quinta-feira, 5 de setembro de 2019

A Energia Vital!






Todos os corpos, em toda a criação, seja qual forem seus estágios evolutivos atuais, estão saturados da energia, do fluído vital apresentado e explicado por Allan Kardec nas obras da Codificação Espírita, o que os possibilita de cumprir seus objetivos, suas missões, seus resgates ou expiações, como parte integrante da grande família universal.

O homem, por já possuir o discernimento, o livre arbítrio, o poder de decidir seu destino por suas próprias escolhas e decisões, baseando-as na razão e na emoção, e não mais somente nos seus instintos, torna-se responsável pelo bom ou pelo mau uso que faz deste poder, pelo uso consciente ou pelo desperdício desta energia vital que recebe da bondade divina, em suas atribuições diárias e contínuas, através de seu corpo físico quando encarnado, ou no uso de seu períspirito quando vivendo no plano espiritual.

Quando nascemos, ou melhor, renascemos na matéria, somos aquinhoados com a quantidade deste fluído, dessa energia, suficiente para cumprirmos o tempo que o nosso planejamento reencarnatório exige, de acordo com nossas necessidades, com nossas prioridades, para podermos de forma efetiva e eficiente cumprimos aquilo ao qual nos prontificamos realizar, ou que nos foi imposto por aqueles que sabem o que é melhor para nossa evolução, quando não temos condições de escolher por nós mesmos a melhor maneira de prosseguirmos nossa marcha rumo a transformação espiritual para o bem.

O uso dessa energia irá variar sempre em sua potência de acordo com a nossa capacidade individual de utiliza-la, sendo que, quanto mais nos aprofundarmos no estudo e nos trabalhos para a espiritualização do nosso ser, quanto mais educarmos nossos pensamentos, nossas palavras, nossas atitudes, nossa postura, quanto mais determinados estivermos para viver de acordo com a moral cristã, com os preceitos espíritas, nos desligando cada vez mais dos desejos meramente materiais e carnais, mais estaremos capacitados para senti-la nos envolvendo, potencializando-a assim para servir de arrimo para nossas tarefas, uma ferramenta a mais para levarmos o bem que nos propusermos realizar, nos fortalecendo para superar os embates e os desafios que a vida nos impuser ou que nós mesmos, por livre iniciativa, formos buscar.

Esta energia que em nós está presente, que nos satura, e a todo ser vivo do nosso planeta, pode ser sempre acrescida, potencializada, de acordo com o que nos propusermos a realizar, sendo ela que doamos, quando, por exemplo, trabalhamos em favor do próximo na tarefa do passe salutar, como se realizando uma transfusão, dando não só nossa própria energia, como também, a ela captando no ambiente ao nosso redor, na natureza, na atmosfera terrestre, ou a nós fornecida por nossos amigos espirituais, que nos secundam os esforços em levar o bem, sempre que nossa intenção for sincera e de acordo com os elevados conceitos do amor cristão.

Não só nas tarefas espíritas ela é utilizada na doação e na renovação de energias, já que a bondade divina não concede privilégios por títulos, o diferencial é que no espiritismo, como em outras correntes que dela fazem uso de forma específica, temos a possibilidade de agir com conhecimento de causa, conhecedores que podemos ser, através do estudo da sua existência, da sua capacidade realizadora, o que facilita assim sua utilização de forma incisiva, de acordo com as necessidades do consulente, ou daquele que busca seu benefício nas casas e nos centros espíritas.

Da mesma forma que, conscientes poderemos manusear esta energia de forma a auxiliar ao próximo e a nós mesmos, nos fortalecendo e ampliando nossa capacidade realizadora, também, por nossos excessos, por nosso desequilíbrio, por nossa falta de vigilância, poderemos vir a desperdiça-la, nos enfraquecendo, limitando assim as nossas oportunidades de trabalho e elevação, encurtando nosso tempo no plano físico, ou contraindo enfermidades que limitem nossa atuação, impedindo que tenhamos força e disposição, além de tempo e energia, para que venhamos a desempenhar as tarefas as quais nos programamos e que faziam parte do planejamento de nossa atual existência, nos desviando assim dos nossos objetivos maiores.

Assim, vícios como o álcool, o fumo, as drogas tóxicas, os excessos alimentares, os desregramentos sexuais, o mau uso do tempo, dos nossos sentimentos, não nos permitindo ter uma vida regrada entre nossas atividades diárias e o nosso necessário repouso, fazem com que nossas energias se percam, desperdiçando nosso fluído vital, e o pior, sem ações que possam vir a fazer com que ele seja reposto, fazendo com que o tempo previsto para estarmos encarnados venha a se reduzir, o que significa que, pelo mau uso de nossa capacidade realizadora, agimos, na verdade, como suicidas, mesmo que indiretos, onde por livre vontade, deixamos de realizar de forma positiva a energia que dispusemos quando em jornada no plano físico.

Durante nossa existência, devido aos nossos erros e acertos, o nosso planejamento reencarnatório sofre inúmeras mudanças e transformações, sendo que, nossos amigos e mentores espirituais estão sempre ao nosso lado renovando nossas possibilidades e as readequando de acordo com nossas prioridades, sendo que por multas vezes, ao contrário do que desejamos e esperamos, é a dor, a enfermidade, o fracasso, a decepção, que são por eles utilizados para que venhamos a rever nossa postura, modificando assim a forma de pensar e de agir, aquela que vinha, gradativamente, nos arrastando para mais um fracasso cármico.

Mesmo que, devido aos nossos erros, não mais possamos cumprir a risca e na integra nossos objetivos para a atual encarnação, não possuindo nem mesmo o fluído vital necessário para o tempo que ainda iríamos precisar para essa total realização, poderemos sempre algo melhorar e acrescentar em nossa existência para que, ao desencarnarmos, estarmos em melhores condições do que antes, vindo a nos sentir mais fortes e capacitados para dar continuidade em nossa jornada evolutiva.

O fluído vital, mesmo que venhamos a atingir uma posição de difícil recuperação, poderá sempre ser de alguma forma renovado se nos prestarmos de forma sincera e efetiva a algo recuperar de nosso tempo, procurando ações e realizações no bem, estudando e trabalhando não só para nosso próprio melhoramento, mas, principalmente em favor dos mais necessitados e da sociedade onde vivemos, nos alicerçando nos bons pensamentos, nas boas intenções, na oração, atraindo para nós a espiritualidade superior, e dando ensejo para que nossos benfeitores espirituais ajam de forma incisiva no fortalecimento de nossas energias, vindo assim a nos fortalecer e de certa forma recuperar, para prorrogarmos um pouco mais o tempo que dispomos no plano físico para, de fato, vir a fazer algo de produtivo visando nossa ascensão espiritual.

Esta energia, o fluido vital, ainda é pouco conhecida pelo homem, pela ciência humana, se restringindo ainda àqueles que não têm receio em manter a mente aberta para aquilo que, ainda para nós é imensurável, sendo que no passado, ela muito foi utilizada pelos que detinham um conhecimento acima do homem vulgar, considerados magos, sacerdotes, que se escondiam atrás do maravilhoso e do profano para se utilizar de um poder, que na verdade, estava disponível a todos, desde que tivessem a disposição de se disciplinar para dele fazer uso, principalmente, quando o objetivo fosse o bem e o amor ao próximo.

Quando o homem se cientificar de sua capacidade, da energia que possui, assim como a atmosfera que o rodeia, e da capacidade que detém em manipula-la, com certeza terá um novo padrão de existência terrestre, onde as enfermidades serão vistas e tratadas sobre outro prisma, onde a possibilidade de realização se transformará, fazendo com que as diferenças sejam reduzidas, já que o maior fator potencial desta energia é o bem, a paz, o amor, tudo aquilo que Jesus nos exemplificou, sendo Ele o melhor modelo do que seremos capazes de realizar quando dominarmos e conhecermos esta força, invisível, mas, real que todos temos dentro de nós.

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