Aquele que estuda a Doutrina Espírita e
conhece seus princípios básicos, sabe que todos nós estamos aqui, no plano
físico, de passagem, sendo a verdadeira vida, a espiritual.
Ainda assim, nós espíritas, ainda
valorizamos, lutamos, brigamos, adoecemos, nos encolerizamos, nos magoamos e nos
revoltamos, por coisas e situações fúteis, pequenas, insignificantes, se comparadas
as reais necessidades e prioridades que devem nortear a vida de um verdadeiro
cristão.
Discussões e agressões por futebol, por
política, por religião, por preconceito social, sexual, de raça, de cor, brigas
insanas, que em muitos casos, levam à agressão, à morte.
Pequenos contratempos no trânsito, nas
filas de banco, no mau atendimento do funcionário público, com o vizinho barulhento,
com as crianças indisciplinadas, onde perdemos o equilíbrio, a serenidade, a
razão, e nos deixamos arrastar por sentimentos contraditórios, geralmente, baseados
na vaidade, no orgulho, no egoísmo.
Situações que nos sentimos,
equivocadamente, humilhados, nos preocupando em não sermos vencidos e superados
na contenda, não mais nos atentando para a solução do problema, não mais nos
preocupando com quem está a razão, e se a briga ou a sua consequência, de fato,
tem alguma relevância para o prosseguimento normal de nossas vidas.
Difícil de imaginar, Madre Tereza de
Calcutá, Chico Xavier ou tantos outros trabalhadores do bem que vivem ou já viveram
entre nós, brigando em uma esquina porque seu time perdeu, seu candidato é
melhor, ou porque alguém, indevidamente, riscou seu carro ou passou a sua
frente na fila do supermercado.
Eles não foram especiais, eles não são
santos, são simplesmente pessoas como nós, que por seu próprio esforço, por sua
própria dedicação, compreenderam que só o amor, só a compreensão, só a fraternidade,
só o respeito, só o perdão, só a caridade, podem fazer com que conquistemos a
paz de espírito e o equilíbrio que, no fundo, todos buscam, cientes que na
simplicidade, na humildade, está a resposta de como agir para seguir Àquele que
nos serve de exemplo e de estímulo, para que também lutemos por nossa
transformação e, assim, conquistarmos o direito de sermos chamados de homens de
bem, Nosso Senhor Jesus Cristo.
Desta forma, se de fato, nós espíritas,
desejamos nos instruir, nos aperfeiçoar, se almejamos viver esta oportunidade
cármica da melhor forma possível para quando do nosso retorno a pátria
espiritual possamos encetar novas tarefas, novos desafios, vindo desfrutar da
companhia e da presença sempre estimulante de nossos benfeitores espirituais, precisamos
nos conscientizar, e aprender a valorizar as reais e verdadeiras prioridades,
os reais valores cristãos, nos adaptando aos parâmetros que norteiam a existência
do tarefeiro espírita, daquele que sabe das suas necessidades, de suas
responsabilidades, e está sempre voltado não só para o seu crescimento individual,
mas, também, do seu próximo e do ambiente onde foi chamado a viver e a
desenvolver suas tarefas, quando desta experiência carnal.
Saber respeitar a si mesmo, ao próximo,
a Deus e não se deixar envolver por atitudes e situações onde o desequilíbrio,
a inconstância, os sentimentos negativos predominem, sabendo vigiar e cuidar
para que seus instintos inferiores e suas dificuldades pretéritas não ganhem
vulto e não voltem a influenciar de forma errônea suas escolhas, suas decisões,
sua postura.
Para aspiramos novas oportunidades,
temos que primeiro estarmos preparados e abalizados no bem, nas tarefas e nas
lições que nos levarão sempre a mantermos como ideal seguir o Mestre,
aprendendo, assim, a carregar a nossa cruz com dignidade e amor, como Ele tão
bem nos ensinou.
Não é submissão ou atitudes não
participativas em nosso dia a dia no que tange a nossa família, ao nosso
trabalho, ao nosso convívio social, mas a consciência que cada um de nós se
encontra em um momento evolutivo diferenciado, que não nos cabe transformar a
maneira de pensar e de agir de ninguém, além de nós mesmos, guardando o devido
respeito a todos, porém, sendo firmes e resolutos quanto a percorrermos o
caminho do bem, tendo como bandeira maior o amor e a paz, combatendo de forma
cristã o mal, e com ele não sendo, em nenhuma hipótese, conivente.
Guia seguro do proceder?
Nosso Amado Mestre Jesus!
Que assim seja!
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