Somos
sim, parecidos por diversas vezes com nossos pais, com nossas mães, com nossos
irmãos, assim como nossos filhos também em diversos fatores conosco se parecem,
mas isso não deriva unicamente de nossas células, mas sim, do amor que nos une,
da simpatia que faz com que o nosso convívio já se estenda por um longo período,
decorrente de outras vidas, de outras situações, que nos mantém unidos e fortes
no objetivo de nos ampararmos e nos auxiliarmos na jornada evolutiva que todos
enfrentamos.
Porém,
notório também é o fato que, por mais que tenhamos semelhanças, não somos
iguais, somos independentes, com escolhas diferenciadas e únicas, enfrentando
as situações e as gerando, de acordo com aquilo que desejamos ou precisamos,
reagindo a cada uma delas unicamente de acordo com nossa personalidade.
Com
isso em mente, precisamos sempre não nos deixar prender pelo egoísmo, pelo
orgulho, pela vaidade, pelo excesso de zelo, e querer ou exigir, esperar ou
desejar, que os nossos filhos sejam idênticos a nós, seguindo o mesmo passo que
seguimos, tentando fazer com que façam as mesmas escolhas que fizemos, que
tenham a mesma força para suportar os problemas e adversidades que nós tivemos,
gerando falsas expectativas e obrigatoriedades, onde, por muitas vezes, apesar
de bem intencionados, acabamos por violentar as suas liberdades de escolha,
impondo a eles uma vida igual a nossa, sendo que possuíam outros sonhos, outros
objetivos, outras necessidades atuais e cármicas, acabando por neles gerar a
frustração, a decepção, a tristeza, por se verem arrastados por um caminho que,
em seus íntimos, não lhe era o melhor para sua evolução.
Da
mesma forma, os filhos que amam e veneram seus pais, precisam entender que,
mesmo que assim o desejem, não devem tentar imita-los em tudo, tentando viver
exatamente de acordo como eles vivem, seguindo a mesma profissão, o mesmo modo
de vida, dentro das mesmas escolhas e das mesmas decisões, onde muitas vezes com
isso contrariam suas próprias tendências naturais, acabando por não conseguir
encontrar a paz, o equilíbrio, as conquistas que julgava desejar, principalmente
porque não possui a mesma capacidade e o mesmo tino para as realizações que
seus pais levaram adiante, fazendo com que também se frustrem, correndo risco
de vir a se entregar a processos depressivos, autopunitivos, se afastando do
caminho que os levariam a evoluir e crescer.
Todos
nós, como individualidade humana, precisamos percorrer nossa jornada evolutiva
de acordo com nosso histórico cármico, como nossa personalidade, com nossas
necessidades e prioridades oriundas e geradas de outras existências,
aproveitando o convívio com aqueles que nos cercam para adquirir conhecimento, experiência,
de acordo com aquilo de positivo que eles têm a nos oferecer, da mesma maneira
que também nós, através daquilo que já conquistamos e que viermos a conquistar,
deveremos ser o modelo ou o exemplo para que irmãos do caminho ainda sem as nossas
conquistas, venham nelas se espelhar e, por sua vez, também aprender e avançar,
em uma constante reciprocidade de aprendizado e crescimento.
O
exemplo maior a ser seguido, em nosso planeta, é Nosso Amado Mestre Jesus
Cristo, e assim, desde que estejamos no caminho do bem e do amor por Ele proposto,
desde que tenhamos a coragem de carregar a nossa própria cruz e segui-Lo, desde
que a humildade, a caridade, o perdão, a tolerância, a sinceridade, o respeito,
a amizade, estejam presentes em todas as nossas escolhas, em nossas decisões,
poderemos estar conscientes e confiantes que estamos no caminho certo, junto
com aqueles que formam nossa família planetária.
Se
os nossos laços mais íntimos, nos secundarem e se afinarem com o nosso ideal
cristão, com o nosso ideal espírita, caminhemos e avancemos juntos, porém, se
por algum motivo eles ainda, recalcitrantes, preferem o mundanismo humano, as
paixões e os vícios degradantes, os sentimentos negativos e inferiores, que
sigam seus caminhos e encontrem, por si, as consequências naturais de seus atos
que um dia os fará repensarem suas posturas.
O
nosso papel, quando de acordo com os conceitos cristãos e os preceitos espíritas,
é o de ama-los, respeita-los, protege-los o quanto possível for, tudo fazendo
para tentar recambia-los ao caminho do bem, não os julgando, não os criticando,
não os condenando, não permitindo que se afastem definitivamente de nós, tudo
fazendo para que venham a se reencontrar no bem, tolerando e aceitando as
diferenças evolutivas que nos diferenciam, porém, nunca nos deixando
influenciar ou arrastar por seus desatinos em nome do amor, sabendo que a nossa
fortaleza é a que, um dia, mais cedo ou mais tarde, irá servir de porto seguro
para quando eles resolverem se reencontrar com o bem e com a paz que o amor do
Cristo representa.
Nossa
hereditariedade deve ser sempre a do Amor Puro, passando-o de pai para filho,
espalhando-o entre nossos irmãos do caminho, sem exceção, fazendo com que frutifique
e purifique, gerando a nossa volta a paz e a felicidade que só ele carrega
dentro de si.
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