quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Aquele que deseja se libertar de sua inferioridade...



Nosso atual estágio evolutivo, com exceção daqueles que agem deliberadamente no mal, é de espíritos endividados presos a débitos pretéritos, a erros de um passado culposo, e ainda frágeis nas resoluções do bem, na renovação da postura íntima, indecisos na prática de atos corriqueiros ou importantes, nas tomadas de decisão e escolhas, claudicantes em nossos pensamentos e intenções, arrastados que somos muitas vezes ainda por nossos instintos inferiores, nossos sentimentos negativos, ainda que como espíritas, hoje, já estejamos empenhados em estudar e trabalhar para sermos pessoas melhores.



Acostumados e aprisionados, devido há séculos de quedas, a prazerosa sensação que os vícios e os desregramentos proporcionam, mesmo atualmente convictos de nossa necessidade de renovação espiritual, de cometimento, de uma vida regrada e pacífica junto aqueles a quem amamos, poucos são os que conseguem se manter, de forma plena, fiéis aos princípios que intentam esposar, ainda mais em um mundo como o de hoje, em que as facilidades de interação e de intercâmbio com um número variados de pessoas, além do que é oferecido pela sociedade a título de sucesso e prazer, facilmente os leva a considerar “normal” uma variedade enorme de situações e atos que, na verdade, nada mais são que fatores de potencialização para os manter afastados dos reais valores éticos e morais que formam a personalidade de um homem de bem, de um tarefeiro cristão.



Não há meio termo, Jesus foi claro a expressar que devemos dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus, cabendo cada um assim determinar para si com quem está mais comprometido, de acordo com os pertences que acumular para si, se serão os ligados a matéria e as sensações físicas, quando passará a se reportar diretamente a César, ou se intelectuais e espirituais voltados ao bem maior, se reportando assim intimamente a Deus, e as Forças Maiores do Bem que O representam.



Vivemos no mundo inseridos em suas necessidades e prioridades, isso exatamente porque temos uma forte ligação com ele, com a sociedade e com as pessoas de nosso relacionamento, devido aos nossos atos e escolhas pretéritos, quando nosso equilíbrio íntimo, nossa consciência, nos exige construtivamente que venhamos a buscar retificar e saldar todos os débitos contraídos e todas as dissenções geradas quando agimos levados unicamente por nossa natural inferioridade, isso quando já temos a capacidade e a vontade de nos avaliarmos, de nos questionarmos, de buscarmos por nossa própria iniciativa e desejo, a uma transformação que vislumbramos ser possível quando do trato mais íntimo com amigos e benfeitores espirituais que já superaram esta fase a qual hoje estamos passando, quando atingimos assim este momento de transição, onde não mais estamos satisfeitos com o que fomos e somos, passando a considerar e deliberar o que precisamos conquistar para galgar a mais altos desafios de nossa existência eterna.



Tudo que nos prende de forma negativa ao nosso passado, seja através de relacionamentos ou de situações, são fatores inibidores de mais altos voos, não por imposição Divina, mas sim, por limites impostos por nossa própria consciência, como se fossemos convidados para uma festa de gala onde estarão as pessoas que mais amamos e admiramos, onde seremos recebidos com alegria e desvelo, mas que nos recusamos a comparecer devido a precariedade do nosso traje e de nossas condições higiênicas, situação que nós mesmos criamos, e isso não porque eles não nos aceitaram assim, mas porque nós mesmos, em nosso íntimo, assim não queremos comparecer diante deles.



Aquele que deseja se libertar de sua inferioridade, de acordo com os conceitos espíritas cristãos, não tem para isso novas fórmulas ou novas soluções, o Caminho ainda é o mesmo que o do passado, de quando os avanços tecnológicos ainda não se impunham como hoje o fazem.



Se vivemos um período de novas descobertas no plano físico, a solução para a nossa vitória espiritual ainda é a mesma que há dois mil anos atrás, é viver o amor em sua plenitude, é amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, é perdoar não sete, mais setenta vezes sete, é nos reconciliar com nosso inimigo enquanto com ele estivermos a caminho, é não julgar para não ser julgado, e também compreender que fora da Caridade não há salvação.



Devemos viver de acordo com as leis humanas que regem a nossa sociedade, com o fruto de nosso trabalho honesto, na busca das conquistas que ela nos oferece, porém, se não renovarmos a nossa forma de agir, de falar, de pensar, e essencialmente, de sentir, de nada valerá nossa existência para nossa evolução como individualidade eterna, prosseguiremos estacionários em nossas mais relevantes necessidades, ou apenas com frágeis e imperceptíveis vitórias, provavelmente nos trazendo a mesma costumeira decepção quando do nosso retorno a pátria espiritual, ainda mais se de lá saímos plenamente conscientes de nossas necessidades e prioridades, vendo o quanto mais uma vez nos afastamos dos nossos ideais, do que anteriormente planejamos, daquilo que nos levaria a poder almejar mais altos voos junto aos nossos benfeitores espirituais, devido a entrega recalcitrante aos instintos inferiores ainda presentes em nossa personalidade imorredoura.




Nossas escolhas presentes, de acordo com o que definirmos como prioridade, serão os fatores determinantes para a mudança que elegemos para nós, para nossa transformação espiritual, para a vitória sobre nossa negatividade, aceitando a necessidade de reparação e as dificuldades, como ferramentas para nossa própria elevação, não nos deixando dominar pela dúvida, pelo medo, pela revolta, pela preguiça, ou por vícios e paixões estimulantes e que levam a falsa sensação de felicidade e prazer, levando a sério o conselho cristão de orar e vigiar, nos disciplinando para que venhamos a compreender em toda a plenitude, consultando nossa consciência, analisando nossas tendências, qual o caminho que nos levará, na interação com a sociedade e com aqueles que conosco mais intimamente convivem, a alcançar, o mais próximo possível da plenitude, aquilo que precisamos para nossa ascensão, em contrapartida aquilo que desejamos, porque já está mais do que provado que nossos desejos, pelas dificuldades que hoje enfrentamos, não são as melhores escolhas para a nossa tão esperada vitória íntima sobre nós mesmos.   

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

A caridade, em sua essência, é a materialização do amor....



A dignidade, o carinho, a boa vontade, o auxílio, o amor, podem estar em qualquer lugar, tendo como instrumento qualquer pessoa, qualquer um que tenha desejo de ser útil, de servir, e acima de tudo, responsabilidade para cumprir seus objetivos cármicos, já que o bem é a meta principal de todos nós, mesmo que muitos ainda a isso não assimilem e compreendam.


Maior se torna esta perspectiva, quando nos referimos aos condutores de almas, quando aqueles que os buscam, independente da frente religiosa que representam, o fazem na busca da paz, do equilíbrio, do conhecimento, da fé, do refrigério sobre as dificuldades e dissabores que enfrentam, sejam eles físicos ou espirituais, que anseiam por um lenitivo aos seus sofrimentos, ou para entes queridos dos quais são arrimo, onde quem está capacitado para doar, se sincero em suas intenções, termina sempre por ser o mais beneficiado, recebendo continuamente maiores possibilidades de trabalho e aprendizado.


Não há religião que alicerçada na Bondade e Justiça Divina em sua essência, que baseie seus conceitos na concórdia, no entendimento, no respeito, no amor, na necessidade de agirmos no bem para colhermos o bem, que não seja um farol a clarear o caminho para inúmeros seres que buscam ávidos um entendimento maior de sua existência, uma fé que os sustente nos embates da vida, que lhes deem a certeza que a resistência ao mal, ao erro, aos desregramentos e vícios, traz em si a perspectiva que maiores e melhores frutos serão colhidos em um futuro de realizações e conquistas.


Padres, pastores, rabinos, pais de santo, monges, dirigentes espíritas, médiuns, todos podem e devem agir sempre com o objetivo de apoiar e incentivar que seus seguidores, seus discípulos, seus companheiros de doutrina, encontrem um caminho seguro para o equilíbrio íntimo, para a valorização de sentimentos nobres, para a civilidade e o respeito no proceder, para a tolerância pelas diferenças, para a liberdade de expressão, dando a garantia do questionamento, da compreensão dos princípios que regem sua frente religiosa, da participação efetiva, e não simplesmente objetivando a manipulação, a imposição, o desejo de controlar e administrar a fé alheia, como se seus seguidores não tivessem a capacidade de entender e aceitar de forma lógica e racional os princípios e os conceitos básicos que formam sua religião.


Se não existe essa possibilidade, se o dogmatismo impositivo é a forma pela qual os condutores de almas desejam incutir em seus seguidores o que vem a ser o certo e o errado, acende-se o alerta em referência a pureza doutrinária daquilo que está sendo tratado e passado, pois, na maioria das vezes, infelizmente, os que comandam, nestas situações, baseiam suas ações em desejos escusos, sombrios, ligados mais aos seus interesses próprios, mesmo que agindo de boa fé, levados pelo orgulho, pela vaidade, pela prepotência de serem os detentores únicos da verdade.


Não podemos confundir, entretanto, em nenhum momento a Religião com as pessoas que as conduziram e que hoje conduzem, porque todas as frentes, em sua essência conceitual, pregam a paz e o amor, ainda que com variantes decorrentes da época em que foram trazidas, e o que difere ao longo do tempo, são as pessoas que as conduzem, que as representam, onde os valores temporais e materiais geralmente se sobrepõem ao bem que todas elas trazem em si, quando se desvirtua o ideal para atender a interesses meramente carnais.


Assim ocorreu e ainda hoje ocorre com todas as frentes religiosas, umas mais ou menos atingidas, variando a época e o local, algo que, infelizmente, a Doutrina Espírita não escapa, tanto que hoje vemos subdivisões em seu corpo doutrinário, com diferentes frentes, onde tanto uma parte como outra julga deter a verdade, a pureza doutrinária, esquecendo que o próprio Codificador asseverou que o Espiritismo era uma ciência, uma religião ainda nascente, construída, sim, sob bases sólidas, mas com ainda muito a oferecer em relação ao conhecimento e informação para que cada vez mais o ser humano se aproxime de sua real capacidade realizadora como individualidade universal.


Se há de se defender a pureza doutrinária, que se o faça de acordo com a Codificação Espírita como um todo, em suas obras básicas, assim como os relatos completos dos onze anos aos quais à Revista Espírita esteve sob o comando de Allan Kardec, e não ratificando erros que outras religiões já cometeram de a ela se referir apenas nos pontos que estejam de acordo com a nossa forma de pensar e de agir, gerando automaticamente dogmas, quando passamos a querer impor o certo e o errado, subtraindo o direito inalienável que cada um tem de, por si, estuda-la, compreende-la, e tirar suas próprias conclusões, isso, claro, desde que a intenção do estudioso seja de fato sua evolução espiritual e o caminho do bem.


Além do estudo completo do conceitual já existente da Codificação Espírita e das obras sérias que à complementam, o aprendiz, o seguidor, o tarefeiro, precisa também seguir a mesma postura que caracterizou a elaboração do Espiritismo por parte do Codificador, ou seja, manter a mente aberta para novos conhecimentos, novas informações, nada aceitando a priori, sem a devida avaliação individual e conjunta, mas também não rejeitando a tudo que surja por não constar no corpo de Doutrina, sem a devida atenção, o devido estudo, a compreensão sincera do que lhe está sendo apresentado, porque assim esperava Kardec que o fizesse os detratores e críticos do Espiritismo nascente, que o condenavam e zombavam sem conhecimento de causa, sem ter dedicado seu tempo ao estudo sério, a compreensão do que estava sendo exposto, como ele mesmo o fez com tudo que surgia como novidade ou como ciência, tanto que em seus relatos vemos muitas vezes ele, a princípio, se interessar por teorias, as quais, depois, com um mais aprofundado estudo, reconhecia-se em erro, rejeitando-a, assim como muitas vezes após a negação inicial, ser convencido da veracidade dos fatos.


O Codificador valorizou sempre acima de tudo o livre arbítrio, a liberdade de questionar, de duvidar, de buscar respostas e explicações racionais e lógicas, e isso fazia até mesmo ao lidar com espíritos reconhecidamente superiores que participaram da elaboração da Codificação Espírita, para isso basta ler com atenção O Livro dos Espíritos.


Os Condutores de Almas, do Espiritismo e de todas as frentes religiosas, aqueles que tomam para si a responsabilidade de levar o conceito e a pureza de sentimentos que sua Doutrina possui, são corresponsáveis por tudo que incutirem de positivo e de negativo na mente e no coração de seus seguidores, sendo suas intenções, sua sinceridade no proceder, o ideal que o sustenta e o estimula, fatores principais para que venha a ter êxito naquilo que escolheu para si, da mesma forma que cada seguidor é responsável também por sua postura, do quanto é sincero em seus desejos quando se aproxima de uma frente religiosa, quais são, de fato, suas necessidades e prioridades, que ali está para buscar lenitivo, conhecimento, paz, equilíbrio, ou apenas para satisfazer seu ego, suas paixões mesquinhas, seus sentimentos inferiores, escondido atrás da capa de uma religião.


Somos todos, condutores e seguidores, seres falíveis, ainda em processo franco de transformação, de renovação, sendo assim de fundamental importância que busquemos, como prioridade, focar toda nossa intenção e desejo no bem, nos exemplos dos que representam cada uma das frentes religiosas.


Para nós espíritas, é o Nosso Amado Mestre Jesus o farol maior a nos mostrar o caminho a seguir, seus ensinamentos, seus exemplos, e como lema, adotemos o da Doutrina, que diz que fora da caridade não há salvação, porque a caridade, em sua essência, é a materialização do amor, sentimento único que um dia unirá a todos os povos e religiões.



Que assim seja! 

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Nesta fase de transformação...




Orar e vigiar!




Assim determinou Jesus, e assim precisamos viver para que consigamos vencer, ou pelo menos, algo melhorar, à nossa situação cármica, para que possamos superar a este estágio que estamos vivenciando no plano físico, onde praticamente todos nós temos, como objetivos maiores, corrigir antigos desvios de personalidade, resgatar débitos contraídos, não mais recalcitrar em reconhecidos erros, não alimentar vícios, além de aprender a perdoar, a pedir o perdão, a transformar sentimentos e crescer.



Nesta fase de transformação eminente, onde são fortes e influentes os sentimentos e as paixões negativas que nos comandam, ainda que já estejamos predispostos a sermos pessoas melhores, a viver com civilidade, a respeitar as leis que regem o país que nos foi determinado por berço nesta romagem terrestre, difícil é a batalha contra o que fomos, em relação ao que somos e ao que desejamos ser, tornando-a renhida, por vezes exaustiva, principalmente, porque são poucas as ocasiões que, de fato, detectamos as nossas reais necessidades, as nossas relevantes prioridades, tal o normal envolvimento que temos com o mundanismo humano, em contrapartida a objetivos maiores ligados a nossa evolução espiritual.



Mesmo que hoje já estejamos engajados nas tarefas cristãs, através do Espiritismo, tendo a possibilidade do estudo, da fé raciocinada, do conhecimento que somos eternos, que já tivemos outras existências carnais, onde encontramos as explicações lógicas das diferenças individuais, das dificuldades impostas a alguns em relação a aparentes privilégios doados a outros, onde a dor passa a ser compreendida como remédio salutar, e a riqueza como bendita oportunidade de trabalho em prol da sociedade onde vivemos, difícil que, no turbilhão diário, onde os interesses imediatos predominam, principalmente, porque estamos em constante contato com outros irmãos do caminho, íntimos ou não, também eles com seu cabedal de conhecimento e suas necessidades preeminentes, que venhamos a manter um pleno equilíbrio de nossas ações, de nossas reações, dos nossos sentimentos, ainda mais porque temos como objetivo a mudança, a transformação, o que faz com que o nosso antigo “eu”, em primeiro momento, tenha uma forte influência sobre nossas decisões, nossas escolhas, a forma pela qual iremos lidar com as situações que surgirem.



A Doutrina Espírita também nos possibilita saber através do estudo, e, principalmente, na possibilidade do intercâmbio mediúnico, que paralelamente ao nosso, vivo, atuante, altamente influenciador no nosso dia a dia, temos o plano espiritual, parte integrante e importante do nosso mundo, potencializando assim o grau e a intensidade, além da diversidade e variedade, das influências a que todos nós estamos sujeitos em nossa experiência atual, seja elas positivas ou negativas, vindas de amigos e benfeitores ou de adversários ou associados no erro, além de infindáveis situações circunstanciais a que todos estamos sujeitos no trato diário, quando seremos defrontados por diversos irmãos do caminho, com as mais variadas disposições íntimas, além das companhias espirituais que formam seu grau de influência no todo.



Decorrente de nossa extensa existência, com inúmeras vidas no plano físico e espiritual, fato gerador preponderante para a formação da nossa personalidade atual, daquilo que somos e que sentimos, normal que estejamos nos defrontando com as consequências de nossos atos passados, assim como tendo que ter companhia direta aqueles que de certa forma têm seu destino entrelaçado ao nosso, independente que as energias que nos unem sejam superiores ou inferiores, o que faz com que nossa liberdade de ação esteja sempre vinculada a vontade e a liberdade de inúmeros irmãos do caminho, tornando necessário que aquilo que desejamos, para que venhamos a encontrar o equilíbrio, deva estar intimamente vinculado aquilo que precisamos, aprendendo a avaliar  as situações que surgirem, principalmente aquelas que fogem ao nosso controle ou ao nosso poder de realização e decisão, não nos deixando arrastar nestas situações pelos sentimentos negativos e paixões que ainda trazemos latentes dentro de nós, nos policiando para não recalcitrar, e não vir a desperdiçar as frágeis conquistas que começamos a angariar nesta existência, onde visamos a nossa renovação espiritual para o bem, através do Espiritismo Cristão.



Por mais que estejamos engajados nas tarefas da Doutrina, através do estudo sistemático, dos trabalhos no centro, seja como dirigente, médium, palestrante, passista, auxiliares, por mais que dediquemos horas no voluntariado cristão auxiliando nossos irmãos do caminho encarnados e desencarnados, por mais que em nosso dia a dia, em nosso lar, no nosso trabalho, no nosso lazer, nas nossas relações sociais, busquemos sempre manter uma conduta cristã, disciplinando nossa forma de agir, de falar, de pensar e de sentir, fundamental se fará sempre a constante e continua observação em relação a recomendação do Mestre:



Orar e vigiar!



Mesmo após uma vida de trabalho e dedicação, de anos no aprendizado e na determinação íntima de renovação, bastará um único momento de invigilância, de distração, para que nosso passado culposo volte ressurgir, ainda mais se estivermos sendo vítimas de perseguições ou influências espirituais inferiores, vinda de adversários ou antigos cúmplices no erro.



Uma ação, uma reação, uma escolha, uma única palavra ou gesto poderá determinar, em questão de segundos, uma profunda guinada em nossa existência carnal, fazendo com que venhamos a desperdiçar anos de lutas e suor, não porque tenhamos regredido, mas simplesmente porque o que pensávamos ter conquistado ainda eram frágeis resoluções, meras intenções, não ainda totalmente concretizadas como vitórias efetivas e verdadeiras.



Uma provocação no trânsito, uma reação indevida a algo que fizeram para um nosso ente querido, uma traição não perdoada, uma humilhação imposta, uma punição por algo sofrido, o desvio de conduta pela provocação sexual, vindo a violar o nosso lar ou o de terceiros, simples ações que podem determinar uma mudança brusca e por vezes definitivas no rumo que tínhamos aparentemente definido em nossa existência, até mesmo chegando à extremos de perdemos nossa vida física, ou pior, que venhamos a tirar a vida de um irmão do caminho.



Cada passo é de extrema importância para que venhamos a conquistar mais um degrau em nossa jornada evolutiva, isto se é essa de fato a nossa intenção, o que nos torna ainda mais responsáveis por aquilo que venhamos a fazer, principalmente porque, o conhecimento, nos tira a possibilidade de nos defender sob a alegação de ignorarmos a lei.



Relevante e gratificante, porém, é que este conhecimento, quando bem vivenciado, nos possibilitará, se nos mantivermos firmes e seguros em nossas resoluções, à aspirarmos mais altos voos, mais complexos desafios, ainda que tenhamos plena consciência do que nos falta atualmente corrigir, resgatar, e das inúmeras vezes que voltaremos a falir, a errar, sendo, porém, o fator mais importante a considerar, o da nossa intenção, e que esta seja sempre a do bem, que esteja sempre baseada na mais pura moral cristã, onde a caridade e o amor sempre prevaleçam.