sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Neste ano...



No ano que está findando muitas vezes cometemos erros, e nossas escolhas e decisões não trouxeram aquilo que esperávamos...

Na verdade isso não importa, porque o que vale é a nossa persistência, a nossa coragem, e a certeza que tivemos sempre as melhores intenções no caminho do bem...


Neste ano talvez muitos de nós tenham sido traídos, enganados nos mais belos sentimentos...

Na verdade isso não importa, o que vale é a nossa consciência tranquila, não termos guardado mágoa, revolta, ódio, não termos nos entregue a vingança, ou a desforra, termos mantido a fé, e a certeza que perseverar no bem sempre valerá a pena...


Neste ano talvez tenhamos traído ou enganado a alguém, com ou sem intenção...

Na verdade isso não importa, o que vale é termos a ciência que erramos, e buscar o perdão de quem prejudicamos, e se possível, algo reparar do mal que cometemos, lutando para não recalcitrar, encontrando o bem que trazemos guardado no coração...


Neste ano, pelo laços da aparente morte, muitos de nós perderam um ente querido...

Na verdade isso não importa, o que vale é que Deus sabe sempre o que é melhor para cada um de nós, e se a saudade ainda é difícil de suportar e superar, tenhamos a certeza que eles estarão sempre ao nosso lado, nos auxiliando quando possível em nossa jornada, até um futuro reencontro que só o bem pode proporcionar...


Neste ano por diversas vezes nos deixamos levar pela impaciência, pela intolerância, dominados pela vaidade, pelo orgulho, pelo egoísmo...

Na verdade isso não importa, porque a vida nos ensina, e pelas consequências físicas ou espirituais de nossos atos, saberemos que este nunca é o melhor caminho, e que só os sentimentos baseados no bem, como o respeito, a caridade, o amor, de fato, prevalecerão...


Neste ano muitos terminaram um relacionamento onde pensavam existir o Amor, outros deram o início ao que hoje tem a certeza que lhes trará a paz, já alguns ainda procuram aquele ou aquela com quem poderão compartilhar os momentos, as alegrias, os receios, a vida...

Na verdade isso não importa, porque o que vale é que todos estamos imersos neste sentimento divino, e assim, mais cedo ou mais tarde, esta busca terá fim, pois teremos encontrado ele, O AMOR, onde ele está, guardado dentro de nós, e assim, no bem, ficará muito mais fácil leva-lo para aquele ou aquela que tem em seu olhar o mesmo sentimento que temos no nosso...



Que o ano de 2018 seja repleto de vitórias e sonhos realizados, mas quando não, que tudo se torne aprendizado, que possamos estar com quem amamos, mas quando não, que nossos melhores pensamentos e sentimentos estejam com eles, valorizando sentimentos como a humildade, o respeito, a amizade, a sinceridade, a tolerância, o amor...

Na verdade, é tudo isso que importa!

Com Jesus a guiar os nossos passos...sempre!

Amamos a todos vocês!

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Em frente...



O brilhantismo na defesa dos conceitos no qual se acredita, ainda mais os plenamente justificáveis quando os que assim o fazem são cristãos, são espíritas, o esforço destes no estudo sistemático da Doutrina que os guia, a compreensão, decorrente desta postura, das dificuldades da vida encarnada, e as diferenças existentes de personalidades, originárias da lei da causa e efeito, da reencarnação, que faz com que convivam com seres das mais variadas fases evolutivas, os tornam altamente capacitados para combater a inferioridade humana, os sentimentos negativos, os vícios, as paixões degradantes, contribuindo para que o bem venha a prevalecer, tendo a oportunidade de influenciar a todos aqueles com quem tem a oportunidade de conviver, em uma troca de conhecimentos, de desejos e prioridades, onde cada um tem a chance de algo aprender e algo ensinar, em um compartilhamento constante de experiências, quando estas trazem em si a potencialidade de transformação espiritual para o bem.


Entretanto, ainda que ao deter o conhecimento, mais aptos nos tornamos para não mais recalcitrar, para não reincidir em reconhecidas posturas indevidas, o véu do esquecimento que nos acompanha quando encarnados, poderá fazer com que venhamos a alimentar outros tipos de sentimentos que nos distanciem do caminho da evolução espiritual, quando poderemos nos deixar levar pela vaidade, pelo orgulho, pela cobiça, pelo medo, pela dúvida, desperdiçando assim um tempo e uma energia que tendem a limitar nossa capacidade realizadora, vindo a mais uma vez falir em nossos objetivos maiores quando encarnados.


Para sermos, de fato, espiritas cristãos, a disciplina quanto a forma pela qual agimos e reagimos em nossas questões diárias, será fator preponderante para a vitória almejada, pois não é apenas nas etapas capitais da nossa existência que precisamos externar nossos sentimentos no bem e em prol do próximo e da sociedade onde vivemos, mas sim em cada escolha, em cada ato, em cada palavra, em cada pensamento que fazemos nascer em nós.


Como a uma cartilha, ou a um manual de procedimentos, nos atemos muitas vezes mais ao que esperam que venhamos a fazer pelo título que detemos, do que, em verdade, nossa mente e nosso coração desejam que seja feito, agindo, sim, talvez, de boa fé, mas sem focar de forma incisiva aos resultados e aos objetivos que deveriam nortear nossas existências, vindo a cair, mesmo que de forma disfarçada, no mundanismo que atualmente comanda as ações no plano físico.


Somos espíritas, mais aguardamos agradecimentos ou reconhecimento pelo que de alguma forma externamos ou fazemos, somos cristãos, mas em um difuso senso de justiça, julgamos e condenamos os nossos irmãos do caminho, ainda mais àqueles que de alguma forma nos prejudiquem com suas ações, sem nos ater aos conceitos básicos que o Mestre nos trouxe relativo ao perdão e a não valorização da falha alheia em detrimento e esquecimento das nossas.


Estamos sempre prontos para ajudar desde que o tempo utilizado para nossa vida diária não venha a ser corrompido, ou seja, desde que não tenhamos nada mais “importante” a fazer, seja a título de trabalho, de estudo, de lazer, colocando sempre em primeiro lugar aquilo que de alguma forma nos beneficiará no que diz respeito a vida encarnada, ao conforto material, e tudo mais que a sociedade moderna hoje supervaloriza.


A cada um será dado segundo suas obras, preconizou o Mestre Jesus, entretanto, quem valoriza, quem determina o que, de fato, venha algo acrescentar a nossa evolução individual e espiritual, não é o nosso desejo, ou o que determinamos como prioridade, mas sim, a própria Força Maior que a tudo comanda, apenas a Ele pertence o real valor de cada minuto de nossa existência, o quanto realizamos com desprendimento, com caridade, com renúncia, com humildade, com amor, sem nos deixar arrastar por nenhum outro sentimento que nos leve ao materialismo e a sensualidade das paixões que ainda fazem parte da inferioridade humana.


Por vezes, mais vale uma simples palavra de afeto, do que uma grande soma de dinheiro ou uma significativa ajuda material, vale mais um minuto de amor e dedicação, do que horas de atividades que nada mais visam do que a satisfação do ego, da vaidade, do orgulho, ou qualquer outra intenção que não se coaduna com o mais puro sentimento cristão.



Reflitamos quem somos, o que fazemos, o que nos motiva, o que priorizamos, o que sentimos, e o que poderemos fazer para a cada dia mais nos aproximarmos do ideal divino da perfeição a qual o ser humano, espírito eterno, pode almejar chegar.


Em frente...      

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Na humildade de ser...



Não criemos e não alimentemos a ídolos!

Sem dúvida, existem aqueles a quem, de forma justa, devemos ser agradecidos, por lutarem e se sacrificarem, por vezes, a extremos, para que nós, espíritos ainda fracos e indecisos, tenhamos a oportunidade de receber através de seus exemplos e ensinamentos, os conceitos básicos do Espiritismo, assim como a postura que todo espírita deve possuir para percorrer sua atual romagem terrena de forma positiva e construtiva.

Benfeitores da estirpe de Francisco Cândido Xavier, Bezerra de Menezes, Cairbar Schutel, Divaldo Pereira Franco, entre outros, que enriqueceram, e muitos até hoje ainda enriquecem, a Doutrina trazida a nós através da Codificação de Allan Kardec, merecem todo nosso apreço, nosso respeito, nossa gratidão, porém, em nenhum momento, e de forma alguma, devemos deixar que o nosso sentimento se transforme em falsa idolatria.

O próprio Mestre Jesus, nos trazendo o exemplo de toda sua humildade e sinceridade, corrigiu a quem o chamou, mesmo que de forma justa, de bom, prontamente informando que bom, de fato, era, como é, unicamente o Seu Pai, o Nosso Pai, Deus!

E o Cristo, de forma inconteste, é o espírito mais puro que já esteve entre nós, exatamente para nos despertar para o único sentimento que poderá fazer com que venhamos galgar os degraus que nos levarão a superioridade moral como individualidade eterna: O amor!

Exatamente Ele, autodenominado, o Caminho, a Verdade, e a Vida, Governador excelso de nosso planeta, nos coloca como premissa, não gerarmos e nem cultuarmos a ídolos, respeitando a todos os irmãos do caminho, mas não supervalorizando a ninguém, da mesma forma que a ninguém devemos desprezar, já que cada um, dentro de seu estágio evolutivo, é de fundamental importância para que a engrenagem universal se mantenha sempre coesa em seu objetivo maior, o de oferecer o melhor para cada ser que a compõe, da bactéria até o mais evoluído dos seres.

Infelizmente, dentro de nossa Doutrina, ainda temos por hábito copiar a tendência que nos acompanha como sociedade, a de valorizarmos em excesso a irmãos do caminho, os privilegiando, gerando expectativas que eles venham sempre a nos beneficiar de alguma forma, os admirando, os cultuando, esperando que nos mostrem qual o melhor caminho a seguir, dentro daquilo que em nós, eles despertam.

No esporte, nas artes, na política, na religião, em nossa vida profissional ou estudantil, até mesmo dentro do nosso lar, escolhemos aqueles a quem passamos a ter como modelo ideal de felicidade, seja pelo poder, pelo aspecto físico, pelo grau de influência, pela forma de vida, entre tantos outros fatores que passamos a os privilegiar.

Formadores de opinião, como muitos deles são chamados, ou até mesmo se autodenominam, poucos são os que baseiam sua vida na humildade e na benevolência que quem detém está posição deve possuir, quando se deixam arrastar pelo orgulho, pela vaidade, pela cobiça, e infelizmente, em muitas situações, pela má fé, vindo a prejudicar aqueles que os admiram, apenas para satisfazerem aos seus desejos pessoais.

A idolatria prejudica tanto aquele que a sente, como a quem esse sentimento desperta no próximo, porque o ser humano não é perfeito, e uma das características principais daqueles que convivem com essa forma de relacionamento, é o amor incondicional, e a falsa ilusão de que o objeto de sua estima é perfeito, que não possui falhas, ou seja, é o ideal que um dia sonha vir a conquistar.

Mas, todos nós, sem exceção, até mesmo os exemplos que utilizamos no início de nosso estudo, somos falhos, possuímos nossas imperfeições, nossos medos, nossas dúvidas, nossos momentos de estresse, quando nos deixamos dominar por sentimentos negativos, vindo em menor ou maior grau, a cometer erros, injustiças, a não agirmos exatamente e devidamente como esperam aqueles que erroneamente nos consideram acima do bem e do mal.

Assim, tanto se engana quem idolatra, como também pode vir a fazer com que aquele que esteja sendo idolatrado venham a se enganar, supervalorizando a si mesmo, julgando-se infalível, ou melhor, que os seus irmãos do caminho lhes são inferiores, o que fatalmente fará com que todos venham a se decepcionar, correndo o risco de se deixarem levar por extremos, abandonando totalmente aquilo que até então era a razão maior de suas crenças, de suas existências.

No Espiritismo, não pouco raro, é que venhamos a tomar essa atitude, a da idolatria, com médiuns, com palestrantes, com dirigentes, com autores de livros, passando a enaltecê-los, a venera-los, a considerarmos como exemplos de uma perfeição que, na verdade, como todo ser deste nosso planeta, ainda estão longe de possuir.

Todo trabalhador do bem, sincero, correto, humilde, merece todo nosso apreço, nosso respeito, e deve, sim, ser para nós um exemplo de conduta, porém, que tenhamos plena consciência, que por maior que seja o seu estágio atual, todos nós, sem exceção, com esforço, com trabalho, com disciplina, com amor e dedicação, poderemos um dia a ele nos igualarmos, assim como ele, poderá e deverá, sempre aspirar a mais altos voos, dentro das infinitas possibilidades de evolução que todos temos como filhos do Nosso Pai Maior.

E para aqueles que hoje ocupam uma posição de destaque, por mais simples que seja, em seu lar, em seu trabalho, em sua religião, seja onde for, não esqueçam que para vencerem como cristãos, como seres eternos, fundamental se faz reconhecer o quanto ainda falta para que venham a se aproximar do Nosso Exemplo Maior, Nosso Mestre Jesus, e que isso já deve bastar para que mantenham bem alto a bandeira que mais deve nortear a todos os seus passos, tanto no plano físico, como no espiritual, a bandeira da HUMILDADE!


Que assim seja então, sempre!    

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Tempo...





Um dos principais fatores que compõe o processo da nossa evolução espiritual é o fator: TEMPO!


É o uso que dele fazemos, sendo ele de extrema relevância em qualquer momento de nossa existência, estejamos encarnados ou desencarnados, sejamos jovens ou já adultos, independente de qualquer tipo de diferencial que tenhamos como base de análise, seja de classe social, de raça, de preferência sexual, ou se nos encontramos enfermos, sãos, sejamos nós fortes ou fracos, cultos ou ignorantes.


Por mais que como espíritas sabedores somos da nossa eternidade existencial, da sucessão de vidas, de inúmeras experiências que já vivemos e que ainda iremos viver, não podemos, em nenhum momento, despreza-lo, ou agirmos como se dele, o tempo, dispuséssemos como melhor nos aprouver, adiando, como comumente fazemos, as ações e escolhas que nos exigem mais foco, mais esforço e uma constante disciplina.


O caminho do erro, das paixões, dos vícios, sejam eles ligados a matéria ou ao espírito, é, na maioria das vezes, prazeroso e convidativo, por dar uma falsa sensação de felicidade e conquista, nos levando a nos afastar cada vez mais de nossos objetivos maiores, nos fazendo adentrar na porta larga da insubmissão à vontade divina e ao bem estar que dela deriva.


Podemos comparar o caminho tortuoso do mal como uma ladeira íngreme e acentuada, onde a descida, por força da gravidade, nos ilude quando a distância e o esforço dispendido, e, principalmente, quanto ao tempo que estamos levando, ou melhor, desperdiçando, ao percorrê-la, invariavelmente, por nossa livre vontade.

Se há, nesta descida, de acordo com aquilo que realizamos, um inegável desperdício de tempo em relação ao nosso avanço evolutivo como individualidade eterna, com certeza, será imensurável o que deveremos dispor quando nos dispusermos a retornar, retomando nossa rota, quando o esforço da subida se fará presente, exigindo de nós uma força e uma disciplina maior, ainda mais que no caminho de volta, muito provavelmente, encontraremos aqueles que ainda se encontram em descida, e que tudo farão para que desistemos da nossa resolução em subir, de galgar os degraus da evolução, seja por nos invejar o esforço, seja por nos considerar equivocados em nossa decisão, tentando assim nos “ajudar” a retomar a “razão”.


O certo, porém, quando nos referimos ao TEMPO, é que este, mesmo sendo sempre o mesmo em seu caminhar, sendo uma hora no plano físico, em qualquer situação, composta por sessenta segundos, varia de acordo com o que estivermos fazendo e vivendo, com o grau de intensidade de nossas emoções, com a intenção maior que nos motiva a cada ação de nossa existência.


Quando estamos fazendo algo que nos é prazeroso, ou que nos exige um alto nível de concentração, este parece voar, e mal sentimos seu caminhar, quando horas se confundem com minutos, meses com dias, décadas com anos.


Inegável, também, que quando o que fazemos encaramos como obrigação, quando não estamos devidamente focados ou interessados, ele, o tempo, parece se arrastar, quando não conseguimos prever o término, quando passamos a sofrer pela ansiedade, ainda que seu caminhar seja sempre, e impreterivelmente, o mesmo.


Algo é certo, quanto mais dele dispomos de forma equivocada, mais dele precisaremos no processo doloroso de corrigenda e cura, e quanto mais dele nos uitilizarmos para clarear a mente e o coração, mais ele se tornará leve e imperceptível em seu avanço.


Cristo Jesus é o Caminho, a Verdade, e a Vida, assim, todo o TEMPO que dispusermos em estuda-lo, em compreendê-lo e em vivencia-lo, será uma fonte de riqueza que nos garantirá um retorno seguro e enriquecedor, porque quanto mais gerarmos paz, por mais tempo a teremos ao nosso lado, assim como o amor, assim como tudo que representa o bem e a verdadeira felicidade que podemos aspirar em nosso atual estágio evolutivo.


Ao dispor do nosso tempo para o estudo e o trabalho rumo a nossa transformação espiritual para o bem, a nossa renovação íntima, mais forte nos sentiremos para enfrentar os naturais embates da vida, não nos isentando da dor e da dificuldade, mas nos capacitando para delas fazermos instrumentos para a nossa própria evolução, assim como daqueles que de alguma forma pudermos influenciar de forma positiva.


Só consegue colher para si os frutos da felicidade eterna aquele que dispor do seu tempo para a ela plantar, ainda que isso exija por um período mais ou menos curto, de acordo com o esforço e o foco de cada um, suor e lágrimas, coragem e fé, ousadia e determinação.


Quem usa do seu tempo para brincar ou alimentar paixões e vícios não poderá esperar nada mais do que esta postura tem a oferecer, ou seja, tédio, frustração, desânimo, medo, dor, ainda que por algum período acredite estar desfrutando de sensações prazerosas que de alguma forma o levarão a ser feliz.


Façamos do nosso tempo um tesouro consistente e seguro, garantindo-nos no caminho do bem, único capaz de nos levar a felicidade eterna.


Trabalhar, estudar, praticar a caridade, ter um lazer sadio, estar com quem amamos, respeitar as diferenças e com elas aprender o que ainda nos falta conquistar, não prejudicar ou invejar a ninguém, produzir pensamentos positivos e construtivos, utilizar da palavra para levar bem estar e esperança, em nenhum momento prestigiar, comentar ou praticar o mal, este é o guia seguro para fazermos do nosso TEMPO o que Nosso Pai Maior de nos espera rumo ao nosso objetivo maior: a perfeição!


Que assim seja!       

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

A civilização humana só irá avançar...




Entre os encarnados, no plano físico, nos países mais avançados, e nos que buscam ativamente adquirir o mesmo desenvolvimento, já existe um bom senso em comum onde, para que as pessoas possam vir a conquistar seus objetivos, para que elas consigam agregar à sua personalidade valores como o respeito, a solidariedade, o senso de justiça, da caridade, e que esses mesmos valores se estendam a todas as classes sociais, dos mais ricos aos mais pobres, imprescindível que se invista o máximo possível de recursos e medidas na mais preciosa das ferramentas para estes devidos fins: a Educação!



Ela, a educação, é a base para o crescimento e o equilíbrio positivo e produtivo de qualquer sociedade, para que esta venha a progredir de forma justa e pacífica, beneficiando a todos, sem exceção, combatendo e eliminando os privilégios de qualquer espécie, garantindo a todos a igualdade de direitos, assim como também, o de deveres para com o todo, aonde o mais forte irá sempre buscar amparar e auxiliar na evolução e no bem estar do mais fraco, e não subjuga-lo, como comumente acontece já há milênios no processo de formação de nossa civilização.


A educação está ligada basicamente ao conhecimento, a informação, ao desenvolvimento do discernimento individual para que cada um possa vir a escolher e decidir por si mesmo o seu destino, determinando suas necessidades e suas prioridades, não se deixando vincular assim a interesses que não são seus, deixando se deixar manipular e conduzir, seja por qual poder temporário que tente comandar o coletivo de acordo com seus objetivos, ainda mais quando estes estão ligados a sentimentos e paixões inferiores, como a cobiça, a usura, a vaidade e o egoísmo, como tanto vimos ao longo da história de nosso planeta, onde forças como a igreja e o estado buscaram na subjugação das massas, alimentando sua ignorância, angariar para si, aquilo que na verdade nunca lhes pertenceu.



Ainda hoje, infelizmente, tratamos comumente com a manipulação da informação por parte daqueles que detém o poder, estejam eles em evidência ou ocultos, como políticos, grandes empresários, pretensos representantes de trabalhadores, grandes empresas dos meios de comunicação, frentes religiosas, entre outros, fazendo com que a ausência da educação seja a principal arma utilizada neste controle sobre aqueles que creem naquilo que desejam impor, onde a Verdade única e eterna, trazida por nós por nosso Amado Mestre Jesus, único parâmetro capaz de garantir a nossa evolução espiritual, é vilipendiada, oculta, manipulada, mascarada, desprezada, de acordo com os grupos que de alguma forma tentam impor e permanecer no poder.



O Espiritismo, como Consolador Prometido do Cristo, tem desde sua Codificação por Allan Kardec, como objetivo maior, trazer a nós os ensinamentos e os exemplos do Mestre na total amplitude que eles representam, racionalizando a fé, a certeza na imortalidade da alma, a lei da causa e efeito, a necessidade de corrigirmos nossos defeitos, resgatarmos nossos débitos com o próximo e com o todo, e adquirirmos o conhecimento daquilo que, de fato, nos levará a avançar e progredir, não só como individualidade, mas como sociedade.



A civilização humana só irá avançar rumo a um novo patamar quando todos se tratarem como irmãos, como preconizou Jesus, assumindo cada um sua posição de Filho de Deus, fazendo brilhar o sentimento maior que traz dentro de si desde sua criação, o Amor, em sua mais pura expressão, onde sentimentos como o respeito, a solidariedade, a caridade, a tolerância, estarão presentes em todas as decisões, pondo fim a corrupção de valores que ainda hoje, infelizmente, ainda dominam nossa sociedade.



Informação, educação, o desenvolvimento da personalidade de acordo com os valores do bem, independente de religião, de partidos, de raças, de nacionalidades, desde a criação de nossas crianças no lar, até os últimos anos de aprendizado escolar, sendo os pais exemplos vivos para seus filhos, é o que garantirá uma nova etapa evolutiva de nosso Planeta, onde o bem passe a ser majoritário não só como força, mas também em número.



Na posição de comandantes ou comandados, de chefes ou subordinados, de classe rica ou menos favorecida, estando nós na condição de ensinar ou na necessidade maior de aprender, o que mais importa para que nossa sociedade deixe para trás a negatividade e a inferioridade humana, para que ela deixe de ser corrupta e promíscua, é que desenvolvamos em nós o sentimento cristão, a preocupação contínua pelo bem estar do próximo, do todo, tendo a consciência que para sermos felizes, também assim deve se sentir o nosso vizinho, tendo como foco maior o respeito pelas diferenças, sejam elas quais forem, eliminando de vez qualquer ação que venha a se nortear pela cobiça, pelo poder a qualquer custo, por valores meramente materiais e imediatistas.



Apenas nos transformando individualmente conseguiremos um dia transformar o todo, sendo o Espiritismo uma poderosa ferramenta para que a educação chegue a todos, pois se baseia no Cristo, e amplia a visão de nossa existência, tirando-nos da precariedade de alguns anos na Terra, onde qualquer doença ou ação menos digna pode nos tirar, nos elevando a condição de eternidade, provando e comprovando para nós, que esta existência nada mais é que uma curta passagem, um breve período de uma longa vida, onde já por séculos estamos tentando, nem sempre de forma correta, crescer e melhorar nossas condições e daqueles a quem mais amamos, a quem mais nos sentimos ligados.



Educar é dar e adquirir conhecimento, é distribuir informação, é formar personalidades, é dar a cada um a capacidade de trilhar sozinho o seu caminho, sendo responsável pleno por suas escolhas, por sua evolução, e quando se conquista, de fato, este patamar, nada há de mais claro que foi os passos do Cristo que o vencedor seguiu por todo tempo de sua ascensão, ainda que não consciente disso, pois só vence aquele que encontra e faz brilhar dentro de si o Amor, e Jesus é essencialmente isso: Amor!



Ele mesmo se definiu, por estar plenamente consciente de sua posição:



Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida!



Não há educação e conhecimento que dispense, para a total conquista do ser, ao que o Mestre nos trouxe e representa.



Sigamos então a sua orientação, carreguemos a nossa própria cruz, e busquemos acompanhar aos seus passos no rumo do nosso próprio calvário redentor.



Que assim seja!

quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Teremos sempre liberdade...



O Amor, a Caridade, a Justiça, baseados nos ensinamentos e exemplos cristãos, deverão ser sempre os parâmetros pelos quais nos relacionemos com os nossos irmãos do caminho, garantindo assim que nossas ações e reações estejam revestidas da mais plena compreensão e aceitação das diferenças, não os julgando ou condenando em nenhuma hipótese, mesmo que às atitudes que venham a tomar, de alguma forma, nos prejudiquem, ou a alguém a quem amamos, ou mesmo a sociedade em geral.


Nesses parâmetros, se nos disciplinarmos a vivencia-los na essência, aprenderemos a ser pacientes, tolerantes, a termos respeito pelo próximo, tendo, porém, a prudência e a capacidade de discernimento para com o mal não compactuar, nos indignando, sim, com aquilo que o representa, mas nos mantendo equilibrados para reagir de forma construtiva e positiva, gerando paz e concórdia, ainda que em alguns casos sejam necessárias medidas mais incisivas para coibi-lo.


Todos nós temos, doado por Deus desde nossa criação, total liberdade de ação, o nosso livre arbítrio, que nos dá plena condição de traçarmos o nosso próprio destino, escrevendo a nossa própria história, sendo-nos facultado tanto percorrer o caminho do erro, onde o egoísmo e o orgulho prevalecem, além das demais paixões inferiores, como também o do correto, onde a humildade, o bem, o amor são guias seguros para nos fazer avançar mais prontamente aos nossos objetivos maiores de evolução.


Ninguém, desta forma, é obrigado a nada, sendo livre para determinar seu rumo, entretanto, atrelado implicitamente ao conceito de liberdade plena, temos o da responsabilidade total pelos nossos atos, tendo que assumir as consequências de tudo que realizarmos, colhendo tudo o que plantarmos, não por punição ou castigo, mas por sequência natural da vida, onde toda ação traz consigo a reação proporcional.


Se existe uma legislação específica que rege a nossa sociedade, de acordo com a cultura de cada povo e de cada região de nosso planeta, correto que aquele que a venha infrigir, já que tem plena liberdade para tal, venha a assumir para si a consequência prevista pelo seu ato, ao qual tinha ele plena ciência.


Assim, quanto menos ignorante somos, mais responsáveis somos por nossos atos, e maiores serão as consequência deles advindas, sendo proporcional o grau de dificuldade que deveremos enfrentar para corrigi-los e reequilibramos as forças da natureza que nós mesmos, com nossas inconsequências, influenciamos de forma negativa.


Se assim é a legislação plano físico, sendo este uma cópia pálida da verdadeira vida, a espiritual, nada diferente deve esperar aquele que infringe a legislação Divina, onde cada um deverá receber de acordo com as suas obras, nada podendo esperar de privilégios aquele que não se preocupou em ser útil e produtivo para si e para o todo, de acordo com as suas possibilidades realizadoras.


Teremos sempre liberdade, mas ela será cerceada e de acordo com aquilo que buscarmos para nós. Quem prefere o erro e as paixões inferiores, não pode esperar viver em um ambiente onde prevaleça o bem e a harmonia superior.


Se muitos são impedidos de agir livremente de acordo com seus desejos de forma ampla e irrestrita isso se dá ao fato que todos temos direitos absolutamente iguais, assim, se desejamos o bem, se desejamos estudar e trabalhar em prol de nossa evolução e de nosso mundo, se escolhemos o amor como bandeira, temos o direito de percorrer o nosso caminho longe daqueles que a isso não querem, sendo que estes deverão viver exatamente de acordo com o padrão vibratório que geraram para si, dentro dos limites que lhes são impostos, sendo a liberdade de cada um condicionada a fronteira onde começa a liberdade do seu irmão do caminho.


Natural, entretanto, que nos relacionemos com todos nossos irmãos do caminho, inferiores e superiores, pois cabe ao homem auxiliar na evolução do próprio homem, e se hoje, alguns de nós já se encontram em uma posição melhor, não devem nunca esquecer que seus espíritos são eternos, que já viveram outras vias, onde muitos erros devem ter sido cometidos, sendo, neste tempo, também auxiliados e socorridos pelo convívio direto com irmão do caminho mais avançados.


Aprendemos com nossos erros, com as consequências adversas de nossas escolhas, com a dor, com a enfermidade, lembrando sempre que quanto mais nos afastamos do ideal cristão, maiores serão as dificuldades a enfrentar para dele novamente nos aproximarmos.


Há prisões no mundo encarnado, assim como há prisões nos umbrais da espiritualidade, onde condicionada está a liberdade para aquele que sabe ou não dela fazer bom uso, onde seu livre arbítrio continua a existir, sendo restrito apenas, por consequência de suas escolhas, aos limites que sua própria inferioridade impôs.


Aqueles que, por esforço e trabalho, delas, das prisões, já conseguem se manter afastados, tem como dever, ou como tarefa voluntária e valorosa, tudo fazer para auxiliar aqueles que lá estão, não compactuando com seus erros, mas tudo fazendo para desperta-los para o verdadeiro caminho que os levarão a encontrar a paz e a felicidade, lembrando que a felicidade plena só é conquistada quando absolutamente todos a nossa volta também estão felizes.


Orar e vigiar para não decairmos, se hoje já estamos algo equilibrados no caminho do bem, não esqueçamos jamais os principais ensinamentos do Mestre, que é o de amar ao próximo como a nós mesmos, que é perdoar não sete, mas setenta vezes sete, assim como também, não julgar para não sermos julgados.


Com isso, um dia, aprenderemos a estender o nosso amor ao mais cruel dos criminosos, vendo-o como um irmão do caminho enfermo, que merece nossos cuidados e nossa compaixão.


Sabemos ser difícil olhar a um criminoso com caridade e comiseração, mas, lembremos que o Mestre padeceu na cruz ao lado de dois ladrões, e que por eles teve o mesmo amor com que tratava aos seus mais queridos seguidores.


Fiquemos em paz conosco mesmos, para que um dia nosso mundo também venha a encontra-la.

  

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

O saber ouvir...





Uma das melhores formas de aprender e aproveitar todas as possibilidades que surjam para enriquecer nosso conhecimento, principalmente quando estamos recebendo informações de forma prática, através de exemplos, de situações, da expansão do ensino por parte de nossos mentores, professores, orientadores, é bem simples, e altamente eficaz quando utilizada: saber ouvir!



O “saber ouvir” implica um esforço de nossa parte, de autoeducação, de disciplina, ainda mais, pela necessidade de superar antigos hábitos, oriundos da falta de humildade, quando, buscando mostrar ou provar que não somos ignorantes, que somos intelectualizados, cultos, atualizados, geramos nas comunicações, interferências, apartes, muitas das vezes, fugindo da lógica que está sendo exposta, esplanada, fazendo com que, ao contrário do objetivo, nos afastemos do tema proposto, dificultando ainda mais a compreensão e assimilação.



O correto, quando alguém direta ou indiretamente nos dirige a palavra, em uma conversação formal ou informal, em uma palestra, uma aula, uma exposição, é mantermos a mente aberta sobre o tema tratado, sem preconceitos, sem ideias preconcebidas ou conclusões precipitadas, ouvindo atentamente, concordando ou não, participando ou não da mesma opinião sobre o que nos está sendo passado, primeiramente, por respeito, por educação, e depois, para permitir que nosso interlocutor exponha tudo o que desejar de forma plena, pois, talvez, com o decorrer da argumentação, venhamos a mudar nossa forma de ver o que está sendo exposto ou que venhamos a entender melhor a sua posição, evitando, assim, agir de forma prepotente ou arrogante, ainda mesmo que tenhamos argumentos contrários poderosos ou que estejamos com a razão, já que a vida é um eterno aprendizado, e sempre podemos tirar algo positivo e construtivo de qualquer situação ou qualquer ensinamento, ou orientação que queiram nos transmitir.



Precisamos nos manter atentos e concentrados quando desejamos apreender de fato o que nos querem informar, evitando ruídos desnecessários na comunicação, pensamentos ou respostas precipitadas, não se preocupando em buscar na nossa memória, enquanto falam conosco, exemplos e fatos similares que tenham acontecido conosco, porque, acabamos por focar apenas em uma parte do que está sendo passado, e terminamos por não mais prestar atenção na continuidade, desperdiçando, por vezes, preciosas oportunidades de aprendizado.



Quem sabe ouvir, de fato, tem mais facilidade de comunicação, de entendimento, de compreensão, e também, de se fazer compreender, porque tende a tratar o assunto com mais equilíbrio, estando mais embasado, assimilando tudo com maior facilidade, aumentando sua capacidade de análise e discernimento, aproveitando o que é de positivo, e descartando o que nada irá contribuir para seu melhoramento e evolução individual.



O “saber ouvir” é de fundamental importância para, além de enriquecermos nosso conhecimento, aprendermos também a utilizar a palavra de forma correta, produtiva, positiva, pois, ambos os fundamentos da comunicação, para serem devidamente aproveitados em nossa transformação espiritual, devem se basear na humildade, na sinceridade, no discernimento do bem e do mal, nos conceitos cristãos, não desperdiçando ao falarmos, ao interagirmos com nossos irmãos do caminho, nem o nosso tempo e nem o deles. Aquele que norteia sua existência no orgulho, na vaidade, na prepotência, no egoísmo, se trai exatamente através de suas palavras, de sua postura, na sua comunicação com as pessoas, e mesmo que, por um período, consiga enganar, manipular, prejudicar, mais cedo ou mais tarde, deixa entrever suas reais intenções, sua real personalidade, distante daquela que angariaria, além de amizades sinceras, a possibilidade de crescer, de se educar, de se tornar uma pessoa de bem.



A palavra é uma das principais ferramentas que o homem dispõe para realizar seus objetivos quando encarnado. A palavra pode aliviar, incentivar, auxiliar, ensinar, motivar, esclarecer, solucionar, explicar, comover, confortar, entre tantas outras possibilidades de arrimo e engrandecimento espiritual, como também, infelizmente, pode machucar, magoar, ferir, manipular, derrotar, destruir, confundir, amedrontar, escandalizar, até mesmo matar, entre tantos outros males que a inferioridade humana ainda não aprendeu a controlar e expurgar de sua existência, tanto física como espiritual.



Temos na nossa história, antiga ou recente, inúmeros exemplos entre artistas, políticos, religiosos, que pelo poder de sua palavra, pelo poder que têm na formação de opiniões, levaram, e levam, seus seguidores, seus discípulos, seus fãs, ao delírio, à guerras, ao fanatismo, a intransigência, a loucura, vítimas e alvos fáceis de seres inescrupulosos ou indevidamente esclarecidos, que por sua oratória, dominam e manipulam, interferindo de forma indevida nas suas escolhas e decisões, prejudicando o avanço cármico daqueles que iludidos são por suas argumentações.



Mesmo todos tendo o livre-arbítrio, a capacidade de decidir e não aceitar, aquele que tem o dom da oratória, da manipulação das massas, torna-se sempre corresponsável por tudo que gerar com seu discurso, com seus conselhos, com o que sua índole priorizar de bom ou de ruim, vindo a assumir a responsabilidade pelos fatos gerados por sua influência, tendo no futuro, que viver as consequências, positivas ou negativas deles decorrentes, sempre de acordo com a bondade e a justiça divina.



A palavra é um dom divino para aquele que dela pode vir a realizar prodígios, por seu conteúdo, sua importância, levando o conhecimento, a Verdade do Cristo, seus conceitos, seus exemplos, seus ensinamentos, tudo que nos faz ficar mais próximos de quem amamos, de quem queremos auxiliar, de quem nos pode ajudar.



Não pensemos nela, na palavra, como uma arma nas mãos indevidas do crime, como os acusadores, os detratores, os caluniadores, os mentirosos a utilizam, e sim, como os anjos o fazem, os nossos mentores espirituais, nossos amigos, aqueles que a levam através da mediunidade cristã o amor, a esperança, o companheirismo, a fé.



Pensemos na palavra como uma ferramenta de trabalho, que poderá sempre nos trazer novos parâmetros, nossos ensinamentos, novas notícias, novos consolos. A palavra é a expressão mais pura do pensamento, é a forma mais eficaz de transmitirmos nosso sentimento, é a materialização do amor que trazemos dentro de nós, e unida à ação, à atitude, nos possibilitará estarmos mais próximos de quem amamos, de quem necessita de nosso arrimo, de quem pode nos ajudar, de quem pode nos aconselhar, consolar e ensinar.




Bendito seja sempre aquele que traz nas suas palavras o amor ensinado por Jesus, aquele que visa sempre o bem ao próximo e a compreensão de que Deus estará sempre em nosso coração.

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Muitas ocasiões em nossa jornada evolutiva...





Muitas ocasiões em nossa jornada evolutiva, a partir do momento que nos conscientizamos da necessidade de nosso melhoramento espiritual, de abandonarmos as paixões degradantes, os vícios, de não mais alimentarmos os sentimentos negativos, de não mais nos entregarmos ao individualismo egoísta, passamos a nos aproximar, de certa forma, da conduta e da postura ideal do homem de bem, do espírita, do cristão, ainda mais quando essa conscientização vem acompanhada do estudo, do trabalho, da determinação e da tentativa de disciplinar o proceder.

Geralmente, quando desde os nossos primeiros passos conscientes no plano físico, nosso foco já se forma no sentido desta transformação, dela já havíamos nos preparado desde o nosso planejamento reencarnatório, ainda na espiritualidade, quando acompanhados e assessorados por nossos mentores e benfeitores espirituais, pesquisamos e analisamos nossas maiores necessidades em relação ao nosso proceder e aos nossos atos em pretéritas existências, na visão de nossos débitos e erros a serem corrigidos, fatores determinantes para nossa atual passagem no plano físico.

Nesta preparação prévia, a maioria de nós, hoje espíritas, recebemos todo o sustento necessário para que no momento certo os conceitos doutrinários viessem a despertar nossa atenção, fazendo com que nos voltássemos ao estudo, a busca do conhecimento, e quando resolutos, no engajamento em suas fileiras, passando de forma efetiva a estudar e trabalhar em prol do nosso aperfeiçoamento e do auxílio ao próximo e a sociedade onde vivemos, assumindo responsabilidades nas diversas tarefas que ela, a doutrina, oferece aos seus seguidores, quando bem intencionados.

Por isso, para muitos, ao travar o conhecimento com os preceitos doutrinários contidos do Espiritismo, estes parecem brotar naturalmente do seu íntimo, facilitando ao entendimento, como se deles já tivessem há muito tempo conhecimento, o que é fato, pois, ainda na espiritualidade os estudaram e em seu desenvolvimento de alguma forma trabalharam.

Essa transformação espiritual para o bem, entretanto, não é privilégio para os que somam as fileiras da Doutrina Espírita, ela é uma necessidade, e deve ser prioridade, inerente a todo ser humano, independente do grau evolutivo em que ele se encontre, já que o destino de todos nós é a ascensão, é eliminação dos sentimentos negativos que de alguma forma alimentamos, mesmo que em estado latente, mesmo que atualmente controlados e vigiados, conquistando definitivamente o domínio sobre nossos pensamentos, sobre nossas ações, e, principalmente, pelo que sentimos em nosso foro mais íntimo, e que forma nossa existência cármica ao longo dos séculos de lutas e aprendizados.

É uma batalha individual, ainda que se faça necessária a nossa vida em sociedade, já que é o homem o instrumento divino neste processo de transformação e renovação, onde o mais forte tem o dever de amparar e proteger ao mais fraco, o sábio o de elucidar ao ignorante, o são de tratar ao enfermo, fazendo com que a solidariedade e a caridade sejam ferramentas imprescindíveis para a vitória do Amor em nosso planeta, assim como em todo universo divino.

Cada um é responsável por sua própria evolução, por gerar para si, através das suas escolhas e ações, a positividade ou a negatividade que o irá acompanhar durante sua jornada, quando a dor e a alegria, nada mais são que reflexos naturais de cada passo que vier a dar em sua senda diária, quando o aglomerado de seu histórico determinará as recompensas ou as punições que deverá receber no futuro, sendo sua consciência seu próprio juiz, e quando necessário, seu próprio algoz.

Os conceitos cristãos, hoje abalizados e esclarecidos em minucia pelos preceitos espíritas, é o guia seguro para que venhamos a encontrar essa transformação espiritual em seu mais amplo aspecto, sendo, desta forma, mais difícil e complicado às pessoas e aos povos que a eles ignoram, ou que relutam em aceita-los, porque traçam um rumo para si mesmos que os afasta cada vez mais do objetivo maior de suas existências, fazendo com que se afundem e se percam em erros e vícios que obscurecem a visão sobre a tão necessária mudança para o bem.

Esse conhecimento doutrinário, dos ensinamentos e exemplos do Cristo, e das premissas espíritas, entretanto, se são ferramentas essenciais para que venhamos a encontrar o equilíbrio íntimo no bem, pouco valerão, se não forem sinceras as nossas intenções, ou se nossos atos não se coadunarem com os conhecimentos que viermos a adquirir, pois se a teoria não for procedida da prática, de nada adiantará o tempo e a energia dispendidos, pois, ao contrário do que supomos, ainda assim nos manteremos afastados de nosso ideal maior, principalmente porque mais será cobrado daquele que mais recebeu, e que mais possuía para ter efetivado sua vitória.

Independente do conhecimento conquistado com o estudo da Doutrina Espírita, das funções assumidas nos centros que escolhermos frequentar, independente que sejamos médiuns, doutrinadores, palestrantes, dirigentes, independente que participemos em ações assistenciais, pouca valia este nosso esforço terá no contexto geral de nossa jornada evolutiva, se em nosso íntimo, prosseguirmos alimentando sentimentos como o egoísmo, o orgulho, a inveja, a vaidade, a maledicência, a preguiça, o ódio, a prepotência, a cobiça, a usura, ou qualquer outro fator determinante de desequilíbrio, como vícios ou excessos de quaisquer tipos, como paixões degradantes e pensamentos que não condigam com a mais pura moral trazida por Nosso Mestre Jesus.

Se nosso desejo é renovar, transformar, que tenhamos a firmeza e a determinação para nos mantermos no caminho do bem, conscientes da aspereza da luta a ser travada contra nossos instintos inferiores, sabedores que, se sinceros, poderemos contar sempre com o arrimo e a orientação de nossos mentores e benfeitores espirituais, naturalmente com isso nos afastando daqueles que, por algum motivo, tentem fazer com que venhamos a falir e recalcitrar.

Juntos, venceremos, ainda mais que conhecedores somos da máxima cristã que garante a presença do Mestre quando dois ou mais estiverem agindo em seu nome e de acordo com os seus mais puros conceitos.


Que assim sejamos, que assim seja!