Damos
o que temos condições de ofertar e recebemos aquilo que temos condições de
assimilar.
Nossas
energias, positivas ou negativas, nossos pensamentos, nossas atitudes, nossa
forma de vida, é que determinam que espaço ocuparemos na escala evolutiva
espiritual, e assim, determinarmos o que estaremos aptos a conquistar, aquilo
que nos será lícito agregar a nossa individualidade eterna, em uma sintonia
energética e fluídica, vindo a angariar companhias e franquear ambientes de
acordo com o que somos, tendo exatamente o que merecemos, e o que o nosso
esforço, ou até mesmo o nosso não esforço nos credenciou a vivenciar.
Dentro
das forças positivas que estão disponíveis a todo trabalhador de boa vontade,
conforme prometido por Jesus, dependerá sempre o esforço próprio, a sinceridade
de intenções, dos sentimentos alimentados no íntimo, aliado ao estudo, ao
trabalho, a luta contra as imperfeições íntimas, o êxito da empreitada, devendo
estar ciente que o maior inimigo, o maior obstáculo a ser vencido será ele mesmo,
o quanto ainda se mantém ligado ao seu passado culposo, e aos seres que de alguma
forma dele fizeram parte, sejam como cúmplices, associados, inimigos ou
adversários, quando ocupou aleatoriamente a posição de vítima ou algoz, distante
ainda da personalidade de um homem de bem.
Como
tarefeiro espírita assim também deve ser a sua postura, se mantendo ciente que
longe está da perfeição e de possuir amplo domínio sobre seus sentimentos.
Comum
ainda, mesmo que bem intencionado, devido a forma condicionada que tem de agir
e reagir frente às situações, que corra o risco de se deixar levar pelo orgulho,
pela vaidade, pelo egoísmo, pelo medo, quando estes sentimentos ainda façam
parte de sua personalidade, mesmo que temporariamente estejam em estado latente,
tendo assim que aumentar a vigilância sobre si mesmo, principalmente, quando passa
a interagir com outros irmãos do caminho.
O
nosso esforço, como espíritas e cristãos, deverá ser sempre o da nossa
transformação espiritual, concentrados em avaliar os sentimentos inferiores que
ainda possuem uma forte influência sobre nós, combatendo-os sem trégua, porque
de nada adianta estarmos engajados em tarefas atinentes a Doutrina, sendo até mesmo
assíduos e responsáveis, se continuarmos em nosso íntimo, na relação com o
próximo e com a sociedade onde estamos inseridos, a agir da mesma forma que
agimos em pretéritas experiências, e que nos fez até agora permanecer distante
de um equilíbrio e de uma paz que só conquista aquele que renova seu coração de
acordo com a mais pura moral cristã, toda ela baseada no amor e na mais ampla
essência que ele representa.
Paralelamente
a esta luta contínua para evoluirmos espiritualmente vencendo nossas imperfeições,
precisamos como espíritas nos dedicar ao estudo dos preceitos doutrinários,
aumentando nosso cabedal de conhecimento, nos qualificando para não só
avançarmos mais rapidamente e racionalmente, como também, passarmos a auxiliar
no crescimento de outros irmãos do caminho que venham a procurar no Espiritismo
uma nova fonte de estudo e trabalho.
Quanto
mais conhecimento adquirido melhor será o desempenho nas tarefas que de livre
vontade nós assumirmos nas lides espíritas, seja como médiuns, como palestrantes, como
orientadores, como dirigentes, como doutrinadores, na equipe de passe, ou,
simplesmente, no auxílio das tarefas atinentes a organização e a assistência
social.
Não
existem tarefas mais ou menos importantes, existem sim aquelas que temos maior
ou menor capacidade de realizar, que nos sentimos mais ou menos afinados, mais
ou menos a vontade, devendo basear nossas escolhas naquilo que de mais
produtivo tenhamos a oferecer, sem nos preocupar com títulos ou elogios, com
orgulho ou vaidade, estando cientes que melhor será sermos um bom ajudante do
que um irresponsável ou ineficaz dirigente.
Uma
coisa é certa, a verdade está sempre nos ensinamentos e nos exemplos que o
Mestre Jesus nos deixou, cientes que muito será cobrado daquele que muito recebeu,
e desta forma, quanto maior o conhecimento conquistado maiores serão as
responsabilidades assumidas, principalmente, as que se referem diretamente a nossa
transformação espiritual no bem.
Encontraremos
sempre o que buscarmos, nossa vontade será sempre fator determinante para
realizar nosso presente e construir o nosso futuro, temos plena liberdade de
ação, o que nos deixa infinitas possibilidades realizadoras.
Quando
no caminho do bem teremos ao nosso lado amigos, benfeitores e mentores espirituais
que nos protegerão e nos orientarão para que venhamos a desempenhar as nossas
tarefas a contento, da mesma forma, porém, que temos a ciência que antigos e
novos desafetos, insatisfeitos com a nossa atual postura, tudo irão fazer para
nos distrair, para tirar o nosso foco sobre as responsabilidades assumidas,
tentando nos desviar do caminho, tentando nos seduzir para antigas paixões e
antigos vícios, nos desafiando a provar se, de fato, já os superamos e vencemos.
A
cada um segundo suas obras, somos assim os construtores do nosso próprio
destino, fazedores da nossa história.
Sigamos
resolutos na intenção do bem, firmando nosso desejo sincero de renovação,
assumindo o compromisso de lutar não só pela nossa instrução e elevação, mas
também, na daqueles que de alguma forma pudermos vir a auxiliar e orientar, nos
tornando assim mais um elo na corrente de amor que percorre o universo, como efetivos
trabalhadores da Seara do Nosso Mestre Jesus.
Que
assim seja!
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