A
educação quanto ao que pensamos e sentimos é fundamental para que possamos
passar a externar equilíbrio e sensatez em todas as situações de nossa existência, estejamos a sós,
com nossos íntimos, nos comezinhos problemas diários, e em tarefas mais amplas
e abrangentes, vindo a tomar assim de forma natural, quando no bem e assim determinados, uma
postura cristã, conciliatória, agregadora, construtiva, buscando disseminar o
bem, combatendo, consequentemente, as paixões, os vícios, os instintos inferiores, não só com aqueles
com quem convivemos e temos a oportunidade de influenciar positivamente com
nossos exemplos, mas, principalmente, disciplinando a nós mesmos, visto que
somos sempre o maior adversário a ser combatido quando do processo de nossa
reforma íntima, tal o desequilíbrio acumulado em séculos de erros e equivocadas
escolhas e posturas.
As
maiores dificuldades a vencer são aquelas geradas por nossos sentimentos
inferiores, as ações e escolhas que diariamente tomamos que não ferem as leis
humanas, mas que agem negativamente sobre a nossa vida em sociedade, sobre a
civilidade que devemos compartilhar com o próximo, seja em relacionamentos íntimos,
em nosso lar, ou em nosso trabalho, em nosso lazer, nos encontros e
compromissos diversos que temos durante um dia normal de nossa existência no
plano físico.
Ao
agirmos de forma egoísta, ao desprezar as necessidades e aos desejos do próximo,
ao nos deixarmos enredar pela vaidade, pelo preconceito de qualquer tipo, ao sermos
intolerantes e agressivos, mesmo que verbalmente, com aqueles que pensam e
vivem de forma diversa que a nossa, aos nos julgarmos superiores ou inferiores,
intelectualmente ou socialmente, condenando a vida alheia ou a julgando de
acordo com a nossa estreita visão do todo, nos perdemos em um cipoal de
conjecturas, de tabus, de estereótipos, acabando por nos prender a uma
realidade fictícia, vendo ao mundo apenas pela visão de quem somos e do que
estamos acostumados a ser, impedindo a nós mesmos de virmos angariar um
cabedal maior de experiência e conhecimento, originários, geralmente, exatamente
das diferenças, onde aprendemos e ao mesmo tempo orientamos, sem a noção que podemos
ser felizes e vitoriosos, independente de nossa condição, seja ela, social,
profissional, física, ou de qualquer outro tipo de caracterize uma diferente vivência em relação ao próximo,
bastando para isso que tenhamos a humildade e a decência de respeitarmos a cada
um como é, e lutarmos, no caminho do bem, para alcançarmos de forma digna e
honesta àquilo que sonhamos ou almejamos vir a ser.
Tudo
poderemos conquistar, tudo que existe no plano físico está franqueado
para qualquer um de nós, porém, nossa consciência, se devidamente ouvida e respeitada,
nos recambiará sempre para aquilo que mais necessitamos em nossa atual existência,
e que muito está ligado ao nosso passado
cármico, as nossas precedentes vidas, o que por vezes, no obriga a abrir
mão de certos prazeres que o mundo nos oferece, para nos focarmos
essencialmente no que nos fará recuperar o equilíbrio, perdido devido aos nossos erros passados, assim como também nos realinharmos aos objetivos maiores que devem
nortear a todos nós que temos por objetivo a transformação para o bem.
Desta
forma, natural quando nos sintamos ansiosos, depressivos, angustiados, mesmo
quando estamos plenamente vitoriosos no que se refere as conquistas materiais,
aos valores de sucesso e felicidade que a sociedade nos determina, porque sentimos
em nosso íntimo que algo nos falta, que algo ainda impede nossa
felicidade, e essa falta, geralmente, está ligada ao compromisso que assumimos antes de reencarnar, que pode vir
a ser com alguém específico, com uma postura determinada, com uma ação
relevante na coletividade, tudo ligado ao nosso passado e que ainda se encontra pendente, nos
impedindo de avançar como desejaríamos, a razão que nos leva na maioria das vezes, quando no plano espiritual, a retornar a carne
de forma voluntária, exatamente para conquistar o que nos falta para nossa evolução.
O
esquecimento que reveste o nosso espírito quando reencarnamos impede que
venhamos a conhecer os detalhes daquilo que mais nos falta para conquistar o equilíbrio íntimo como individualidade eterna, porém, não podemos desprezar, e é
o que geralmente fazemos, aos inúmeros sinais que a vida física nos apresenta no
decorrer do tempo que estamos encarnados, quando preferimos burlar
os avisos íntimos de nossa consciência, em detrimento aos prazeres efêmeros e
as conquistas transitórias as quais acostumados estamos a valorizar quando no plano físico.
Ainda
que não recordemos, temos sim, chamados de várias frentes, para que venhamos a
despertar para os conceitos e exemplos do Mestre Jesus, aqueles que se, conhecidos
e vivenciados, nos levarão sempre a estar em paz e equilibrados para as
melhores escolhas e decisões, tendo um suporte ainda maior se tivermos a oportunidade
de conhecer e nos aprofundar nos estudos dos preceitos que nos trazem a
Doutrina Espírita, quando nos apresenta os relevantes fatores da reencarnação,
da lei da causa e efeito, da pluralidade das existências e dos mundos, assim
como de tudo que poderemos vir a esperar para o nosso futuro, de acordo com a postura
que escolhermos para nossa existência atual.
Se
temos a oportunidade de conhecer a Jesus, seja em qual frente religiosa for,
nada mais justifica, se esse for o nosso desejo, de continuarmos a valorizar a
negatividade do proceder, os sentimentos inferiores, os vícios, as paixões
degradantes, pois, Ele, em sua essência, é só amor, bondade, amizade, caridade,
humildade, tolerância, representando a união, a solidariedade, o respeito, fazendo-nos
compreender o quanto a nossa felicidade depende da felicidade do próximo, o
quanto a dor do nosso irmão do caminho indiretamente nos atinge, ainda mais
quando a nossa ação direta ou indireta poderia de alguma forma o auxiliar a
recuperar o equilíbrio, e retomar sua jornada.
Nossa
evolução individual dentro dos parâmetros cristãos, nos faz ingressar nas
fileiras dos tarefeiros que lutam pela evolução coletiva, do próximo, do mundo
onde vivemos, ainda mesmo que venhamos a conquistar o direito a mais altos
voos, porque o amor que este sentimento representa, nos faz voltar, interessados
em que nossos entes mais queridos também venham a conquistar por sua vez a este
estágio, e quanto mais subimos, maior é o campo que nossa visão abrange,
aumentando de forma significativa assim a nossa família, onde passamos a ver em
cada ser um irmão amado a ser orientado e protegido.
Que
possamos um dia, com nosso esforço e dedicação, alcançar a este estágio, onde
de protegidos passaremos a ser protetores, de auxiliados poderemos vir a
auxiliar, sendo parte integrante daqueles que nada mais tem a temer da inferioridade
humana, apenas vendo-a como mais um tesouro a ser transformado e alçado ao amor
infinito do nosso Criador.
Que
assim seja!
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