segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Acumulando riquezas...




Vivemos em constante luta no plano físico para conseguirmos as mais diversas conquistas dentro do que a sociedade moderna oferece em termos profissionais, materiais, de bens de consumo, de conforto e comodidade. Nada mais natural, pois, se estamos encarnados, temos que agir e reagir de acordo com os costumes da época na qual estamos vivendo, assim como também já o fizemos em outros períodos reeencarnatórios, que por sua vez também tinham, mesmo sob outra perspectiva, suas necessidades e prioridades, que variam sempre de acordo com a época e as realidades de cada período.


Temos que procurar viver sempre da melhor forma possível e aproveitando tudo que a sociedade tem a oferecer, sendo lícito lutarmos para tal, de forma honesta, digna, sem vir a querer ou tomar nada que não seja nosso de direito ou que não esteja disponibilizado para tal, seguindo sempre as leis civis, mesmo que com elas não concordemos, lutando para altera-las, também de forma legal, quando assim julgarmos necessário.


As conquistas materiais não são infensas ao homem de bem, ao cristão, ao espirita, aquele que busca sua transformação e renovação espiritual, porém, é a forma utilizada para alcançar a estes objetivos que se torna fator de relevância para o nosso avanço espiritual, para o nosso enriquecimento íntimo, único que de fato importa quando formos chamados a novamente retornar a nossa verdadeira pátria, a espiritual.


Viver de forma caridosa, simples, sem nos deixar arrastar pelo orgulho, pela inveja, pela vaidade, pelo ciúme, pelo preconceito, pela falsa pretensão a superioridade, buscando sempre auxiliar o irmão do caminho que se encontra em dificuldade ou situação inferior a nossa, é o ponto chave para encontramos o equilíbrio e viver de acordo com os preceitos cristãos, sem precisar abrir mão da possibilidade de conforto e melhoramento material que a vida oferece e disponibiliza.


O mal não está em possuir, mas na forma que escolhemos de viver com aquilo que possuímos, na importância que damos para o status, para a posição social, no quanto acumulamos indevidamente, no quanto estamos preocupados em acrescentar cada vez mais em nossas riquezas sem uso efetivo e produtivo da fortuna ou da condição material que a vida está nos emprestando, de não repartimos, de não dividimos, ao não compreender que quem tem mais o têm exatamente para poder auxiliar o que tem menos.


De nada valerá termos acumulado riquezas, não termos tentado ou feito o mal para ninguém, se nada fizemos, por nossa vez, de bom para auxiliar o próximo, para servir de arrimo para aquele que nesta existência física não teve a oportunidade de conquistar as facilidades que a vida material e física oferece, e por vezes, nem mesmo o mínimo das condições para sua subsistência.


O forte tem o dever cristão de auxiliar ao mais fraco, o rico ao mais pobre, o são ao enfermo, o intelectual ao ignorante, o bom ao mau. Tudo que acumulamos indevidamente e não utilizamos para melhorar a condição de vida de nosso planeta, de nossa sociedade, servirá de peso extra a ser carregado quando retornarmos a pátria espiritual, peso este que exercerá uma pressão muito forte em nossa consciência, dificultando ao nosso equilíbrio e que desfrutemos, por nossa vez, todos os benefícios e possibilidades de estudo e trabalho que o plano espiritual oferece para aquele que, de fato, se interessa em crescer, em evoluir.


É no estudo, no trabalho digno e honesto, na preocupação de fazer o bem, de ser irmão, de ser justo, de ser fiel aos princípios cristãos que está a verdadeira riqueza do homem, independente da posição social que ele ocupe no mundo, independente do que faz, do que representa para a sociedade em que vive.

Tanto um presidente de uma nação como um gari pode alcançar aos píncaros que uma vida encarnada, no atual estagio evolutivo do nosso planeta, permite chegar. Não será o que cada um possui na vida material que irá determinar sua vitória espiritual, mas o que cada um fez, o que produziu e gerou de bem, para o enriquecimento da aura que envolve o planeta, pela luz que acendeu em seu coração e no coração de todos aqueles que cruzaram seu caminho nesta jornada evolutiva.


Vale salientar que o auxílio do que possui a melhor condição material e financeira ao que enfrenta necessidades, não está necessariamente na doação, mas principalmente, na geração de condições para que este venha a conquistar com seu esforço aquilo que precisa para o sustento e o lazer, seu e da sua família, é na geração de empregos, de condições de trabalho, do pagamento justo aquele que lhe de alguma maneira o serve, é fazer circular a riqueza que possui investindo no crescimento de seu país, garantindo que aquele que se esforçar, que trabalhar, seja qual for sua função, tenha garantido o mínimo de subsistência e respeito.


Rico é aquele que sente e vive o Cristo em seus pensamentos, em suas palavras, em suas ações, no que acumulou de positivo para sua personalidade cósmica na sua passagem por mais esta experiência entre inúmeras que já se foram e do que virá a acumular nas inúmeras que ainda estão por vir no plano físico deste amado planeta, na nossa amada Terra.



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