quinta-feira, 18 de maio de 2023

As leis individuais, as leis humanas e a Lei Divina!

    


 


    Todos somos espíritos eternos, e um dos principais benefícios que a Codificação Espírita nos trouxe, foi a comprovação da vida após a morte, como é essa continuidade, assim como a lei da reencarnação atualizada, já que dela se fala desde os mais remotos tempos, simplificando-a e explicando-a, caminho pelo qual todos já percorremos há inúmeros séculos, cada um de acordo com suas escolhas, com suas necessidades e prioridades.

    Assim, por toda essa bagagem que carregamos decorrente do aprendizado, do trabalho, das experiências vividas, a nossa personalidade já possui uma base, uma forma, as características principais que a acompanham, e ao renascermos, mesmo encobertos pelo véu temporário do esquecimento, ainda que infantes, que ingênuos, ignorantes ainda das coisas da vida em nossos primeiros anos encarnados, o nosso ser eterno estará ali, adormecido quanto a fatos passados, mas, plenamente atuante em termos de gostos e tendências, para  bem ou para o mal, de acordo com aquilo que até então valorizamos no caminho percorrido, já que a lei é para todos, ou seja, somos quem somos, somos o que construímos ao longo do tempo, e o que disso carregamos em nosso íntimo.

    Tendo essa personalidade como base de que seremos na atual existência física, a ela serão agregados os valores que formos recebendo, os fatores externos, como a educação no lar, quando o possuirmos, já que há irmãos do caminho que são criados em instituições, como a instrução escolar, como os ambientes à nossa volta, as pessoas com quem conviveremos, os amigos, as situações sociais, entre inúmeros outros agentes influenciadores na nova personalidade que estaremos construindo, ou seja, quem fomos e somos decorrente de outras vidas, mas o que atualizarmos nesta nova existência.

    Ninguém é igual a ninguém, isso é fato, da mesma forma que cada um atravessa um estágio evolutivo diferenciado, um momento único, assim, decorrente de tudo isso, e das situações e experiências que a cada minuto vamos vivenciando, formamos o nível de discernimento que rege quem somos, ou seja, criamos um código de conduta individual, e desta forma, algo independente do grau de aceitação e obediência que pudermos ter das leis humanas, onde cada um de nós acaba, mesmo que inconscientemente, criando as próprias leis, aquilo que acha bom ou ruim, certo ou errado, e isso em nosso íntimo, sendo este código aquele que seguimos em nossas escolhas e julgamentos, mesmo que não externemos, mesmo que nos utilizemos das normais máscaras sociais no nosso dia a dia, na relação com os diversos grupos que fazem parte de nossa existência.

    Precisamos fazer apenas uma breve observação, mas importante para a continuidade de nosso estudo de hoje, que vem a ser o fato que vivemos todos em um mundo onde o inferior ainda predomina, em um mundo de provas e expiações, e aqueles de nós que aqui não estão em esclarecedoras e divinas missões, precisamos admitir que ainda são constantes as batalhas contra a negatividade de sentimentos, aqueles que ainda prevalecem em nosso íntimo, mesmo que relutemos em admitir.

    Dito isso, fica claro que, por mais que nos consideremos bons e justos, por mais que julguemos saber o que vem a ser o certo e o errado, por mais que venhamos nos escorar em desculpas e justificativas, fato é que as nossas leis individuais, o código de conduta que criamos para nós, lembrando que ele é composto do que carregamos de outras vidas e do que agregamos até agora desta, mesmo que em nenhum item, o que já é bem difícil, venhamos a ferir nenhum item da legislação humana, precisamos admitir, que em muito é antagônico e contraditório em relação as leis divinas, as leis cristãs.

    Caridade, humildade, perdão incondicional, reconhecimento dos próprios erros, bondade, disciplina, respeito, aceitação das diferenças, entre tantos outros exemplos e ensinamentos que o Cristo nos trouxe, são requisitos mínimos para que venhamos alinhar as nossas leis individuais, com as leis humanas, e principalmente, as leis divinas.

    Assim, precisamos nos esforçar para estudarmos e conhecermos as leis maiores, a avaliar quem somos e em quem precisamos nos tornar, e até lá, neste período, que aprendamos a ter um pouco mais de humildade, de empatia, para entender e reconhecer, que por mais que saibamos, nada sabemos, que não somos os donos da razão, que nossas experiências não sã a base para a verdade, para o que é certo ou errado, que não temos todas as respostas para a felicidade, e todos os remédios contra a infelicidade, entender que não podemos impor ideias ou condutas, da mesma forma que não podemos admitir que nos imponham ou vir a aceitar sem questionar e discernir.

    Precisamos viver não como sempre vivemos, não de acordo com o que nossos pais achavam ser o certo e o errado, não como as coisas eram no nosso tempo, porque o nosso tempo é hoje, precisamos viver de acordo com o Cristo, algo que muitos já acham que o fazem, mas não o fazem, porque o que nos define além de nossas palavras e de nossas atitudes, são os nossos sentimentos, e basta ler a passagem evangélica quando os apóstolos discutiam para ver quem era o primeiro no Reino de Deus, para compreender, ao ver o Cristo lavar aos seus pés, o valor da humildade, e o que, de fato, o Mestre espera de cada um de nós, e o quanto ainda disso estamos distantes.

    E assim vamos indo, ainda que só na intenção, no caminho do bem!

    Fiquemos em paz!

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