Uma significativa parte dos espíritos que formam o nosso globo
terrestre ainda tem um forte apego a matéria, um fascínio excessivo pelas
paixões inferiores, sentindo uma vontade quase que irresistível de vivenciá-las
e satisfaze-las, e por isso, vivem de forma interdependente com os encarnados,
buscando influencia-los para que sejam agentes seguros e participes efetivos de
seus desequilíbrios, muitas vezes, não por serem maus, e sim, por sentirem extrema
necessidade, um forte desejo, que os dominam e determinam seus passos,
conturbando seu discernimento, confundindo suas prioridades.
Vale salientar, que quando alcançam êxito neste seu indevido
cometimento, não o fazem obrigando a que os encarnados vivam de acordo com seus
instintos, e sim, o fazem através da afinidade, por encontrarem aqueles com
quem se sintonizam, e que são culpados como eles por quaisquer erros cometidos,
por não resistirem, por se entregarem, por também se sentirem satisfeitos com
as paixões as quais foram convidados a buscar.
Os influenciados nesta situação sabem que estão em erro,
sabem que estão agindo contra os princípios morais, cristãos, e se não
resistem, é porque também assim desejam, porque a isso escolhem, sendo, donos
sempre de suas vontades, capazes de dizer não a qualquer convite que uma
entidade inferior a ele o faça, da mesma forma que facilmente recusam quando
não se interessam por convites de amigos encarnados.
Somos livres para escolher e se não erramos por maldade, sendo
a influência sobre nós forte e contínua, erramos por covardia, por fraqueza,
por medo, o que, mesmo com atenuantes, não nos isenta da culpa e da
responsabilidade por todos os atos e decisões contrárias as nossas necessidades
evolutivas, aquelas que deveriam estar sempre em primeiro plano em nossos
pensamentos, as baseadas no bem, nos conceitos cristãos, nos ensinamentos
espíritas.
Influências espirituais existem, tanto de espíritos
inferiores, como de amigos e benfeitores, só que estes, geralmente, nos sugerem
trabalho, estudo, esforço, renúncia a prazeres carnais, nos intuem a agir de
forma digna e honesta, a não nos entregar aos vícios, aos desvarios, a respeitarmos
o irmão do caminho, a não almejarmos o que não é nosso, a agir com bondade, com
paciência, com tolerância.
Infelizmente, porém, em nosso estágio atual, não é isso que
queremos ouvir, não são essas as nossas prioridades ou os parâmetros que
queremos seguir, quando então ocorre o mesmo que acontece ao nos relacionarmos
com companheiros encarnados menos responsáveis, ao preferirmos dar ouvidos aos
que nos convidam para festas, folias, divertimentos, ganhos altos, desregramentos
mesmo que não totalmente legais, preterindo ou ignorando, geralmente, a
companhia de pessoas que nos aconselhem a agir com doçura, com bondade, que nos
chamem para passeios tranquilos, nos indicando a leitura de um bom livro, a
praticarmos a caridade, a irmos a um local de meditação e oração.
São nossas escolhas, são nossos caminhos e temos o direito
sempre de determiná-los, cientes que as companhias, as consequências, as
situações futuras estarão sempre sujeitas a eles, e se escolhemos o mal, não
teremos o bem como parceiro, se preferimos aos vícios, não teremos a pureza de
um amigo ao nosso lado.
O que vale, assim, é a essência da Lei, “a cada um
segundo as suas obras”, a cada um segundo suas escolhas, suas preferências,
suas prioridades, tendo como resposta a dor ou a oportunidade de trabalho, o
erro ou a possibilidade de corrigir e acertar, renovando-se e crescendo a cada
passo da existência.
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