sábado, 6 de junho de 2020

Dar e Receber!




Damos o que temos condições de ofertar e recebemos aquilo que temos condições de assimilar.

Nossas energias, positivas ou negativas, nossos pensamentos, nossas atitudes, nossa forma de vida, é que determinam que espaço ocuparemos na escala evolutiva espiritual, e assim, determinarmos o que estaremos aptos a conquistar, aquilo que nos será lícito agregar a nossa individualidade eterna, em uma sintonia energética e fluídica, vindo a angariar companhias e franquear ambientes de acordo com o que somos, tendo exatamente o que merecemos, e o que o nosso esforço, ou até mesmo o nosso não esforço nos credenciou a vivenciar.

Dentro das forças positivas que estão disponíveis a todo trabalhador de boa vontade, conforme prometido por Jesus, dependerá sempre o esforço próprio, a sinceridade de intenções, dos sentimentos alimentados no íntimo, aliado ao estudo, ao trabalho, a luta contra as imperfeições íntimas, o êxito da empreitada, devendo estar ciente que o maior inimigo, o maior obstáculo a ser vencido será ele mesmo, o quanto ainda se mantém ligado ao seu passado culposo, e aos seres que de alguma forma dele fizeram parte, sejam como cúmplices, associados, inimigos ou adversários, quando ocupou aleatoriamente a posição de vítima ou algoz, distante ainda da personalidade de um homem de bem.

Como tarefeiro espírita assim também deve ser a sua postura, se mantendo ciente que longe está da perfeição e de possuir amplo domínio sobre seus sentimentos.

Comum ainda, mesmo que bem intencionado, devido a forma condicionada que tem de agir e reagir frente às situações, que corra o risco de se deixar levar pelo orgulho, pela vaidade, pelo egoísmo, pelo medo, quando estes sentimentos ainda façam parte de sua personalidade, mesmo que temporariamente estejam em estado latente, tendo assim que aumentar a vigilância sobre si mesmo, principalmente, quando passa a interagir com outros irmãos do caminho.

O nosso esforço, como espíritas e cristãos, deverá ser sempre o da nossa transformação espiritual, concentrados em avaliar os sentimentos inferiores que ainda possuem uma forte influência sobre nós, combatendo-os sem trégua, porque de nada adianta estarmos engajados em tarefas atinentes a Doutrina, sendo até mesmo assíduos e responsáveis, se continuarmos em nosso íntimo, na relação com o próximo e com a sociedade onde estamos inseridos, a agir da mesma forma que agimos em pretéritas experiências, e que nos fez até agora permanecer distante de um equilíbrio e de uma paz que só conquista aquele que renova seu coração de acordo com a mais pura moral cristã, toda ela baseada no amor e na mais ampla essência que ele representa.

Paralelamente a esta luta contínua para evoluirmos espiritualmente vencendo nossas imperfeições, precisamos como espíritas nos dedicar ao estudo dos preceitos doutrinários, aumentando nosso cabedal de conhecimento, nos qualificando para não só avançarmos mais rapidamente e racionalmente, como também, passarmos a auxiliar no crescimento de outros irmãos do caminho que venham a procurar no Espiritismo uma nova fonte de estudo e trabalho.

Quanto mais conhecimento adquirido melhor será o desempenho nas tarefas que de livre vontade nós assumirmos nas lides espíritas,  seja como médiuns, como palestrantes, como orientadores, como dirigentes, como doutrinadores, na equipe de passe, ou, simplesmente, no auxílio das tarefas atinentes a organização e a assistência social.

Não existem tarefas mais ou menos importantes, existem sim aquelas que temos maior ou menor capacidade de realizar, que nos sentimos mais ou menos afinados, mais ou menos a vontade, devendo basear nossas escolhas naquilo que de mais produtivo tenhamos a oferecer, sem nos preocupar com títulos ou elogios, com orgulho ou vaidade, estando cientes que melhor será sermos um bom ajudante do que um irresponsável ou ineficaz dirigente.

Uma coisa é certa, a verdade está sempre nos ensinamentos e nos exemplos que o Mestre Jesus nos deixou, cientes que muito será cobrado daquele que muito recebeu, e desta forma, quanto maior o conhecimento conquistado maiores serão as responsabilidades assumidas, principalmente, as que se referem diretamente a nossa transformação espiritual no bem.

Encontraremos sempre o que buscarmos, nossa vontade será sempre fator determinante para realizar nosso presente e construir o nosso futuro, temos plena liberdade de ação, o que nos deixa infinitas possibilidades realizadoras.

Quando no caminho do bem teremos ao nosso lado amigos, benfeitores e mentores espirituais que nos protegerão e nos orientarão para que venhamos a desempenhar as nossas tarefas a contento, da mesma forma, porém, que temos a ciência que antigos e novos desafetos, insatisfeitos com a nossa atual postura, tudo irão fazer para nos distrair, para tirar o nosso foco sobre as responsabilidades assumidas, tentando nos desviar do caminho, tentando nos seduzir para antigas paixões e antigos vícios, nos desafiando a provar se, de fato, já os superamos e vencemos.

A cada um segundo suas obras, somos assim os construtores do nosso próprio destino, fazedores da nossa história.

Sigamos resolutos na intenção do bem, firmando nosso desejo sincero de renovação, assumindo o compromisso de lutar não só pela nossa instrução e elevação, mas também, na daqueles que de alguma forma pudermos vir a auxiliar e orientar, nos tornando assim mais um elo na corrente de amor que percorre o universo, como efetivos trabalhadores da Seara do Nosso Mestre Jesus.

Que assim seja!

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