quarta-feira, 27 de abril de 2016

Para quem se considera do bem...




Para quem se considera do bem, e, de fato busca justiça, a necessidade maior hoje é orar a Deus e aos bons espíritos para sempre se manter equilibrado, coerente, manso, pacífico, para procurar entender ao próximo, compreender suas necessidades e prioridades, seus anseios, as razões de os levar a proceder de forma contrária à nossa forma de pensar, e até mesmo, o porque de muitos serem intolerantes, traiçoeiros, negligentes, agressivos, maldosos, invejosos, e tantas outras imperfeições que geram conflitos, inimizades, dolorosos processos obsessivos, onde a falta de humildade, de tolerância, de respeito, de amor, criam situações de embate, de inimizade, tornando adversários onde, pela lógica cristã do amor, só deveriam existir irmãos.



Se lutarmos diariamente e arduamente contra nossas próprias imperfeições para conquistar a paz interior, mesmo que tentem nos atrair para conflitos, para querelas de todos os tipos, mesmo que as provocações e influências daqueles que ainda preferem estacionar nos sentimentos inferiores sejam continuas e pesadas, teremos condições básicas de manter o nosso equilíbrio, não rebaixando nosso proceder ao mesmo nível daquele que de alguma forma tenta nos desestabilizar, nos agredir, conseguindo nos manter senhores de nossa razão, independente se a tenhamos ou não, pois, todos nós estamos sujeitos ao erro, ao equivoco, nos tornando, por vezes, mesmo que não intencionalmente, os causadores de uma situação onde traga prejuízo físico ou emocional ao próximo.



Assim, se basearmos nossa conduta diária nos ensinamentos e exemplos cristãos, se buscarmos trazer os preceitos da Doutrina Espírita para o nosso dia a dia, compreenderemos que ninguém está isento da possibilidade de vir a ferir ao próximo, ainda mais quando nossas escolhas e decisões venham a se contrapor aos seus desejos e necessidades, o que teremos à nosso favor é a paz de consciência, porque estaremos agindo de forma sincera e honesta, com a intenção de acertar, de progredir, de conquistarmos nossos objetivos e defender nossos ideais, sem que para isso venhamos a desrespeitar, ignorar, denegrir, prejudicar, de forma ostensiva e voluntária a nenhum de nossos companheiros de jornada.



Pela lei da reencarnação, da causa e efeito, sabedores somos que muito já erramos e que ainda muito nos falta para acertar, que se ferimos, um dia já fomos feridos, e ainda com a possibilidade de voltarmos a ferir e sermos feridos, cabendo a cada um de nós lutar para não mais voltar a falir, tendo a concepção do perdão e do reconhecimento das próprias faltas como fator constante em nossa senda evolutiva, até que tenhamos pleno domínio sobre nossas emoções, até que tenhamos transformado todos os sentimentos e desejos negativos em fonte realizadora e cristalina do bem, do puro amor, objetivo maior de todos nós, ainda que a maioria persista em negar e adiar esta benéfica imposição evolutiva de nossa natureza eterna.



Dentro desta nossa necessidade íntima de evolução e transformação, desta proposta efetiva que hora determinamos para nós de renovarmos nossa concepção de vida, uma das principais ferramentas que temos a nossa disposição é a oração, é o canal aberto de comunicação com as forças positivas que nos rodeiam e que interagem com nosso plano físico, amigos e benfeitores que trabalham incessantemente para o melhoramento efetivo de nosso mundo, sem se prenderem a questões partidárias, sem privilégios a grupos ou a castas, mas a favor de toda humanidade terrestre, agindo continuamente para o despertar da consciência individual e coletiva, levando o incentivo e a orientação para que prevaleça o amor, a paz, o bem, em todas as circunstâncias, procurando tirar o melhor de cada situação, mesmo as mais dolorosas criadas pelo homem, trabalhando com paciência, com equilíbrio, com a certeza que o bem ao final triunfará, ainda que muitos cheguem até ele só através da dor e do sofrimento, gerado e criado por suas próprias equivocadas escolhas e nefastas ações.



O adiamento de nossa transformação só nos arrastará a novos equívocos, a ter que dispor de uma parcela maior de energia e de tempo em corrigir e resgatar, em vez de estarmos produzindo e avançando. Desta forma, precisamos estar sempre vigilantes não só para nossas ações e nossas escolhas, mas, também, e, principalmente, as nossas reações, a forma pela qual suportamos e superamos os ataques das forças inferiores que ainda formam boa arte da atmosfera de nosso globo, ataques estes que podem surgir de onde menos esperarmos, até mesmo daqueles os quais mais confiávamos e mais esperávamos cumplicidade, arrimo e proteção.



Quem traz o amor em seu coração e sua elevação como meta não se deixa arrastar pelas influências negativas, sabe perdoar, sabe relevar, sabe se defender sem precisar revidar com a mesma intensidade e a mesma intenção ao mal que recebe, tendo em mente o tempo todo, sua necessidade e principal prioridade, agindo de forma disciplinada, não se deixando abater, não correndo o risco de recalcitrar, caminhando resoluto para seu ideal maior, sua transformação espiritual para o bem.           



quarta-feira, 20 de abril de 2016

Só um recado, uma simples sugestão...





Está na hora de contrapormos uma nova conduta frente aos desregramentos que recentemente tomaram de assalto a nossa sociedade, onde o desrespeito, a ofensa pessoal, a calúnia, o preconceito, entre tantos outros abusos incompreensíveis, se tornaram situações naturais e corriqueiras.


Precisamos agir, ou melhor, reagir, não com medidas punitivas ou moralistas, mas educativas e moralizadoras, enaltecendo o amor, o respeito, reapresentando ao jovem de forma clara e cristalina, os conceitos cristãos, vencendo esta corrente positivista que volta a ameaçar a nossa sociedade quando como o foi na época de Kardec, onde os avanços tecnológicos e da ciência, aliados ao consumismo exacerbado, fazem com que valores éticos e morais venham a ser desprezados e muitas vezes ridicularizados, onde os próprios pais incentivam a seus filhos a serem “modernos”, não os coibindo, não os educando, deixando que seus instintos prevaleçam, crescendo sem freios, sem responsabilidades maiores, vindo a se atrapalharem e se desajustarem quando as consequências naturais de seus atos equivocados começam a surgir, perdendo muitos eles a noção do certo e do errado, se marginalizando, se entregando à um mundo onde o erro e as influências inferiores o dominarão e os afastarão do verdadeiro ideal evolutivo que trazemos conosco quando da reencarnação.



Aqueles que lutam pela conscientização dos conceitos cristãos, como nós, os espíritas, precisam levantar mais alto a bandeira que defendem e se esforçar mais para se fazer ouvir, não só nos resguardando nas paredes dos nossos centros e de congressos, não mais espíritas falando para espíritas, mas sim, levando os conceitos que formam a nossa doutrina, todos eles baseados na mais pura moral cristã, para a sociedade onde vivemos, apresentando um outro roteiro de vida, principalmente para os jovens, oferecendo-lhes um no conceito, uma nova forma de alcançarem o sucesso, que vai muito além das meras conquistas materiais, mostrando que a verdadeira felicidade está na solidariedade, na sinceridade de sentimentos, na amizade, no amor, na lealdade, na ética, na valorização do sexo, dos relacionamentos íntimos, da educação dos filhos, do lazer sadio, da humildade nas ações e desejos, na simplicidade do Cristo.



Precisamos tomar as nossas crianças no colo e “ganhar” nosso tempo, apresentando a elas um novo mundo, um mundo de amor, de paz, de respeito, para que elas vejam no próximo o que, de fato, eles são, irmãos, companheiros de jornada, e não inimigos ou adversários a ser batidos e vencidos.



Precisamos acabar com o “vale tudo” da vida, onde o mais forte se sobrepõe ao mais fraco e o domina, precisamos fazer como o mais forte dos seres que já passou entre nós fez, precisamos fazer como Jesus, respeitando e acatando a Lei, a mais simples Lei, a única que Ele determinou para nossa vitória no plano físico, a de amar a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a nós mesmos, sim, precisamos só isso, apenas disso, AMAR!      

   

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Todos somos espíritos...



As semelhanças entre pais e filhos precisam ser analisadas levando-se em conta dois fatores, o físico e o espiritual.



A hereditariedade entre pais e filhos, ou seja, aquilo que os filhos herdam dos seus pais, se restringe unicamente aos fatores biológicos, sendo os fatores emocionais e as características de personalidade, condicionados a história cármica de cada um, de suas próprias conquistas, daquilo que agregou para si no decorrer de sua jornada evolutiva.



Conclui-se, então, que as semelhanças físicas são originárias da genética, dos genes que os pais passam aos filhos quando de sua concepção e formação, enquanto que as semelhanças de personalidade, de caráter, são originárias da afinidade de gostos, da simpatia, do amor, da sintonia de sentimentos que já os uniam antes mesmo de reencarnarem.



Assim, se explica as diferenças de tendências que muitas vezes acompanham pais e filhos, independente do ambiente onde vivem, de sua classe social, e mesmo de suas características de personalidade, onde vemos muitas vezes nascer em famílias onde impere a criminalidade e a agressividade, crianças de boa índole, carinhosas, gentis, doces, mesmo quando seus pais sejam dominados por paixões degradantes e maus instintos, da mesma forma que em lares onde impere a bondade, o sentimento cristão, a caridade, vemos nascer crianças de instintos vis, de tal inferioridade de intenções, que por mais que sejam educadas, tratadas com respeito, amor e carinho, por mais que tenham exemplos nobres e edificantes, acabam por desvirtuar o que receberam, escolhendo para si o caminho do mal e do erro.



Não há dúvida que seremos sempre os responsáveis por nossas escolhas e ações, independente do meio onde formos criados, mas também sabemos que o ambiente, a educação dos pais, as influências de familiares e amigos, serão sempre de fundamental importância para a formação do caráter da criança e do jovem, quando podem vir a ser prejudicados por excessos de todos os tipos por parte de quem deveria educa-los e auxilia-los em sua formação, tanto por parte daqueles que os abandonam aos seus próprios instintos, sem cuida-los e sem se preocuparem com sua educação, como por aqueles que exageram no amor, no cuidado, na proteção, impedindo que o jovem venha aprender a caminhar sozinho, a se defender, e a tomar suas próprias decisões quanto ao seu presente e o seu futuro.



Todos somos espíritos que já viveram inúmeras existências físicas e espirituais, já possuímos em nós uma personalidade viva e atuante, com características marcantes e soberanas, oriunda de nossas escolhas e atitudes, porém, ao retornarmos ao plano físico, recebemos por acréscimo da bondade divina, o véu temporário do esquecimento, que nos possibilita recomeçar da estaca zero uma nova experiência, deixando para trás erros aos quais poderiam nos prejudicar e nos limitar em nossas ações, trazendo intuitivamente os pendores de nossas conquistas, daquilo que já agregamos à nossa personalidade eterna, fazendo com que tenhamos novas chances de aprendizado, frente a pessoas e situações que no passado já possam ter nos induzido ao erro, ou a decisões equivocadas que nos fizeram desviar do caminho que nos levaria a ascensão como individualidade espiritual.



Por este motivo, a fase da infância e da adolescência é de fundamental importância para o êxito desta nova oportunidade no plano físico, quando nossa plena razão ainda se encontra em fase de adaptação ao novo plano, ao recomeço, nos deixando mais maleáveis, mais abertos a influências oriundas do ambiente e das pessoas à nossa volta, o que mostra o grau de responsabilidade dos pais, dos educadores, dos que tem como missão cuidar do crescimento daqueles que estão sob sua tutela, onde tudo que de positivo, de produtivo, que conseguirem incutir na personalidade deles, será de fundamental importância para que estejam mais fortes quando assumirem, em toda plenitude, a personalidade que trazem consigo desde outras existências, podendo assim mais facilmente virem à se subtrair da negatividade que ameace aflorar de seus íntimos, suplantando-a com o bem e com a positividade de intenções que receberam como estimulo e guia por parte daqueles que os criaram.



Da mesma forma, o desleixo, a irresponsabilidade, os desvios de conduta, motivados pela vaidade, pelo egoísmo, pelo orgulho, com que os responsáveis tenham criado seus tutelados, poderão fazer com que eles venham a suprimir as tendências positivas que traziam consigo, esquecendo dos nobres objetivos a que desejavam se entregar quando reencarnaram, vindo mais uma vez a falir, entregando-se ao erro, aos instintos e sentimentos inferiores que ainda mal dominados traziam dentro de si.



Fica claro desta forma a corresponsabilidade dos pais e dos responsáveis pela formação educacional das crianças e dos jovens, por tudo de positivo e de negativo que tenha tido origem quando do período de sua educação, o que não significa que estes estejam isentos de culpa por terem se deixado levar pelo erro e pelo mal, tendo à seu favor apenas fatores atenuantes para sua conduta, já que, pela capacidade de resistência que todos temos, e pelo poder de escolha a nós auferido, em qualquer circunstância, sob qualquer influência, poderemos sempre resistir aos chamados do mal e preferir, mesmo que no sofrimento, a direção que nos levará a futuras e permanentes conquistas evolutivas.




Sejamos assim bons pais, bons filhos, bons irmãos, bons amigos, bons professores, bons assistentes sociais, bons educadores, cientes que ser bom, necessariamente, precisa ser ou possuir, na essência, o sentimento cristão, levados em nossas ações pela paz, pela caridade, pela humildade, pelo discernimento, pela paciência, pela tolerância, pelo respeito, pela disciplina, pelo amor que ele representa, onde aprendemos a doar o nosso melhor sem nada esperar em troca, cientes que o resultado das nossas ações não nos pertence, mas sim ao Pai, nos preocupando em ser meros instrumentos do bem, dentro de nossas próprias limitações, conscientes que também nós precisamos de mentores amorosos a nos guiar, a nos orientar, a nos proteger, afinal, devido ao grau no qual se encontra o nosso mundo, somos todos ainda meros infantes frente as infinitas possibilidades de estudo e de trabalho que nos aguardam, o que nos motiva a ser, então, bons alunos, ensinando a quem podemos, e buscando aprender com aqueles que, no bem, estão sempre prontos a nos ensinar.    

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Vigilância...





Preocupados com a nossa transformação espiritual, quando encarnados, após já termos adquirido os conhecimentos básicos que a Doutrina Espírita nos oferece, podemos nós, aspirantes a tarefeiros do Espiritismo, ao analisarmos, com equilíbrio, com serenidade, com seriedade, com discernimento, nossa personalidade, nossos anseios íntimos, nossas necessidades, nossas prioridades, nossos objetivos, nossas dificuldades, às situações que criamos ou que venham surgir de forma inesperada, vindo a alterar de modo significativo o rumo que vínhamos dando a nossa existência, quais são, genericamente, nossos compromissos cármicos, aqueles que trouxemos de outras vidas, aquilo que precisamos aprender, realizar, promover, alcançar, sofrer, corrigir, resgatar, modificar, vivenciar, provar, nesta nova oportunidade que no corpo físico, na matéria.



Ter a acuidade de perceber e separar o que geramos e criamos por impulso, por ações originárias unicamente do nosso presente, daquilo que já trazemos conosco em nossa bagagem de outras experiências reencarnatórias, aquilo que precisa ser lapidado, testado, conquistado, providenciado.



Os desejos íntimos, os medos, as tendências inferiores e de realização positiva, os gostos, as preferências, tudo que possa de certa forma nos esclarecer, senão, totalmente, pelo menos ao ponto de nos orientar e direcionar quais devam ser, de fato, nossas necessidades e prioridades, para que assim não venhamos a correr o risco de novamente, como invariavelmente vem acontecendo, virmos a nos desviar da rota que nós mesmos podemos ter traçado, ou nossos benfeitores espirituais quando da nossa incapacidade, antes de reencarnarmos, vindo a desperdiçar assim, mais uma vez, nosso tempo, nossas energias, o aval de nossos protetores espirituais, que acreditaram, assim como nós, que desta vez não nos deixaríamos enredar pelas nossas próprias imperfeições, para que não retornemos a pátria espiritual, novamente carregados de nossa negatividade, ou ainda mais presos a ela, devido a possibilidade de nossa inconstância vir a gerar ainda mais pesados débitos.



Inúmeros são agentes norteadores que trazemos conosco sobre nossas necessidades cármicas, auxiliando-nos para que possamos detectá-las e estudá-las, quando aprendemos a ver quais são as nossas maiores dificuldades, as nossas maiores deficiências, não só físicas, como mentais, sentimentais, espirituais, onde várias são as vezes onde nos vemos em dificuldades ou para elas somos arrastados, sem que nada aparentemente tenhamos feitos para tal, situações onde independe a nossa vontade e a nossa ação, mas que se tornam rotineiras, nos exigindo uma dose maior de energia, de tempo, de reações imediatas, fazendo com que venhamos a ser testados, postos a prova, mexendo com nosso íntimo, nos levando a escolhas que passam a ser decisivas para nosso avanço ou nossa estagnação durante mais esta existência terrestre.



Tentações, sucessos, fracassos, tristezas, alegrias, ganhos, perdas, provocações, tudo pode vir contra as nossas maiores deficiências, as nossas maiores dificuldades íntimas relativas a nossa renovação espiritual, onde muito delas, prazerosas, ilusórias, passam a ser as mais difíceis de ser suportadas, vivenciadas e superadas, tal o grau de influência que possuem ainda na nossa personalidade, precisando de pouco, por vezes de uma única interação para que venhamos a nos enredar novamente em nossos erros e voltar a falir.



Mesmo após anos de estudo e de trabalho na seara espírita, por exemplo, se temos dificuldade de conviver com nossa impetuosidade, com nossa impaciência, se nossa personalidade já traz em si estes sentimentos em desequilíbrio, poderemos em um simples encontro fortuito, onde surja uma rusga, uma provocação, uma ofensa, como em um desentendimento no trânsito, algo tão comum hoje em dia, nos descontrolar ao ponto de agredirmos ou virmos a ser agredidos mortalmente por nosso opositor, dando uma guinada intensa em nossa existência, seja qual for a nossa posição no conflito, gerando repercussões tais que não afetaremos apenas a nós mesmos e a nossa jornada evolutiva, mas a de todos entes que de nós são dependentes, ou que deles dependamos, assim como também os do agressor, gerando uma modificação significativa na expectativa de sucesso de vários planejamentos reencarnatórios.



Um simples ato, uma simples escolha, uma simples reação indevida, um minuto, um segundo de descuido, de invigilância, em um único exemplo entre vários de situações onde seremos postos a prova sobre nossas tendências inferiores, nossas dificuldades, com aquilo que trazemos de negativo originários da formação de nossa personalidade eterna até os dias de hoje.



Analisando com desvelo e seriedade nossa personalidade, aprendemos a ver e detectar quais são os nossos desvios de personalidade e sentimentos que mais temos dificuldade de renovar e transformar para o bem, desde que este seja o nosso objetivo, desde que não sejamos conformados que “somos assim mesmos”, “que nascemos assim”, “que nosso pai ou nossa mãe era assim”, posturas cômodas e adequadas quando preferimos nos manter exatamente como somos, tirando partido ou nos entregando indevidamente as imperfeições que ainda alimentamos dentro de nós, que de um modo ou de outro acabam por nos fazer desviar ainda mais de nossos objetivos maiores, quando focados estivermos em nossa ascensão espiritual.



Como já dissemos impaciência, intolerância, assim como também a inveja, a cobiça, a sensualidade deseducada, o orgulho, a vaidade, a preguiça, o medo, a dúvida, a entrega a vícios, o preconceito, são alguns dos sentimentos e deles decorrentes situações, que nos mostram quais são as nossas tendências íntimas, aquilo que trazemos enraizado a nossa personalidade e que serviram de pedra de toque para anteriores fracassos em outras existências, que nos impossibilitaram de mais altos voos, de almejarmos a mais importantes e valorosos desafios, preocupados apenas com aquilo que por vezes muito nos representa, mas que na verdade nada ou quase nada nos acrescenta como individualidade eterna.



O combate as nossas tendências inferiores, as nossas paixões degradantes, aos mais simples sentimentos negativos que nos atrapalham a ascensão, deve ser, se essa é a nossa sincera intenção, de forma gradativa, mas contínua, exigindo disciplina, estudo, trabalho, detectando quais são nossas maiores dificuldades e sobre elas agindo para que não mais venham a nos atrapalhar em nossos objetivos maiores, vigiando nossos atos, nossas palavras, nossos pensamentos, sempre sobrepondo um sentimento e um desejo positivo quando ameaçados formos pelo nosso passado, por aquilo que trazemos conosco em nosso íntimo, não se preocupando em eliminar, mas sim em transformar, modificando toda energia que trazemos em nós, assim não a desperdiçando ou a tolhendo, mas a direcionando com toda sua força para a positividade de ações e reações que nos levarão definitivamente a avançar e a superar este estágio no qual a renovação se faz presente e necessária.



O erro ainda se fará presente por inúmeras vezes no decorrer da nossa jornada, pois quem trabalha, que age, quem busca novos horizontes, quem estuda, estará sempre propenso a falhar, a não conseguir atingir plenamente aos seus objetivos, porém o que vale, e o que devemos manter sempre acesa, é a nossa intenção, aquilo que nos motiva a vencer, a realizar, e essa intenção sempre que baseada no bem, no amor, nos exemplos cristãos, nos fará avançar, aprendendo com os fracassos a melhor forma de continuar a atingir aos nossos sucessos.



Quando no bem, teremos à nossa volta, em uma simbiose constante de energias, os nossos protetores e amigos espirituais, da mesma forma que a eles se agregarão os amigos daqueles a quem viermos beneficiar, aumentando a força realizadora, a rede de proteção contra as influências inferiores, tanto as que trazemos ainda dentro de nós, como aquelas oriundas dos que ainda tentam nos prejudicar ou aliciar para seus desatinos, muitos inconformados de nos verem finalmente determinados a não mais falir, a vencer dentro dos objetivos maiores da evolução humana.




A cada um será dado segundo suas obras, sejamos então bons e constantes tarefeiros do bem, assim como o fardo a suportar nunca será superior às nossas forças, tratemos então de não mais buscar desculpas e justificativas, e no amor, finalmente e de forma irrevogável, avançar e crescer.