quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Nesta fase de transformação...




Orar e vigiar!




Assim determinou Jesus, e assim precisamos viver para que consigamos vencer, ou pelo menos, algo melhorar, à nossa situação cármica, para que possamos superar a este estágio que estamos vivenciando no plano físico, onde praticamente todos nós temos, como objetivos maiores, corrigir antigos desvios de personalidade, resgatar débitos contraídos, não mais recalcitrar em reconhecidos erros, não alimentar vícios, além de aprender a perdoar, a pedir o perdão, a transformar sentimentos e crescer.



Nesta fase de transformação eminente, onde são fortes e influentes os sentimentos e as paixões negativas que nos comandam, ainda que já estejamos predispostos a sermos pessoas melhores, a viver com civilidade, a respeitar as leis que regem o país que nos foi determinado por berço nesta romagem terrestre, difícil é a batalha contra o que fomos, em relação ao que somos e ao que desejamos ser, tornando-a renhida, por vezes exaustiva, principalmente, porque são poucas as ocasiões que, de fato, detectamos as nossas reais necessidades, as nossas relevantes prioridades, tal o normal envolvimento que temos com o mundanismo humano, em contrapartida a objetivos maiores ligados a nossa evolução espiritual.



Mesmo que hoje já estejamos engajados nas tarefas cristãs, através do Espiritismo, tendo a possibilidade do estudo, da fé raciocinada, do conhecimento que somos eternos, que já tivemos outras existências carnais, onde encontramos as explicações lógicas das diferenças individuais, das dificuldades impostas a alguns em relação a aparentes privilégios doados a outros, onde a dor passa a ser compreendida como remédio salutar, e a riqueza como bendita oportunidade de trabalho em prol da sociedade onde vivemos, difícil que, no turbilhão diário, onde os interesses imediatos predominam, principalmente, porque estamos em constante contato com outros irmãos do caminho, íntimos ou não, também eles com seu cabedal de conhecimento e suas necessidades preeminentes, que venhamos a manter um pleno equilíbrio de nossas ações, de nossas reações, dos nossos sentimentos, ainda mais porque temos como objetivo a mudança, a transformação, o que faz com que o nosso antigo “eu”, em primeiro momento, tenha uma forte influência sobre nossas decisões, nossas escolhas, a forma pela qual iremos lidar com as situações que surgirem.



A Doutrina Espírita também nos possibilita saber através do estudo, e, principalmente, na possibilidade do intercâmbio mediúnico, que paralelamente ao nosso, vivo, atuante, altamente influenciador no nosso dia a dia, temos o plano espiritual, parte integrante e importante do nosso mundo, potencializando assim o grau e a intensidade, além da diversidade e variedade, das influências a que todos nós estamos sujeitos em nossa experiência atual, seja elas positivas ou negativas, vindas de amigos e benfeitores ou de adversários ou associados no erro, além de infindáveis situações circunstanciais a que todos estamos sujeitos no trato diário, quando seremos defrontados por diversos irmãos do caminho, com as mais variadas disposições íntimas, além das companhias espirituais que formam seu grau de influência no todo.



Decorrente de nossa extensa existência, com inúmeras vidas no plano físico e espiritual, fato gerador preponderante para a formação da nossa personalidade atual, daquilo que somos e que sentimos, normal que estejamos nos defrontando com as consequências de nossos atos passados, assim como tendo que ter companhia direta aqueles que de certa forma têm seu destino entrelaçado ao nosso, independente que as energias que nos unem sejam superiores ou inferiores, o que faz com que nossa liberdade de ação esteja sempre vinculada a vontade e a liberdade de inúmeros irmãos do caminho, tornando necessário que aquilo que desejamos, para que venhamos a encontrar o equilíbrio, deva estar intimamente vinculado aquilo que precisamos, aprendendo a avaliar  as situações que surgirem, principalmente aquelas que fogem ao nosso controle ou ao nosso poder de realização e decisão, não nos deixando arrastar nestas situações pelos sentimentos negativos e paixões que ainda trazemos latentes dentro de nós, nos policiando para não recalcitrar, e não vir a desperdiçar as frágeis conquistas que começamos a angariar nesta existência, onde visamos a nossa renovação espiritual para o bem, através do Espiritismo Cristão.



Por mais que estejamos engajados nas tarefas da Doutrina, através do estudo sistemático, dos trabalhos no centro, seja como dirigente, médium, palestrante, passista, auxiliares, por mais que dediquemos horas no voluntariado cristão auxiliando nossos irmãos do caminho encarnados e desencarnados, por mais que em nosso dia a dia, em nosso lar, no nosso trabalho, no nosso lazer, nas nossas relações sociais, busquemos sempre manter uma conduta cristã, disciplinando nossa forma de agir, de falar, de pensar e de sentir, fundamental se fará sempre a constante e continua observação em relação a recomendação do Mestre:



Orar e vigiar!



Mesmo após uma vida de trabalho e dedicação, de anos no aprendizado e na determinação íntima de renovação, bastará um único momento de invigilância, de distração, para que nosso passado culposo volte ressurgir, ainda mais se estivermos sendo vítimas de perseguições ou influências espirituais inferiores, vinda de adversários ou antigos cúmplices no erro.



Uma ação, uma reação, uma escolha, uma única palavra ou gesto poderá determinar, em questão de segundos, uma profunda guinada em nossa existência carnal, fazendo com que venhamos a desperdiçar anos de lutas e suor, não porque tenhamos regredido, mas simplesmente porque o que pensávamos ter conquistado ainda eram frágeis resoluções, meras intenções, não ainda totalmente concretizadas como vitórias efetivas e verdadeiras.



Uma provocação no trânsito, uma reação indevida a algo que fizeram para um nosso ente querido, uma traição não perdoada, uma humilhação imposta, uma punição por algo sofrido, o desvio de conduta pela provocação sexual, vindo a violar o nosso lar ou o de terceiros, simples ações que podem determinar uma mudança brusca e por vezes definitivas no rumo que tínhamos aparentemente definido em nossa existência, até mesmo chegando à extremos de perdemos nossa vida física, ou pior, que venhamos a tirar a vida de um irmão do caminho.



Cada passo é de extrema importância para que venhamos a conquistar mais um degrau em nossa jornada evolutiva, isto se é essa de fato a nossa intenção, o que nos torna ainda mais responsáveis por aquilo que venhamos a fazer, principalmente porque, o conhecimento, nos tira a possibilidade de nos defender sob a alegação de ignorarmos a lei.



Relevante e gratificante, porém, é que este conhecimento, quando bem vivenciado, nos possibilitará, se nos mantivermos firmes e seguros em nossas resoluções, à aspirarmos mais altos voos, mais complexos desafios, ainda que tenhamos plena consciência do que nos falta atualmente corrigir, resgatar, e das inúmeras vezes que voltaremos a falir, a errar, sendo, porém, o fator mais importante a considerar, o da nossa intenção, e que esta seja sempre a do bem, que esteja sempre baseada na mais pura moral cristã, onde a caridade e o amor sempre prevaleçam.  

      

2 comentários:

  1. Muito obrigado pelas palavras, me possibilitando um pequeno mas muito importante momento de reflexão. Forte abraço.

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  2. Muito obrigado pelas palavras, me possibilitando um pequeno mas muito importante momento de reflexão. Forte abraço.

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