segunda-feira, 26 de outubro de 2015

O que se faz importante salientar...




O planeta Terra, de acordo com os ensinamentos da Doutrina Espírita, classifica-se na escala dos mundos, como um local de resgates e expiações, onde, basicamente, encarnamos para ressarcir nossos débitos com nossos irmãos do caminho, com a sociedade onde vivemos, através da dor e do sofrimento, ou, do sacrifício, da renúncia e do amor, para provarmos a nós mesmos, quando já estamos cientes da nossa necessidade de evolução e transformação, que já dominamos os nossos instintos e tendências inferiores, nossos sentimentos negativos, tendo a certeza, porém, que mesmo que venhamos a sair parcialmente vitoriosos, grande ainda será o cabedal de erros e corrigendas que ainda se fará necessário reparar, até sanarmos tudo que indevidamente acumulamos em nossa jornada cármica no decorrer de inúmeras existências já vividas.



Proporcional as nossas necessidades, das questões específicas programadas quando do nosso retorno ao corpo carnal, serão as condições que iremos enfrentar no decorrer da nossa existência, quando poderemos ter maior ou menor liberdade de ação, de acordo com aquilo que melhor precisarmos para sairmos vitoriosos de nosso intento, tendo amplas oportunidades de execução dos nossos planos, seja com saúde e condições materiais favoráveis, ou nas mais variadas inibições de nosso corpo, como doenças, deficiências físicas ou mentais, além das naturais dificuldades de vida que poderemos vir a ter que viver para o êxito daquilo que temos planejado para nós.



Por este motivo a Terra é para nós, encarnados e desencarnados, uma escola, um grande educandário onde aprenderemos, pelo amor ou pela dor, a burilarmos a nossa individualidade eterna na forja do bem, vindo a ser também preciosa e bendita oficina de trabalho para que possamos, pelo nosso esforço e dedicação, adquirirmos experiência, amadurecendo espiritualmente, podendo vir a colocar em prática tudo aquilo que viermos a aprender com aqueles que, antes de nós, já conseguiram com seu suor e determinação, alcançar patamares evolutivos mais elevados.



Pelas inúmeras diferenças que ainda podemos detectar entre os habitantes de nosso planeta, tanto no que se refere a intelectualidade como a moralidade, vendo inclusive que muitos ainda muito se aproximam dos instintos inferiores animalizados, tal o desprezo com o qual tratam os demais companheiros de jornada, entregues unicamente aos desejos materiais e carnais, podemos avaliar que muito ainda teremos a percorrer para que o bem, em sua essência, venha a ser fator preponderante em nosso planeta, o que fará com que ele venha também a alcançar um maior patamar, vindo a alcançar o status de regeneração, onde todos já estarão envolvidos diretamente com suas necessidades de renovação íntima, já não mais valorizando o mal e as suas variantes.



O que se faz importante salientar que, apesar de termos muitas raças em nosso planeta que beiram o primitivismo, ainda vivendo suas culturas milenares, isso não faz de seus integrantes espíritos atrasados, sendo inclusive muitos deles, reencarnações de seres que viveram nas mais modernas sociedades europeias, como aconteceu e muito, por exemplo, no período de escravidão no Brasil, onde muitos senhores e feitores, retornaram vestidos de escravos e índios, para resgatarem seus débitos com estas raças, fora os que assim também tinham como resgate ou missão, dos seus períodos mais antigos, como quando os romanos ou egípcios também angariaram seus débitos, pela cruel escravidão de seus companheiros de jornada menos felizes.



Assim, desde todos os tempos, tivemos entre os povos “selvagens”, irmãos do caminho com maior grau de bondade e moralidade que muitos dos ditos “civilizados”, demonstrando que são inúmeras as possibilidades que temos em nosso planeta de evolução, fazendo-nos crer que ela pode vir a acontecer independente do nosso estado físico, da localidade onde vivemos, e precisamos convir que para nós, como encarnados ou desencarnados, será sempre muito mais fácil virmos a avançar intelectualmente e culturalmente, que exige basicamente esforço e dedicação no estudo, do que moralmente e espiritualmente, que exige de nós o desejo sincero de abdicar dos vícios, das paixões, das alegrias fugazes, baseadas unicamente na carne e na matéria.



Sem dúvida, será muito mais fácil para uma criança que nascer em uma tribo ser trazida para a civilização e aprender seus costumes e suas prioridades, do que um espírito ainda preso a inferioridade de sentimentos nascido em um berço de ouro, vir a aprender a ser leal, sincero, caridoso, justo, como vemos ser inúmeros “selvagens” nascidos em nações indígenas.



Civilização moderna não implica certificado de evolução espiritual, temos visto inúmeras nações, principalmente as dominadas pelo fanatismo religioso que, mesmo tendo o que de mais moderno possa existir em termos científicos e tecnológicos, ainda alimentam de forma acerbada e grotesca, o ódio, o preconceito, o separatismo e a segregação.



Assim, para que venhamos a progredir como coletividade, como planeta, necessária e essencial se faz a elevação individual, íntima, fazendo com que numericamente o bem também venha a ser preponderante, já que ele o é e sempre o será em força, em capacidade realizadora, quando na união das intenções, não mais serão aqueles que praticam o bem e que são caridosos que precisarão, como hoje acontece, se envergonhar ou se sentirem menosprezados e ignorados, mas sim, aqueles que ainda persistirem em valorizar o mal, o erro, as paixões degradantes, os sentimentos inferiores, como a inveja, o egoísmo, a prepotência, o ódio, o preconceito, o orgulho.



Como guia seguro e maior para tal, para que venhamos a encetar de forma íntima e definitiva nossa renovação para o bem, temos Nosso Amado Mestre Jesus, através de seus ensinamentos e exemplos, nos deixando claro que só através do amor, da caridade, da bondade, da paciência, da tolerância, do respeito, seremos capazes de vencer a inferioridade que alimentamos por séculos, vindo a nos fortalecer ainda mais através do estudo da Doutrina Espírita, que veio nos esclarecer definitivamente quanto ao nosso destino, quanto a compreensão das diferenças evolutivas que nos caracterizam, fazendo-nos ver que todos estamos em idênticas condições de lutar e vencer, cabendo a cada um ter a coragem e a disciplina para enfrentar seus desafios e avançar.



Se hoje nosso planeta e nós, como individualidades, enfrentamos um momento difícil, onde imperam a violência e o mal, vivemos nada mais que as consequências do que plantamos e geramos por séculos de iniquidades e crimes, onde insistimos em valorizar o erro, a negatividade de sentimentos e ações, cabendo-nos agora, também de forma individual e coletiva, o dever de nos agregarmos em busca de um objetivo maior, o da transformação, voltando a valorizar conceitos como a ética, a lealdade, a sinceridade, agora, definitivamente baseados e alicerçados no amor mais puro, na essência do bem representada pelos mais nobres conceitos cristãos.




A luta é incessante e contínua, porém, cada um de nós precisa fazer a sua parte, influenciando de forma positiva o meio onde vive, combatendo de forma sistemática o negativismo que paira sobre nossa sociedade, alimentando a congregação de ideias no bem, vencendo pela paciência e pelo amor a onda preconceituosa e intolerante que ronda a atmosfera do nosso planeta, talvez os últimos e desesperados esgares do mal, daqueles que insistem em alimenta-lo e representa-lo, já que inevitável se faz a sua derrota, quando a nossa amada Terra ocupará seu lugar de destaque na imensidão universal divina, já tendo bem alta e altaneira bandeira da paz e do amor a guia-la e representa-la.                     

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Não julgar para não ser julgado...




Estamos, agora que iniciamos a dar os primeiros passos como trabalhadores cristãos, como tarefeiros espíritas, propensos a auxiliar aos nossos irmãos do caminho nas dificuldades que enfrentam, confiantes que algo nós poderemos fazer para melhorar suas situações, suas condições, sejam seus problemas de ordem material, física ou espiritual.
Sinceros somos nós, na vontade e no desejo de servir, ávidos em provar para nós mesmos que conseguimos algo assimilar dos ensinamentos cristãos, dos preceitos que forma a Doutrina Espírita, e que caracterizam a personalidade de um homem de bem.



Infelizmente, porém, ainda não estamos totalmente desvinculados do nosso passado culposo, dos nossos sentimentos negativos, dos vícios de personalidade que até recente era priorizados em nossas escolhas e ações, o que faz com que nos sintamos ainda influenciados, nos detalhes, na rotina diária de nossa nova existência, de nossas novas aspirações, pelos resquícios do orgulho, do egoísmo, da vaidade, do ciúme, da impaciência, que alimentamos por longo tempo de nossa jornada evolutiva, o que ao final pode levar com que equivocadamente venhamos a nos sentir, em nossa nova posição, em nossa ainda recente renovada postura, em condições de julgar ao nosso próximo, nos colocando indevidamente como censores, como juízes, daqueles que ainda não enxergam a necessidade íntima de transformação mudança.



Tanto nas tarefas do nosso dia a dia, como nas pertencentes as lides doutrinárias, até bem pouco tempo, e ainda não totalmente livres de ser, éramos nós os párias, os que só se preocupavam com o próprio bem estar, os que buscavam alimentar seus vícios e suas paixões degradantes, pouco nos importando com as verdades espirituais, em encontrar o equilíbrio nas tarefas do bem, em estudar e trabalhar objetivando não só a nossa satisfação pessoal, mas no melhoramento das condições de nossos irmãos do caminho e da sociedade onde estamos inseridos.



Desta forma, nada justifica que pelo fato de finalmente termos algo despertado para as nossas responsabilidades e compromissos individuais frente ao todo, que passemos de forma equivocada e totalmente baseada no orgulho e na vaidade, a censurar, a julgar, a exigir, que os nossos companheiros de jornada também venham a compactuar com nossas novas ideias, com o nosso renovado ideal, ainda mais porque este, o ideal cristão, se baseia, exatamente, na tolerância, na simplicidade, na humildade, na caridade, na paz, componentes sagrados que unidos nos levam ao Amor vivenciado e exemplificado pelo Cristo, e que nos serve de farol a iluminar o longo caminho que ainda precisamos percorrer para chegar ao seu estágio de conhecimento e perfeição.



Desta forma, quando passamos a compreender a necessidade de aceitar e respeitar o estágio espiritual que cada um dos nossos irmãos se encontra, assim como nossos mentores e benfeitores maiores respeitam em sua totalidade a posição na qual nós mesmos nos encontramos, passaremos a ver todos àqueles com quem viermos a conviver, sejam eles próximos ou não, como companheiros de jornada que merecem o nosso máximo respeito e consideração, tudo fazendo no intuito de auxilia-los, mas sem violentar o direito que ele possuem, assim como nós também, de escolher e decidir os seus próprios destinos, com o livre arbítrio o qual Deus a todos nós concedeu.



Com essa visão alcançada neste nosso processo de renovação espiritual, aprenderemos também, dentro das efetivas tarefas nas lides doutrinárias do Espiritismo, a enxergar nos irmãos enredados em processos obsessivos, não mais vítimas ou algozes, não mais perseguidores ou perseguidos, mas sim, companheiros enfermos que precisam de um auxílio prático e efetivo para que venham a compreender melhor a situação na qual se encontram, e qual o melhor meio para que dela venham a se libertar, tendo o mesmo carinho, o mesmo respeito, o mesmo amor, por todos os envolvidos, principalmente, porque não temos plena percepção de compreensão sobre todos os fatos relacionados as pendências que os prendem e os unem, não cabendo a nós, desta forma, a posição de advogados ou juízes, mas, simplesmente, de cooperadores do que visam a felicidade e o bem estar de todos, sem distinção, sem parcialidades, como Jesus o fez com todos que com Ele conviveram em sua passagem pela Terra.



Assim o espírita, o cristão, não só nas lides efetivas da Doutrina, mas também em todas as situações de sua vida diária, precisa ter sempre como prioridade máxima servir e não julgar, não mais alimentando o hábito arraigado em nós de buscarmos em todas as situações a rotulagem dos envolvidos, tentando estabelecer as vítimas, e, principalmente, os culpados, mas sim, disciplinando a mente para vermos a todos, sem exceção, como enfermos, como irmãos que precisam de auxílio, tal qual é a nossa posição em relação aos nossos mentores maiores, que nunca se colocam frente a nós como censores ou juízes, por mais graves tenham sido nossas faltas e deslizes, mas sim, como amorosos e justos pais e amigos que sabem que dentro de nós viva está a chama do amor que o Pai Maior nos concedeu quando de nossa criação, agindo assim sempre no sentido de nos orientar e nos auxiliar a, pelo nosso próprio esforço, encontrarmos de forma definitiva o caminho que nos levará a elevação.




Não julgar para não ser julgado, amar ao próximo como a si mesmo, fora da caridade não há salvação, são todos roteiros seguros para que não venhamos a nos desviar do mais puro sentimento cristão que deve nortear nossa existência, sabedores que em nenhum momento deveremos compactuar com o mal, com o erro, mas que também não cabe a nós o direito de julgar ou condenar a ninguém, ainda mais pela consciência da lei da reencarnação, que nos coloca a todos em pé de igualdade, porque através das infinitas possibilidades nas quais já tivemos de acertar e de errar, como Jesus tão bem salientou, nenhum de nós está em condições, por mínimas que sejam, e sob nenhuma circunstância, de atirar a primeira pedra.

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

A fé é uma poderosa aliada...

Dentro do egoísmo que ainda exerce grande influência sobre nós, não conseguimos ainda compreender ou aceitar a nossa dor, o nosso sofrimento, o nosso fracasso, ainda mais quando nos deixamos levar pela revolta ou pelo ciúme, ao vermos irmãos do caminho em melhores situações que a nossa, com mais facilidades, quando, indevidamente, os consideramos privilegiados, pessoas de “sorte”, sem compreender que também eles deverão ter seus problemas, suas aflições, talvez até mesmo maiores que as nossas, mas que ao contrário de nós, as suportam e as superam com humildade, com coragem, com resignação, de forma equilibrada e coerente.



Aceitar passivamente uma situação, ao contrário que muita gente pensa, não é necessariamente, conformismo ou comodismo, e sim, ter a paz de espírito necessária para compreender que as dificuldades existem, as limitações, os momentos adversos, os fracassos, as perdas, oriundas de nossas ações ou de circunstâncias da vida, e que para enfrenta-las e supera-las, mais difícil se tornará se nos deixarmos levar pela revolta, pelo medo, pela dúvida, pelo desânimo, pelo desespero, ou por qualquer outro sentimento castrador e limitante, que impeçam de virmos a ter a percepção que todo mal é passageiro, e que dependerá sempre de nós buscarmos as soluções, as saídas, as realizações necessárias para revertermos a situação adversa.



Muitas dessas dificuldades são oriundas mais da nossa teimosia e inabilidade para percebermos o que, de fato, é melhor para nós, em relação aquilo que tanto ansiamos ou desejamos, como quando, por vezes, objetivamos de forma equivocada e indevida aquilo que não nos pertence e nem deveria pertencer, ou na exigência que uma situação se resolva da forma que achamos ser a ideal, sem entender que a vida não é formada apenas de nossos desejos, ainda mais porque bem pouco é o nosso conhecimento e percepção daquilo que é o melhor, não só para nós, mas, também para as pessoas do nosso convívio e do ambiente onde vivemos.



Paralelamente ao que idealizamos e aspiramos para nós, está aquilo que o próximo também idealiza e aspira para ele, além das nossas necessidades cármicas e as deles, em relação as consequências advindas de nosso passado, situações e prioridades que na maioria das vezes não se coadunam com aquilo que queremos, fazendo com que venhamos a enfrentar resistência e dificuldades inúmeras para que venhamos a efetivar e concretizar os nossos ideais.



Muitas coisas fogem da nossa capacidade de intervenção, estão além da nossa vontade, o que nos exige assim, tolerância e o equilíbrio para nos conformarmos com a situação, mesmo que não concordando, tendo a força íntima não só para aceitar, mas, principalmente, para modificar a situação logo que assim o for permitido, é claro, sem nunca violentar o direito do próximo, ou vindo a assumir atitudes que sejam contra a legislação humana ou divina, dentro dos conceitos do amor e do bem.



Mesmo nas adversidades mais dolorosas, como, por exemplo, na doença grave de um ente querido, ou até mesmo do seu desencarne, precisamos nos manter lúcidos e equilibrados para que tomemos atitudes ou assumamos posturas que venham piorar ainda mais a situação, ou nos impossibilitar de darmos continuidade de forma produtiva e realizadora em nossa existência, aprendendo a assimilar a dor sem nos deixar abater, evitando assim que a revolta, o desânimo, a tristeza, nos impeça de ver que a vida deve prosseguir, por mais que seja difícil aceitarmos a perda, o sofrimento causado pelo que ocorreu de forma alheia a nossa vontade.



A fé é uma poderosa aliada para que venhamos a enfrentar toda e qualquer dificuldade por mais extrema que ela seja, a fé raciocinada, aquela que nos dá a certeza da existência de Deus, de sua infinita bondade, de sua justiça, e do sublime amor que tem por todos nós, por toda sua criação, quando passamos a aceitar que não somos privilegiados, e que as situações que precisarmos enfrentar nada mais são que experiências a nos fortalecer e capacitar para superarmos ainda maiores desafios, sempre visando o nosso melhoramento íntimo, a nossa evolução, como uma forja a nos tornar, a cada dia, mais resistentes e equilibrados.



Devido a inúmeras existências físicas e espirituais, muitas são as situações oriundas de nossas ações pretéritas as quais os reflexos se fazem sentir no presente, assim, maior se faz a necessidade de focarmos sempre nas soluções e nas formas de superar as dificuldades, do que nos prendermos as origens ou na procura de culpados, mesmo que estes existam, porque não sabemos nós também o quanto nossas ações atuais e passadas tenham também de alguma forma prejudicado ou afetado aos nossos irmãos do caminho, com ou sem a nossa intenção.



Nos atentar unicamente em punições, vinganças, desforras, em alimentar o ódio, a inimizade, o desprezo, em nada nos auxiliará na melhoria da nossa situação, na solução de nosso problema, sendo que este, ao contrário, só irá não mais existir, quando o encararmos de frente, com equilíbrio, com serenidade, com a paz espiritual, que não só o dimensiona em sua exata proporção, como nos permite ver, de forma mais clara e objetiva, soluções que a inferioridade de sentimentos muitas vezes não nos permite perceber.



Uma coisa é certa, de fato, qualquer fardo a suportar não será nunca superior as nossas forças, e mesmo nas mais dolorosas e difíceis situações, sempre, quando determinados a supera-las e resolve-las, conseguiremos sair vitoriosos, aumentando o nossa cabedal de experiência, sendo mais felizes ainda quando aprendermos a tirar dessas adversidades preciosas lições, não só para nós, como também quando começarmos a nos preocupar em leva-las ao próximo, espalhando a paz e o amor em nossa jornada.




Assim, nos conformemos com nossas dificuldades, para com segurança e paz vence-las uma a uma, caminhando resoluto para mais altos e sublimes voos, sempre baseando nossas ações e escolhas nas mais sublimes lições cristãs de amor, fraternidade e paz.  

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Nossa responsabilidade, desta forma, é contínua e constante...




Todo auxílio, toda intercessão, todo apoio que recebemos dos nossos benfeitores espirituais visando nosso aperfeiçoamento e a vitória sobre nossa inferioridade cármica, apesar de toda sua importância, de toda sua relevância, funciona apenas como uma assessoria, uma fonte norteadora e geradora de estímulos, para que venhamos a seguir o correto caminho, para que venhamos com o nosso próprio esforço, nossa própria determinação, com nossos próprios recursos íntimos, disciplinarmos nossa conduta, e assim renovarmos, de forma real e sincera, a nossa postura, a nossa forma de agir, de pensar, e principalmente, de sentir.



Toda e qualquer vitória neste sentido, será sempre de nossa responsabilidade, uma conquista individual, e disso temos prova e exemplo, quando encetamos árduas lutas para nos libertarmos de vícios de quaisquer espécies que nos dominam, onde, por mais que venhamos a receber apoio, orientação, conselhos, e até mesmo penosas restrições, só os conseguiremos vence-los e extirpa-los quando, de fato, nos dispusermos a tal, quando partir de nós a decisão definitiva de não mais os alimentarmos, decisão essa que ninguém, sob qualquer circunstância, poderá efetivamente tomar por nós.



Assim também se faz com qualquer conquista de nossa personalidade quando no decorrer de nosso esforço em evoluir como individualidade. Se decidirmos seguir, quando encarnados, a carreira de médico, quando no convívio de familiares amorosos, receberemos todo o apoio moral e material para que venhamos estudar e nos capacitar para assumir tal mister, tendo a oportunidade de contar com o ensino de professores capacitados, de ter o acesso a literatura adequada, assim, como aos exemplos daqueles que já dominam esta prática, vindo, assim, a adquirir plena qualificação para nos tornarmos um bom profissional da área.



Porém, apesar de todo estímulo, de toda ajuda, de todas as ferramentas que dispusemos, só conquistaremos, de fato, o diploma que nos tornará médicos, se nos dedicarmos com afinco e determinação aos estudos, as tarefas que são naturalmente exigidas para que venhamos a adquirir o conhecimento e a experiência necessária para que venhamos a ser bons profissionais, fazendo valer todo o esforço daqueles auxiliaram de diversas formas para o nosso sucesso.



Ao contrário, porém ocorrerá, se apesar de todas as possibilidades e de todo o auxílio que recebemos em nossa preparação, preferirmos dar atenção aqueles que nada mais fazem que desperdiçar tempo e energia com festas, com reuniões sociais, perdendo assim aulas e preciosos ensinamentos, levando o estudo de forma irresponsável e indisciplinada, não conseguindo desta forma, assim, concluí-lo, ou pior, talvez até mesmo conseguindo o diploma, mas sem estar suficientemente apto a assumir as responsabilidades que a profissão exige.



Nossa responsabilidade, desta forma, é contínua e constante, quanto ao sucesso e a conquista daquilo que desejamos para nós, e assim ela permanece mesmo depois de termos adquirido a capacitação teórica, ao darmos início a parte prática de nossos objetivos, como no exemplo acima do médico, que após começar a exercer sua profissão, precisa, quando assim é o seu desejo, se manter focado naquilo que realmente lhe trará a paz e o equilíbrio, definindo as suas prioridades de vida, de acordo com o conhecimento que acumulou para si com seus esforços.



Assim ele precisa aquilatar, não agora como médico, mas como ser humano em processo evolutivo, o quando lhe acrescentará se de sua profissão, fizer apenas uma fonte para gerar riqueza sem a preocupação em fazer dela uma missão, um agente realizador em prol da sociedade onde vive e das pessoas de seu convívio, principalmente, aquelas que poderão vir a se beneficiar de seus atos, de sua suas escolhas, do uso que fizer de seu conhecimento.



De que adiantará seu diploma de médico se o utiliza apenas para alimentar seu egoísmo, sua vaidade, seu orgulho, sua usura, sua cobiça, deixando de beneficiar ao próximo, a coletividade, deixando de dividir e compartilhar os benefícios que recebeu de sua conquista, que, mesmo a maior parte terem sido oriundos de seus próprios esforços, não pode deixar de reconhecer que também muitos os foram graças aqueles que o ajudaram, o aconselharam, o orientaram, o protegeram para que ali estivesse.



A disciplina para a conquista de nossos ideais deve ser constantemente mantida e valorizada, mesmo depois de  tê-los alcançado, pois, ainda que todo conhecimento adquirido seja válido e enobrecedor, precisamos atentar que o mais importante, em qualquer circunstância, será o uso que dele fizermos para nossa existência, e para a sociedade  a qual estivermos inserido.



Assim se faz para todas as nossas metas, os nossos desejos, precisamos não só ansiar pela nossa melhoria material ou intelectual, mas principalmente, e paralelamente, definir quais são nossas prioridades, qual o nosso ideal maior, porque de nada valerá qualquer conquista se dela fizermos uso indevido, ou motivados apenas por paixões degradantes, por sentimentos inferiores, visando apenas o imediatismo mundano.



Também dentro das lides do Espiritismo, importante se faz o estudo, a disciplina, o desejo sincero e real de adquirir conhecimento, de participar de forma efetiva nas tarefas doutrinárias e nos trabalhos assistências em prol dos irmãos mais necessitados e carentes do caminho, porém, nosso esforço maior deverá ser sempre e de forma incondicional, visando a nossa reforma íntima, a nossa renovação e transformação, atentos a nossa forma de agir, de pensar e de sentir, lutando para superar qualquer estímulo íntimo e qualquer desejo que venham a ser contra o ideal cristão que deve nortear nossas escolhas e nossas decisões, buscando tudo que possa vir a acrescentar de forma positiva a nossa vida material e espiritual, tendo a lucidez, o equilíbrio, o discernimento, para viver de forma humilde e simples, sabendo dosar a vida normal que precisamos levar no plano físico, de acordo com aquilo que a sociedade espera de nós, com aquilo que precisamos conquistar como individualidade cósmica, valorizando a postura cristã, vivendo de acordo com seus preceitos, de paz, de respeito, de fraternidade, de tolerância, de perdão e de amor.



Toda e qualquer conquista em termos materiais e intelectuais, todo conhecimento que viermos a adquirir, precisa ser distribuído, ofertado aos nossos irmãos que ainda não o possuem, da mesma forma que outros irmãos do caminho assim conosco o fizeram, tendo a consciência que somos parte integrante de um todo, onde da mesma forma que recebemos também devemos doar, onde da mesma forma que temos amigos e benfeitores a nos proteger, nos orientar e nos auxiliar, também temos que, por nossa vez, levar este mesmo arrimo, este mesmo amor, àqueles que se encontram em condições ainda mais adversas, difíceis e limitadas que a nossa, da mesma forma, que assim deverão agir eles com aqueles que estão a sua retaguarda. 



Dificuldades em nossa existência, enquanto estivermos neste período de renovação, de construção da nossa personalidade eterna no bem, serão normais e constantes, ainda mais que vinculados ainda nos encontramos as imperfeições que acumulamos por séculos de experiências mal sucedidas, assim, ainda será normal que venhamos a enfrentar sentimentos como o medo, a dúvida, a indecisão, a revolta, o desânimo, porém cientes devemos estar sempre que o fardo a carregar nunca será superior as nossas forças, e que temos exemplos de irmãos do caminho que suportaram adversidades muito maiores que as nossas e dignamente as superaram, provando que as nossas vitórias serão sempre e unicamente de nossa inteira responsabilidade, condicionando para tal a nossa força de vontade, a nossa coragem, a nossa determinação, e o desejo sincero de avançar, de encontrar a paz, seguindo aos passos do nosso Exemplo Maior, do nosso Mestre Jesus.

        

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Não importa a cor, o credo, a posição social, a preferência sexual...




Sem julgar e com o máximo respeito que todas as correntes religiosas merecem, mas difícil se torna a compreensão raciocinada de Deus e de nossos objetivos como individualidade, quando permanecemos na visão estreita de que basta que venhamos a participar de rituais e cumprir aquilo que de nós esperam, para que estejamos quites com nossa consciência e, assim, capacitados a crescer conscientes de nossos deveres, de nossas necessidades maiores, da nossa postura frente ao próximo e a sociedade em que vivemos, ainda mais quando se trata de religiões onde se alimenta o preconceito, onde o orgulho de casta, o separatismo, faz com que aquele que nela desenvolva seu crescimento, venha a se considerar superior ou especial, passando a ver aos demais, não como irmãos do caminho, mas como adversários a ser combatidos e vencidos, conceito que vai totalmente contra a pureza existente em qualquer frente religiosa, principalmente, aquelas que se baseiam nos ensinamentos e exemplos do Cristo Jesus.



O egoísmo, a vaidade, o orgulho, e, principalmente, como muito vemos hoje em dia, a ambição, o excessivo valor aos bens materiais, a riqueza, ao poder, as conquistas meramente sociais, devem ser combatidas e expurgadas de todas as religiões que se dizem sérias e objetivam a evolução espiritual de seus adeptos, de seus seguidores, assim como também ao preconceito seja ele de qualquer tipo que for, fazendo com que o Amor, a Caridade, a Paz, sejam os maiores valores a norteá-las, diminuindo o excessivo valor que venham a dar as exterioridades, aos rituais, ao dogmatismo, para que voltem a valorizar a humidade, a pureza de sentimentos, a fraternidade, que devem ser os fatores principais de todos aqueles que buscam a Deus, seja qual for o caminho que venham a escolher.



Se devemos como espíritas, compreender a necessidade maior de reviver o sentimento cristão em sua essência, agregando-o aos novos conhecimentos que a Doutrina veio nos trazer como ciência, como filosofia, precisamos também estar atentos ao combate pacífico mais necessário, aos exageros que outras frentes religiosas fazem quanto a “moralidade” que tentam impor, fazendo com que muitos irmãos do caminho venham a se afastar de Deus, do amor que deveria os unir, por não mais aceitarem que os que dizem ser seus representantes venham a querer impor regras de conduta, de postura, quando assumem mais a posição de juízes e de inquisidores, do que de mentores, de orientadores, agindo de forma arbitrária, discriminatória, preconceituosa, se preocupando mais com aparências do que com sentimentos, fazendo com que a pureza das intenções de todas as religiões, principalmente as cristãs, se perca ao meio de dogmas e regras já ultrapassadas, e que pouco fazem para, de fato, nos levar a necessária transformação íntima para o bem.



Não importa a cor, o credo, a posição social, a preferência sexual, na definição do que somos e do que estamos fazendo para evoluirmos como individualidade, para virmos a nos transformar para o bem, para conquistar o equilíbrio íntimo, a paz espiritual.



Não devemos viver preocupados em conquistar uma posição de destaque ou de felicidade em um pretenso céu de louvores, nos escondendo atrás de igrejas ou altares, de centros ou sinagogas, de padres ou pastores, de médiuns ou rabinos, precisamos agir de conformidade com nossa consciência, onde está gravado o verdadeiro caminho a seguir, tendo como exemplo maior o Nosso Mestre Jesus, direcionando-nos para uma existência simples, humildade, valorosa, honesta, caridosa, fraterna, participativa, amorosa, sejamos nós ricos, pobres, chefes, subordinados, brancos, negros, católicos, espíritas, evangélicos, heterossexuais, bissexuais, homossexuais, sendo a nossa FAMÍLIA composta por pessoas que se amem, que se respeitem, que sejam do bem, que se preocupem em fazer o bem, em perdoar as ofensas, em não julgar para não ser julgado, em espalhar o amor e a paz.



Devemos viver de acordo com aquilo que acreditamos, que defendemos, aprendendo a respeitar aquilo que o próximo também acredita e defende em sua existência, porém, respeitar não significa concordar, como também não significa que devamos ficar calados enquanto outros tentam espalhar e impor a sua forma de pensar, ainda mais quando vemos que se apoiam em atitudes que vão contra os princípios do bem que os conceitos cristãos e espíritas representam.



De forma caridosa em sua essência, precisamos assumir a responsabilidade de combater, dentro de nossas possibilidades, a intolerância, o radicalismo de ideias, e qualquer situação onde o preconceito e ódio tentem prevalecer, principalmente, quando estes nefastos sentimentos são utilizados por aqueles que se autointitulam representantes de Deus.



A voz do bem precisa se fazer ouvir, sua bandeira precisa ser erguida por todos aqueles que o defendem e o tem como meta e prioridade, forma de vida que deve nortear aqueles que sabem da importância do respeito, da amizade, do carinho, da lealdade, da humildade, da honestidade, do amor, valores tão mal compreendidos e, por vezes, distorcidos por nossa sociedade moderna, mas que, de forma absoluta e real, serão os únicos que nos farão evoluir como coletividade e como individualidade, por mais que venhamos a ser atingidos e prejudicados por aqueles que insistem em viver de acordo com suas equivocadas concepções de sucesso e felicidade.



Será na nossa persistência, na nossa “teimosia” em não abdicar do direito de ser do bem, que a espiritualidade superior encontrará respaldo aqui no plano físico para que, gradativamente, o amor venha a se solidificar, a ocupar o lugar que lhe é destinado, que essencialmente, e a princípio, deverá ser dentro do nosso coração, para que assim possa vir a se espalhar por toda nossa volta, descortinando o infinito de possibilidades que a vida humana ainda nos reserva.