terça-feira, 18 de outubro de 2022

Educando nossas crianças!



 

“Educando nossas crianças!”

Vamos falar um pouco da importância que temos, de acordo com o Espiritismo, de educar bem as nossas crianças, começando por destacar um pequeno trecho do Livro Lázaro Redivivo, do autor espiritual Irmão X, psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier:

“O amor, para educar, não prescinde da energia, e a ternura, por mais valiosa, não pode dispensar o esclarecimento.”

Antes de comentarmos sobre as necessidades e prioridades quanto a educação de nossas crianças, precisamos lembrar da lei da reencarnação, lembrando que todos nós já tivemos diversas existências passadas, e desta forma, as almas delas já passaram por diversas experiências, cada uma carregando sua própria bagagem, sua personalidade, e claro, suas tendências.

Mas, independente destas tendências, o período infantil, e este é um dos principais motivos segundo a Doutrina que ele se faz necessário, decorrente do véu do esquecimento que nos acompanha quando reencarnamos, é a fase onde o espírito se encontra mais maleável para sofrer influências, pois depende da proteção e da orientação dos pais, podendo receber significativas motivações íntimas para crescer no bem, valorizando a moral, a ética, o respeito, vindo a superar e dominar, quando for o caso, sentimentos negativos que carrega consigo em sua personalidade eterna, tendo a chance de renovar sua postura, onde o ambiente, os exemplos e a educação recebida serão de fundamental ajuda, ainda que saibamos que muitos, mesmo com as melhores condições, ao irem crescendo, prefiram se entregar a vícios, paixões, e atitudes negativas e inferiores.

Os pais devem sempre buscar fazer a sua parte, pois sua atuação é fundamental para que a criança cresça com todas as possibilidades de evoluir no bem, sendo ele a base na qual ela se sentirá segura quando chegar a hora de enfrentar o mundo e buscar por si todo o aprendizado que ele traz.

 Para isso, se faz necessário que os pais assumam posturas que venham de encontro ao trecho que destacamos no começo do nosso estudo, onde o amor e a ternura são essenciais para o êxito desta sublime missão, porém, sem abrir mão da disciplina e do esclarecimento constante na formação do discernimento infantil do que vem a ser o certo e o errado, do que vem a ser a postura correta e a indevida.

Os pais precisam ser enérgicos quando necessário, não sendo permissivos, porém, nunca recorrendo a castigos, principalmente os físicos, nada negando ou permitindo sem a devida explicação, para a criança entender o porquê das coisas e das situações, os pais precisam entender e respeitar a inteligência de seus filhos, não menosprezando a capacidade que eles têm de compreensão, se preocupando em dizer tanto o sim como o não na hora certa, de forma justificada, e não por razões fúteis, com o para não serem perturbados, por estarem cansados, para não perderem tempo ou para não parar algo que estejam fazendo de pouca importância.

A criança precisa de regras, de limites, de saber esperar, precisa ter a noção de seus direitos e de seus deveres, porém, que tudo seja levado a ela de forma pacificada, com amor, com ternura, não devendo os pais barganharem com seus filhos, impondo condições, ou prometendo recompensas, principalmente se for para que eles venham cumprir seus deveres.

Como pais também não devemos estar sempre exigindo que elas nos sejam gratas, que reconheçam nossos esforços, não devemos nos vitimizar, colocando-as como a causa de nosso cansaço, de nossas preocupações e problemas, não supervalorizando ou depreciando situações.

A criança precisa viver em um ambiente saudável, ela precisa brincar, ser feliz, precisa da companhia dos pais, quando possível de seus avós, de sua família, de seus amigos, quando necessário ou já em idade escolar, de seus professores, lembrando sempre que a tarefa de educar é principalmente dos pais e de levar conhecimento dos professores, deixando claro que tanto um como o outro, podem e devem de alguma forma também auxiliar, complementar a parte do outro, tanto os professores na educação, como os pais no aprendizado.

Quanto mais cedo os pais conseguirem fazer nascer na criança o sentimento da empatia, mas cedo seus filhos irão respeitar aos seus amiguinhos, aos seus professores, e a todos, pois, terá o conhecimento que todos tem os mesmos direitos que ela, assim como os deveres, que ela não é superior e nem inferior a ninguém, que deve tratar a todos com bondade e carinho, até mesmos os profissionais que poderão fazer parte de sua vida, com a empregada de sua casa, o porteiro de seu prédio, os funcionários de sua escola.

Todos nós, como pais, também nos beneficiaremos da empatia, buscando sempre recordar de quando éramos criança, os nossos anseios, aquilo que nos despertava a atenção, o que nos gerava receios, nos trazia alegria, para que venhamos a enxergar melhor nossos filhos, não com isso querendo que eles passem por tudo da forma que passamos, mas sim, para que venhamos a compreendê-los melhor, auxiliando-os em suas escolhas e suas posturas.

  Precisamos estar atentos para acompanharmos o crescimento de nossas crianças no tempo certo e real, as auxiliando em não queimar etapas, ainda mais no ritmo acelerado que tem se tornado a existência humana, e também não os infantilizando, não os tratando como se ainda não tivessem crescido, como se não fossem capazes de novas realizações, buscando sempre o equilíbrio, sem temer que venhamos a perdê-los se crescerem, principalmente, porque eles sempre crescem.

Para finalizar, sabemos que eles deverão ter sempre o direito e o dever de escrever seus próprios destinos, de fazerem suas escolhas, inclusive sobre sua religiosidade, mas temos o dever de lhes apresentar desde pequenos a Deus, as leis morais, e nós, como espiritas, de acordo com a compreensão que forem adquirindo, a lei da causa e efeito, da reencarnação, e claro, que venham a conhecer, na essência, os ensinamentos do Cristo, a importância da caridade e do amor ao próximo.

Façamos a nossa parte, no bem!

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