No
mundo de hoje, essencialmente capitalista, onde até mesmo os regimes
totalitários, ditos comunistas, são basicamente as principais forças atuantes
no consumismo desenfreado, tendo como exemplo a China, difícil fazer prevalecer
na mente das massas, ações ou prioridades que não volitem entre a conquista de
bens materiais, o destaque social, a fama, e o poder temporal.
Dentro
deste cenário, natural se faz apontar a grande dificuldade que ideias e ideais
baseados meramente na filosofia, na cultura, na moralidade, na religiosidade,
na espiritualidade ganhem destaque ou entrem em concorrência ativa no domínio
sobre a postura de nossa sociedade atual.
Em
décadas ou até mesmo em séculos passados, apesar das riquezas materiais e do poder
serem forças dominantes, eram altamente valorizadas, paralelamente, ainda que
distantes destes dois quesitos, a arte, a cultura, o belo, o respeito pelos
costumes, pela moral, onde por vezes uma palavra empenhada valia mais que
contratos assinados e registrados.
Hoje
o que conta é o ganho material, o poder temporal, o status social, todos
emaranhados e infiltrados nas mais diversas obras e edificações da humanidade
terrestre.
Religião,
música, teatro, pintura, cinema, atividades desportivas, medicina, saúde
pública, lazer, basicamente tudo está voltado meramente para conquistas
financeiras, onde tudo é lucro, tudo é redução de custos, em detrimento até
mesmo a qualidade, o que importa são os índices de consumo, os dividendos.
Todas
as criações na atualidade são geradas pelo retorno financeiro que podem
resultar, inclusive não havendo a preocupação de perpetuar, sendo tudo
produzido como se fosse com prazo de validade, de duração meteórica, pronta
para ser substituída logo por outra novidade, sem compromisso em trazer algo agregue
de forma definitiva algo de positivo e duradouro a personalidade humana.
Tudo
que é gerado é adequado ao imediatismo do mundo, tendo uma vida útil tão rápida como a velocidade das informações e das mudanças impostas
pelos avanços tecnológicos e pelo capitalismo feroz.
Neste
atual panorama o Espiritismo também sofreu com a aceleração das mudanças. Na
época da Codificação levada a efeito por Allan Kardec, a Doutrina teve uma ascensão
vertiginosa, tanto que codificador previa que em pouco tempo ela se estabeleceria de forma plena em todo mundo civilizado.
Porém, seus mais nobres anseios,
infelizmente, não se concretizaram, ele não contava com as duas
grandes guerras mundiais que mudaram o panorama político e econômico do mundo, assim
como a guerra fria que as procederam, separando o mundo entre o capitalismo e o comunismo.
Após
este período, e não menos traumático para a sociedade humana, surgiu
no campo econômico o fenômeno da globalização, onde praticamente, em relação ao
mercado de consumo, todo o planeta se tornou um único público alvo para as
indústrias de todos os setores, gerando um crescimento vertiginoso do consumo, potencializado
pelos avanços tecnológicos que acabaram de vez com as distâncias entre os
povos.
A
igreja perdeu o poder de Estado, se fragmentando ainda mais, e consequentemente, passou a lutar para ter
uma fatia na nova fonte de poder, o poder econômico, tanto que a frente
religiosa que mais cresceu nas últimas décadas, principalmente no Brasil, é
aquela que, mesmo se intitulando cristã, passou não mais a prometer para seus
seguidores o reino dos céus, mas as riquezas da Terra.
Ainda
que com seu crescimento contido, principalmente onde era mais
forte, na Europa, o Espiritismo sobreviveu firme em seu papel de Consolador, tendo
como país a sustentar bem alto o seu estandarte, o Brasil, a Pátria do
Evangelho, trazendo aquilo que Ele, o Mestre, em sua época só o pode trazer por
parábolas, buscando fazer renascer a essência de seus ensinamentos, agregando o
conhecimento das vidas sucessivas, da lei da causa e efeito, e da
multiplicidade dos mundos habitados.
Inconteste o grau de dificuldade na atualidade de levar ao próximo os ensinamentos do
Mestre, de falar sobre a necessidade do perdão das ofensas, da tolerância, do
não preconceito, da humildade, do respeito, da caridade, do amor, para uma sociedade
que definiu como lema "o cada um por si", onde levar vantagem passou a ser essencial, quando os fins não mais precisam se basear nos meios relativos ao bem, onde o
separatismo de classe, de ideais, de ideias, ganharam uma força negativa
intensa nos últimos tempos.
Deus, entretanto, está sempre no comando, assim como Nosso Mestre Jesus e todos os
espíritos do bem que formam sua plêiade, o que nos leva a ter plena convicção
que por mais que o mal de certa forma se infiltre e dificulte os avanços das forças
positivas que trabalham em nosso planeta, ele é temporário, transitório, e
deverá sempre ser encarado por aqueles que querem combate-lo e suprimi-lo de
nossa sociedade como uma ferramenta de estudo e de trabalho, onde a
transformação individual e coletiva deva ser ser o foco principal em suas
atuações.
No
meio de tantas informações e contínuas novidades, normal a dificuldade para que
venhamos a compreender, como sociedade, a necessidade de conhecer e vivenciar o
Cristo, mas isso não é novidade, essa corrente contrária se formou e persiste até hoje desde sua passagem pela
Terra.
Aqueles
que hoje preferem ignorar a angelitude de Nosso Mestre Jesus, não considerando
sua missão Divina entre nós, ou buscando adequá-la à suas necessidades inferiores,
pela lei da reencarnação, são os mesmos atores agora travestidos de outros
personagens, que durante séculos, durante vidas, insistem em permanecer
pensando e agindo como os fariseus, os romanos, os religiosos da idade média,
entre tantos outros renitentes criminosos.
A
paciência e o equilíbrio que demonstram sempre nossos benfeitores e mentores
espirituais nas atividades de intercâmbio mediúnico levadas a efeito em
diversos centros espíritas, quando trazem suas mensagens e orientações, deixam
claro que tudo está sob pleno controle da espiritualidade superior.
Por
mais que gere alguns dissabores, o mal, o inferior, continua e continuará com
impotente contra o bem maior, deixando claro que a evolução de nosso planeta
como um todo segue exatamente como planejado pelo seu Governador, Nosso Amado
Mestre Jesus Cristo.
O
que precisamos fazer como individualidade é estudar, trabalhar, gerar energias
positivas, fazer o bem, alimentar bons pensamentos, e nos dedicarmos com todas
as nossas forças a nossa transformação espiritual, deixando para traz o homem
velho, renovando os princípios que norteiam nossa existência física, e
consequentemente, a espiritual, fazendo, assim, a nossa parte.
No devido tempo a sociedade humana se voltará para a única solução cabível para sua subsistência
e sustento, vivenciando em sua maioria o sentimento cristão, quando prevalecerá
o Amor que Jesus nos trouxe como mola mestra da nossa vitória definitiva sobre o nosso eu
inferior.
Que
assim seja!