Vivemos
em um mundo de provas e expiações, onde o mal predomina, mas, caminhamos de
forma contínua para assumirmos o estágio da regeneração, onde o desejo de
melhorar e de deixar para trás o erro é fator preponderante, beirando ao
absoluto dos que aqui permanecerem.
Alguns
podem estranhar esta colocação final, que nem todos poderão usufruir desta
mudança planetária, mas o que precisa ficar claro é que isto não significa
premiação para uns e punição para outros, mas, simplesmente, a situação do
fator selecionador estar ligado a sintonia, ao padrão vibratório emanado, não
só da criatura, mas da atmosfera psíquica do planeta, traçando a linha demarcatória
do que se faz necessário conquistar e manter para se ter o direito irrestrito e
natural de permanência.
Ainda
que muitos já tenham despertado para a necessidade de abraçar o bem como
direcionador das suas existências, utilizando como exemplo os preceitos morais
e éticos contidos nas mais sérias frentes religiosas, assim como no sistema
social e jurídico de alguns países já mais desenvolvidos, é inegável que,
espalhados pelo mundo, inúmeros irmãos do caminho, inúmeras comunidades,
inúmeros povos e países, em relação a direitos humanos, a igualdade social e de
direito, ainda longe estão do ideal, muitos até mesmo presos à barbáries legais,
onde o preconceito de todos os tipos ainda predominam e segregam aqueles que
não estão alinhados com seus retrógados códigos de conduta.
Não
falamos aqui de avanços tecnológicos, científicos, de poder temporal, de poder
financeiro, mas da restrição do mais puro direito de cada um decidir o que é
melhor para si, desde que não prejudique diretamente a ninguém, pois,
infelizmente, ainda há países que delimitam direitos as mulheres, aos
homossexuais, a quem não pertence a raça predominante, a quem não nasceu na
localidade, a quem não tem a classe social alta, entre outros desvarios originários
do orgulho, da vaidade, da intolerância, do preconceito, do egoísmo, da
prepotência, e infelizmente, do ódio para com aqueles que não seguem suas cartilhas
e seus códigos.
Ainda
existem diferenças gritantes entre estágios evolutivos espirituais e morais, e
isto independente de classe, de poder aquisitivo, da frente religiosa
escolhida, ou entre aqueles que ainda não admitem uma força maior no comando do
mundo, diferenças geradas pela ignorância, pelo não desejo de adquirir
conhecimentos maiores, em não desejar sair da zona de conforto, em não perder
privilégios, ou poder vir a deseja-los e conquista-los custe o que custar, frutos
de pretéritas lutas baseadas na vantagem pessoal, na lei do mais forte, no
sofisma de se considerar superior ou merecedor, entre tantos outros desvios de
conduta, tendo, porém, todos em comum, as pretéritas existências onde já
preferiam ignorar o direito do próximo, não respeitar diferenças, não alimentar
o mínimo de empatia, se arvorando de juízes e censores das atitudes e escolhas
alheias.
Em
relação ao passado, a diferença para a negatividade de intenções e ações da
maioria das pessoas de nossa sociedade atual é a de se colocar em uma posição
de extrema má vontade e de total desprezo, de forma ostensiva ou disfarçada, em
relação aos exemplos e ensinamentos do Mestre Jesus.
Ao
se colocarem em posição de superioridade e empáfia frente aos seus irmãos do
caminho que não pensam como eles, ignoram de forma ostensiva a necessidade de
não julgar para não serem julgados, de não atirar pedras se também estiverem
sob judice de serem apedrejados, de não oferecer a outra face quando agredidos
ou injuriados, ainda que de forma injusta, de não perdoar nem sete, nem quantas
vezes forem necessárias, e, principalmente, não fazer ao irmão do caminho o que
não gostariam que ele os fizesse, e fazendo a ele o que gostariam que lhes fosse
feito, amando-os e respeitando-os, como a eles mesmos deveriam se amar e se
respeitar.
No
mundo virtual em que vivemos chega a ser surpreendente, se não assustador, o
ódio destilado seja qual for o assunto, com que uns tratam aos outros, em uma
crescente polarização, onde o desrespeito e os excessos deixam ao final uma
única certeza, a que todos estão distante da Verdade, presos as suas
realidades, onde o bem geral se perde em decorrência da disputa pela razão e
pelo, ainda que não admitido, poder.
A
agressão verbal e física está escancarada, máscaras sociais caem com extrema
facilidade para aqueles que extrapolam todos os limites de civilidade e do respeito,
escondidos que estão atrás da tela de um computador ou de um celular.
Tudo,
talvez, seja fruto de uma revolução em andamento, quando aqueles que ainda
estão resistentes à mudança podem estar reencarnando juntos em um contingente cada
vez maior, e como agravante em relação a agitação disso decorrente, em um
período onde a informação e a notícia se espalham em uma velocidade
estonteante, e onde são raras as ocasiões em que não haja um vídeo sendo gravado
com os mais insólitos acontecimentos.
Não
há dúvida que pela imposição equivocada de algumas frentes religiosas na busca pelas
aceitações de seus dogmas, aliado ao fato dessa imposição ir contra a liberdade
que se anseia em várias frentes da sociedade, cada vez mais esmorece em um
número significativo de pessoas o desejo e a necessidade do desenvolvimento da
espiritualidade, quando até mesmo o próprio Cristo é visto e tratado como um
ser mitológico, não real, desviando-se por causa de estéreis discussões a
essência Divina para a efetiva evolução planetária, contida em seus ensinamentos
e em seus exemplos.
Corremos
o risco, assim, de seguirmos o exemplo de Capela, planeta que exilou aqueles
que mesmo avançados intelectualmente, insistiram de forma irascível na valorização
do mal, do vício, do desregramento das paixões, vindo eles servirem de deuses a
um planeta ainda infante, preso a selvageria de costumes, chamado Terra.
Ainda
é cedo para afirmarmos que isso ocorrerá de forma inquestionável, mas não há
dúvida que chegou a hora do nosso planeta galgar mais um degrau na escala
evolutiva dos mundos, e não serão algumas almas resistentes e insistentes na
negatividade de sentimentos que irão impedir que isso aconteça no tempo
previsto pela espiritualidade superior que comanda nosso orbe.
Estando
condicionada a transformação do nosso planeta à mudança da maioria dos
espíritos que aqui estagiam, não há dúvida que se faz estritamente necessária a
nossa própria renovação íntima para progredirmos como individualidade, e
carimbarmos o nosso passaporte para acompanha-lo em sua ascensão, lutando com
todas as nossas forças para eliminarmos a inferioridade que ainda existe em nosso
íntimo, reacendendo a chama do amor puro baseado no Cristo Jesus que está vivo
em nós desde que fomos criados.
Que
saibamos valorizar a oportunidade que hora recebemos de estudar, conhecer, e
quiçá, vivenciar os conceitos que formam o corpo doutrinário do Espiritismo
Codificado por Allan Kardec, aquele que nos reconduziu a pureza dos ensinamentos
cristãos, longe de regras e dogmas, de paraísos beatíficos e infernos de chamas
eternas.
Façamos
nossa parte, que seja no bem, que assim seja!
Muito bom
ResponderExcluirGratidão!!!
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