domingo, 19 de novembro de 2023

Em frente!




O brilhantismo na defesa dos conceitos no qual se acredita, ainda mais os plenamente justificáveis quando os que assim o fazem são cristãos, são espíritas, o esforço destes no estudo sistemático da Doutrina que os guia, a compreensão, decorrente desta postura, das dificuldades da vida encarnada, e as diferenças existentes de personalidades, originárias da lei da causa e efeito, da reencarnação, que faz com que convivam com seres das mais variadas fases evolutivas, os tornam altamente capacitados para combater a inferioridade humana, os sentimentos negativos, os vícios, as paixões degradantes, contribuindo para que o bem venha a prevalecer, tendo a oportunidade de influenciar a todos aqueles com quem tem a oportunidade de conviver, em uma troca de conhecimentos, de desejos e prioridades, onde cada um tem a chance de algo aprender e algo ensinar, em um compartilhamento constante de experiências, quando estas trazem em si a potencialidade de transformação espiritual para o bem.

Entretanto, ainda que ao deter o conhecimento, mais aptos nos tornamos para não mais recalcitrar, para não reincidir em reconhecidas posturas indevidas, o véu do esquecimento que nos acompanha quando encarnados, poderá fazer com que venhamos a alimentar outros tipos de sentimentos que nos distanciem do caminho da evolução espiritual, quando poderemos nos deixar levar pela vaidade, pelo orgulho, pela cobiça, pelo medo, pela dúvida, desperdiçando assim um tempo e uma energia que tendem a limitar nossa capacidade realizadora, vindo a mais uma vez falir em nossos objetivos maiores quando encarnados.

Para sermos, de fato, espiritas cristãos, a disciplina quanto a forma pela qual agimos e reagimos em nossas questões diárias, será fator preponderante para a vitória almejada, pois não é apenas nas etapas capitais da nossa existência que precisamos externar nossos sentimentos no bem e em prol do próximo e da sociedade onde vivemos, mas sim em cada escolha, em cada ato, em cada palavra, em cada pensamento que fazemos nascer em nós.

Como a uma cartilha, ou a um manual de procedimentos, nos atemos muitas vezes mais ao que esperam que venhamos a fazer pelo título que detemos, do que, em verdade, nossa mente e nosso coração desejam que seja feito, agindo, sim, talvez, de boa fé, mas sem focar de forma incisiva aos resultados e aos objetivos que deveriam nortear nossas existências, vindo a cair, mesmo que de forma disfarçada, no mundanismo que atualmente comanda as ações no plano físico.

Somos espíritas, mais aguardamos agradecimentos ou reconhecimento pelo que de alguma forma externamos ou fazemos, somos cristãos, mas em um difuso senso de justiça, julgamos e condenamos os nossos irmãos do caminho, ainda mais àqueles que de alguma forma nos prejudiquem com suas ações, sem nos ater aos conceitos básicos que o Mestre nos trouxe relativo ao perdão e a não valorização da falha alheia em detrimento e esquecimento das nossas.

Estamos sempre prontos para ajudar desde que o tempo utilizado para nossa vida diária não venha a ser corrompido, ou seja, desde que não tenhamos nada mais “importante” a fazer, seja a título de trabalho, de estudo, de lazer, colocando sempre em primeiro lugar aquilo que de alguma forma nos beneficiará no que diz respeito a vida encarnada, ao conforto material, e tudo mais que a sociedade moderna hoje supervaloriza.

A cada um será dado segundo suas obras, preconizou o Mestre Jesus, entretanto, quem valoriza, quem determina o que, de fato, venha algo acrescentar a nossa evolução individual e espiritual, não é o nosso desejo, ou o que determinamos como prioridade, mas sim, a própria Força Maior que a tudo comanda, apenas a Ele pertence o real valor de cada minuto de nossa existência, o quanto realizamos com desprendimento, com caridade, com renúncia, com humildade, com amor, sem nos deixar arrastar por nenhum outro sentimento que nos leve ao materialismo e a sensualidade das paixões que ainda fazem parte da inferioridade humana.

Por vezes, mais vale uma simples palavra de afeto, do que uma grande soma de dinheiro ou uma significativa ajuda material, vale mais um minuto de amor e dedicação, do que horas de atividades que nada mais visam do que a satisfação do ego, da vaidade, do orgulho, ou qualquer outra intenção que não se coaduna com o mais puro sentimento cristão.

Reflitamos quem somos, o que fazemos, o que nos motiva, o que priorizamos, o que sentimos, e o que poderemos fazer para a cada dia mais nos aproximarmos do ideal divino da perfeição a qual o ser humano, espírito eterno, pode almejar chegar.


Em frente...      

quinta-feira, 18 de maio de 2023

As leis individuais, as leis humanas e a Lei Divina!

    


 


    Todos somos espíritos eternos, e um dos principais benefícios que a Codificação Espírita nos trouxe, foi a comprovação da vida após a morte, como é essa continuidade, assim como a lei da reencarnação atualizada, já que dela se fala desde os mais remotos tempos, simplificando-a e explicando-a, caminho pelo qual todos já percorremos há inúmeros séculos, cada um de acordo com suas escolhas, com suas necessidades e prioridades.

    Assim, por toda essa bagagem que carregamos decorrente do aprendizado, do trabalho, das experiências vividas, a nossa personalidade já possui uma base, uma forma, as características principais que a acompanham, e ao renascermos, mesmo encobertos pelo véu temporário do esquecimento, ainda que infantes, que ingênuos, ignorantes ainda das coisas da vida em nossos primeiros anos encarnados, o nosso ser eterno estará ali, adormecido quanto a fatos passados, mas, plenamente atuante em termos de gostos e tendências, para  bem ou para o mal, de acordo com aquilo que até então valorizamos no caminho percorrido, já que a lei é para todos, ou seja, somos quem somos, somos o que construímos ao longo do tempo, e o que disso carregamos em nosso íntimo.

    Tendo essa personalidade como base de que seremos na atual existência física, a ela serão agregados os valores que formos recebendo, os fatores externos, como a educação no lar, quando o possuirmos, já que há irmãos do caminho que são criados em instituições, como a instrução escolar, como os ambientes à nossa volta, as pessoas com quem conviveremos, os amigos, as situações sociais, entre inúmeros outros agentes influenciadores na nova personalidade que estaremos construindo, ou seja, quem fomos e somos decorrente de outras vidas, mas o que atualizarmos nesta nova existência.

    Ninguém é igual a ninguém, isso é fato, da mesma forma que cada um atravessa um estágio evolutivo diferenciado, um momento único, assim, decorrente de tudo isso, e das situações e experiências que a cada minuto vamos vivenciando, formamos o nível de discernimento que rege quem somos, ou seja, criamos um código de conduta individual, e desta forma, algo independente do grau de aceitação e obediência que pudermos ter das leis humanas, onde cada um de nós acaba, mesmo que inconscientemente, criando as próprias leis, aquilo que acha bom ou ruim, certo ou errado, e isso em nosso íntimo, sendo este código aquele que seguimos em nossas escolhas e julgamentos, mesmo que não externemos, mesmo que nos utilizemos das normais máscaras sociais no nosso dia a dia, na relação com os diversos grupos que fazem parte de nossa existência.

    Precisamos fazer apenas uma breve observação, mas importante para a continuidade de nosso estudo de hoje, que vem a ser o fato que vivemos todos em um mundo onde o inferior ainda predomina, em um mundo de provas e expiações, e aqueles de nós que aqui não estão em esclarecedoras e divinas missões, precisamos admitir que ainda são constantes as batalhas contra a negatividade de sentimentos, aqueles que ainda prevalecem em nosso íntimo, mesmo que relutemos em admitir.

    Dito isso, fica claro que, por mais que nos consideremos bons e justos, por mais que julguemos saber o que vem a ser o certo e o errado, por mais que venhamos nos escorar em desculpas e justificativas, fato é que as nossas leis individuais, o código de conduta que criamos para nós, lembrando que ele é composto do que carregamos de outras vidas e do que agregamos até agora desta, mesmo que em nenhum item, o que já é bem difícil, venhamos a ferir nenhum item da legislação humana, precisamos admitir, que em muito é antagônico e contraditório em relação as leis divinas, as leis cristãs.

    Caridade, humildade, perdão incondicional, reconhecimento dos próprios erros, bondade, disciplina, respeito, aceitação das diferenças, entre tantos outros exemplos e ensinamentos que o Cristo nos trouxe, são requisitos mínimos para que venhamos alinhar as nossas leis individuais, com as leis humanas, e principalmente, as leis divinas.

    Assim, precisamos nos esforçar para estudarmos e conhecermos as leis maiores, a avaliar quem somos e em quem precisamos nos tornar, e até lá, neste período, que aprendamos a ter um pouco mais de humildade, de empatia, para entender e reconhecer, que por mais que saibamos, nada sabemos, que não somos os donos da razão, que nossas experiências não sã a base para a verdade, para o que é certo ou errado, que não temos todas as respostas para a felicidade, e todos os remédios contra a infelicidade, entender que não podemos impor ideias ou condutas, da mesma forma que não podemos admitir que nos imponham ou vir a aceitar sem questionar e discernir.

    Precisamos viver não como sempre vivemos, não de acordo com o que nossos pais achavam ser o certo e o errado, não como as coisas eram no nosso tempo, porque o nosso tempo é hoje, precisamos viver de acordo com o Cristo, algo que muitos já acham que o fazem, mas não o fazem, porque o que nos define além de nossas palavras e de nossas atitudes, são os nossos sentimentos, e basta ler a passagem evangélica quando os apóstolos discutiam para ver quem era o primeiro no Reino de Deus, para compreender, ao ver o Cristo lavar aos seus pés, o valor da humildade, e o que, de fato, o Mestre espera de cada um de nós, e o quanto ainda disso estamos distantes.

    E assim vamos indo, ainda que só na intenção, no caminho do bem!

    Fiquemos em paz!

domingo, 11 de dezembro de 2022

Estamos preparados para morrer?

 

 


Estamos preparados para morrer? 

Por mais que as circunstâncias que estamos vivendo no plano físico estejam apontando e nos direcionando para o desencarne, seja pela idade avançada, por doenças terminais, por riscos que estejamos assumindo, nenhum de nós está, de fato, preparado para enfrentar equilibradamente e sobriamente a morte.

Daqueles que seguem a Doutrina Espírita, que a estudam, que a debatem, que trabalham e desenvolvem a mediunidade, que participam de atividades de intercâmbio espiritual, de assistência ao próximo, orientando ou sendo orientados sobre a continuidade da vida após a morte, da pluralidade de existências, de mundos, da lei da causa e efeito, por mais que recebam mensagens daqueles que já os antecederam ao túmulo, seja parentes próximos ou desconhecidos, por mais que já tenham uma ideia do que encontrão no plano espiritual, as possibilidades de estudo, de trabalho, as necessidades de resgate e expiação, difícil que venham a afirmar, categoricamente e de forma plenamente segura e honesta, que já estejam preparados para desencarnar e que não temem a morte física.

Mesmo com este receio, com esta preocupação, o espírita não pode se deixar levar pela dúvida ou pelo medo, sua fé, alicerçada na razão, deve prevalecer e o encorajar para enfrentar esta situação logo que ela se torne inevitável, mantendo-se em constante vigilância, em constante preparo, o que fará que esteja mais habilitado e capacitado para superar este momento e a consequente readaptação no plano espiritual.

Importante sempre ressaltar que para estarmos plenamente equilibrados e cônscios do momento que estaremos enfrentando, não bastará apenas conhecer os parâmetros, as circunstâncias, faz-se necessário, acima de tudo, termos vivenciado e solidificado nossas atitudes, palavras e pensamentos, ainda quando encarnados, de acordo com o verdadeiro sentimento cristão, os conceitos e preceitos espíritas, baseados no bem, no amor ao próximo e a Deus.

A readaptação ao plano espiritual para aquele que desencarnar, mesmo que seja ateu, ou totalmente avesso a ideia da continuidade da vida após a morte, será sempre menos traumática, se viveu no bem, se viveu com a caridade pura no coração, se domou e dominou seus instintos inferiores, do que para aquele que, mesmo se intitulando espírita, cristão, apesar de todo conhecimento e estudo, viveu de forma egoísta, arbitrária, que não colocou na prática, nas lides diárias, os preceitos que defendeu e que ensinou, fazendo-nos lembrar, sempre, da parábola do bom samaritano ou a do óbolo da viúva, onde Jesus deixa bem claro que o maior será sempre aquele que se fizer menor, que títulos ou nomeações de nada valerão se não tivermos amor no coração, se não formos caridosos com o próximo, se não perdoarmos as ofensas, se não nos reconciliarmos com nossos inimigos.

Sem dúvida, entretanto, aquele que teve a oportunidade de conhecer e vivenciar a Doutrina Espírita quando encarnado, e que a vivenciou em toda sua pureza, aliando a teoria à prática, terá condições maiores de compreender sua situação após o desencarne, e, assim, mais prontamente recuperar seu equilíbrio e o domínio sobre seu livre-arbítrio, sobre a situação que se encontra, podendo almejar novas condições, voltadas para novas oportunidades de estudo e de trabalho, não perdendo o tempo que aquele que não consegue entender a situação leva para aprender, para compreender e aceitar sua nova condição.

Maior, portanto, se torna a responsabilidade do espírita em levar a seu irmão do caminho os conceitos e os preceitos da Doutrina, não esperando simplesmente que a oportunidade de instruir venha até ele, mas, que tome a iniciativa e vá ao seu encontro, que não desperdice as oportunidades de dividir o conhecimento adquirido com o próximo, não se esquivando de contribuir, levando os conceitos cristãos, doutrinários para os que se encontram predispostos a ouvi-lo, para aqueles que têm a mente aberta e a vontade de melhorar, de evoluir, ciente que cada um de nos deve fazer a sua parte e que Deus saberá sempre reconhecer o esforço do sincero trabalhador de sua seara.

Nosso dever é fazer o bem e seguir adiante, e será sempre egoísta aquele que detém o conhecimento e não o dividir, não importando em qual justificativa se escore para manter esta postura, porque a cada um, conforme sentenciou Jesus, será dado segundo suas obras, e também, deveremos considerar que cada um deixará de receber por aquilo que poderia ter feito e não fez.

terça-feira, 18 de outubro de 2022

Educando nossas crianças!



 

“Educando nossas crianças!”

Vamos falar um pouco da importância que temos, de acordo com o Espiritismo, de educar bem as nossas crianças, começando por destacar um pequeno trecho do Livro Lázaro Redivivo, do autor espiritual Irmão X, psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier:

“O amor, para educar, não prescinde da energia, e a ternura, por mais valiosa, não pode dispensar o esclarecimento.”

Antes de comentarmos sobre as necessidades e prioridades quanto a educação de nossas crianças, precisamos lembrar da lei da reencarnação, lembrando que todos nós já tivemos diversas existências passadas, e desta forma, as almas delas já passaram por diversas experiências, cada uma carregando sua própria bagagem, sua personalidade, e claro, suas tendências.

Mas, independente destas tendências, o período infantil, e este é um dos principais motivos segundo a Doutrina que ele se faz necessário, decorrente do véu do esquecimento que nos acompanha quando reencarnamos, é a fase onde o espírito se encontra mais maleável para sofrer influências, pois depende da proteção e da orientação dos pais, podendo receber significativas motivações íntimas para crescer no bem, valorizando a moral, a ética, o respeito, vindo a superar e dominar, quando for o caso, sentimentos negativos que carrega consigo em sua personalidade eterna, tendo a chance de renovar sua postura, onde o ambiente, os exemplos e a educação recebida serão de fundamental ajuda, ainda que saibamos que muitos, mesmo com as melhores condições, ao irem crescendo, prefiram se entregar a vícios, paixões, e atitudes negativas e inferiores.

Os pais devem sempre buscar fazer a sua parte, pois sua atuação é fundamental para que a criança cresça com todas as possibilidades de evoluir no bem, sendo ele a base na qual ela se sentirá segura quando chegar a hora de enfrentar o mundo e buscar por si todo o aprendizado que ele traz.

 Para isso, se faz necessário que os pais assumam posturas que venham de encontro ao trecho que destacamos no começo do nosso estudo, onde o amor e a ternura são essenciais para o êxito desta sublime missão, porém, sem abrir mão da disciplina e do esclarecimento constante na formação do discernimento infantil do que vem a ser o certo e o errado, do que vem a ser a postura correta e a indevida.

Os pais precisam ser enérgicos quando necessário, não sendo permissivos, porém, nunca recorrendo a castigos, principalmente os físicos, nada negando ou permitindo sem a devida explicação, para a criança entender o porquê das coisas e das situações, os pais precisam entender e respeitar a inteligência de seus filhos, não menosprezando a capacidade que eles têm de compreensão, se preocupando em dizer tanto o sim como o não na hora certa, de forma justificada, e não por razões fúteis, com o para não serem perturbados, por estarem cansados, para não perderem tempo ou para não parar algo que estejam fazendo de pouca importância.

A criança precisa de regras, de limites, de saber esperar, precisa ter a noção de seus direitos e de seus deveres, porém, que tudo seja levado a ela de forma pacificada, com amor, com ternura, não devendo os pais barganharem com seus filhos, impondo condições, ou prometendo recompensas, principalmente se for para que eles venham cumprir seus deveres.

Como pais também não devemos estar sempre exigindo que elas nos sejam gratas, que reconheçam nossos esforços, não devemos nos vitimizar, colocando-as como a causa de nosso cansaço, de nossas preocupações e problemas, não supervalorizando ou depreciando situações.

A criança precisa viver em um ambiente saudável, ela precisa brincar, ser feliz, precisa da companhia dos pais, quando possível de seus avós, de sua família, de seus amigos, quando necessário ou já em idade escolar, de seus professores, lembrando sempre que a tarefa de educar é principalmente dos pais e de levar conhecimento dos professores, deixando claro que tanto um como o outro, podem e devem de alguma forma também auxiliar, complementar a parte do outro, tanto os professores na educação, como os pais no aprendizado.

Quanto mais cedo os pais conseguirem fazer nascer na criança o sentimento da empatia, mas cedo seus filhos irão respeitar aos seus amiguinhos, aos seus professores, e a todos, pois, terá o conhecimento que todos tem os mesmos direitos que ela, assim como os deveres, que ela não é superior e nem inferior a ninguém, que deve tratar a todos com bondade e carinho, até mesmos os profissionais que poderão fazer parte de sua vida, com a empregada de sua casa, o porteiro de seu prédio, os funcionários de sua escola.

Todos nós, como pais, também nos beneficiaremos da empatia, buscando sempre recordar de quando éramos criança, os nossos anseios, aquilo que nos despertava a atenção, o que nos gerava receios, nos trazia alegria, para que venhamos a enxergar melhor nossos filhos, não com isso querendo que eles passem por tudo da forma que passamos, mas sim, para que venhamos a compreendê-los melhor, auxiliando-os em suas escolhas e suas posturas.

  Precisamos estar atentos para acompanharmos o crescimento de nossas crianças no tempo certo e real, as auxiliando em não queimar etapas, ainda mais no ritmo acelerado que tem se tornado a existência humana, e também não os infantilizando, não os tratando como se ainda não tivessem crescido, como se não fossem capazes de novas realizações, buscando sempre o equilíbrio, sem temer que venhamos a perdê-los se crescerem, principalmente, porque eles sempre crescem.

Para finalizar, sabemos que eles deverão ter sempre o direito e o dever de escrever seus próprios destinos, de fazerem suas escolhas, inclusive sobre sua religiosidade, mas temos o dever de lhes apresentar desde pequenos a Deus, as leis morais, e nós, como espiritas, de acordo com a compreensão que forem adquirindo, a lei da causa e efeito, da reencarnação, e claro, que venham a conhecer, na essência, os ensinamentos do Cristo, a importância da caridade e do amor ao próximo.

Façamos a nossa parte, no bem!

sexta-feira, 6 de maio de 2022

Definindo Prioridades

    


 São muitas as questões levantadas pela nossa consciência quando estamos determinados a efetivar nossa transformação espiritual, quando decidimos deixar para trás nosso passado inferior, precisando para isso redefinir nossas prioridades , o que só conseguiremos fazer sendo sinceros quanto aos erros que estamos cometendo, além, claro, quanto aos sentimentos negativos e instintos inferiores até então alimentados, e que ainda trazemos em estado latente em nosso íntimo, mesmo que, de alguma forma, já não mais os expressemos na convivência diária com nossos irmãos do caminho.

Hoje já temos a consciência, ou pelo menos deveríamos ter, em decorrência do estudo e da vivência no Espiritismo, que a Verdade é Única, e ela está no Cristo, em tudo que Ele nos trouxe através de seus ensinamentos e exemplos, não mais podendo assim haver sofismas que venham nos desviar do caminho a seguir.

Infelizmente, em vez de nos fixarmos a esta Verdade, insistimos de forma recorrente a nos acomodar às realidades temporárias que mais se adequam aos nossos desejos imediatistas, elevando-as a um patamar no qual elas não merecem estar, as permitindo moldar nossas posturas e servirem de base as nossas escolhas.

Realidades que possuem apenas a aparência do que vem a ser o certo, de acordo com o que cada um de nós enxerga o mundo, as adequando aos nossos desejos, sempre encontrando uma forma de as proteger através das mais variadas justificativas e desculpas, por mais que elas venham a nos desviar de nossa jornada evolutiva.

Quando assim agimos nos mantemos, geralmente, afastados e ainda distantes do tão almejado equilíbrio íntimo, o protelando de forma inconsequente, sem atinar que será ele, no futuro, que possibilitará a que venhamos nos livrar dos mais resistentes resquícios da inferioridade, a mesma que alimentamos por séculos de erros e desvios de conduta.

O egoísmo, a vaidade, o orgulho, a dúvida, o medo, são sentimentos comuns ainda em nosso atual estágio evolutivo, e mesmo que através deles não venhamos a cometer graves crimes que firam a legislação humana, a eles nos mantemos presos por transgredirmos as Leis Divinas, ainda que para a sociedade humana sejamos vistos como pessoas de bem.

Entretanto, estes sentimentos, ainda que disfarçados, não deixam de ser fatos geradores para que venhamos a recalcitrar em antigos erros cármicos, realimentando nossa inferioridade, e mesmo que não venhamos prejudicar diretamente a ninguém, permanecemos estacionários, porque são eles que nos impedem de agir diretamente em prol do próximo, de pensarmos menos em nós e mais no coletivo, quando preferimos nos manter comodamente em uma posição de neutralidade, para não dizer de nulidade.

Desta forma, o passo inicial para vivenciarmos a Verdade Cristã, não mais nos perdendo nos labirintos de inúmeras equivocadas realidades humanas, está ligado intimamente ao que o Mestre nos ensinou, e que o Espiritismo, como seu Consolador Prometido veio ratificar e ampliar, escolhendo priorizar aquilo que precisamos, como o apóstolo nos ensinou, o que nos convém, e não, o que desejamos por mais que nos seja permitido, focando nossa vontade, não mais justificando nossas equivocadas escolhas, não mais criando subterfúgios ou fatores condicionantes que visem adiar nossas escolhas e atitudes no bem.

Estudar o Cristo, enxergar o Mestre nos conceitos que Ele deixou para nós, valorizando sentimentos como o amor, a humidade, a caridade, a tolerância, a coragem, e tudo o que de mais valioso pudermos fazer nascer dentro de nós, gerando a empatia, conhecendo melhor o nosso irmão do caminho, e assim como também a nós mesmos, em uma análise profunda do que fomos, do que somos, e de tudo, sem exceção, que precisaremos mudar e transformar para que venhamos a ser, de fato, um tarefeiro do bem.

Na essência, é finalmente vivenciar a Lei Cristã que recomenda amar ao próximo como a nós mesmos, e a Deus sobre todas as coisas!

 

Que assim seja!  

sábado, 28 de agosto de 2021

RECONCILIAÇÃO!





RECONCILIAÇÃO! 

 

    Perdoar não sete, mas, setenta vezes sete!

    Quem estiver sem pecado que atire a primeira pedra!

    Oferecer a outra face!

    Reconciliar com o inimigo enquanto estiver no caminho com ele!

    Essas são apenas algumas passagens evangélicas, onde os ensinamentos e exemplos cristãos deixam claro à necessidade de focarmos na paz, no entendimento, no perdão, no não julgar para não ser julgado, pois, se a isso fizermos, daremos abertura para sermos julgados pela mesma medida.

    Sempre que um espírito se deixa levar por seus sentimentos inferiores, suas paixões degradantes, seus vícios, mesmo que tenha boas intenções, suas escolhas e ações tendem a fazer com que, em seus relacionamentos, venha a prejudicar ou, de alguma forma, magoar ao próximo, seja nas suas relações mais íntimas com entes queridos e amigos, seja nas interações mais distantes, no trabalho, no lazer, no cotidiano diário.

    Em inúmeras situações de nossa existência no plano físico, a lei da causa e efeito se faz presente, de forma inexorável, e isso em nada programado ou regrado em termos de recompensas ou punições, mas, unicamente, pela premissa que toda ação, gera sempre uma reação, geralmente acompanhada com as consequências positivas ou negativas de acordo com o que foi criado pela individualidade eterna.

    Se vivemos em um mundo de provas e expiações, natural que o sofrimento, a dificuldade, a violência, a desonestidade, os problemas, a dúvida, o medo, a intolerância, a raiva, a traição, a agressividade, o menosprezo, a cobiça, a usura, a sexualidade desregrada, o sensualismo acerbado, entre tantos outros vícios de conduta que caracteriza o gênero humano se façam presentes, e em significativa intensidade.

     Se há inferioridade, haverá sempre má intenção, e consequentemente, alguém que esteja sendo prejudicado, e alguém que esteja a outrem prejudicando, vítimas e algozes, agressores e agredidos, onde aquele que tenha mais força, mais energia, mais determinação, acaba ao final sempre se prevalecendo sobre os demais, de um jeito ou de outro.

     Inegável que há espíritos, encarnados e desencarnados, que anseiam em ser melhores, e muitos deles são, enquanto, que outros estão em constante batalha para vencerem suas próprias imperfeições, lutando dia a dia para serem pessoas do bem e viverem dentro das leis que regulam a sociedade em que vivem, despertando todos os dias sem a intenção de fazer o mal à ninguém.

  Porém, quem de nós poderá afirmar categoricamente, por mais que estudemos e vivenciemos os ensinamentos espiritas cristãos, que não reagiremos a provocações ou agressões de forma igual e proporcional ao que sofrermos, ainda mais se essas ações tiverem por objetivo prejudicar aqueles a quem amamos e que, frágeis, ainda não sabem ou não conseguem se defender sozinhos?

  Como vimos no início do nosso estudo, os ensinamentos cristão são em boa parte direcionados a compreensão do mal alheio, mesmo que este nos atinja, e isso, sem fatores condicionantes, ou seja, e em resumo, amar ao próximo como a nós mesmos, independente do que ele nos faça, de nossa parte caberá apenas ama-lo.

    Infelizmente, nosso orgulho, nossa vaidade, nossa indignação exacerbada, nossa revolta, nos leva a crer que, por nos considerarmos vítimas, por estarmos com a razão ou a lei humana ao nosso lado, temos direito de nos colocar no papel de juiz, ou melhor, de policial, de promotor, de juiz, e até mesmo de verdugo, independente do que tenhamos sofrido, das circunstâncias que envolveram as situações, dos motivos que levaram nossos agressores a assim agir, e dos fatos geradores.

    E é exatamente esta conduta aparentemente baseada no direito humano, que nos afasta da postura divina, e, consequentemente, nos igualando em posição àquele que de alguma forma nos prejudicou, pois, em nenhuma hipótese o Cristo dá o direito a reações agressivas, de nos colocar no direito de julgar e tomar a justiça pelas próprias mãos.

   Processos obsessivos, perseguições espirituais, que, por vezes, atravessam fronteiras entre o físico e o espiritual, se arrastando por mais de uma existência, são escopo para continuadas recapitulações, entre agressores e vítimas, em uma alternância de posições que acaba por estagnar a evolução dos envolvidos, os prendendo em uma simbiose negativa e depressiva, infelizmente, por muitas vezes, arrastando com eles muitos cúmplices e associados dos seus desatinos.

Os envolvidos, que têm por característica principal a incapacidade de perdoar, de relevar, de esquecer as ofensas e compreender que ninguém é perfeito, não conseguem perceber que são os maiores prejudicados, e os maiores culpados pela própria situação que enfrentam, pois apesar de sofrerem, sem conseguir crescer e se libertar das amarras que os mantém na inferioridade de sentimentos, não são inocentes, pois não há vítimas, não há agressores, há só a resistência em amar, em se entregar a humildade cristã, em aceitar as próprias imperfeições, em baixar a cerviz e não mais gerar a guerra, mas buscar a paz, independente de quem tenha razão, porque na verdade, no mal, no inferior, ninguém a tem.   

Alguém precisa dar o primeiro passo rumo a reconciliação, ao entendimento, a desistência da guerra, a renúncia da desforra, e será vencedor aquele que o fizer, que reconhecer seus erros e buscar à remissão, independente se o outro lado queira ou não também terminar o conflito, porque, afinal, cada um é responsável apenas por si mesmo, por sua própria história, seu próprio destino.

Que sejamos nós, quando em conflitos com nossos irmãos do caminho, os primeiros a perdoar e a pedir perdão, a reconhecer erros e aceitar diferenças, em valorizar a humildade e a caridade de aceitar as ofensas e oferecer a outra face.

Que sejamos nós.

quarta-feira, 19 de maio de 2021

O dever de não julgar e o direito de não ser julgado!

 

 


    Tudo depende do nosso equilíbrio espiritual para que conquistemos aos objetivos que nos propomos alcançar.

    Enquanto o mal, o vício, as paixões inferiores e degradantes nos trazem um mórbido e efêmero prazer, enquanto estamos aparentemente satisfeitos por neles nos chafurdarmos, conseguimos manter certo equilíbrio, um possível controle sobre nossa conduta, sobre nossas escolhas, sobre nossa mente, ainda que estejamos sendo influenciados por forças afins e negativas, tendo plena liberdade de agir e de pensar, escolhendo nossas prioridades e definindo nossas necessidades.

    Assim, mesmo no mal e no erro, quando decididos, determinados, dificilmente entidades espirituais que queiram nos prejudicar, se vingar de algo que as fizemos sofrer ou alguém a quem amam e protegem, conseguirão com facilidade encontrar uma brecha para que venhamos sofrer de forma incisiva sua agressividade, sua vingança, nos mantendo alheios aos seus esforços de nos desequilibrar e prejudicar.

    Isso não significa que em nossas ações não estamos sintonizados e sendo influenciados por espíritos inferiores, ainda mais se elas estão claramente vinculadas a sentimentos negativos.

    O que se passa, na realidade, é que unidos estamos a estes espíritos por afinidade, por sintonia, por mútua atração, desfrutando de suas companhias por vontade própria, porque assim o desejamos, mesmo que o domínio que eles tenham sobre nós seja forte, até mesmo, por vezes, assumindo o papel de comando sobre nossas escolhas.

    Da mesma forma, equilibrados no bem, cientes de nossas responsabilidades, firmes e seguros em nossas resoluções, ainda que longe da perfeição ou do total domínio sobre nossos sentimentos negativos, temos, na proteção e no arrimo de amigos e benfeitores espirituais, também plena condição de resistir ao assédio de forças inferiores que queiram nos prejudicar, mesmo que estas de alguma forma tenham sido por nós prejudicadas, em um passado recente ou distante, porque a ninguém está afeito o papel de juiz, de policial, de verdugo, cabendo a justiça sempre a Deus, e este, não julga, não condena, e dá plena possibilidade e capacidade do espírito culpado se redimir, e buscar por sua própria forças e vontade, à sua remissão, a quitação de seus débitos, a correção de seus erros.

    Quando nos desviamos do caminho do bem são várias as razões que poderão nos levar a reconsiderar as nossas atitudes e buscar nossa renovação, nossa mudança de postura e de atitude íntima, mas a maioria delas, indiscutivelmente, precisa passar pelo reconhecimento e pelo arrependimento de nossas próprias faltas, de nossos desvios, para que depois, analisando nossas necessidades e nossas dívidas, possamos, acompanhados por nossos benfeitores, planejar uma forma de virmos em posteriores oportunidades de estudo e trabalho, quita-las e resgata-las da melhor maneira, para que venhamos a beneficiar a nós mesmos e ao mesmo tempo, àqueles a quem prejudicamos.

    Não é fácil, entretanto, virmos a encontrar esta conscientização de nossa errônea postura e, prontamente, iniciarmos o nosso processo de renovação.

    Por vezes, o nosso desequilíbrio momentâneo, poderá dar espaço e potencializar a força sobre nós, assim como a influência, das nossas vítimas, de nossos adversários, ou até mesmo de cúmplices e associados, que são contrários ou não creem, a que venhamos a encontrar a possibilidade de retornarmos ao caminho do bem, quando, então, passam a nos monitorar e buscar nos direcionar aos mesmos desvarios que em um passado recente nos entregávamos, não admitindo que nos isolemos de seus convívios, potencializando qualquer sentimento que venha a nos fazer fraquejar, seja através de tentações, ou outros subterfúgios, até mesmo o remorso destrutivo.

    O importante para eles em um primeiro momento, para não perderem a ascendência sobre nós, é que venhamos a perder o controle sobre nossas escolhas e ações, manipulando nossos desejos, ou agravando sentimentos inferiores como o medo ou a dúvida, até mesmo nos fazendo acreditar que somos devedores, criminosos, que precisamos de punição, que merecemos ser seviciados, perseguidos, que precisamos sofrer porque fizemos com que os outros sofressem, lhes dando assim, indevidamente, o direito, a possibilidade, a autorização, para que dominem nossa vontade, nossa existência, nos entregando ao seu domínio.

 

    “Quem estiver sem pecado que atire a primeira pedra”.

 

    Jesus foi claro ao determinar que só poderia julgar, só teria o poder de condenar e impingir a pena como verdugo, como carrasco, utilizando-se das próprias mãos para corrigir uma aparente injustiça, aquele que nunca também tivesse feito mal a alguém, que nunca tivesse sido o criminoso, que nunca tivesse sido o agressor.

    O interessante, sobre esta condição imposta pelo Cristo, é que hoje, como em sua época, aquele que está plenamente quite com sua consciência, é também aquele, que a ninguém julga, que a ninguém condena, que tem plena capacidade de perdoar, ou de pedir perdão quando necessário, não alimentando em si sentimentos como o orgulho, a vaidade, ou o mais grave deles, o egoísmo.

    Muitos podem afirmar categoricamente, e talvez até estejam certos, que nesta existência, em nenhuma oportunidade, tenha agido com intenção de prejudicar ou lesar a ninguém, ainda mais aquele que atualmente o prejudica e que o faz sofrer, porém, como cristão, como espírita, deve estar consciente, que está em um mundo de provas e expiações, onde os sentimentos inferiores ainda prevalecem e predominam na grande maioria dos corações da nossa humanidade, o que o levará a crer, e é fato, que também não está isento, decorrente de outras existências, de erros, de crimes, de débitos pessoais a serem quitados, a serem ressarcidos, onde existe até mesmo a possibilidade de seu atual algoz, em sua aparente inocência, tenha sido, em existência anterior, sua vítima, aquele a quem prejudicou, e talvez, até mesmo, com maior gravidade.

 

    “Perdoar não apenas sete, mas setenta vezes sete.”

 

    Esta é a melhor fórmula para que não venhamos a nos emaranhar em erros ainda maiores pelo fato de não aceitarmos os sofrimentos que estejam sendo a nós impostos por irmãos do caminho, e nesta concepção de perdão, se faz necessário que aprendamos, principalmente, a perdoar a nós mesmos, a reconhecer que somos falíveis, que podemos errar, reconhecendo assim também o dever de perdoar e entender os erros do próximo, sem tentar julga-los, condena-los, deixando a isso a quem de direito, as leis humanas, e quando não, as leis divinas, as quais ninguém escapa.

    Se nós erramos, se a algo ou alguém prejudicamos, se cometemos crimes e desvarios, temos plena condição de buscar a renovação, a transformação, quitando débitos, ressarcindo dívidas, e para isso, se faz, realmente, necessário o arrependimento sincero, a análise e o reconhecimento dos crimes cometidos, o planejamento para corrigi-los e ressarci-los.

    Está ação, entretanto, deverá ser feita sempre com equilíbrio, nos protegendo e amparando na fé, na certeza que o Pai olha por nós, que poderemos contar com a proteção e o apoio de benfeitores espirituais, que precisaremos, sim, de muito esforço, de enfrentar dificuldades, talvez sofrimentos, dores, com extrema necessidade de renúncia, de esforço, de disciplina, mas tudo isso, não a título de punição, mas, sim, por consequências naturais de nossos atos, de nossas escolhas, por se tratar de colheita natural daquilo que plantamos, daquilo que geramos para nós com nossos atos, com nossas escolhas.

    Mesmo que enfermos, mesmo que reconhecidamente culpados, precisamos, desta forma, manter o mínimo de equilíbrio possível para buscar nossa transformação espiritual, cientes que ninguém, nem mesmo nossas vítimas, têm ou detém o poder ou a autonomia de nos punir, de nos perseguir, de nos prejudicar, ainda mais, porque elas também devem ter suas pendências espirituais, também devem ter aqueles a quem prejudicaram.

    Viver no bem, estudar, trabalhar, ser paciente, amoroso, tolerante, caridoso, humilde, pacífico, corajoso, amar ao próximo como a si mesmo e a Deus sobre todas as coisas, tudo isso já basta para angariarmos proteção, arrimo, amizades sinceras e eternas, sem correr o risco de nos ver enredados em processos obsessivos, em perseguições, em associações indébitas.

    Tudo é questão de escolha, de firmeza nas intenções, de desejos sinceros, sendo os artífices de nosso destino, e que este destino seja no Cristo, que seja no eterno bem.