quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Bilhões somos em todo mundo...

Bilhões somos em todo mundo em um constante e variável intercâmbio entre planos, ora desempenhando visando nosso reajuste e realização no plano físico, ora nos reequilibrando, nos instruindo, trabalhando, em nossa verdadeira pátria, a espiritual.


Erros e acertos forjam a nossa personalidade cármica, desde os mais remotos tempos, onde as paixões inferiores, aos poucos, foram dando espaço para a mais ampla percepção da vida, nos tornando, mesmo que imperceptivelmente, por vezes, seres mais próximos a Verdade Divina, fazendo com que a nossa sociedade, em geral, cada vez mais também se aproxime do nível de civilidade ideal, fazendo nascer o respeito as diferenças e aos direitos individuais, criando leis cada vez mais justas e equitativas, protegendo minorias ou maiorias, que sempre sofreram a maior cota de sacrifícios e arrochos, na tentativa válida de tentar diminuir a distância existente ainda entre povos, entre classes, onde o mais forte e o mais capaz não mais exerça o seu poder de forma coercitiva sobre o mais fraco, mas, sim, que venha lhe servir de arrimo e incentivo para que, por sua vez, também venha a crescer e evoluir.


Se ainda há sérias dificuldades e obstáculos para que essas leis sejam postas em prática, e, principalmente, sejam aceitas por aqueles que se sentem seres superiores, não considerando privilégios aquilo que recebe a mais, mas sim, seu de direito, mesmo que em suas conquistas outros irmãos tenham que se sacrificar e abrir mão do mínimo para uma subsistência digna, é inegável o avanço de nossa sociedade em relação a situações que ocorriam no passado, onde o preconceito de castas, de raças, de religiões, assim como o direito das mulheres, dos idosos, dos deficientes físicos, eram simplesmente ignorados e sopesados, como ainda, infelizmente, ainda vemos em alguns povos ainda presos a ignorância em algumas regiões de nosso planeta.


E foram exatamente esses abusos, essas discrepâncias, esses crimes ocorridos entre classes sociais e políticas, entre povos, entre religiões, os causadores de inúmeros crimes no passado, sendo um dos mais graves de todos a escravidão, tornando-os fatos geradores de inúmeros processos cármicos os quais respondemos até hoje, com vínculos pretéritos a serem desfeitos no mal e refeitos no perdão e no entendimento, no ressarcimento de dívidas, na correção de posturas, na renovação de sentimentos, onde vítimas e algozes de todos os tempos se debatem muitas vezes com alternância de posições, mas, indubitavelmente, aos poucos, pelo trabalho ou pelo sofrimento, vindo a avançar rumo a um entendimento amplo e benéfico para todos, como individualidade e como coletividade.


Na resistência daqueles que ainda combatem de forma acirrada a estes benefícios sociais que tentam reequilibrar e reajustar as injustiças sofridas por muitos ao longo de séculos, vemos os que ainda não se conformam em ter que abrir mão daquilo que consideram seu por direito, por se considerarem mais fortes, mais capazes, ainda que suas conquistas tenham sido advindas na verdade, muitas vezes, por esforço e trabalho de seus predecessores, onde hoje eles são só usufrutuários.


São aqueles que ainda se deixam dominar pelo orgulho, pela vaidade, pelo egoísmo, encontrados em todas as classes sociais, onde mesmo os que ainda nada possuem, apenas invejam aos que julgam superiores, tendo como objetivo maior apenas estar entre eles, interessados unicamente em também usar e abusar do poder para satisfazer seus desejos mesquinhos e pessoais, ainda que disfarçados no verniz da civilidade.


Entretanto, nosso planeta vive um período de transição, por força do progresso inadiável e necessário, deveremos deixar a posição atual onde prevalecem as necessidades de provas e expiações, de resgates e reparações, para um período onde a regeneração se fará mister, ou seja, onde os que detém em seu íntimo o desejo sincero de se renovarem, de se transformarem para o bem, serão maioria absoluta, dando vazão para que os sentimentos nobres floresçam e ocupem o merecido espaço, fazendo com que os que insistam no mal e no erro se sintam cada mais isolados e constrangidos, vindo a se restringirem apenas a duas opções na continuidade do seu processo evolutivo, que são a beneficamente sucumbir ao suave jugo do bem, buscando por sua vez a mudança de sua postura, ou se afastando e buscando a outros lugares onde possa externar o negativismo que ainda insiste eleger para si, afastamento este que, em determinado período, na reincidência do mal, infelizmente para ele, acabará, por forças das circunstâncias, por lhe ser imposto.


Jesus Cristo, como Ele mesmo afirma, é o Caminho, a Verdade, e a Vida, sendo o guia mais seguro para que venhamos a encontrar aos parâmetros que nos farão encontrar, em nós, fazendo-os florescer, os sentimentos ideais para compormos esse novo mundo que mais cedo ou mais tarde prevalecerá, onde o respeito, a tolerância, a caridade, a solidariedade, a amizade, a sinceridade, a honestidade, a lealdade, a justiça, o amor, comandarão as ações de forma natural, sem imposições, sem exigências, sem que o mais forte tenha que se sobrepor ao mais fraco, mas, sim o auxilia-lo a conquistar, com suas próprias forças, em igualdade de condições, aquilo que almejar de bom para si e para a sociedade onde vive.


Não podemos mudar o todo, essa mudança ocorrerá de forma gradativa de acordo com a renovação das individualidades, onde cada um que aprender que o bem é o único caminho a seguir se tornará mais um ponto de luz a iluminar o espaço terrestre, até que esta luminosidade, aliada a luz emanada por nossos benfeitores espirituais, se unirá a Luz Maior do Nosso Mestre Jesus, aproximando-nos cada vez mais do ideal maior junto ao Nosso Pai Celestial.


Que assim seja!           


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