Ninguém está isento de erros, ainda
distante estamos de atingir ao nível espiritual daqueles que, acima das paixões
humanas, já não mais se deixam arrastar ou dominar por sentimentos como o ódio,
a mágoa, o ressentimento, o egoísmo, o orgulho, o preconceito, a vaidade,
exemplos que são de conduta, e que podemos constatar através da extensa
literatura espírita, principalmente, estas, objeto de nossos estudos, as obras
de André Luiz, onde espíritos benfeitores, instrutores, mentores, assistentes, encontram-se
mais próximos do ideal cristão ao qual podemos aspirar chegar quando em contínua
tarefa em nosso orbe terrestre, nos mostrando por seus exemplos um equilíbrio,
um discernimento, uma amplitude visionária que longe ainda estamos de possuir.
Enquanto isso nós, seus tutelados,
assim como André Luiz quando do relato de sua trajetória no plano espiritual, por
sermos estudiosos, por algo já sermos conhecedores dos preceitos do
Espiritismo, de sua ligação íntima com os conceitos cristãos, já podemos nos
considerar propensos a encontrar este equilíbrio, porém, indiscutivelmente ainda
frágeis em nossas resoluções, indecisos em assumir a disciplina e a constância
no proceder que é exigida daquele que, de fato, busca nesta existência o início
efetivo de sua transformação espiritual para o bem, conscientes que estamos, da
alta influência que nossos antigos vícios, nossas antigas imperfeições, ainda têm
sobre nossas escolhas, sobre nossas reações, sobre nossos mais íntimos
sentimentos.
Nesta ciência que devemos ter de nossa
ainda viva inferioridade, natural se faz que erros ainda sejam cometidos e
repetidos, tal a dificuldade de assimilação da nova postura que sabemos ter que
assumir caso nosso desejo de renovação seja sincero, porém, se não devemos ser
excessivamente severos com o nosso proceder, não esperando que venhamos a nos
tornar perfeitos de um dia para o outro, certo também, é que não devemos nos acomodar
com esta prerrogativa de errar, tudo fazendo, nos esforçando, agindo de forma
determinada e disciplinada para que isso não venha a ocorrer, tornando assim o
erro, exclusivamente o que ele deve ser, a exceção e não a regra.
Fator predominante quanto ao rumo que
estamos dando a nossa jornada e a forma pela qual estamos desenvolvendo a busca
a que nos destinamos, à do nosso aperfeiçoamento espiritual, de acordo com os parâmetros
do espiritismo cristão, é a intenção pela qual guiamos as nossas escolhas, as
nossas ações, as nossas reações, a nossa forma de pensar e de sentir, fazendo
com que os erros e os desvios do caminho que venham a ocorrer não os sejam por
livre e espontânea vontade, por opção pensada e racionalizada, e sim, por mero
acidente, por indevida compreensão dos fatos, ou por naturais desvios que as
situações possam vir a tomar que independem de nossa vontade, quando vão de encontro
a necessidades e prioridades, nossas ou dos nossos irmãos do caminho, e que
atualmente, fujam da nossa limitada compreensão, quando devemos ter a certeza e
a fé que Deus, e as forças superiores que regem o destino de nosso planeta,
sabem sempre o que é o melhor para todos nós.
Através do estudo, do trabalho, da
sinceridade de intenções no caminho do bem, nos sentiremos mais fortalecidos
para agir sempre de acordo com a nossa consciência, e de forma mais aproximada
possível, dos ensinamentos e exemplos do Cristo, sabedores que apenas as ações
baseadas no amor, na paz, no bem, serão aquelas que nos trarão efetivos benefícios
quanto a nossa ascensão individual, mesmo que para isso sejam necessários sacrifícios,
renúncias, perdas, sofrimentos, dificuldades, adversidades, sabedores que deveremos
ser que a melhor forma de avançarmos será, como predisse o Mestre, carregando a
nossa própria cruz, e esta, geralmente, está distante daquilo que, de forma leviana,
ainda insistimos em eleger como prioridade em nossa existência mundana, principalmente,
porque os tesouros que precisamos acumular são unicamente aqueles que poderemos
carregar por onde formos, e bem poucos dos que valorizamos hoje poderão conosco
adentrar as portas do túmulo, quando do retorno à nossa verdadeira existência,
a espiritual.
Cada um saberá sempre o que é melhor
para si, não há padrão absoluto de proceder, porque atravessamos períodos
evolutivos diferenciados, onde as necessidades se encontram de acordo com o estágio
que precisamos vencer e superar, o certo, porém, é que toda e qualquer ação terá
a sua consequência, o seu retorno a quem a gerou, e que o nosso presente, assim
como o nosso futuro, estão interligados e interdependentes com o que somos, o
que sentimos, o que criamos, e que a dor ou a alegria não mais são que as
respostas àquilo que plantamos para nós.
Para colher amor e paz, que se plante,
regue, adube, faça florescer e se espalhar à nossa volta, o amor e a paz.
Somos senhores do nosso destino, somos o
que fazemos, somos o que sentimos, somos a nossa razão e, principalmente, a
nossa emoção, somos o que é e o que faz a nossa mente e o nosso coração.
Que
seja Amor.
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