Orar
e vigiar!
Assim
determinou Jesus, e assim precisamos viver para que consigamos vencer, ou pelo
menos, algo melhorar, à nossa situação cármica, para que possamos superar a
este estágio que estamos vivenciando no plano físico, onde praticamente todos nós
temos, como objetivos maiores, corrigir antigos desvios de personalidade,
resgatar débitos contraídos, não mais recalcitrar em reconhecidos erros, não alimentar
vícios, além de aprender a perdoar, a pedir o perdão, a transformar sentimentos
e crescer.
Nesta
fase de transformação eminente, onde são fortes e influentes os sentimentos e
as paixões negativas que nos comandam, ainda que já estejamos predispostos a sermos
pessoas melhores, a viver com civilidade, a respeitar as leis que regem o país
que nos foi determinado por berço nesta romagem terrestre, difícil é a batalha
contra o que fomos, em relação ao que somos e ao que desejamos ser, tornando-a
renhida, por vezes exaustiva, principalmente, porque são poucas as ocasiões
que, de fato, detectamos as nossas reais necessidades, as nossas relevantes
prioridades, tal o normal envolvimento que temos com o mundanismo humano, em
contrapartida a objetivos maiores ligados a nossa evolução espiritual.
Mesmo
que hoje já estejamos engajados nas tarefas cristãs, através do Espiritismo,
tendo a possibilidade do estudo, da fé raciocinada, do conhecimento que somos
eternos, que já tivemos outras existências carnais, onde encontramos as
explicações lógicas das diferenças individuais, das dificuldades impostas a
alguns em relação a aparentes privilégios doados a outros, onde a dor passa a
ser compreendida como remédio salutar, e a riqueza como bendita oportunidade de
trabalho em prol da sociedade onde vivemos, difícil que, no turbilhão diário,
onde os interesses imediatos predominam, principalmente, porque estamos em constante
contato com outros irmãos do caminho, íntimos ou não, também eles com seu cabedal
de conhecimento e suas necessidades preeminentes, que venhamos a manter um
pleno equilíbrio de nossas ações, de nossas reações, dos nossos sentimentos,
ainda mais porque temos como objetivo a mudança, a transformação, o que faz com
que o nosso antigo “eu”, em primeiro momento, tenha uma forte influência sobre
nossas decisões, nossas escolhas, a forma pela qual iremos lidar com as situações
que surgirem.
A
Doutrina Espírita também nos possibilita saber através do estudo, e, principalmente,
na possibilidade do intercâmbio mediúnico, que paralelamente ao nosso, vivo,
atuante, altamente influenciador no nosso dia a dia, temos o plano espiritual,
parte integrante e importante do nosso mundo, potencializando assim o grau e a
intensidade, além da diversidade e variedade, das influências a que todos nós
estamos sujeitos em nossa experiência atual, seja elas positivas ou negativas,
vindas de amigos e benfeitores ou de adversários ou associados no erro, além de
infindáveis situações circunstanciais a que todos estamos sujeitos no trato diário,
quando seremos defrontados por diversos irmãos do caminho, com as mais variadas
disposições íntimas, além das companhias espirituais que formam seu grau de
influência no todo.
Decorrente
de nossa extensa existência, com inúmeras vidas no plano físico e espiritual,
fato gerador preponderante para a formação da nossa personalidade atual, daquilo
que somos e que sentimos, normal que estejamos nos defrontando com as consequências
de nossos atos passados, assim como tendo que ter companhia direta aqueles que
de certa forma têm seu destino entrelaçado ao nosso, independente que as
energias que nos unem sejam superiores ou inferiores, o que faz com que nossa
liberdade de ação esteja sempre vinculada a vontade e a liberdade de inúmeros
irmãos do caminho, tornando necessário que aquilo que desejamos, para que venhamos
a encontrar o equilíbrio, deva estar intimamente vinculado aquilo que precisamos,
aprendendo a avaliar as situações que
surgirem, principalmente aquelas que fogem ao nosso controle ou ao nosso poder
de realização e decisão, não nos deixando arrastar nestas situações pelos
sentimentos negativos e paixões que ainda trazemos latentes dentro de nós, nos
policiando para não recalcitrar, e não vir a desperdiçar as frágeis conquistas
que começamos a angariar nesta existência, onde visamos a nossa renovação
espiritual para o bem, através do Espiritismo Cristão.
Por
mais que estejamos engajados nas tarefas da Doutrina, através do estudo sistemático,
dos trabalhos no centro, seja como dirigente, médium, palestrante, passista,
auxiliares, por mais que dediquemos horas no voluntariado cristão auxiliando
nossos irmãos do caminho encarnados e desencarnados, por mais que em nosso dia
a dia, em nosso lar, no nosso trabalho, no nosso lazer, nas nossas relações
sociais, busquemos sempre manter uma conduta cristã, disciplinando nossa forma
de agir, de falar, de pensar e de sentir, fundamental se fará sempre a constante
e continua observação em relação a recomendação do Mestre:
Orar
e vigiar!
Mesmo
após uma vida de trabalho e dedicação, de anos no aprendizado e na determinação
íntima de renovação, bastará um único momento de invigilância, de distração,
para que nosso passado culposo volte ressurgir, ainda mais se estivermos sendo
vítimas de perseguições ou influências espirituais inferiores, vinda de adversários
ou antigos cúmplices no erro.
Uma
ação, uma reação, uma escolha, uma única palavra ou gesto poderá determinar, em
questão de segundos, uma profunda guinada em nossa existência carnal, fazendo com
que venhamos a desperdiçar anos de lutas e suor, não porque tenhamos regredido,
mas simplesmente porque o que pensávamos ter conquistado ainda eram frágeis resoluções,
meras intenções, não ainda totalmente concretizadas como vitórias efetivas e verdadeiras.
Uma
provocação no trânsito, uma reação indevida a algo que fizeram para um nosso
ente querido, uma traição não perdoada, uma humilhação imposta, uma punição por
algo sofrido, o desvio de conduta pela provocação sexual, vindo a violar o
nosso lar ou o de terceiros, simples ações que podem determinar uma mudança
brusca e por vezes definitivas no rumo que tínhamos aparentemente definido em
nossa existência, até mesmo chegando à extremos de perdemos nossa vida física,
ou pior, que venhamos a tirar a vida de um irmão do caminho.
Cada
passo é de extrema importância para que venhamos a conquistar mais um degrau em
nossa jornada evolutiva, isto se é essa de fato a nossa intenção, o que nos
torna ainda mais responsáveis por aquilo que venhamos a fazer, principalmente
porque, o conhecimento, nos tira a possibilidade de nos defender sob a alegação
de ignorarmos a lei.
Relevante
e gratificante, porém, é que este conhecimento, quando bem vivenciado, nos possibilitará,
se nos mantivermos firmes e seguros em nossas resoluções, à aspirarmos mais
altos voos, mais complexos desafios, ainda que tenhamos plena consciência do
que nos falta atualmente corrigir, resgatar, e das inúmeras vezes que voltaremos
a falir, a errar, sendo, porém, o fator mais importante a considerar, o da
nossa intenção, e que esta seja sempre a do bem, que esteja sempre baseada na
mais pura moral cristã, onde a caridade e o amor sempre prevaleçam.
Muito obrigado pelas palavras, me possibilitando um pequeno mas muito importante momento de reflexão. Forte abraço.
ResponderExcluirMuito obrigado pelas palavras, me possibilitando um pequeno mas muito importante momento de reflexão. Forte abraço.
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