domingo, 12 de outubro de 2014

Feliz dia das Crianças!!!











Cães & Gatos - Um amor...quase...impossível!

2001



Acendem-se as luzes, a Mãe segura as alças de um grande cesto disposto sobre a mesa, grita, chamando pela filha.



Mãe: Carolina! Onde está você? Venha ver o que comprei...

Carolina entra em cena, vai direto à mesa, se debruçando sobre o cesto.

Carolina: O que é mamãe? Deixa eu ver...é um gatinho!
Mãe: Gatinha, e será o novo membro de nossa família! Já ia até esquecendo, Filó pode ficar com ciúmes, temos que tomar cuidado para ela não maltratá-la!
Carolina: Se a Filó se meter a besta com a... é verdade...e o nome dela qual vai ser?
Mãe: Como quer chamá-la?
Carolina: Hummm... deixa eu ver... já sei, Pituxa. O nome dela vai ser Pituxa!
Mãe: Bonito nome, bem já é hora de você tomar seu banho e você Pituxa, fique aí direitinho que a gente já volta.
Carolina: Banho de novo? Todo dia?
Mãe: Deixa de ser porquinha e já pro banheiro, vamos, vamos...



Elas saem de cena, lentamente o pano que cobre o cesto começa a se mexer, aparece então o rosto de Pituxa, ela olha em volta e vai saindo de mansinho, ao avistar o sofá dá um pulo de alegria e se joga sobre ele.



Pituxa: Finalmente um lugar gostoso, bem diferente daquela feira de animais fedorenta, mas, Pituxa? Não tinha um nomezinho melhor? Ai...ai... eu vou é descansar...



Entra em cena Filó, a cachorrinha, cheirando os móveis, olha desconfiada o cesto sobre a mesa, como não encontra nada dentro, dá de ombros e vai distraidamente até o sofá, deitando em cima de Pituxa.



Pituxa: Aiiiii! Não enxerga sua pulguenta?
Filó: Quem é você?



Começa a avançar em direção a Pituxa que se arrepia toda em atitude de defesa.



Pituxa: “Sai fora” sua cadela! Olha que eu sou faixa preta de karatê!



Simula alguns golpes e cai sentada no sofá.



Filó: E eu faixa preta de mordida, quer ver?



Avança em direção a Pituxa. Neste momento entram em cena Carolina e a Mãe.



Mãe: Pare Filó! Porque está latindo tanto para sua nova amiguinha?



Pituxa finge que está machucada, deitada no sofá gemendo.



Carolina: Mãe, ela está chorando! Filó sua feia se você machucou Pituxa você vai ver!



Ao ouvir isso Pituxa levanta a cabeça, dá um sorriso maroto para a platéia e rapidamente deita de novo recomeçando a gemer.



Filó: Vejam! Ela está fingindo!
Mãe: Pare de latir Filó! Se você continuar maltratando Pituxa vai dormir lá fora! Venha Carolina, vamos tomar um sorvetinho!
Carolina: Oba! Sorvete!



Joga Pituxa no chão e sai correndo atrás da mãe. Filó cai na gargalhada ao ver Pituxa esparramada no chão.



Pituxa: “Tá” rindo de que sua bruxa? Cuidado senão vai dormir lá fora!
Filó: Elas não teriam coragem! Você é que tem que se comportar ou vai voltar para sua feirinha de onde não deveria ter saído!
Pituxa: O mundo é das espertas minha cara, e se eu quiser você vai lá pra fora rapidinho...
Filó: Você não é de nada! Pensa que tenho medo de uma bola de pêlos?
Pituxa: É tem razão...



Vai se aproximando bem lentamente de Filó, começa a esfregar seu pelo no dela, de repente dá um salto e abraça seu pescoço, começando a gritar bem alto.



Pituxa: Socorro! Socorro! Ela quer me matar, socorro!
Filó: O que está fazendo sua maluca? Pare de gritar! Me solta, me larga...



Carolina e a Mãe entram correndo em cena.



Mãe: Que é isso Filó?



A Mãe separa as duas, Carolina pega Pituxa no colo, que finge estar desmaiada.



Carolina: Pituxa morreu mamãe, Filó matou minha gatinha!
Mãe: Calma minha filha! Ela deve ter desmaiado de susto, e você sua malvada eu avisei, para fora, vamos, já para fora!


A Mãe começa a arrastar Filó, que resiste. Enquanto isso Pituxa abre o olho, faz uma careta e dá uma piscada para Filó, que luta para não sair.



Filó: Eu sou inocente, eu juro! Ela está só fingindo, não fiz nada, quero um advogado, eu tenho meus direitos!



A Mãe leva Filó para fora de cena, Carolina continua chorando.



Carolina: Será que ela vai morrer?
Mãe: Calma minha filha, vamos chamar o veterinário, ele deve ter alguma injeção boa para nossa gatinha.



Pituxa então levanta a cabeça assustada e começa a gemer como se estivesse acordando.



Mãe: Graças a Deus!
Carolina: Ela já está boa mamãe?
Mãe: Acho que sim minha filha, vamos dormir que já é tarde, assim ela descansa...
Carolina: A Pituxa pode dormir na minha cama? Só hoje vai mãe... deeixa!
Mãe: Está bem sua chorona, mas só hoje!
Carolina: “Eba”!



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Pituxa está deitada esparramada no sofá.



Pituxa: Que beleza! Isso sim que é vida!



Entra na sala a mãe que vem trazendo Filó, cabisbaixa, triste; Pituxa dá um salto e fica em guarda.



Pituxa: Chega “pra” lá sua velha pulguenta, senão eu grito, quer ver?
Mãe: Já sabe em Filó, ou se comporta ou vai lá para fora de novo!



A Mãe sai de cena, Filó zangada e vai para um canto, enquanto Pituxa dança na sua frente.



Pituxa: Quem tem medo de cadelinha, cadelinha... la,la,la…
Filó: Você vai ver sua fingida, eu ainda vou te pegar...
Pituxa: Essa menininha está “caidinha” por mim, você não tem a mínima chance...
Filó: Essa menininha tem nome, é Carolina, a nossa dona...
Pituxa: Que dona, que nada, eu não tenho dona...
Filó: Como você pode falar assim, ela só nos dá carinho...
Pituxa: Não faz mais que a obrigação e deixa de papo furado, Dona Jiló ou será Cipó, sei lá, eu tenho que procurar algo para me distrair...



Começa a andar pela sala procurando algo diferente quando se depara com uma boneca jogada na poltrona, dá um salto e a agarra.



Pituxa: “Oba” nada como uma bonequinha bem fofinha para eu treinar minhas “garrinhas”...

Filó: Não faça isso sua “bruxinha”, essa é a boneca preferida da Carolina e não vou deixar você estragar...Carolina, Carolina...



Pituxa começa a dançar com a boneca na mão, no exato momento que Carolina vai entrar em cena, Pituxa dá um giro e arremessa a boneca, caindo bem no colo de Filó.




Carolina: O que foi Filó, porque você está latindo tanto? Filóóóóóó, o que você está fazendo com a minha bonequinha?
Mãe: O que foi minha filha? O que aconteceu agora?
Carolina: A Filó festava querendo estragar minha boneca....
Filó: Não! Eu amo vocês, são minha família! Foi esta gata malvada, que quis rasgar sua boneca...
Mãe: Quieta Filó, já chega de bagunça por hoje! Agora vamos dormir que já é tarde minha filha e você tem aula amanhã...
Carolina: Mãe, ela pode dormir comigo?
Mãe: Talvez seja melhor, até essas duas se entenderem...



Filó dá um salto de alegria.



Carolina: Vamos Pituxa, vem minha gatinha...



Pituxa caminha toda orgulhosa até Carolina e saem abraçadas.



Filó: O que fiz de errado? Antes eu era a melhor amiga de Carol, estávamos sempre juntas, agora ela só pensa naquela gata falsa que nem liga para o seu carinho...



- 0 - 


  
Acendem-se as luzes, Filó deitada, triste, entra Pituxa se espreguiçando.



Pituxa: Que noite maravilhosa, se não fosse aquela chatinha me abraçando, tem que ver menina, ela quase me estrangula!
Filó: Como pode reclamar, ela adora você...
Pituxa: Humanos são todos iguais, para eles somos só um brinquedo, depois se cansam e mandam a gente embora como se fossemos uma boneca velha...
Filó: Carolina nunca faria isso...
Pituxa: Eu não “to” nem ai, o importante é aproveitar o quanto durar, puxa, estou com uma fome, não tem “rango” neste “barraco”?



Carolina entra em cena, juntamente com Paulinho.



Carolina: Venha Paulinho, venha conhecer a Pituxa!



Ela senta-se no sofá e agarra a Pituxa que tenta se soltar.



Pituxa: Solta, me solta, que coisa...
Paulinho: Deixa eu pegar um pouco...
Carolina: Claro, senta aqui...



Paulinho senta do outro lado do sofá, bem em cima do rabo de Pituxa.



Pituxa: Aiiiii! Olha por onde senta!



Paulinho tenta abraçar Pituxa, que se debate, eles riem.



Pituxa: Engraçado, muito engraçado, solta, me solta...



Ouve-se a voz da mãe de Carolina.



Voz da Mãe: Carolina! Foi você quem chegou?
Carolina: Foi mãe!
Voz da Mãe: Então vai lavar as mãos e venha comer, o almoço está pronto...
Pituxa: Almoço?
Carolina: Mãe! O Paulinho veio almoçar com a gente, a mãe dele deixou...
Voz da Mãe: Então venham crianças e não esqueçam, lavem as mãos...



Eles saem correndo e rindo de cena.



Pituxa: Viu só! Ela nem convidou a gente para almoçar...



Neste momento entram pela porta silenciosamente dois meninos, Filó e Pituxa se assustam.



Pedro: Veja Lucas, que casa “maneira”, vamos ver o que tem de bom por aqui...
Lucas: Vamos embora, Pedro, pode aparecer alguém e aí vai sobrar pra nós!
Pedro: Fica quieto seu “cagão”! Aposto que está se borrando todo! Brummmm!
Lucas: Eu não tenho medo de nada, “veio”!
Pedro: Sei, agora fique quieto, olha...acho que vi um lindo gatinho, vi sim e uma cachorra com cara de boba, “cara” arrumamos um belo brinquedo para hoje...
Pituxa: Viu só Dona Filomena, que culpa tenho se todos gostam de mim...
Filó: Sei não, estes garotos são estranhos, acho melhor chamar Carolina...



Ameaça gritar, mas Pedro vai até ela e segura sua boca.



Pedro: Rápido pegue o gato e vamos cair fora antes que apareça alguém!



Lucas então corre na direção de Pituxa e antes que ela possa esboçar qualquer reação, a agarra e arrasta para fora do palco, enquanto isso Pedro dá um chute em Filó e sai correndo tropeçando na mesa e derrubando o vaso que está em cima. Filó se ergue, vai até a porta e começa a gritar.



Filó: Parem, voltem aqui! Carolina! Carolina!



Entram em cena Carolina, a Mãe e Paulinho.



Mãe: Filó, o que foi? Meu Deus que bagunça! Você fechou a porta como eu mandei minha filha?
Carolina: Acho que não mamãe, veja, Filó está mancando, e Pituxa? Onde está a Pituxa?
Filó: Os meninos levaram ela...
Mãe: Calma minha filha, vamos procurá-la pela casa, ela deve ter se assustado e se escondeu em algum lugar...
Carolina: Foi a Filó que quis maltratar a Pituxa de novo, tenho certeza...
Paulinho: Calma Carolina, minha mãe sempre fala que nunca devemos acusar alguém sem saber...
Mãe: Paulinho tem razão, Carolina, vou procurar aqui em casa, vocês vão procurar lá fora, ela tem que estar em algum canto...



Filó fica sozinha na sala.



Filó: Nunca faria nada que deixasse Carolina triste, só falta agora sobrar para mim, bem feito para Pituxa, quem manda ser folgada? E agora o que faço? Ajudo ou não ajudo aquela gata?



Anda de um lado para o outro procurando tomar uma decisão. Joga-se no sofá e tenta dormir; rola de um lado pro outro, inquieta. Ouve-se ao fundo.



Voz de Carolina: Minha gatinha, onde ela foi parar? Pituxa, cadê você?
Voz de Paulinho: Vamos encontrá-la, não chore...



Filó dá um salto do sofá, com ar decidido, sai correndo de cena.



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Acendem-se as luzes, Lucas, Pedro e Pituxa ao centro. Pedro com um isqueiro ameaça queimá-la.



Pituxa: Socorro! Alguém me ajude...
Pedro: Pare de gritar, você vai dizer onde escondeu o mapa do tesouro, ou será queimada viva...
Lucas: É só uma gata, ela não fala...
Pedro: Eu sei, burro! Nós estamos brincando de pirata, esqueceu?
Lucas: Só que ela não vai falar e o que faremos?
Pedro: Botar fogo nela é claro! Com tanto pelo, vai ser uma festa, veja só...



Encosta então o isqueiro no pêlo de Pituxa que grita e se esperneia, assoprando tentando apagar o fogo.



Pituxa: Socorro, “to” queimando, pare com isso menino, pare, ai, ui, ai, ui...
Pedro: Não quer entregar o mapa? Então vai virar “churrasquinho”...



Quando estão prestes a queimá-la entra correndo Filó e parte na direção deles.



Filó: Parem com isso seus moleques, vocês vão ver como é bom mexer com a Super-Filomena...
Pedro: “Xô” vira- lata, “xô”...
Lucas: Corre, esta cachorra está louca...



Eles saem correndo de cena.



Filó: Isso mesmo, caiam fora!



Pituxa está com a cabeça coberta pelas patas, tremendo de medo.



Filó: Pronto, Dona Pituxa! Pode parar de tremer, eles já foram...
Pituxa: Quem mandou se meter, eu tinha tudo sobre controle, ia dar uma lição naqueles moleques...
Filó: É mesmo? Bom então vou indo, já que você se vira tão bem sozinha, acho que deve conhecer bem o caminho de volta...
Pituxa: Espere! Vou junto com você, estes meninos podem aparecer e alguém tem que te proteger, você não sabe fazer nada sozinha!
Filó: Vamos logo então, Carolina está desesperada!
Pituxa: Ela que espere...
Filó: Como você pode ser assim?
Pituxa: Já disse que não estou nem aí e...opa...”sujou”...



Entram em cena os dois meninos, cada um com um pedaço de pau na mão, Lucas também tem uma corda.



Pedro: Aí estão elas, pensam que podem nos vencer? Sou o capitão mais temido dos sete mares e vocês vão dizer onde está o tesouro!
Lucas: Mas eu já disse que eles não falam, são só animais!
Pedro: E daí? Você é burro e fala, qual a diferença?
Filó: Do que eles estão falando? Que tesouro? Seja o que for devolva para eles!
Pituxa: Que tesouro? Só se for “cocô” de gato, aí pode ter certeza que tenho bastante para dar...
Pedro: Vamos pegá-las, ao ataque!
Filó: Foge Pituxa, corra!



Eles vão na direção de Filó e Pituxa. Lucas empurra Pituxa que bate com a cabeça e desmaia. Enquanto isso Pedro cerca Filó ameaçando bater com o pau.



Pedro: Agora, passe a corda pelo pescoço!



Lucas então corre, passa a corda no pescoço do Pedro e começa a arrastá-lo



Pedro: Em mim não! Na cadela, “sua anta”!



Lucas amarra Filó e a prende em um poste.



Pedro: É agora! Vamos torturá-la, tenho certeza que ela vai abrir o bico!
Filó: Venham! Podem vir! Não tenho medo de vocês!




Os meninos então começam a bater com os paus em Filó que tenta se defender, os latidos despertam Pituxa que meio tonta vê o que está acontecendo; ela com medo, finge que ainda está desmaiada, mas quando Pedro acerta Filó, que grita de dor, Pituxa dá um pulo e fica de pé, os meninos não percebem.



Pituxa: Agora chega!




As luzes então diminuem, o palco em penumbra, um foco de luz vai acendendo gradativamente sobre Pituxa, que veste um quimono, com uma faixa preta. Quando o foco estiver totalmente aceso, ela está acabando de amarrar uma fita na cabeça.




Pituxa: Iaaaa! Uuuuuuu!Uuuuuuu!




As luzes deverão voltar ao normal no momento do primeiro grito, Pituxa então começa a simular golpes de karatê.



Pedro: Que é isso? Estou sonhando?
Lucas: Acho melhor a gente cair fora!
Pedro: “Tá” com medo de quê? É só uma gatinha vira-lata!
Pituxa: Só uma gatinha vira-lata? Pois saibam, que sou “Pituxa Kid”! Iaaa!



Ela então pula em cima deles, e começa a desferir golpes, eles caem no chão assustados, Pituxa aproveita, corre e solta Filomena.



Filó: Agora vocês vão ver seus moleques!
Pituxa: É isso aí, somos Batman e Robin!
Filó: Mas eles são homens!
Pituxa: É verdade, então somos as meninas-superpoderosas!



Pulam para cima deles, que saem correndo.



Filó: Puxa, eu não acreditei que você fosse faixa preta de karatê!
Pituxa: Para falar a verdade nem eu! Agora vamos!
Filó: Vamos, Carolina deve estar muito triste, ela gosta muito de você.
Pituxa: É mesmo...coitada...
Filó: Ué...


Elas vão saindo devagar, mancando.



 - 0 - 



Carolina está chorando no colo da mãe, Paulinho triste no outro canto do sofá, quando entram em cena, mancando, Filó e Pituxa.



Filó: Ai...ui...
Pituxa: Ui...ai...
Filó: Ai...ui...
Pituxa: Ui...ai...



Carolina grita de alegria e corre para abraçar Pituxa.



Carolina: Pituxa, você voltou! Está toda machucada, o que houve?
Mãe: Filó, também está machucada, andaram brigando de novo?
Carolina: Está vendo mamãe? Eu falei, foi a Filó, ela não gosta da Pituxa e acho que nem mais de mim, manda ela embora...
Mãe: Acho que você tem razão, por enquanto vamos amarrar Filó lá fora, depois a gente vê o que faz...



A mãe caminha em direção a Filó que recua assustada, Pituxa dá um salto e se põe na frente de braços abertos.




Pituxa: Parem, a culpa não foi dela, foram os meninos, ela me salvou...
Mãe: O que deu nesta gata agora?
Paulinho: Acho que ela quer dizer que a culpa não foi da Filó...
Carolina: Será? Mais por que estão machucadas então?
Paulinho: Vai ver que Pituxa se meteu em alguma encrenca e Filó a salvou...



Pituxa começa a saltar e afirmar com a cabeça.



Pituxa: Isso! Foi isso mesmo!
Mãe: Pelo jeito Filó é mesmo inocente...
Paulinho: Acho mesmo que ela é uma heroína...



Pituxa pula de novo.



Pituxa: É verdade, difícil de acreditar, mais é verdade...
Filó: Muito engraçada, não adianta, eles não entendem...



Carolina corre e abraça Filó.



Carolina: Obrigada Filó por salvar Pituxa, eu amo você, amo vocês...
Filó: Obrigada, Carolina, eu também te amo, isso me beije, eu gosto, me beije...
Pituxa: Que nojo, toda babada...
Mãe: Bem, já que está tudo em ordem, vamos, vou fazer pipoca para vocês...
Carolina: Oba, pipoca!
Paulinho: Isso que é um final feliz, está vendo Carolina, nunca devemos julgar ninguém...
Carolina: É verdade, ”tadinha” da Filó...
Mãe: Agora vamos, a pipoca nos espera...
Paulinho/Carolina: Oba!



Os três saem de cena



Filó: O que deu em você agora? Essa eu não entendi, você me protegendo? Está se sentindo bem?
Pituxa: Sabe o que é dona Filomena, é que você tem razão, agora eu vivo em uma verdadeira família, todos me amam, até você! Mesmo depois de tudo que lhe fiz, foi em meu socorro e me salvou de virar churrasquinho de gato. Eu também aprendi a gostar de você e de agora em diante nunca mais vou fazer nada que a prejudique ou que a deixe triste...nada...




Filó então lhe dá um abraço bem apertado, depois ajeita uma almofada no sofá e quando vai deitar, Pituxa corre deitando em seu lugar, fazendo com que Filó cai no chão, Pituxa deita, preguiçosamente.




Pituxa: Não vamos exagerar, é claro...




Apagam-se as luzes.

Cai a cortina.                                                               

                        









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