quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Para o novo ano...







No ano que está acabando muitas vezes cometemos erros, nossas escolhas e decisões não trouxeram aquilo que esperávamos...

Na verdade isso não importa, porque o que vale é a nossa persistência, a nossa coragem, e a nossa certeza que tivemos sempre as melhores intenções no caminho do bem...


No ano que está acabando talvez muitos de nós tenham sido traídos, enganados nos mais belos sentimentos...

Na verdade isso não importa, o que vale é a nossa consciência tranquila, não termos guardado mágoa, revolta, ódio, não termos nos entregue a vingança ou a desforra, termos mantido a nossa fé, e a certeza que o bem sempre valerá a pena...


No ano que está acabando talvez tenhamos traído ou enganado a alguém, com ou sem intenção...

Na verdade isso não importa, o que vale é termos a ciência que erramos, buscar o perdão de quem prejudicamos, e quando possível, algo reparar do mal que cometemos, lutando para não mais errar, e encontrar definitivamente o bem que temos guardado em nosso coração...


No ano que está acabando, pelo laços da aparente morte, muitos de nós perderam um ente querido...

Na verdade isso não importa, o que vale é que Deus sabe sempre o que é melhor para cada um de nós, e se a saudade ainda é difícil de suportar e superar, tenhamos a certeza que eles estarão sempre ao nosso lado, nos auxiliando quando possível em nossa jornada, até um futuro reencontro que só o bem pode proporcionar...


No ano que está acabando por diversas vezes nos deixamos levar pela impaciência, pela intolerância, muitas vezes dominados pela vaidade, pelo orgulho, pela prepotência...

Na verdade isso não importa, porque a vida nos ensina, e pelas consequências físicas ou espirituais de nossos atos, saberemos que este nunca é o melhor caminho, e que só os sentimentos baseados no bem, como o respeito, a caridade, o amor, de fato, prevalecerão...


No ano que está acabando alguns de nós terminaram um relacionamento onde pensavam existir o Amor, outros deram o início ao que hoje tem a certeza que lhes trará a paz, já alguns ainda procuram aquele ou aquela com quem poderão compartilhar os momentos, as alegrias, os receios, a vida...

Na verdade isso não importa, porque o que vale é que todos estamos imersos neste sentimento divino, e assim, mais cedo ou mais tarde, esta busca terá fim, pois teremos encontrado ele, O AMOR, onde ele está, guardado dentro de nós, e assim, no bem, ficará muito mais fácil leva-lo para aquele ou aquela que tem em seu olhar o mesmo sentimento que temos no nosso...



Que o ano de 2017 seja repleto de vitórias e sonhos realizados, mas quando não, que tudo se torne aprendizado, que possamos estar com quem amamos, mas quando não, que nossos melhores pensamentos e sentimentos estejam com eles, valorizando sentimentos como a humildade, o respeito, a amizade, a sinceridade, a tolerância, o amor...

Na verdade, é tudo isso que importa!


Amamos a todos vocês!

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Normal quando a dor nos visite...




Muitos de nós temos, por indevido hábito, incessantemente buscar, até mesmo na mais simples ações do dia a dia, a compaixão e a atenção dos outros, através da supervalorização de enfermidades, de perdas sofridas, de fracassos em nossos intentos, de problemas reais e imaginários, de traições ou agressões sofridas.



Agimos, constantemente, como se a dor maior fosse a nossa, a nossa enfermidade a mais grave, a adversidade e o obstáculo a superar, os maiores, e os de mais difícil transposição.



Diversos são os motivos que levam a este proceder, porém, os excessos, invariavelmente, estão baseados no egoísmo, no orgulho, na vaidade, e em muitos casos no medo, na fraqueza, na inconstância, isso quando assim não agimos com plena consciência e de forma planejada, utilizando-nos da má fé para atrair a atenção e o auxílio do próximo, vindo a monopolizar o tempo e a energia daqueles a quem conseguimos manipular, enredando-os em nossos problemas, em nossas necessidades, nos nossos desejos, pouco nos importando que estejamos ou não prejudicando àqueles que tanto se empenham em nos ajudar.



Os que assim agem apenas levados por seus sentimentos íntimos, os que se deixam dominar por suas adversidades, seus anseios, suas necessidades, seus medos, ou seja, ainda que equivocados, são sinceros nos sofrimentos que geram para si mesmos, e pela supervalorização das influências sobre sua existência, não param para pensar que, de fato, sua dor nunca será menor ou maior que a de seu irmão do caminho, que a adversidade a ser vencida e superada pouco difere das que milhões de outros seres do planeta enfrentam diariamente, e que da mesma forma que hoje sofre, ontem sorria, e amanhã deverá voltar a sorrir, ou novamente sofrer, tal a infinita variedade de situações que a vida oferece, onde nunca seremos sempre a vítima, o algoz, quem perdeu ou quem ganhou.



O egoísmo nos leva a querer e a esperar privilégios, muitas vezes não nos conformando com uma doença, com um fracasso, com um amor não correspondido, com uma agressão sofrida, quando nos voltamos para Deus ou a Ele renegamos, nos considerando especiais, questionando o porquê da dor, da perda, sem ter a percepção que ao nosso lado outros irmãos passam por dificuldades maiores, e que mereceriam, teoricamente, a mesma proteção e o mesmo auxílio, pleno e irrestrito, que desejamos e exigimos para nós.



Por que outros podem perder um ente querido em um acidente ou por uma doença grave e nós não? Por que perdemos um emprego de forma inesperada e nos consideramos perdidos, enquanto que outros, diariamente, lutam para conseguir um que consigam, de forma honesta, garantir o sustento de seu lar e de sua família? Por que enquanto muitos se veem vilipendiados em seus direitos mais básicos, nós não nos conformamos quando sofremos uma pequena contrariedade ou nos vejamos traídos?



Normal quando a dor nos visite, que nos vejamos abalados, que adversidades dificultem a conquista de nossos sonhos, o que não podemos fazer é nos deixar dominar pela revolta, pelo inconformismo, pelo desânimo, pelo medo, por achar que não mereçamos ou que estejamos sendo injustiçados, compreendendo que não somos melhor ou pior que alguém, mas sim, que todos estamos sujeitos a vitórias e a derrotas, a bons e maus momentos, de acordo com o atual estágio de nosso planeta, sendo que o momento diferenciado que hoje nos encontramos em nossa jornada evolutiva é o que caracteriza aquilo que hoje vivemos, sendo sempre decorrentes de nossas escolhas, de nossas necessidades, muitas delas ligadas e originárias de outras vidas, de outras encarnações.



Realmente, o fato de um irmão caminho estar em situação pior que a nossa, não diminui a dor que sentimos, não substitui como que por encanto ou norma ao sentimento que nos domina, porém, se estivermos abertos para o aprendizado, para os exemplos que temos a nossa volta, poderemos perceber as nefastas consequências que aguardam aqueles que se entregam a reações negativas, submissas ou violentas, e em contrapartida, as conquistas auferidas aos que suportam os reveses de forma equilibrada, lúcida, otimista, se esforçando para, corajosamente, o mais breve possível, reverter o que lhe aflige em aprendizado para novas conquistas, se resignando com o que não pode mudar, e transformando aquilo que depende dele a mudança.



Como cristãos, e mais ainda como espíritas, temos a plena convicção, pela fé raciocinada, que o fardo que precisamos carregar, seja ele qual for, nunca será superior as nossas forças, que se hoje enfrentamos obstáculos de vulto que não sabemos qual é a origem, é porque temos que por isso passar, seja para resgatar antigos débitos, ou simplesmente como aprendizado e estímulo, para que venhamos a almejar a mais altos voos, mais fortes, mais conscientes, mais experientes, mais capacitados para sermos tarefeiros efetivos no planeta ou no plano que formos convidados a estagiar.



Algo é certo, a revolta, a lamentação, a tristeza, a raiva, em nada acrescentará de positivo para nós, mas sim, dificultará ainda mais para que venhamos encontrar o equilíbrio necessário para superar a adversidade, sem contar que assim agindo, por afinidade espiritual, estaremos atraindo para nós aqueles que se comprazem com os mesmos sentimentos negativos que supervalorizamos, fazendo com que cada vez mais, por suas influências, nos vejamos emaranhados em sentimentos e pensamentos que nos acorrentarão a inferioridade que nos impedirá de avançar.



Escolhamos assim o bem, a paz, a humildade de reconhecer que não somos especiais, ou melhor, se o somos, também todos os demais irmãos do caminho também o são, sem exceção, e se nascemos para vencer e brilhar, assim eles também nasceram, o que nos leva a considerar a necessidade de lutarmos por nossa transformação, e tudo também fazermos ao nosso alcance para que todos aqueles que estiverem ao nosso lado também o façam.



"Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo", realmente a receita da felicidade é muito simples, nós é que somos os complicados.



Então, esta na mudança, mudemos!

    

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Se queremos avançar no caminho...




Unidos uns aos outros estamos sempre em nossa caminhada diária, já há séculos incontáveis, buscando a cada ato, a cada pensamento, encontrar a felicidade, a satisfação de nossos desejos, de nossos objetivos, estes, variáveis e incontáveis, de acordo com o estágio evolutivo que nos encontramos, que determinam nossas necessidades, nossas prioridades, nossas tendências, do inferior ao superior, do feio ao belo, do improdutivo ao realizador, quando entre erros ou acertos, avanços imperceptíveis ou significativos, assim como ações estacionárias ou quedas espetaculares, vamos moldando e formando nossa personalidade eterna.



Solitários somos em relação a responsabilidade assumida a cada escolha, determinando nosso presente e nosso futuro, mas, invariavelmente interligados e interdependentes em nossas relações com o próximo e com o ambiente onde somos chamados a viver, seja em nossas romagens no plano físico, ou na eternidade da vida no plano espiritual.



Como companheiros, associados, amigos, ou, adversários ferrenhos, inimigos, perseguidores implacáveis, ou a quem da mesma forma perseguimos, teremos aos irmãos que formos gerando vínculos frágeis ou altamente jungidos ao nosso ser, sempre decorrente dos sentimentos que alimentamos, daquilo que elegemos como ideal de vida, como objetivos maiores, sejam elementos negativos ou positivos, que nos gerem paz ou guerra, que nos acrescente ou nos restrinja as ações, que nos libertem ou nos algemem, tudo relacionado ao que em nosso íntimo alimentamos e valorizamos, ainda que, mascarados, não venhamos declaradamente a externar.



Nesta longa jornada, pela inferioridade do nosso mundo, e consequentemente da mesma pela qual somos revestidos, vamos angariando ou deixando pelo caminho, amigos e inimigos, amores e ódios, algozes e vítimas, quando muitas vezes somos o perseguidor e em outras os perseguidos, somos aquele que constrói ou aquele que destrói, aquele que gera o pranto ou aquele que chora, como também aquele que seca a lágrima ou que vê a sua ser colhida por alguém que o ama e o quer bem.



Somos erros e acertos, somos vitórias e derrotas, somos professores e aprendizes, somos protetores e protegidos, somos amigos e adversários, somos envolventes ou indiferentes, somos do bem e somos do mal, variando ao infinito as possibilidades, de acordo com cada momento único que estivermos vivendo, sendo ainda algozes ou vítimas, enquanto não superarmos a esta inferioridade, a mesma que alimentamos há séculos de lutas, até que definitivamente o farol divino do amor passe a resplandecer em nosso coração, quando passamos a ver as pessoas, aos locais, as situações, ao mundo, com outros olhos, com um pensamento único, com a intenção permanente e eterna do bem maior, sem que nada mais de negativo possa nos atingir, ainda que nos atinja, quando aprendemos a tudo superar com a paz íntima que só a fé raciocinada e límpida no Criador pode proporcionar.



Frente aos nossos irmãos do caminho o que nos cabe em relação a vitória individual é basicamente a reação, a nossa reação, é o conceito do “oferecer a outra face” em seu mais amplo sentido, nunca revidando o mal sofrido, nunca reagindo proporcionalmente ao que lhe foi infligido, aprendendo a se defender com as armas do amor, da bondade, da caridade, do perdão, da compreensão frente as diferenças, conscientizando-nos que o mal é doente, é enfermos, e como tal, merece e precisa, essencialmente, de tratamento, de recuperação, de cura.



Por mais que companheiros de jornada a nós ligados possam nos desejar o mal, é a nossa reação que irá determinar a nossa evolução, o grau ao qual atingimos e que desejamos atingir, o quanto desejamos avançar ou estagnar, nos mantendo enrolados no cipoal de negatividade, de agressividade, de violência, de desregramento, de vícios, de paixões insanas, de vitórias transitórias que o materialismos acerbado carrega em si, ou nos permitindo crescer, nos transformando e nos renovando para o bem.    



Se queremos avançar no caminho, se queremos saber a verdade, se queremos a vida eterna, aquela que nos fará agregar paz, felicidade, conhecimento, evolução, temos como exemplo maior a seguir Nosso Mestre Jesus, independente de qual seja nossa religião, ou que mesmo tenhamos alguma religião, é em seus conceitos, seus ensinamentos, seus exemplos de vida, que encontraremos a verdadeira realização íntima que nos garantirá qualquer vitória, porque, com Ele, iremos vencer a nós mesmos, ao nosso maior inimigo, o nosso “eu” inferior e limitado, vindo a expandir nossa mente, vindo a nos abrir para novos horizontes, arrebentando as algemas que nos prendem a terra e nos alçando aos céus de infinitas realizações que nossa mente e nosso coração podem vir a almejar.



Ao caminharmos com nossos companheiros de jornada, que nos foquemos em doar, em servir, em compreender, em acrescentar, nada esperando em troca, porque a própria vida nos restituirá o que de positivo plantarmos.


Sejamos um agente realizador, alguém a auxiliar, saindo de vez da cômoda posição de auxiliado, de dependente, deixando de exigir para apenas contribuir e retribuir com tudo aquilo que o bem e o amor nos trouxerem pelo nosso esforço e dedicação.



Sejamos do bem, distribuamos amor, sejamos humildes, distribuamos paz, sejamos caridosos, distribuamos o que de melhor tivermos, para o que de melhor a vida possa nos trazer.



Que assim seja!



quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Precisamos compreender...





Precisamos compreender, antes de nos rotularmos como espíritas, como cristãos, como pessoas de bem, ainda que participando das tarefas do centro espírita, como médiuns, como palestrantes, como dirigentes, como auxiliares das tarefas assistenciais, nos dedicando ao estudo na leitura dos compêndios doutrinários, que tudo isso por si, não basta, enquanto não sentirmos o Amor que representa o Mestre Jesus em nosso íntimo, ou, pelo menos, seja sincera a nossa intenção em alcançarmos a este objetivo.



Juntamente com este sentimento cristão em sua essência, nossa luta deve ser arraigada no sentido de alinhavarmos nosso proceder como os nobres sentimentos que compõe o acervo que serve como base para esta definitiva conquista, como a tolerância, a humildade, a bondade, o respeito, a amizade, a caridade, a prática natural do perdão e da compreensão das diferenças que formam as personalidades que compõe a sociedade onde fomos chamados a viver, a desempenhar nossas tarefas no plano físico.



Desafio maior neste período de transição que hora vivemos, do inferior para o superior, é focarmos, de fato, nossas intenções nessas conquistas transformativas íntimas, não só nos referindo ao nosso proceder em relação a nós mesmos, mas o que sentimos e vivemos em relação ao próximo, principalmente, aos que não fazem parte de nossas relações mais íntimas, que não são nossos familiares, nossos entes queridos, nossos amigos, mas simples viajores que inesperadamente e transitoriamente cruzam o nosso caminho.



Normal que venhamos a nos iludir que pelo fato de agora termos tarefas rotineiras ligadas a Doutrina Espírita, algo doando de nosso tempo em favor dela e do próximo, nos dedicando a leituras e participações semanais em algum grupo, que já sejamos candidatos naturais as bem aventuranças que aguarda tarefeiro quando do seu retorno ao plano espiritual, nos garantindo, como o fazem os seguidores da maioria das religiões e frentes espirituais de todos os tempos, em nossos atos exteriores, em nossas ações, nas palavras, nos compromissos assumidos, na doação do tempo e da energia, passando a considerar que estamos “quites” com nossas obrigações, que fazemos a nossa parte, libertando a nós mesmos para continuar a viver exatamente como sempre vivemos até então no plano físico, considerando que o período que passamos dedicados a doutrina já nos deixa livres de nossas responsabilidades quanto as nossas necessidades espirituais, ou seja, já “salvamos” a nossa alma.



No atual estágio de nosso planeta, de resgates e expiações, poucos são os espíritos que aqui reencarnam em missões específicas no bem, ainda que muitos são os atos meritórios que diversos irmãos conseguem levar a efeito, mesmo entre dificuldades e tropeços quanto ao equilíbrio íntimo ao qual todos, no fundo, buscamos.



A maioria de nós, entretanto, carrega consigo necessidades e dívidas que precisam ser supridas e resgatadas, quando a inferioridade milenar que alimentamos nos leva a buscar uma renovação, uma transformação, que muito exige de nós, algo que, com certeza, vai muito além do que dedicarmos algumas horas semanais a leituras edificantes, a tarefas especificas em um centro, e a participação esporádica em ações assistenciais.



Os nossos maiores desafios a serem vencidos não estão na exterioridade de nossas ações, mas sim, naquilo que trazemos em nosso íntimo, a nossa forma de pensar, a nossa forma de avaliar a vida, aos nossos irmãos do caminho, aquilo que valorizamos como prioridade, o que alimentamos frente as situações que a vida nos apresenta, como agimos no recôndito de nosso lar, quais são as nossas intenções mais secretas, quais são os sentimentos que nos comandam e que nos guiam em nossas decisões, desde as mais simples até as mais complexas.



Estando, de fato, preocupados em vivenciar ao Mestre Jesus, lembremos por um momento de como Ele viveu, quais foram seus ensinamentos, seus exemplos, e respondamos de forma sincera e objetiva, como nós reagiríamos, hoje, se passássemos pelas mesmas situações que ele passou.


Como eu reagiria hoje se fosse traído, se fosse ultrajado, se fosse agredido de forma injusta? Como eu reagiria se me deparasse agora com aqueles a quem ofendi e prejudiquei, e em relação aqueles que me feriram e me prejudicaram?


Quanto estou disposto, hoje, a renunciar da minha própria felicidade imediata à favor do próximo, até mesmo daquele que nem mesmo conheço, ou que de alguma forma tenha me prejudicado?


A leitura edificante, a participação no centro e nas obras assistenciais, são valiosas ferramentas que temos a nossa disposição para encetarmos uma luta maior, são apenas a base, o princípio, o começo de um longo processo de transformação ao qual todos estamos destinados a passar.


Desta forma, sejamos sim, tarefeiros sinceros e efetivos, tenhamos, sim, consciência de nossos limites atuais e da inferioridade que ainda carregamos, o que nos fará mais cedo ou mais tarde novamente errar, recalcitrar, mas, nesta fase, fundamental se faz que mantenhamos firme e determinada a nossa intenção, a nossa vontade, o desejo real da conquista, orando e vigiando, mantendo-nos atentos aos nossos sentimentos, ao que pensamos, ao que desejamos, ao que priorizamos, avançando gradativamente, mas, continuamente, para a definitiva conquista no caminho do bem, esta sim, irremovível quando aceita e vivenciada baseada unicamente no Amor Puro representado pelo Nosso Amado Mestre Jesus.




Que assim seja!            

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Tudo isso, por si só, não basta...




Não basta crermos na manifestação dos espíritos e na possibilidade de intercâmbio entre o plano físico e o plano espiritual.



Não basta crermos na pluralidade dos mundos habitados e na evolução constante pela quais todos passam, quando temos a consciência que poderemos vir a encarnar em condições melhores da qual hoje vivemos.



Não basta crermos na pluralidade das existências físicas que através das inúmeras e constantes reencarnações retornaremos com o intuito de ressarcir nossos débitos, corrigir nossas imperfeições, ou cumprindo missões produtivas e enobrecedoras.



Não basta crermos no conceito que dependerá sempre do que gerarmos e fizermos, para termos, no futuro, um equilíbrio e uma paz, tanto quando do nosso retorno ao plano espiritual, como também em decorrentes e futuras encarnações.



Não basta estudarmos metodicamente o Cristianismo através das lições e dos exemplos de Jesus Cristo, e as obras da Codificação Espirita, elaboradas por Allan Kardec, nos trazendo o Consolador prometido pelo Mestre.



Não basta conhecermos as necessidades que todos temos de compreender as diferenças evolutivas que caracterizam cada ser, cada povo, para que não venhamos a nos deixar arrastar pelo preconceito, pela intolerância, pelo indevido julgar ao próximo, nos arvorando no equivocado direito de condenar.



Não basta frequentarmos igrejas, templos, mesquitas, pagodes, terreiros, centros espíritas, mesmo que participando de tarefas diretas ou ligadas a assistência social.



Tudo isso, de fato, é de fundamental importância e de essencial procedência para que venhamos a efetivar o processo de transformação espiritual a que nos dedicamos, se este é o nosso objetivo nesta atual existência, mas tudo isso, por si só, não basta.



O que realmente irá nos fazer vencer, nos fará agregar de forma definitiva a nossa personalidade individual e eterna  todo o cabedal de ensinamentos e experiências práticas que estamos acumulando durante essa existência carnal, será a efetiva transformação íntima, pensarmos e sentirmos com toda a sinceridade, toda a positividade que o Sentimento Cristão, em sua essência, representa, ou seja, vivenciarmos de fato a Paz e o Amor, em toda sua plenitude, ou, de acordo com o nosso atual grau evolutivo, seja essa a nossa fiel intenção, nos dedicando com todas as nossas forças para essa conquista, nos disciplinando, nos policiando, para que venhamos facilmente reverter qualquer ação ou reação que ameace ao nosso equilíbrio e nos faça recalcitrar, até mesmo que unicamente através de nossos pensamentos.



É agirmos de forma cristã, ou assim o desejarmos, em cada momento de nossa existência, seja no nosso lar, no nosso trabalho, no nosso lazer, nas situações mais corriqueiras de nossa existência, tendo em mente o perdão, a tolerância, o respeito, a cordialidade, a humildade, a ética, a honestidade, não nos prendendo apenas a conceitos sem vivencia-los, principalmente quando nossos interesses ou de nossos entes queridos estejam envolvidos, reconhecendo quando a algo não temos direito ou a razão não nos pertença, sabendo respeitar a lei humana e a divina em qualquer circunstância, assumindo e reconhecendo nossos erros, nos desculpando, buscando o ressarcimento e o pagamento, e em contrapartida, perdoando e relevando quando nos prejudiquem, sem nada exigir, sendo pacifico e caridoso.



Precisamos ter em mente que o nosso objetivo maior, assim como o compromisso mais importante, é conosco mesmos, como a nossa personalidade, com as nossas dívidas cármicas, com a extinção da negatividade e da inferioridade que ainda trazemos em nós, com a renovação de nossas necessidades e prioridades, com a transformação do nosso “eu”, para que não venhamos mais recalcitrar, não mais falir, tendo essa fortaleza de intenção não só nos momentos de paz e calmaria, mas principalmente, nos momentos em que a dificuldade e dor nos visitem, e podemos ter a certeza, em nosso atual estágio evolutivo, isso ainda irá ocorrer por inúmeras vezes.



O Calvário Redentor do Mestre Jesus vem nos representar exatamente isso, assim como a recomendação que para que o sigamos seja necessário carregarmos nossa própria cruz, pois, será na luta que iremos crescer e evoluir, na dificuldade, na adversidade, na experiência, enfrentando tudo com sabedoria e ética, com bondade, caridade e amor, mesmo que para isso sejam necessários suor e lágrimas.




A cada um será dado de acordo com suas obras, sejamos assim construtores fieis aos princípios divinos, cientes que tudo precisa de tempo e de esforço, a porta do bem é estreita, mas depois de transposta, infinitas e eternas são as possibilidades de se conquistar a verdadeira paz, a verdadeira felicidade.