sexta-feira, 6 de maio de 2022

Definindo Prioridades

    


 São muitas as questões levantadas pela nossa consciência quando estamos determinados a efetivar nossa transformação espiritual, quando decidimos deixar para trás nosso passado inferior, precisando para isso redefinir nossas prioridades , o que só conseguiremos fazer sendo sinceros quanto aos erros que estamos cometendo, além, claro, quanto aos sentimentos negativos e instintos inferiores até então alimentados, e que ainda trazemos em estado latente em nosso íntimo, mesmo que, de alguma forma, já não mais os expressemos na convivência diária com nossos irmãos do caminho.

Hoje já temos a consciência, ou pelo menos deveríamos ter, em decorrência do estudo e da vivência no Espiritismo, que a Verdade é Única, e ela está no Cristo, em tudo que Ele nos trouxe através de seus ensinamentos e exemplos, não mais podendo assim haver sofismas que venham nos desviar do caminho a seguir.

Infelizmente, em vez de nos fixarmos a esta Verdade, insistimos de forma recorrente a nos acomodar às realidades temporárias que mais se adequam aos nossos desejos imediatistas, elevando-as a um patamar no qual elas não merecem estar, as permitindo moldar nossas posturas e servirem de base as nossas escolhas.

Realidades que possuem apenas a aparência do que vem a ser o certo, de acordo com o que cada um de nós enxerga o mundo, as adequando aos nossos desejos, sempre encontrando uma forma de as proteger através das mais variadas justificativas e desculpas, por mais que elas venham a nos desviar de nossa jornada evolutiva.

Quando assim agimos nos mantemos, geralmente, afastados e ainda distantes do tão almejado equilíbrio íntimo, o protelando de forma inconsequente, sem atinar que será ele, no futuro, que possibilitará a que venhamos nos livrar dos mais resistentes resquícios da inferioridade, a mesma que alimentamos por séculos de erros e desvios de conduta.

O egoísmo, a vaidade, o orgulho, a dúvida, o medo, são sentimentos comuns ainda em nosso atual estágio evolutivo, e mesmo que através deles não venhamos a cometer graves crimes que firam a legislação humana, a eles nos mantemos presos por transgredirmos as Leis Divinas, ainda que para a sociedade humana sejamos vistos como pessoas de bem.

Entretanto, estes sentimentos, ainda que disfarçados, não deixam de ser fatos geradores para que venhamos a recalcitrar em antigos erros cármicos, realimentando nossa inferioridade, e mesmo que não venhamos prejudicar diretamente a ninguém, permanecemos estacionários, porque são eles que nos impedem de agir diretamente em prol do próximo, de pensarmos menos em nós e mais no coletivo, quando preferimos nos manter comodamente em uma posição de neutralidade, para não dizer de nulidade.

Desta forma, o passo inicial para vivenciarmos a Verdade Cristã, não mais nos perdendo nos labirintos de inúmeras equivocadas realidades humanas, está ligado intimamente ao que o Mestre nos ensinou, e que o Espiritismo, como seu Consolador Prometido veio ratificar e ampliar, escolhendo priorizar aquilo que precisamos, como o apóstolo nos ensinou, o que nos convém, e não, o que desejamos por mais que nos seja permitido, focando nossa vontade, não mais justificando nossas equivocadas escolhas, não mais criando subterfúgios ou fatores condicionantes que visem adiar nossas escolhas e atitudes no bem.

Estudar o Cristo, enxergar o Mestre nos conceitos que Ele deixou para nós, valorizando sentimentos como o amor, a humidade, a caridade, a tolerância, a coragem, e tudo o que de mais valioso pudermos fazer nascer dentro de nós, gerando a empatia, conhecendo melhor o nosso irmão do caminho, e assim como também a nós mesmos, em uma análise profunda do que fomos, do que somos, e de tudo, sem exceção, que precisaremos mudar e transformar para que venhamos a ser, de fato, um tarefeiro do bem.

Na essência, é finalmente vivenciar a Lei Cristã que recomenda amar ao próximo como a nós mesmos, e a Deus sobre todas as coisas!

 

Que assim seja!