sexta-feira, 24 de abril de 2015

Doces conquistas...




Vivemos em constante luta no plano físico para conseguirmos as mais diversas conquistas dentro do que a sociedade moderna oferece em termos profissionais, materiais, de bens de consumo, de conforto e comodidade. 


Nada mais natural, pois, se vivemos encarnados, temos que agir e reagir de acordo com os costumes da época pela qual estamos passando, assim como também já o fizemos em outros períodos de nossa humanidade terrestre, períodos estes que, mesmo tendo necessidades e prioridades como hoje temos, eram vistos por outra perspectiva, com outros fatores de importância e relevância, tanto que, o que ontem era essencial e vital, hoje já não é mais, o que não impede que amanhã volte a ser.


Desta forma, temos que procurar viver sempre da melhor forma possível e aproveitando tudo que a vida atual tem a oferecer, sendo lícito lutarmos para tal, de forma honesta, digna, sem vir a querer ou tomar nada que não seja nosso de direito ou que esteja disponibilizado para tal, seguindo sempre as leis que regem as relações humanas, mesmo que com elas não concordemos, lutando para altera-las e não as descumprindo.


As conquistas materiais não estão infensas ao homem de bem, ao cristão, ao espirita, aquele que busca sua transformação para o bem, mas é a forma como faz para alcançar a estes objetivos que se torna fator de relevância para o seu avanço espiritual, para o seu enriquecimento íntimo, único que de fato importa quando for chamado a novamente retornar a verdadeira pátria.


Viver de forma caridosa, simples, sem nos deixar arrastar pelo orgulho, pela inveja, pela vaidade, pelo ciúme, pelo preconceito, pela falsa pretensão a superioridade, buscando sempre auxiliar o irmão do caminho que se encontra em dificuldade ou situação inferior a nossa, é o ponto chave para encontrarmos o equilíbrio e viver de acordo com os preceitos cristãos, mesmo sem precisar abrir mão da possibilidade de conforto e melhoramento material que a vida oferece e disponibiliza. 


O mal não está em possuir, mas na forma que escolhemos de viver com aquilo que possuímos, a importância que damos para o status, para a posição social, o quanto acumulamos indevidamente, o quanto estamos preocupados em acrescentar cada vez mais em nossas riquezas, sem uso efetivo e produtivo da fortuna ou da condição material que a vida esta nos emprestando para esta encarnação.


Se não repartimos, se não dividimos, se não compreendemos que o que tem mais o tem exatamente para poder auxiliar o que tem menos, de nada valerá termos acumulado riquezas, não termos tentado ou feito o mal para ninguém, se nada fizemos, por nossa vez, de bom para auxiliar o próximo, para servir de arrimo para aquele, que nesta existência física, não teve a oportunidade de conquistar as facilidades que a vida material e física oferece ou não se encontra em condições para tal.


O forte tem o dever cristão de auxiliar o mais fraco, o rico ao mais pobre, o são ao enfermo, o intelectual ao ignorante, o bom ao mau, tudo que acumulamos indevidamente e não utilizamos para melhorar a condição de vida de nosso planeta, de nossa sociedade, servirá de peso extra a ser carregado quando retornarmos a pátria espiritual, peso este que exercerá uma pressão muito forte em nossa consciência, dificultando nosso equilíbrio e impossibilitando que desfrutemos, por nossa vez, todos os benefícios e possibilidades de estudo e trabalho que o novo plano oferece para aquele que, de fato, se interessa em crescer, em evoluir.


No estudo, no trabalho digno e honesto, na preocupação de fazer o bem, de ser irmão, de ser justo, de ser fiel aos princípios cristãos está a verdadeira riqueza do homem, independente da posição social que ele ocupe no mundo, independente do que faz, do que ele representa para a sociedade em que vive, tanto um presidente como um gari podem alcançar aos píncaros que uma vida encarnada, no atual estagio evolutivo do nosso planeta, permite chegar, pois não será o que ele possui que irá determinar sua vitória espiritual mas o que ele fez, o que ele sente, o que ele produziu e gerou de bem, para o enriquecimento da aura que envolve o nosso planeta, para a luz que ele acendeu em seu coração e no coração de todos aqueles que cruzaram seu caminho nesta jornada evolutiva.




Vale salientar que o auxílio do que possui a melhor condição material e financeira ao que enfrenta necessidades, não está necessariamente na doação, mas principalmente, na geração de condições para que este venha a conquistar com seu esforço aquilo que precisa para o sustento e o lazer, seu e da sua família, é na geração de empregos, de condições de trabalho, do pagamento justo aquele que lhe de alguma maneira o serve, é fazer circular a riqueza que possui investindo no crescimento de seu país, garantindo que aquele que se esforçar, que trabalhar, seja qual for sua função, tenha garantido o mínimo de subsistência e respeito para si e para os seus.


Rico é aquele que sente e vive o Cristo em seus pensamentos, em suas palavras, em suas ações, independente de onde ele esteja, do que faça, escolhendo viver para o mundo e não do mundo.



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