segunda-feira, 29 de setembro de 2014

O sentido deve ser único...





A distinção preconceituosa entre as religiões, as guerras realizadas em seu nome, as divisões sectárias, as perseguições, datam de séculos, acreditando aquelas que assim agem que são as únicas detentoras da verdade, como acontece até hoje em diversas partes do nosso globo, inclusive entre as que têm o mesmo ponto de origem, como as cristãs.


Orgulho, egoísmo, arrogância, prepotência, fontes geradas por um fanatismo religioso que faz com que irmãos, filhos do mesmo Pai se digladiem, se insultem, se ridicularizem, se matem, como se o Criador de todo Universo, em sua infinita bondade e justiça, fosse capaz de aprovar um único insulto, uma única agressão, uma única morte levada a efeito em seu nome.


É o ser humano na triste condição de se considerar o dono da razão, de querer determinar o que é certo e o que é errado, o que é bom e o que é ruim, o que é o bem e o que é o mal, iludindo-se de sua superioridade, considerando-se representante direto de Deus na Terra, chegando ao cúmulo de alguns destes inconsequentes afirmarem que com Ele conversam recebendo ordens diretas, como se privilégios e concessões fossem distribuídos para seres especiais, habilitados assim por Deus para ordenar, impor regras, determinar escolhidos, entre tantas outras arbitrariedades.


Idolatria, intransigência, manipulação, fanatismo, radicalismo, tudo gerado por aqueles que agem de acordo com seus próprios interesses em detrimento ao verdadeiro sentimento do bem, o que nos foi trazido pelos grandes representantes de Deus na Terra, entre eles, o maior, Nosso Amado Mestre Jesus, onde o amor, a caridade, a tolerância, o perdão, o não julgar, o respeitar, sempre estiveram em primeiro plano, em evidência, para que cada um de nós pudesse encontrar o verdadeiro caminho da elevação, para que cada um compreendesse a necessidade de carregar a sua própria cruz para sua evolução, para estar apto a segui-Lo, sendo Ele, portanto, o caminho, a verdade e a vida.


Não há religiões boas ou religiões ruins, há sim, homens bem intencionados e homens mal intencionados, muitos se escondendo atrás de dogmas, de concílios, de opiniões humanas como se fossem elas de origem divina, tentando através da manipulação impor seus conceitos e seus preceitos, notadamente contrários aos sentimentos que caracterizam aquele que ama a Deus e têm como premissa para a vitória espiritual, amar ao próximo como a si mesmo, se reconciliar com seus inimigos, praticar o bem e a caridade sem nada esperar em troca, sem esperar recompensa.


Todas as correntes religiosas tiveram seus luminares, seus líderes, aqueles que tiveram a coragem de enfrentar o mal na intenção de implantar o bem, os judeus tiveram a Moisés, os muçulmanos a Maomé, os egípcios e romanos aos seus deuses, os índios e negros as suas divindades, os católicos, os evangélicos, ao Cristo, os Espíritas, além do Cristo, a confirmação e a ampliação de seus conceitos e exemplos, através do advento do Consolador por Ele prometido.


Nenhuma destas religiões teve em sua base o ódio, o rancor, o preconceito, o revanchismo, a agressão, a guerra, a destruição, todas tiveram seus pilares baseados na justiça, na concórdia, na paz, no direito a vida, nos deveres em comum, na bondade, no respeito.


Foi o homem em sua ganância, em seu orgulho, em sua sede de poder, que a tudo distorceu, a tudo moldou conforme seus mesquinhos interesses, não havendo em nenhuma das guerras consideradas “santas”, inocentes ou culpados, tanto que as perseguições e agressões variaram ao longo do tempo, ao longo da história da humanidade, onde as vítimas passaram a algozes, os perseguidos a perseguidores, os agredidos a agressores.


A Verdade única um dia unirá a todas as correntes religiosas, até lá normal que existam diversas correntes que se destinam aos mesmos objetivos: a perfeição, a paz espiritual, o melhoramento do ser para o bem, tanto que até na espiritualidade, após o desencarne, muitos ainda continuam seguindo os dogmas e os ensinamentos das religiões a que se dedicavam no plano físico, a adaptação é gradual, respeitando-se sempre o limite de compreensão de cada um, desde que suas intenções se baseiem no amor, no bem, no respeito, na amizade, na paz entre todos.


O importante é estarmos cientes que todos os caminhos levarão a evolução espiritual, sendo de relevante, a forma como vivenciamos a corrente religiosa que escolhermos para nós, podendo, por exemplo, um bom católico sempre poder contar com o arrimo dos benfeitores espirituais, enquanto que um espírita preso as paixões e aos sentimentos inferiores, nada mais poderá esperar do que o choro e ranger de dentes, arrastado que será por sua consciência culpada até que reencontre o equilíbrio através do esforço individual da reparação e da renovação no caminho do bem.    


 A cada um segundo sua obra, nunca é demais relembrar.


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