sábado, 18 de outubro de 2014

Postura Espírita.







Um dos maiores desafios para aquele que deseja superar seus instintos inferiores, seus erros, suas tendências negativas e trabalhar efetivamente para sua melhoria espiritual, através do estudo, da assimilação e do trabalho cristão, espírita, é o de vencer a si mesmo. Somos muitas vezes o nosso maior inimigo, os principais sabotadores das possibilidades de sucesso quando de retorno ao plano físico, insistindo em desperdiçar as oportunidades, temendo as dificuldades, renegando o esforço, o trabalho, a busca do resgate de nossas faltas, a superação sobre nossos vícios e nossas paixões degradantes e desequilibradas.


Com o esmorecimento da vontade, com o enfraquecimento da vigilância, mais difícil se torna difícil a nossa tarefa junto à espiritualidade superior, junto aos compromissos que assumimos quando do nosso planejamento reencarnatório, principalmente, quando estes compromissos são ligados a Doutrina Espírita, o que por si já exigem um preparo mais especifico, nos tornando, ainda na espiritualidade, mais capacitados a assimilar os ensinamentos e atender aos chamados quando estes se fizerem presentes em nossa vida encarnada.


Quando maior o aprendizado, quando maior as oportunidades recebidas para adquirir o conhecimento e as ferramentas necessárias para nossa evolução, maior é a responsabilidade por nossa vitória. “Muito será pedido a quem muito recebeu”, aquele que ignora o caminho é pouco culpado quando se perde, agora aquele que sabe o trajeto, que possui todos os equipamentos para percorrê-lo sem erros e mesmo assim se desvia do destino, pouco tem a seu favor que justifique o fracasso e assim, muito terá que realizar para voltar a merecer outra oportunidade, com a mesma preparação e as mesmas condições de realização.


Aquele que já na espiritualidade, tem a oportunidade de conhecer a Doutrina Espírita, as leis da causa e do efeito, da pluralidade de vidas, de mundos, que já recebe todas as orientações de como deve ser a postura do verdadeiro espírita, que já recebe e grava em sua consciência todos os ensinamentos necessários para cumprir suas tarefas junto a Doutrina quando reencarnar estará altamente qualificado e capacitado para atingir seus objetivos e também para que auxilie seus irmãos do caminho a que conquistem os seus.


O fracasso, nesta situação, possui diversos agravantes, que faz com que se torne mais dolorosa a sensação de derrota no retorno ao plano espiritual, principalmente, quando recuperar a lembrança das promessas feitas, dos ensinamentos recebidos, precisando encarar os amigos, os benfeitores e instrutores que o prepararam, suportando a vergonha, vencendo a vaidade, o orgulho, admitindo seus erros, suas fraquezas, não só para os outros, para o Pai Celestial, mas, principalmente, para si mesmo, para sua consciência.


Como em qualquer tarefa no plano físico, quanto maior a responsabilidade, maior será a cobrança, maior serão os louros pelas vitórias e mais difícil de suportar as consequências se fracassar. É o preço que paga, o risco que corre, aquele que tem a coragem de se expor e assumir novos desafios, novas lutas, indiscutivelmente, bem melhor do que se acomodar, se acovardar e temer deixar a posição que ocupa, satisfeito com o que sabe fazer e com o que tem, não se interessando em aprender e melhorar sua vida, em ampliar suas possibilidades, e assim poder crescer, principalmente, espiritualmente.


É melhor pecar pela ação do que pela omissão. Apenas trabalhando, estudando, tendo a iniciativa, buscando melhorar, crescer, superar novos desafios, galgar novas posições, conquistaremos a tão sonhada felicidade, a tão almejada perfeição, que, mesmo ainda incomensuravelmente distante, dela só nos aproximaremos se caminharmos, porque, parados não chegaremos nunca a lugar nenhum.


Feliz daquele que luta para vencer a si mesmo, que reconhece suas imperfeições, mas, não se acomoda e não desiste de combatê-las, poderá, sim, voltar a errar, porque ninguém é perfeito e todos estão sujeitos a fraquejar, mas, a importância de se reconhecer o erro, de não se conformar e da coragem de se reerguer e enfrentar as suas consequências faz do trabalhador merecedor do apoio e do amor de seus benfeitores e amigos, encarnados ou desencarnados, que o auxiliarão a recomeçar sua jornada, sempre.


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