Buscamos ao iniciar o estudo da Doutrina Espírita
nos aprofundarmos no conhecimento que estão contidos em seu corpo doutrinário,
ao percebermos que estes trazem as respostas que sempre buscamos quanto ao
nosso passado, ao nosso presente e futuro, no que tange a nossa origem e ao
nosso destino, como ser individual e eterno frente ao Universo.
Entretanto, não haverá nenhuma validade se ao
estudarmos, ao adquirirmos novos conhecimentos, ao nos aprofundarmos na moral
evangélica, nos conceitos e preceitos doutrinários os guardarmos apenas para
nós, sem passá-los adiante, não possibilitando que outros irmãos do caminho
venham conhecer a Verdade do Consolador Prometido por Jesus, e assim também, se
prepararem de forma mais produtiva para a realização de suas tarefas, para a
solução de seus problemas, para benefício de seus relacionamentos, de sua
postura íntima.
O aprendizado, o conhecimento doutrinário é o
primeiro passo para conquistarmos o direito de nos denominarmos espíritas e
após esta conquista, temos o dever de compartilhar o máximo possível, com
todos, em nosso lar, no trabalho, no centro, com a família, com os amigos, com
as pessoas que, de alguma forma, fizerem parte de nossa existência.
Assim já o faz todo trabalhador responsável em suas
tarefas profissionais, primeiramente se capacitando para exercê-las corretamente,
conquistando com o tempo a experiência, a agilidade na execução, as maneiras e
as regras para o bom desempenho, tornando-se com o tempo, um bom instrutor para
os novos tarefeiros que ingressarem em sua empresa, em sua função.
Conhecimento e prática, os dois requisitos
necessários para o sucesso em qualquer tarefa que nos dispusermos a realizar,
inclusive as espíritas, as espirituais. Onde os médiuns, os oradores, os
diretores, os doutrinadores, deverão estudar, conhecer, treinar, acompanhar os
mais experientes, até que se sintam seguros no desempenho do que se propuserem
a realizar, com a humildade, o discernimento, a boa vontade e o amor que devem
acompanhar a todos que se dedicam a Seara do Senhor.
Impaciência, intolerância, inveja, ciúme, preguiça,
raiva, sensualidade, desequilíbrios emocionais, fanatismo, radicalismo, são
sentimentos que não compactuam com aqueles que, como nós, desejam vivenciar a
Doutrina Espírita, pois, fazem com que, se afastem dos objetivos morais e reais
da tarefa, agindo como o já conhecido discípulo que frequenta seu culto, sua
missa, sua reunião apenas para cumprir uma obrigação, um evento social,
procurando apenas se sobressair, chamar atenção para si, longe de compreender o
verdadeiro sentimento, o verdadeiro objetivo cristão, conturbando e prejudicando
o ambiente, influenciando de forma negativa àqueles que ainda não estão completamente
seguros, inexperientes e com falta de estrutura e conhecimento, dos conceitos e
dos ensinamentos doutrinários.
Jesus já nos alerta que quem se colocar como
último, será o primeiro, exemplificando na prática, ao lavar os pés de seus
discípulos, a verdadeira humildade que deve revestir o coração daquele que quer
se dedicar ao trabalho na seara do Senhor.
Poucos ainda são os trabalhadores que conseguem
agir em todas as situações de acordo com a postura espírita cristã, deixando-se
levar diversas vezes por seus instintos e sentimentos inferiores ainda não
totalmente dominados e vencidos em sua personalidade, afinal, ninguém é
perfeito e muito temos ainda que lutar para conquistar o equilíbrio que
caracteriza os espíritos superiores em tarefa no nosso planeta.
É uma luta íntima, diária, constante, uma guerra
sem trégua contra nosso maior inimigo, o nosso passado, o que acumulamos de
negativo em diversas etapas reencarnatórias, dependendo da nossa vontade, do
nosso esforço, da nossa dedicação, para a superação e a conquista que nos
garantirá o direito de continuarmos a crescer, a buscar novos desafios.
Só vence a batalha quem se dispõe a lutar, quem
estuda, quem trabalha, aqueles que reconhecem seus erros, suas falhas, suas
dificuldades, que são humildes o suficiente para compreender suas limitações e
que lutam para superá-las, cientes da necessidade do auxilio por parte daqueles
que lhes são superiores e que os amam, os estimam e confiam que serão capazes
de vencer, de melhorar, de alçar a novas fases em suas jornadas evolutivas.
Com mais conhecimento, com mais estudo, com mais
experiência, maior é a nossa responsabilidade por nossos pensamentos, nossas
palavras, nossos atos, nossas posturas, diminuem as justificativas para os
erros e aumentam as probabilidades para os acertos, para as conquistas, as
vitórias. Quanto mais se tem, mais será cobrado, é a lei e a justiça Divina que
nos protege, nos ampara, nos possibilita tudo conquistar, mas, também, exige e espera
que façamos a nossa parte para podermos usufruir todos os benefícios que o bem e o amor nos
destinam. Cabe a cada um de nós escolhermos e decidirmos o que queremos, e assim
o será sempre, com a graça de Deus, Nosso Amado Pai.
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