quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Não devemos temer o mal...




Não devemos temer o mal ou àqueles que, por sua inferioridade, ainda o praticam, encarnados ou desencarnados, porém, como contra qualquer outra situação na qual nos deparemos que venham contra os princípios que devem nortear o homem de bem, devemos ter o devido respeito, sem nunca abrir mão da oração e da vigilância, para que não venhamos a ser afetados em nosso equilíbrio e em nossa paz.



Devemos sempre nos manter atentos as investidas do mal, principalmente, devido a influência que os sentimentos inferiores, os vícios, os desregramentos e excessos, ainda podem ter sobre nossa individualidade eterna, devido ao nosso passado cármico, onde por eles nos deixamos dominar, período em que certamente aliciamos em nossa jornada adversários ou cúmplices, que ainda não compreendem ou aceitem que estamos, hoje, em processo de renovação, de transformação, de mudança.



Precisamos respeitar o mal como em uma batalha, respeitando ao inimigo, a sua força, a sua influência, mesmo que já estejamos plenamente convictos que temos em nós, amplas possibilidades de vencê-lo, não menosprezando seu poder e sua capacidade de atuação, nos mantendo assim sempre prontos a rechaça-lo, a mantê-lo a uma distância segura, para que não venhamos a ser atingidos ou prejudicados em suas nefastas intenções, para que assim não sejamos surpreendidos por suas investidas, ainda mais quando elas vêm disfarçadas de boas intenções e de falsas alegrias e indevidos prazeres.



Se desprezarmos, se humilharmos, se julgarmos, se criticarmos acerbamente, se nos considerarmos superiores, dominados assim pela prepotência e pelo orgulho, por aqueles que ainda estão presos a inferioridade de seus sentimentos, deixamos de pensar e de agir como nos orienta e exemplifica a caridade cristã, e consequentemente, ao fundo, passamos a nos assemelhar a eles, nos mantendo desarmados e despreparados para suportar devidamente aos seus ataques e a sua influência, abrindo nossas defesas, fortalecendo assim a energia daqueles que visam de alguma forma nos prejudicar, ainda mais quando os que assim procedem, não o fazem acintosamente, mas sim, sutilmente, alimentando de forma sorrateira aos sentimentos mesquinhos que valorizamos, nos enredando aos poucos nas teias da negatividade que ao final acabará por nos afastar das sublimes possibilidades realizadoras que só o bem e a paz cristã nos concedem.



O mal, mesmo que de ação temporária, causa transtornos de vulto, quando deixamos que domine nossos sentimentos, nossos pensamentos, e, principalmente, nossas ações e reações, fazendo com que, por mais bem intencionados que estivermos, nos mantenhamos estacionários, no mesmo nível evolutivo que até então nos encontrávamos, com a tendência que venhamos assim a desperdiçar mais uma oportunidade no plano físico de alijarmos uma parcela da negatividade que acumulamos por séculos de erros e crimes.



Quando nos referimos ao mal e a sua influência, não nos referimos apenas àqueles que, sabidamente, estão entregues ao mundo do crime, do erro, dos desregramentos de todos os tipos, mas também ao que se disfarçam no verniz da civilidade, nos que agem visando apenas os seus interesses imediatistas, sem se preocupar se estão magoando ou lesando ao próximo, e por vezes a si mesmos, ainda mais quando seus erros se baseiam em sentimentos que não infligem a legislação humana, mas que não deixam de provocar a desordem, o caos, o sofrimento, a dor, a decepção, não só naqueles que o praticam, como também em suas vítimas, nos seus associados e cúmplices.



Erros gerados pela inveja, pelo ciúme, pela cobiça, pela usura, pelo egoísmo, pela prepotência, pela vaidade, pelo orgulho, pelo medo, pela dúvida, que acabam por impedir que evoluamos e cresçamos como individualidade, nos mantendo presos ao nosso negativismo, mesmo que, exteriormente, já tenhamos de, alguma forma, melhorado, vindo, por exemplo, como espíritas, a estudar, a frequentar um centro, a participar efetivamente das tarefas assistenciais, auxiliando a entidade a que nos filiamos, a sociedade, ao próximo.



O nosso objetivo principal, independente das situações que enfrentarmos em nossa existência, das nossas escolhas, das nossas preferências, isso referente a qualquer caráter específico, seja em nosso lar, no nosso trabalho, nas nossas preferências religiosas, políticas, desportivas, deverá ser sempre a nossa transformação espiritual, a nossa renovação íntima, a nossa mudança definitiva de postura, da forma de pensarmos, de agirmos, assimilando de forma clara e real os sentimentos cristãos, em toda sua essência, em toda sua nobreza, vindo a alimentar a pureza do amor, da caridade, da amizade, da tolerância, do respeito, frente a qualquer situação que venhamos a passar.



Assim agindo, ou nos esforçando ao máximo para agir, temos a certeza que estaremos sempre acompanhados e protegidos pelas forças do bem, possibilitando que nossos mentores e protetores espirituais estejam ao nosso lado, tudo fazendo para que assimilemos ainda mais as necessidades e as prioridades que nos farão crescer e evoluir de acordo com as nossas maiores necessidades cármicas, relativas ao nosso passado e a nossa existência atual.



Ao mesmo tempo, com esse proceder, aprenderemos e nos fortaleceremos a suportar os ataques e as influências negativas que queiram nos impor, e o melhor, tendo também a possibilidade de agir como agente transformador, incentivando de certa forma, com nossos exemplos, com nosso proceder, com nossa resistência, àqueles que nos desejam o mal, para que passem também a refletir em suas situações, abrindo sua mente e seu coração, para que, por iniciativa própria, comecem também a aspirar uma melhoria íntima, vindo a perceber que só o bem e o amor cristão poderão, de fato, lhes levar a encontrar a paz, o equilíbrio, lhes abrindo novas perspectivas de evolução e crescimento.




A luta contra o mal é árdua e precisa ser contínua, atentos que o principal mal a vencer ainda é aquele que trazemos em estado latente dentro de nós mesmos, aquele que alimentamos por muitas vidas, utilizando-o de forma a transforma-lo em lição e experiência, para que nunca mais venhamos a pratica-lo, aprendendo a, definitivamente, trilhar o caminho do bem, vindo a nos tornar efetivos trabalhadores da seara do Senhor.       

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

A luta precisa ser constante e disciplinada...




Muito difícil para o ser humano, encarnado ou desencarnado, mesmo quando já ciente e participante das lides cristãs, das tarefas espíritas, quando tenta se adaptar a uma nova concepção de vida, baseada na renovação de sentimentos, de postura íntima, tentando superar e vencer seus vícios, suas tendências inferiores, manter-se plenamente equilibrado e pacificado quando é visitado pela dor, pelo sofrimento, pela enfermidade, por um grave problema, pela perda de um ente querido, pelo fracasso profissional ou dos sonhos pessoais.



Complicado, também, neste período inicial de transformação, controlar e sadiamente conviver com a ansiedade, com o medo, com a dúvida, quando se vê frente a frente a um novo desafio, a uma situação que o tira de sua zona de conforto, que ameaça sua paz, sua rotina, seus planos.



Para o espírita, mais em particular, mesmo que já participe das atribuições doutrinárias no centro, mesmo que seja um estudioso consciente e esforçado, mesmo que no pensamento, nas palavras e nas atitudes, já consiga de certa forma se identificar com o equilíbrio e a paz que a Doutrina traz àquele a que ela se dedica, também estas surpresas e estes imprevistos que a vida costuma trazer, são ainda fatores que potencializam sua dificuldade em se manter dentro da conduta que condiga com seus objetivos de renovação, tal ainda a dificuldade de assimilar e vivenciar a fé, a paz, a passividade objetiva que precisa ter para que não se veja afetado e ameaçado, de desperdiçar todo o tempo e a energia que até então acumulou, ao visar sua evolução como individualidade.



Quando contrariados em nossos objetivos, quando perdemos o emprego, quando somos traídos por entes queridos, por amigos, quando somos surpreendidos por uma enfermidade grave, ou sofremos um acidente de maiores proporções, quando perdemos repentinamente alguém que amamos pelas portas da morte, quando somos roubados ou violentados de alguma forma, difícil se faz ainda, apesar de todo preparo, de todo estudo, de todo conhecimento adquirido, que nos mantenhamos plenamente identificados e equilibrados com os sentimentos cristãos, que na essência, nos fariam manter, independente do grau da situação, plenamente tranquilos e conscientes quanto a forma de agir, sem nos deixar levar em nenhum momento pela revolta, pelo desespero, ou por qualquer outra reação que tenderia a que agravássemos ainda mais o nosso quadro, seja em relação as questões meramente físicas e materiais, como também, e, principalmente, as mentais e espirituais.



Ainda estamos acostumados, neste período de transição transformativa em que vivemos, em querer o mais prontamente possível, e sem medir a forma e as consequências, nos livrar do problema, curar de qualquer maneira a enfermidade, vindo também a reagir, no mesmo grau de proporção, da mesma forma pela qual fomos tratados ou prejudicados, deixando-nos arrastar, mesmo sem a perfeita noção disso, pelas mesmas tendências inferiores que alimentamos já por séculos, por vidas, e que comprovadamente, pouco nos trouxeram de paz, de conquistas efetivas, tal o grau de dificuldade que ainda temos de manter o autocontrole, a disciplina, a paz de espírito, a serenidade frente as adversidades.



O que precisamos compreender, porém, que todo o nosso esforço em estudar, em adquirir conhecimento, em nos dedicar as tarefas cristãs e espíritas, serve, principalmente, para nos capacitar e preparar, exatamente, para enfrentar de forma firme e segura os problemas e as inquietações que a vida nos apresentar, provando para nós mesmos que conseguimos algo positivar de nossos sentimentos, na nossa forma de pensar e de agir, e que não mais somos simples joguetes das circunstâncias e das nossas paixões, que já nos encontramos mais fortes que antes, e que não mais nos desviaremos do caminho, dos nossos objetivos, apenas porque as coisas não aconteceram como desejávamos ou que as pessoas não vieram a agir como esperávamos.



O que mais deve nos fortalecer e motivar neste período de renovação íntima e de confrontação com o nosso passado culposo, com a forma de agir que estávamos acostumados, é a certeza que, por mais que as dificuldades surjam, que o sofrimento e as enfermidades nos ameacem, o fardo a suportar e superar, como prometido por Jesus, nunca será superior as nossas forças, e que teremos sempre plenas condições de vitória, independente do quanto seja difícil a situação e o momento que estivermos enfrentando.



Muitos fracassam e recuam neste período devido a falsa concepção que passam a ter sobre suas ações, sobre seus esforços, quando começam a se considerar merecedores de privilégios, de proteção, de conquistas, só porque agora resolveram trilhar o caminho do bem, só porque agora são estudiosos e esforçados tarefeiros cristãos, só porque agora na igreja ou no centro que frequentam passaram a dispor de algumas horas semanais para levar o auxílio físico, material e espiritual ao próximo, supervalorizando suas ações, deixando-se assim levar pelo orgulho e pela vaidade, mesmo que seu discurso aparente seja o oposto, ao assumir um postura de simplicidade, de humildade, que só a sua insatisfação, sua reação frente aos problemas e as decepções, deixa bem claro o quanto distantes ainda estão dessa realidade íntima.



Precisamos estar conscientes que a nossa determinação e o nosso esforço em melhorar, em evoluir, através do estudo e do trabalho, não nos isentará de problemas, mas sim, nos fortalecerá para que venhamos a enfrenta-los condignamente, e assim, vindo, o mais prontamente possível, supera-los e assimila-los como experiência e aprendizado para o nosso próprio adiantamento.



O mais importante para nossa efetiva renovação individual, não passa pelo conhecimento que venhamos a adquirir através do estudo, e nem pela experiência conquistada através do trabalho, mas, sim, pelo esforço da transformação interior, dos sentimentos, da forma de pensar, de agir, da sinceridade de nossos pensamentos, de nossas palavras, de nossos atos, potencializando nossos esforços não para demonstrarmos que somos pessoas melhores, mas para que, de fato, venhamos a ser pessoas melhores, focando mais no que sentimos do que no que fazemos, porque nossos atos, nossa postura, nossas reações, nada mais serão que meras consequências do que sentimos, do que temos em nosso coração.




A luta precisa ser constante e disciplinada contra nós mesmos, contra a nossa negatividade e inferioridade alimentada e acumulada durante séculos, sabedores das dificuldades que iremos enfrentar, dos erros que ainda iremos cometer, dos fracassos que ainda poderão advir, mas sempre sendo sinceros na vontade e na determinação de vencer, baseando todos os nossos esforço na pureza dos sentimentos cristãos, o mais prontamente possível compreendendo e assimilando que só na humildade, na simplicidade, na honestidade, na fraternidade, na caridade, na paz e no amor, conseguiremos alcançar o patamar onde nada mais nos afetará, nada mais irá fazer com que venhamos a nos afastar do nosso objetivo maior, a perfeição a qual todos estamos destinados.  

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

A alegria do homem de bem é tranquila...




As paixões inferiores, os desregramentos, os vícios, os excessos de todos os tipos, a sensualidade desvirtuada, são sempre sentimentos e ações atraentes para aqueles que ainda distantes se encontram de conhecer o equilíbrio e a paz que as atitudes sadias e simples trazem para a individualidade eterna, seja qual for o plano que atualmente desempenhem suas tarefas, seja o físico ou o espiritual.



A porta do erro, do mal, é larga e convidativa, exigindo pouco para que por ela venhamos a adentrar, acenando-nos com a possibilidade de duvidosas conquistas, oferecendo um prazer esfuziante, alimentado por falsas e indevidas alegrias.



Por esta razão, para nos atrair a garantir que no erro sejamos enredados, forte também passa a ser o estímulo por parte daqueles que nesta condição estagiam, ávidos que nós outros também nos afundemos no charco no qual se encontram, o que lhes confere uma íntima satisfação, por verem que outros são como eles, fracos, submissos ao mal.



Os que se encontram nesta situação assim o estão pelos mais variados motivos, todos, porém, decorrentes do mau uso do livre arbítrio, alguns por vontade própria, outros por covardia, pelo desequilíbrio, pelo remorso destrutivo, pelo ódio, pelo desejo de vingança por algum mal sofrido, pela falta de vontade e determinação de assumir uma postura positiva, por ainda não alimentarem e trazerem dentro de si o desejo íntimo e sincero de corrigenda, de renovação, de transformação dos próprios sentimentos para o bem.



As paixões inferiores atraem os incautos desde os mais remotos tempos, dominados que são pelos sentimentos negativos que comandam suas ações neste período em que não conseguem enxergar quais os reais parâmetros e quais as necessárias prioridades que deveriam comandar seus desejos e suas escolhas, quando o orgulho, a vaidade, o egoísmo, a usura, a cobiça, a prepotência, o ciúme, a inveja, fazem com que se concentrem apenas no imediatismo de suas existências, ainda mais que estas paixões lhes despertam falsas sensações de felicidade, de sucesso, de domínio, quando se deixam iludir pelas efêmeras e indevidas conquistas, vindo a lesar a si mesmos e ao próximo, gerando assim débitos e vínculos futuros de dolorosas e difíceis soluções de continuidade.



Se larga é a porta de entrada no mal, em contrapartida, estreita é a de saída, porque a transformação de sentimentos para o bem exige da individualidade o esforço, a disciplina, a persistência, a coragem, e o mais difícil, o desejo sincero de renovação, não mais se deixando envolver pela negatividade que até então valorizou e alimentou, deixando para trás toda a efervescência que as paixões desregradas proporcionam, aprendendo a valorizar a paz, o equilíbrio, a alegria suave e contínua, que só os nobres sentimentos baseados no amor proporcionam, em uma postura de vida tal qual o Mestre Jesus ensinou e exemplificou, quando o perdão, a tolerância, a caridade, o carinho, o respeito, a amizade, e essencialmente, o Amor são de fundamental importância para que venha a conquistar a si mesmo, e consequentemente, estar apto a interagir de forma positiva e construtiva com os seus irmãos do caminho e com a sociedade na qual está inserido.



Diversos são os fatores que nos levam a buscar em determinado momento esta transformação, esta renovação de sentimentos, de postura, de prioridades de vida, podendo ser originários da dor, do sofrimento, da perda, do fracasso, do tédio, das decepções, da intercessão de pessoas queridas as quais respeitamos e amamos, ou por nossa própria iniciativa, por percebermos que a felicidade que buscamos não conseguiremos encontrar no caminho que estamos trilhando, quando passamos a perceber que a vida nos tem muito mais a oferecer além das fúteis conquistas que até então valorizamos, ainda mais quando passamos a avaliar quais são os verdadeiros tesouros que, amontoados, poderemos carregar por onde formos, principalmente, no momento em que seremos chamados para o retorno à pátria espiritual.



Só ao nos aproximarmos de certa forma da paz espiritual da consciência tranquila, de experimentarmos a alegria das vitórias subjetivas e positivas que só o bem, que só o sentimento cristão em sua essência proporcionam, conseguiremos aquilatar o quanto ainda temos a percorrer e evoluir em relação à conquista de novos conhecimentos e novas ações, que vão muito além do que até então estávamos condicionados a valorizar, aprendendo a conhecer melhor a nossa mente, as energias que nos envolvem, as infinitas possibilidades de estudo e trabalho que dependerão unicamente do nosso esforço e capacitação para que venham a se efetivar.



A alegria do homem de bem é tranquila, é silenciosa, é por vezes imperceptível ao olhar daqueles que com ele convivem. Ela é toda baseada na paz, no equilíbrio, na simplicidade, na valorização do sentir, do compartilhar, do doar de si em prol do próximo, do mundo onde vive, aprendendo a não exigir, mas muito exigindo de si mesmo, a não esperar ajuda, estando, porém, sempre pronto a ajudar, respeitando e amando a todos sem nada esperar em troca, sem julgar, aceitando diferenças, perdoando as ofensas, e prontamente pedindo perdão sempre que vier, consciente ou inconscientemente, vir a ferir ou a prejudicar a alguém.




Os conceitos cristãos, os preceitos espíritas, são ferramentas úteis e seguras para que, quando bem compreendidas e vivenciadas, venhamos a conquistar esta alegria íntima e eterna que só o bem e o amor puro proporcionam, porém, quando a elas não tivermos acesso, ou quando de outras formas buscarmos traçar o nosso destino, poderemos também encontrar o verdadeiro caminho a seguir no recesso de nosso ser, no nosso coração, na nossa consciência, onde estão gravadas desde a nossa criação as leis divinas, as luzes que irão guiar a nossa jornada desde que a ela, de fato, venhamos a nos entregar de corpo e alma, visando o encontro definitivo com a verdadeira felicidade, que nos unirá as forças eternas e produtivas do bem.

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

O bem é fator principal...







Jesus, como em tudo que é relevante para o nosso crescimento espiritual, é o nosso Exemplo Maior em como o ser superior pode abrigar em suas asas de benemerência e amor, aos seus irmãos menores do caminho, auxiliando-os a conquistar o conhecimento e a força para vir por sua vez a alçar mais altos voos em sua jornada evolutiva rumo a perfeição.



A superioridade se baseia sempre na maior experiência já adquirida, no esforço próprio, no trabalho árduo, no afinco ao estudo, na disciplina ao utilizar seu livre arbítrio para as forças do bem, não só assim crescendo como individualidade, mas também com ampla possibilidade de expandir suas conquistas para os espíritos que em seu raio de ação, ainda insistem em alimentar seus vícios, em dar prioridades as suas paixões degradantes, auxiliando-os a desenvolverem o próprio discernimento íntimo entre o certo e o errado, ao que vem algo acrescentar às suas personalidades e aquilo que ainda os impede de crescer, de avançar, de buscar novos sonhos e desafios.



Jesus veio curar, ensinar, trazendo a teoria básica através das suas parábolas e contos, e também na materialização de seus conceitos, agindo de forma efetiva junto aos irmãos do caminho, sem se atinar a classe social, a cultura, a saúde, a intelectualidade, daqueles a quem serviu de arrimo, e daqueles que ao agir, os fez de exemplo, não só para os seus discípulos, mas para a humanidade inteira, de qual seria o mais presto caminho para se encontrar o equilíbrio e a paz.



A cadeia de exemplos construtivos que se deve formar do superior para o inferior, deve se estender ao infinito, abrangendo a todas as nuances da nossa existência física e espiritual, onde o mais capaz, dentro dos princípios do Exemplo Maior, agirá sempre visando o enobrecimento e o crescimento, além do aperfeiçoamento e do progresso, daquele que lhe é inferior, e este intercâmbio, corre paralelo, e não necessariamente de forma absolutamente descendente, do mais alto para o mais baixo, porque são inúmeras as situações que formam a evolução humana, o que faz com que avancemos, como individualidade ou coletividade específica, uns mais que os outros, de acordo com o que tivemos como prioridade, no que nos especializamos, naquilo que mais exigiu a nossa atenção e esforço.



Desta forma, enquanto um médico pode socorrer um pobre pedreiro em sua doença, este, quando em seu trabalho, poderá construir um novo consultório com a perfeição que o doutor nunca iria conseguir realizar, da mesma forma que um professor, um mestre, poderá auxiliar à vários seres saírem de sua ignorância e ensina-los a ler e escrever, enquanto que um ser analfabeto, sem nenhum conhecimento, poderá vir a ensina-lo a perdoar ao próximo, a esquecer as ofensas, ou a encontrar coragem dentro de si para enfrentar suas adversidades.



No auxílio direto evolutivo entre os seres, o fator primordial, assim, passa a ser a reciprocidade, porque ninguém é detentor de todos os conhecimentos, ninguém está isento da necessidade de aprender, de experimentar, de evoluir, desta maneira, sempre teremos o que ensinar e o que aprender, no que auxiliar e no que ser auxiliado, dependendo sempre da situação e da posição que estivermos vivendo e passando em cada momento de nossa existência física ou espiritual.



O certo, baseado nos conceitos de amor e paz ensinado e exemplificado pelo Mestre Jesus, onde a caridade em seu mais amplo aspecto deverá sempre estar presente nas ações e escolhas, é que o mais forte deverá auxiliar ao mais fraco, o são ao enfermo, o culto ao ignorante, de forma que todos venham a ter todas as possibilidades de crescimento e evolução, acima de qualquer situação que possa vir a gerar indevidas atitudes preconceituosas ou seletivas, independente assim de sexo, de cor, de idade, de religião, de classe social, de posses materiais, de poder, ou qualquer outra coisa que venha a diferenciar ou distinguir o ser humano na coletividade onde ele vive.




O bem é fator principal, é eterno, é único, e será sempre o sentimento que fará com que venhamos a viver e a amar, como o Mestre recomendou, à Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a nós mesmos, então para quem quer viver bem, é simples, basta amar, pois, ame!

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Não combateremos o mal com mais mal...




Muitos ao sofrerem reveses clamam por justiça, muitos nas calamidades, nos crimes que chegam ao seu conhecimento, prestamente, se arvoram de juízes, acusando de forma peremptória aqueles que, de fato indevidamente, de forma explícita, se entregaram ao mal, ao erro, alimentando a violência, nas diversas formas que ela se expressa em nossa sociedade, violentando direitos alheios, por vezes ceifando, sem nenhuma razão de ser, vidas inocentes.



Infelizmente, temos ainda em nossa sociedade moderna, como tivemos em todos os tempos, aqueles que se entregam, por diversos motivos, a agressividade e ao desprezo as normas básicas de civilidade, preferindo o crime, a usurpação do que não lhe pertence, magoando de forma, por vezes fatal, aos seus irmãos do caminho, trilhando um caminho distante de Deus, dos conceitos cristãos, de honestidade e amor.



Inúmeras são as origens que levam a que se desviem do bem, vindo a se entregar de forma deliberada ao crime, com atenuantes ou não, é certo, porém, que nada justifica tal procedimento, e todos, por mais difícil que tenha sido a situação inicial, poderiam, com esforço, sacrifício, dedicação, ter buscado alternativas outras para superarem suas dificuldades, permanecendo assim de forma licita a trilhar sua jornada na sociedade em que estão inseridos, conquistando aos poucos seu espaço, crescendo e evoluindo como individualidades eternas.



Porém, motivados muito pelos excessos cometidos pelos meios de comunicação, inúmeras são as pessoas que tomam para si um direito que não lhes pertence, que é o de julgar e condenar ao próximo, exigindo uma punição e uma corrigenda que muitas vezes vai muito além das próprias leis vigentes, carregando em seu íntimo um ódio e um desejo de revanche, de vingança, que extrapola até mesmo em inferioridade ao sentimento que motivou ao atual criminoso a agir em desacordo com a lei.



Citado foi o “atual criminoso”, exatamente porque este é um dos princípios básicos do cristianismo, o fato de ter direito apenas a atirar pedras, aquele que estiver sem pecado, ou seja, que julgue ao próximo apenas quem, em nenhum momento, tenha cometido algum um crime, não tendo ferido as leis humanas estabelecidas, ou de forma subjetiva, tendo vindo ferir aos princípios divinos de amor, de tolerância, de honestidade, de fraternidade, de amor.



Indo ainda mais a fundo neste conceito básico de justiça, se formos levar em conta, como o devemos fazer de fato, a lei da reencarnação, das vidas sucessivas e interligadas, menores e mais ínfimas serão as possibilidades de estarmos sendo afetados de alguma forma em nossa existência atual, sem que o que esteja nos prejudicando, não seja mero reflexo e consequência do que indevidamente cometemos em nosso passado, o que vem trazer à tona a culpabilidade ampla de todos nós que estamos vivendo este atual estágio evolutivo do nosso planeta, onde como tão bem frisou o Cristo, dificilmente encontraremos a alguém que esteja isento de culpa, que também de alguma forma não tenha sido em algum momento o agressor, o criminoso, aquele que lesou a justiça dos homens ou a divina.



Quem hoje está sofrendo uma injustiça, ontem pode ter feito algo injusto contra um irmão do caminho, ou ainda poderá vir a fazer, o que nos torna acumpliciados na necessidade de compreensão, de tolerância, de perdão, tentando fazer com que os sentimentos que nos guiem nestes difíceis momentos em que nos vemos prejudicados, ou que vejamos situações onde o mal de alguma forma prevaleça e se estenda, não sejam os de ódio, de revanchismo, de vingança, para que não venhamos a nos igualar na inferioridade do agressor, para que mantenhamos a paz de espírito, fazendo prevalecer o bom senso, buscando sempre soluções, agindo em prol da recuperação e do soerguimento das vítimas e dos culpados, e não simplesmente nos preocupando com punições, com flagelos, com atos que venham agravar ainda mais a negatividade atmosférica do nosso planeta.



É evidente que não devemos de forma alguma nos acumpliciar, compactuar ou buscar justificativas para o mal, para o crime, ainda mais em situações que vemos a agressividade dos criminosos, fugir totalmente de qualquer noção de civilidade. 


Temos e precisamos, do justo direito a indignação, a não concordância, agindo de todas as formas possíveis, diretas ou indiretas, para evitar o mal, porém, nossa reação precisa se basear no mais puro sentimento cristão, não podemos em nenhum momento nos equiparar à negatividade de intenções que motivou o crime, buscando de alguma forma efetiva minimizar os efeitos do ato frente às vítimas, e a reeducação dos culpados, tratando-os com a mesma tolerância com que gostaríamos de ser tratados frente aos nossos erros, que já cometemos ou que viermos a cometer, porque não sabemos, de fato, como reagiríamos frente as situações que motivaram aos nossos companheiros de jornada se desviarem do caminho do bem.



Não combateremos o mal com mais mal, não extinguiremos o ódio com mais ódio, apenas na transformação de sentimentos, aos poucos, gradativamente, mas de forma evolucional, iremos fazer com que a nossa sociedade se torne mais justa e segura, em uma divisão melhor de renda, de direitos, de oportunidades, onde o mais forte venha não oprimir, mas sim, auxiliar ao mais fraco, para que ele de alguma forma também se veja capacitado a crescer e melhorar como individualidade.



Para vivermos, como muitos o desejam, em uma sociedade onde o mérito pessoal seja o único parâmetro para definir posições, precisamos dar o direito igual de todos terem o acesso ao básico, ao mínimo das condições exigidas para as conquistas a que todos almejam, caso contrário, continuaremos vivendo uma sequência onde, os opressores e seus descendentes, continuarão a oprimir aos oprimidos e sua prole, fato que acaba por gerar, em muitos, a revolta, o ódio, quando passam a querer tomar pela força aquilo que julgam ser seu também de direito, gerando mais violência, mais divisão, mais medo, em um problema de difícil solução, por sua indevida continuidade.



Há sim, muitos que conseguem superar suas dificuldades e vencer, conquistando um novo patamar social, porém poucos são os que conseguem manter a disciplina e a determinação necessária para tal, ainda mais que paralelamente precisam se dedicar a satisfação de suas necessidades imediatas, assim como dos entes queridos que estão sob sua responsabilidade.



Desvios de personalidade todos nós os temos, independente de classe social, há pessoas honestas entre ricos e pobres, há mal intencionados na opulência ou na miséria, o que precisamos, como sociedade, como coletividade, para que venhamos a tornar o nosso planeta um mundo mais justo, é revermos os conceitos e os valores que devem nortear nosso íntimo, tornando como prioridade não as conquistas materiais, mas as da nossa personalidade, onde a fraternidade, o bem, a caridade, a amizade, a lealdade, e o amor sejam tônica constante em nossas escolhas, nas nossas ações, na nossa postura.



Precisamos compreender que cada um de nós enfrenta uma situação única, gerada provavelmente nas consequências de nossas ações pretéritas, desta ou de outras existências, precisando assim, não se conformar, mas compreender que as dificuldades existentes são para ser enfrentadas com dignidade e submissão, tudo fazendo para melhorar, não apenas em relação a extinção do problema, mas no fortalecimento da coragem em enfrenta-lo, em suporta-lo, e logo que possível supera-lo.



Aprendendo a perdoar e relevar, a compreender e aceitar nossos irmãos do caminho como são, estaremos mais prontamente capacitados para, de fato, auxiliar para que a nossa sociedade evolua, cresça, buscando em conjunto soluções para que todos venham de alguma forma a ser beneficiados, para que tenham amplas possibilidades de remissão, de renovação, de recomeço, algo afinal que todos, sem exceção, precisamos, já que, repetindo, como Jesus tão bem colocou, não há ninguém entre nós que esteja em ampla e total condição de atirar a primeira pedra, e na verdade, nem mesmo a última.




O melhor é que, não podendo atirar, também não corremos o risco de vir a ser atingidos, perdoando e sendo perdoados, auxiliando e sendo auxiliados, como deve ser em um mundo onde todos devem, de fato, aprender a se chamar, entre si, de irmãos.   

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Em qualquer circunstância de nossa vida...




Orar e Vigiar!



Em qualquer circunstância de nossa vida, sejam nos fatos corriqueiros do nosso dia a dia, ou naqueles de maior importância e relevância, seja no lar, no trabalho, no lazer, no centro espírita, por mais que estejamos realizando tarefas já rotineiras, já tenhamos vivenciado situações parecidas, por mais vasta seja a nossa cultura, a nossa experiência, bastará um único descuido, um único ato, uma única reação precipitada, por displicência ou desatenção, para que voltemos a recalcitrar, a fracassar em nossos objetivos maiores de renovação espiritual, de transformação, novamente desperdiçando anos de estudo e dedicação, geralmente porque novamente nos deixamos dominar por sentimentos inferiores ainda mal superados, por paixões degradantes ainda vivas dentro de nós, por vícios que ainda têm forte influência sobre nossa personalidade física e espiritual.



Na vida cotidiana, em questões meramente rotineiras de nossa existência carnal, muitas vezes essas desatenções também fazem com que venhamos a contrair dissabores acerbos ou fracassos retumbantes, levados pelo descuido, pela falta de concentração, de disciplina, de foco, por displicência ou irresponsabilidade.



Quantos atletas não conseguem atingir seus objetivos porque se deixam levar pela fama, deixando de se preparar devidamente para suas competições, perdendo valiosas oportunidades de realizar seus sonhos. Quantos médicos podem vir a errar em seu diagnostico ou no procedimento a que se dedica por não estar focado em suas responsabilidades, ou simplesmente por estar motivado ao exercício de sua profissão por sentimentos inferiores e negativos. Quantos médiuns ou doutrinadores perdem o foco principal de suas tarefas por se entregarem ao orgulho, a vaidade, ou por não estudarem devidamente os conceitos da doutrina que resolveram abraçar voluntariamente.



Quantos, na luta pela renovação, no dia a dia, deixam para trás tudo aquilo que aprendem na teoria quando, no momento em que a vida os chama aos mais comezinhos desafios preferem agir por impulso, dominados pelos mesmos sentimentos que alimentaram, até então, em sua jornada cármica.



O desejo de acertar para se concretizar, principalmente no que tange a nossa evolução como individualidade, só tenderá ao sucesso, quando for baseado na sinceridade das intenções, e não apenas para que satisfaçamos nossa vaidade, nosso bem estar, para que venhamos a agradar ou ser admirados por nossos entes queridos, por nossos amigos, pela sociedade.



O principal passo para efetivarmos a nossa transformação consiste em alinhavarmos o que desejamos com aquilo que precisaremos fazer para esta conquista, não nos iludindo quanto ao nosso estágio atual, quanto a nossa inferioridade, para que não venhamos continuar a repetir erros, buscando nada mais do que até então buscávamos, que era a satisfação do nosso ego, as conquistas imediatistas, a recompensa indevida pelo pouco que oferecemos de nossas energias e tempo, onde o esforço é sempre menor que a necessidade real de aprendizado e crescimento íntimo.



A luta contra nossas inferioridades precisa ser constante e sem interrupções, sem desvios, sem falsas justificativas ou atenuantes, tendo como base a análise de nossas imperfeições, a sinceridade no julgamento da nossa forma de pensar e de agir, atentos as nossas maiores necessidades, e o quanto estamos dispostos a supera-las, priorizando, de fato, nossa evolução, e não apenas a satisfação de nossos desejos.



Natural será neste período de renovação de sentimentos, de postura, de objetivos, visando a nossa transformação para o bem, que venhamos a ser fortemente influenciados para que venhamos novamente a desistir e fracassar, influências externas, vinda de antigos adversários, cúmplices, associados, encarnados ou desencarnados, e influências internas, da nossa própria personalidade, do nosso passado, dos sentimentos negativos que até então alimentamos, ainda mais quando estes, de alguma forma, nos trouxeram falsas concepções de alegria, de proteção, de prazer.



Por mais que nos sintamos fortalecidos, a humildade e o reconhecimento constante de nossas limitações, de nossas dificuldades de superação, nos auxiliarão a nos manter atentos aos percalços do caminho e as ciladas muitas vezes preparadas por aqueles que desejam nossa queda, que desejam evitar a nossa ascensão, nos mantendo ciente da luta constante que se faz necessária para que não venhamos a recalcitrar e novamente fracassar em nossa intenção evolucionária.



O desejo sincero, a vontade férrea, o estudo, as tarefas no bem, a oração constante, possibilitam que nos mantenhamos focados em nossos objetivos maiores, nos disciplinando para enfrentar todas as dificuldades que surgirem, todas as tentações, todos os apelos da nossa inferioridade ainda não vencida, nos mantendo atentos, principalmente, contra aquilo que sabemos ser os pontos mais fracos de nossa personalidade, naqueles em que ainda sabemos ter as maiores dificuldades de controle, de superação.



Assim agindo, positivando nossos pensamentos, nossas palavras, nossas ações, passamos a educar paulatinamente nossos sentimentos, nosso íntimo, gerando, de fato, a verdadeira transformação, aquela que nos permitirá vencer a nós mesmos, e não mais virmos a correr o risco de fraquejar, de recalcitrar.




Nesta batalha, a oração, como recomendada pelo Mestre, será sempre a melhor arma para nos mantermos vigilantes, por nos possibilitar estar em constante contato com nossos amigos e protetores espirituais, aqueles que, como nós, lutam para que o bem finalmente prevaleça, não apenas em nosso mundo, mas, essencialmente, dentro do nosso coração, fazendo com que definitivamente venhamos a ingressar nas fileiras dos tarefeiros do Amor, sob a égide do Nosso Amado Jesus.

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Para que venhamos a evoluir...




Em todos os tempos, por mais que nos envolvamos em descobertas científicas e tecnológicas, que surjam estudos e conclusões inovadoras sobre o corpo humano, no combate e na vitória sistemática das mais perigosas doenças, nas descobertas que nos levam a ter uma vida mais saudável e duradoura, a soberania do homem no plano físico, as necessidades básicas no íntimo da sua personalidade, visando o seu esclarecimento, a sua transformação espiritual, a sua evolução como individualidade, e o consequente equilíbrio e a paz desejada, ainda dependem do esforço e da dedicação de cada um em procurar promover o bem, em gerar energias positivas, em lutar contra suas imperfeições, sua inferioridade, sua ignorância, em vivenciar, de fato, a essência cristã gerada pelo amor que trazemos gravado em nosso íntimo desde nossa criação.



Para que venhamos a evoluir como criatura, e consequentemente como coletividade, dependeremos sempre daquilo que gerarmos dentro de nós de positivo, de agregador, seja através do nosso trabalho, do nosso estudo, no nosso lar, em nossas atividades doutrinárias, nas tarefas assistenciais as quais nos dedicarmos, no desejo sincero de produzir o bem e de combater de forma sistemática nossas tendências inferiores, não mais nos entregando ao orgulho, a vaidade, ao egoísmo, ao medo, a dúvida, a preguiça, ou a qualquer outro sentimento que venha a nos afastar doa objetivos macros evolucionários.



Como guia, como parâmetro, teremos sempre a nos orientar e modelar os ensinamentos e os exemplos do Cristo, os conceitos da caridade, do perdão, da tolerância, da concórdia, do respeito, da fraternidade, do amor, todos os que potencializam a nossa capacidade criadora, participativa, de efetividade junto àqueles com quem convivemos, atraindo para nós as forças ativas do bem, através dos nossos amigos e benfeitores espirituais, ao mesmo tempo, que neutralizamos ao nosso redor a negatividade do ambiente e daqueles que a alimentam, estejam encarnados ou desencarnados.



Desta forma, avanços tecnológicos, facilidades dos meios de comunicação, de interação, descobertas científicas, avanços na medicina humana, nada mais são que ferramentas que devem ser aproveitadas para melhorar nossa capacidade criativa e realizadora, e ainda assim, para nossa verdadeira transformação e evolução, tudo que disso pudermos usufruir só nos levará a crescer, se os utilizarmos para o bem, para a renovação efetiva de nossos sentimentos, de nossa forma de agir e de pensar, equiparando a evolução física com a evolução e o crescimento moral, fazendo com que diminuam de forma real e meritória as diferenças sociais, onde todos passem a ter cada vez mais possibilidades iguais de crescimento e equilíbrio, sejam para suprir suas necessidades físicas e materiais, como também, e essencialmente, intelectuais e espirituais.



Por mais que evoluamos e venhamos a progredir em termos de civilização, continuaremos vivendo períodos de negatividade constante em termos de intolerância e violência, de opressão e corrupção, enquanto não nos preocuparmos também em evoluir como individualidade, como ser humano, valorizando a nobreza de sentimentos, o desejo sincero que todos venham também conquistar à felicidade, a paz, o equilíbrio, quando o mais forte e capacitado passará a proteger e educar ao mais fraco, e não como o hoje faz, oprimindo-o, tentando manipula-lo e dele se aproveitar para ainda mais se fortalecer e enriquecer.



A transformação íntima para o bem é fator primordial para que venhamos a ter uma sociedade mais justa, onde todos tenham acesso a educação, a possibilidade de renovação de valores, onde todos tenham a oportunidade de desenvolver sua intelectualidade em um ambiente de harmonia e respeito mútuo pelas diferenças, onde a maior riqueza passará a ser a felicidade coletiva, onde ninguém queira ou deseje o que não lhe pertence, onde a ação vise sempre o crescimento coletivo, mesmo respeitando-se as diferenças e valorizando condignamente a cada um de acordo com seu esforço próprio, com sua luta para crescer e evoluir, não exigindo-se igualdade absoluta, mas sim, a dignidade mínima e construtiva que todos tem direito, independente de sua classe social, de sua cor, de suas preferências religiosas, políticas ou sexuais.



Só com o amor puro em sua mais alta concepção conseguiremos fazer com que a humanidade terrestre evolua como sociedade, como coletividade, fazendo do progresso material uma ferramenta eficaz e segura para que cada vez mais a felicidade e a paz dominem amplamente o coração de cada um de nós, de acordo com o objetivo maior do Cristo, que garantiu ao Pai que nenhuma de suas ovelhas ficaria sem retornar ao redil, e assim, como nosso esforço, individual e coletivo, um dia o será.