segunda-feira, 31 de março de 2014

Um pouco de conversa...

Para demonstrarmos o quanto gostamos de alguém ou que esse alguém demonstre o quanto gosta de nós, seja carinho, amor, amizade que nos unam, não esperamos que ele salte de paraquedas com um ramalhete de rosas na mão, escreva nosso nome no meio da rua ou coloque uma faixa bem na frente da nossa janela, não pedimos que ele nos diga a toda hora o quanto somos importante, o quanto sente nossa falta, o quanto ele gosta da gente. Para demonstrar o sentimento que nos une não pedimos um presente caro e especial, nem que faça tudo aquilo que pedirmos ou nos traga tudo que precisarmos, basta simplesmente que naqueles momentos em que o coração aperte, que a dúvida nos ronde, que o receio espreite, que naquela ocasião que a carência tente se fazer companheira ou a solidão nos busque, que na hora que desejarmos compartilhar uma alegria, um sonho, que estivermos felizes, em paz,  que este alguém sente ao nosso lado, segure a nossa mão e abra aquele sorriso cúmplice, solidário, carinhoso, sincero, que para nós ou para ele, baste aquele olhar que ilumina, reconforta, atrai, simplifica, que desmonta e aconchega. Basta simplesmente, na união de almas, amar.



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Na busca de sua transformação espiritual, quando a ela de fato se propuser, deixando para trás erros e vícios, excessos e desregramentos que alimentaste por muito tempo de sua existência, seja ela anterior ou a atual, lembre-se que as conquistas devem ser gradativas, mas, sólidas, não devendo apressar soluções ou mudanças, onde ainda não estiver plenamente identificado com seu objetivo, com as prioridades e necessidades que reconhece ter que implantar e acrescentar a sua personalidade cármica. Tudo tem seu tempo, sua hora, sabendo respeitar os limites de suas forças e dando os passos exatamente de acordo com as condições reais que possuir, sabendo a hora exata de recuar e avançar em cada empreendimento que se dispuser a realizar para, de fato, encontrar a renovação íntima no caminho do bem.


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Todos nós podemos sempre contar com o arrimo e o auxílio de nossos protetores espirituais durante a nossa trajetória no plano físico, sempre que nosso objetivo for o bem e o cumprimento dos objetivos maiores que nos propusermos a realizar nesta nossa experiência cármica. O que precisamos compreender é que eles não são nossas pajens, nossos serviçais, e sim amigos, sempre prontos e dispostos a nos incentivar em nossas decisões e escolhas, inclusive gerando e criando oportunidades e situações para que venhamos a viver da melhor forma possível, e assim, termos bases sólidas para encontrar a paz e a felicidade. Desta forma, o esforço, o estudo, o trabalho, as escolhas, as decisões, são e serão sempre de nossa inteira responsabilidade, sendo que eles não nos acompanham para facilitar a nossa vida ou decidir e ordenar o que devemos ou precisamos fazer, mas sim, nos fortalecer, nos apoiar, nos aconselhar, deixando para nós todo o mérito da conquista, assim como também, todo o ônus por nossos erros, e assim deve ser, para que sejamos, de acordo com a vontade divina, os artífices do nosso próprio destino.     



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Apesar de toda violência que vemos hoje, dos crimes, dos casos de preconceito, de intolerância, de desrespeito ao próximo, tenho a certeza que há muito mais gente de bem que pessoas ruins na Terra, a cada cem ônibus cheios de pessoas indo ao trabalho, passa uma moto com apenas dois bandidos. É claro que todos temos nossos defeitos, longe ainda estamos da perfeição, mas, devemos ter esperança, que com o passar dos anos e a cobrança de grande parte da nossa sociedade, atos contrários a civilidade e ao respeito coletivo irão diminuindo, inclusivo os que se referem a falta de higiene e de educação. Cada vez mais os nossos jovens estão interessados no meio ambiente, na defesa da fauna, da flora, e nossas escolas, ativamente, vão promovendo programas informativos e educacionais, estimulando a participação ativa de nossas crianças, e assim, motivando-as a cada vez mais cedo se sentirem responsáveis, para que tenhamos um lugar mais saudável e melhor de se viver. Isso ocorre, atualmente, também em relação as drogas e as demais atividades contrárias a nossa saúde, onde organizações governamentais e não governamentais, através de programas específicos, tentam esclarecer o risco que correm aqueles que se entregam aos tóxicos, prejudicando a si mesmo e o convívio com aqueles que ama. Temos que ter esperança que nossos filhos e nossos netos terão um lugar melhor de se viver. O mal, aparentemente está aumentando, porque ele faz muito barulho, muito estardalhaço, talvez, para compensar a sua incapacidade de superar o bem, que é manso, silencioso, mas, com certeza, muito mais forte e incisivo.



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História do Dia:

Ao estudarmos o Evangelho, as obras básicas da Doutrina Espírita, ao analisarmos o lema destacado por nosso Codificador, Allan Kardec, “fora da caridade não há salvação”, sentimos uma energia reconfortante e estimulante de fé, de esperança, acendendo em nós a luz do esclarecimento, do conhecimento, desejando nos aprofundar no estudo dos conceitos espíritas, a frequentar as tarefas de um centro espírita, a conquistar novos amigos afinados e sintonizados com o novo ideal, começando a participar das reuniões públicas, das palestras, nos envolvendo cada vez mais, motivados, estimulados, descobrindo um novo roteiro, redescobrindo a Deus, não mais aquele que nos ensinavam como sendo, vingativo e implacável, e sim o Deus de Amor, de Bondade, de Justiça, de Perdão.
Com o tempo passamos a fazer parte efetiva das tarefas do centro, entramos para a equipe de apoio, da limpeza, da organização, arrumamos as cadeiras, providenciamos a água, ordenamos as filas para o passe, trazemos roupas e alimentos para as tarefas assistenciais. Entramos para a equipe de estudos, para o curso de desenvolvimento mediúnico, buscando descobrir se detemos a mediunidade realizadora. Tudo isso quando estamos dentro do nosso recanto, do nosso centro, com nossos companheiros, com nossos amigos espirituais, pontualmente, religiosamente, duas vezes por semana, esses somos nós espíritas, nos sentimos felizes, orgulhosos, por estarmos fazendo parte efetiva das tarefas da Doutrina.
O tarefeiro espírita agora dá uma pausa, não estamos mais no centro, somos agora o ser humano, o ser material, mundano, o que convive em seu lar, em seu trabalho, na rua, no lazer, somos agora o homem do mundo, não mais aquele que duas vezes por semana pensa, fala e age com Jesus, com os bons espíritos.
A discussão com o vizinho que gosta de ouvir o som alto, com o outro que tem um cachorro que suja a calçada, a impaciência com as crianças que brincam sob nossa janela, com os filhos que exigem atenção na hora do jornal ou da partida de futebol na televisão. O cônjuge que reclama do descaso com os problemas da casa, gerando discussões, irritações, brigas.
O pedinte que bate a nossa porta bem no final do filme tão esperado, tão interessante, a frieza com que tratamos o inconveniente vendedor que insiste em nos apresentar seu produto, a discussão no trânsito pela fechada do motorista irresponsável, o palavrão proferido, o gesto obsceno, justificáveis por estarmos certos, por estarmos com a razão. A reclamação pela demora no atendimento do caixa do supermercado, a ironia no tratamento dado aqueles que professam outra religião, considerada por nós obsoleta, pelo papel que jogamos displicentemente na calçada, pela bebida “social”, pelo simples “cigarrinho”, pelo pensamento sensual despertado pela mulher que passa, mesmo sabidamente casada, comprometida, pela impaciência com o empregado, pela desobediência com o patrão, pela maledicência, pelo comentário negativo sobre crimes, acidentes, por não querer perdoar ou desculpar aquele que nos ofendeu, ou perdoa-lo de forma orgulhosa, humilhante.
Estendamos um pouco esta nossa postura do homem mundano para o próprio trabalho espírita, para as próprias atividades doutrinárias, quando esperamos recompensas, benefícios, elogios, agradecimentos pelo nosso “esforço” em auxiliar o próximo, em estudarmos o espiritismo, em divulgá-lo, em defendê-lo, o melindre pela crítica de um companheiro, por uma opinião diferente da nossa, por um pedido não atendido, por uma ideia desprezada, suficiente, então, para diminuirmos nossa participação, magoados, nos sentindo desprezados, prejudicados, injustiçados.
Espiritismo é o Consolador Prometido por Jesus, exige, portanto, de nós, seriedade, comprometimento, responsabilidade, boa vontade, estudo, trabalho, dedicação, participação.
Para assimilarmos e vivenciarmos seus princípios, não basta estudar, frequentar o centro, conversar sobre o assunto, doar uma roupa usada, um remédio, uma lata de leite, faz-se necessário, efetivamente, nos tornarmos espíritas, nos tornarmos cristãos e para isso temos que, necessariamente, sermos humildes, pacientes, tolerantes, caridosos, bons, calmos, equilibrados, não só duas ou três vezes por semana, por algumas horas, mas todo tempo e o tempo todo, lutando e procurando vencer as nossas fraquezas, os nossos vícios, os nossos instintos e paixões inferiores, orando e vigiando, não desistindo, insistindo, cientes que depende do nosso esforço a vitória, não temos que nos preocupar em possuirmos o título de espírita, temos que nos esforçarmos para sermos espíritas, pensarmos e agirmos com tal, sabendo que não será de uma hora para outra, que não basta simplesmente querer, é necessário, principalmente, fazer, realizar, lutar para conseguir.
Façamos sempre uma analise de nossa conduta e busquemos descobrir o que nos falta eliminar e acrescentar em nossa personalidade, em nosso espírito para que possamos almejar novos e importantes desafios nesta transformação que decidimos e escolhemos para nós, do inferior para o superior, buscando sempre caminhar para frente, não repetindo erros e aprendendo novos e importantes acertos.

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