nas redes sociais que irá aprofundar seus conhecimentos ou esclarecer suas dúvidas.

Quem busca atalhos sem prestar atenção ao caminho que está percorrendo, dificilmente conseguirá chegar ao seu objetivo, andando a esmo, com retalhos de conquistas, deixando-se iludir por títulos e falsas interpretações, geralmente, radicalizando conceitos, gerando dogmas baseados em algumas experiências pessoais ou de terceiros, distanciando-se das premissas básicas que formam o corpo da Doutrina Espírita.

Aquele que deseja aprender sobre qualquer tema ligado ao Espiritismo, seja ele qual for, precisa estudar com afinco, e, principalmente, as obras básicas da Codificação, elaboradas cientificamente por Allan Kardec, sob a supervisão e orientação da plêiade dos Espíritos Superiores que com ele trabalhavam, com o comando do Espírito de Verdade.

Desta forma, nossa postura como espíritas em qualquer situação, inclusive nas redes sociais, deve ser a de tratar a Doutrina com a mesma seriedade com a qual foi construída por Kardec, sendo a postura do Codificador o maior exemplo a ser seguido.

Assim, quando surgirem questionamentos levianos ou simplistas, geralmente com o intuito de polemizar, devemos encaminhar o questionante ao estudo, a leitura, indicando os livros, e até mesmo as passagens, onde ele encontrará as respostas que procura.

Precisamos compreender que um dos maiores tesouros que todos nós possuímos por empréstimo Divino, e que por ele muito seremos cobrados, é o TEMPO, quando o seu desperdício nos acarretará dissabores diversos, pois, como bem disse o Mestre Jesus, muito será cobrado daquele que muito recebeu, deixando claro que o conhecimento do Espiritismo não deve ser tratado com displicência e inconsequência.

Allan Kardec só recebia ou respondia aqueles que buscavam a Doutrina com seriedade, disciplina, e comprometimento, nas reuniões da Sociedade Espírita de Paris as portas estavam fechadas para aqueles que tratavam do tema com leviandade ou má fé.

O estudo é franqueado a todos, assim, para aquele que quer, de fato, conhecer o Espiritismo, dele de alguma forma se servir, procurando crescer, melhorar, evoluir, faça a sua parte, tenha disciplina, boa vontade, seriedade, determinação e esforço próprio, caso contrário, como diz o ditado popular: 

- Se não quer ou não pode ajudar, pelo menos não atrapalhe!

Muita Paz!