quinta-feira, 9 de julho de 2015

No aprendizado constante...




Ao estudar as obras de André Luiz, psicografadas por Chico Xavier, por diversas vezes  nos deparamos com situações que imperam os sofrimentos, as injustiças, o desprezo pelo bem, as agressões a inocentes, os desencantos, as tristezas, as revoltas, que ao surgirem, despertam no protagonista, como também em nós, leitores, diversos sentimentos como a piedade, a solidariedade, a indignação, a pressa em interferir, em interceder, que contrasta de forma significativa com a postura de seus mentores e benfeitores espirituais, que usam como parâmetros de procedimento, a lucidez, a tranqüilidade, o amor, o discernimento, a lógica, a paciência, a tolerância, não definindo ou priorizando, não rotulando ou questionando quem é o agressor, quem é a vítima, quem é o algoz e quem é o enfermo, agindo sempre de forma construtiva e incisiva, buscando o equilíbrio e o beneficiamento geral de todos os envolvidos, o que faz com que o neófito nas tarefas assistenciais, André Luiz, por vezes, se desespere, deixe-se levar pela ansiedade e angústia, cogitando uma ação mais severa, mais impulsiva, que coincide, inclusive, com a forma normalmente utilizada por nós quando nos deparamos com problemas e situações similares no plano físico, acarretando invariavelmente soluções precipitadas e não plenamente objetivas tanto para nós, como para os demais envolvidos.

Também nos surpreendemos, ao estudar a Doutrina através das narrativas do autor, a praticidade, aliada a razão, com que os benfeitores espirituais agem para solucionar as situações aflitivas com que se deparam, sempre da forma com que todos os envolvidos sejam beneficiados, ampliando sempre o raio de ação, a abrangência, planejando suas ações para o auxilio do maior número de espíritos, sejam encarnados ou desencarnados, envolvidos no drama sob sua orientação.

Se for um caso de obsessão, eles vão buscar a origem do conflito, o fato gerador que levou aquele tipo de relação, beneficiando com suas ações a todos, tanto aos obsessores, como aos obsedados, ainda mais quando sabem serem os vínculos gerados entre os envolvidos, já de outras existências, sendo que, hoje quem é a vítima, ontem, pode e deve ter sido o agressor, o que não se justificaria, simplesmente, o afastamento de um, em detrimento a tranquilidade do outro,

Todos somos irmãos do caminho e mesmo quando o benfeitor espiritual tenha vínculo mais forte com um do que com o outro envolvido no drama, nunca age com parcialidade, com favoritismo, sempre visa o bem estar e a felicidade geral, não se preocupando no imediato afastamento do obsessor e sim que, o tempo, de forma gradativa e constante, desate suavemente os nós que os prendem um ao outro, ou os transformem em laços, não mais de ódio ou revolta, e sim de amizade, de perdão e amor.

Os espíritos superiores, os benfeitores espirituais, nossos mentores, são simples, humildes, equilibrados, coerentes, pacientes, tolerantes, mesmo quando suas ações não surtam o efeito desejado e aqueles a quem intentaram beneficiar continuem afastados do caminho do bem por sua própria insensatez e intolerância, pois, sabem, que o tempo, a dor, o sofrimento, a decepção, o tédio, vão fazer com que, mais cedo ou mais tarde, eles se voltem para a Verdade e passem a receber seus auxílios de forma mais positiva e produtiva, melhorando e readquirindo as possibilidades reais de transformação e crescimento.

Nós, que estudamos e Doutrina, que já temos o conhecimento de suas presenças e de suas atuações constantes ao nosso lado e no ambiente onde vivemos e procuramos desenvolver nossas tarefas, temos que nos esforçar ao máximo para auxiliá-los a nos auxiliar, a mais prontamente assimilar e compreender o que a espiritualidade superior espera de nós, para que possamos de alguma forma, não só algo fazer em nosso próprio adiantamento individual, mas, principalmente o que poderemos fazer pela coletividade, nas tarefas do dia-a-dia e as realizadas junto a Doutrina.

A melhor forma para que isso ocorra é nos mantermos sempre no caminho do bem, seguindo os preceitos e conceitos cristãos e espíritas, procurando fazer a nossa parte de acordo com os ensinamentos e exemplos, de caridade e amor, de estudo e trabalho que Nosso Mestre Jesus nos deixou.




Esforçando-nos por melhorar será sempre a melhor forma de continuar a receber a ajuda e a orientação que nossos benfeitores espirituais nos trazem, seja através de contatos diretos em nossas atividades espíritas ou através da intuição, do abraço apertado, do ósculo de amor que nos ofertam sempre que nossas energias, nossos pensamentos, nossos anseios, permitam que de nós, eles se aproximem.   

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