quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Saber respeitar...






Aquele que estuda a Doutrina Espírita e conhece seus princípios básicos, sabe que todos nós estamos aqui, no plano físico, de passagem, sendo a verdadeira vida, a espiritual.

Ainda assim, nós espíritas, ainda valorizamos, lutamos, brigamos, adoecemos, nos encolerizamos, nos magoamos e nos revoltamos, por coisas e situações fúteis, pequenas, insignificantes, se comparadas as reais necessidades e prioridades que devem nortear a vida de um verdadeiro cristão.

Discussões e agressões por futebol, por política, por religião, por preconceito social, sexual, de raça, de cor, brigas insanas, que em muitos casos, levam à agressão, à morte.

Pequenos contratempos no trânsito, nas filas de banco, no mau atendimento do funcionário público, com o vizinho barulhento, com as crianças indisciplinadas, onde perdemos o equilíbrio, a serenidade, a razão, e nos deixamos arrastar por sentimentos contraditórios, geralmente, baseados na vaidade, no orgulho, no egoísmo.

Situações que nos sentimos, equivocadamente, humilhados, nos preocupando em não sermos vencidos e superados na contenda, não mais nos atentando para a solução do problema, não mais nos preocupando com quem está a razão, e se a briga ou a sua consequência, de fato, tem alguma relevância para o prosseguimento normal de nossas vidas.

Difícil de imaginar, Madre Tereza de Calcutá, Chico Xavier ou tantos outros trabalhadores do bem que vivem ou já viveram entre nós, brigando em uma esquina porque seu time perdeu, seu candidato é melhor, ou porque alguém, indevidamente, riscou seu carro ou passou a sua frente na fila do supermercado.

Eles não foram especiais, eles não são santos, são simplesmente pessoas como nós, que por seu próprio esforço, por sua própria dedicação, compreenderam que só o amor, só a compreensão, só a fraternidade, só o respeito, só o perdão, só a caridade, podem fazer com que conquistemos a paz de espírito e o equilíbrio que, no fundo, todos buscam, cientes que na simplicidade, na humildade, está a resposta de como agir para seguir Àquele que nos serve de exemplo e de estímulo, para que também lutemos por nossa transformação e, assim, conquistarmos o direito de sermos chamados de homens de bem, Nosso Senhor Jesus Cristo.

Desta forma, se de fato, nós espíritas, desejamos nos instruir, nos aperfeiçoar, se almejamos viver esta oportunidade cármica da melhor forma possível para quando do nosso retorno a pátria espiritual possamos encetar novas tarefas, novos desafios, vindo desfrutar da companhia e da presença sempre estimulante de nossos benfeitores espirituais, precisamos nos conscientizar, e aprender a valorizar as reais e verdadeiras prioridades, os reais valores cristãos, nos adaptando aos parâmetros que norteiam a existência do tarefeiro espírita, daquele que sabe das suas necessidades, de suas responsabilidades, e está sempre voltado não só para o seu crescimento individual, mas, também, do seu próximo e do ambiente onde foi chamado a viver e a desenvolver suas tarefas, quando desta experiência carnal.

Saber respeitar a si mesmo, ao próximo, a Deus e não se deixar envolver por atitudes e situações onde o desequilíbrio, a inconstância, os sentimentos negativos predominem, sabendo vigiar e cuidar para que seus instintos inferiores e suas dificuldades pretéritas não ganhem vulto e não voltem a influenciar de forma errônea suas escolhas, suas decisões, sua postura.

Para aspiramos novas oportunidades, temos que primeiro estarmos preparados e abalizados no bem, nas tarefas e nas lições que nos levarão sempre a mantermos como ideal seguir o Mestre, aprendendo, assim, a carregar a nossa cruz com dignidade e amor, como Ele tão bem nos ensinou.

Não é submissão ou atitudes não participativas em nosso dia a dia no que tange a nossa família, ao nosso trabalho, ao nosso convívio social, mas a consciência que cada um de nós se encontra em um momento evolutivo diferenciado, que não nos cabe transformar a maneira de pensar e de agir de ninguém, além de nós mesmos, guardando o devido respeito a todos, porém, sendo firmes e resolutos quanto a percorrermos o caminho do bem, tendo como bandeira maior o amor e a paz, combatendo de forma cristã o mal, e com ele não sendo, em nenhuma hipótese, conivente.

Guia seguro do proceder?

Nosso Amado Mestre Jesus!

Que assim seja!

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