Todos
os corpos, em toda a criação, seja qual forem seus estágios evolutivos atuais,
estão saturados da energia, do fluído vital apresentado e explicado por Allan
Kardec nas obras da Codificação Espírita, o que os possibilita de cumprir seus
objetivos, suas missões, seus resgates ou expiações, como parte integrante da
grande família universal.
O
homem, por já possuir o discernimento, o livre arbítrio, o poder de decidir seu
destino por suas próprias escolhas e decisões, baseando-as na razão e na
emoção, e não mais somente nos seus instintos, torna-se responsável pelo bom ou
pelo mau uso que faz deste poder, pelo uso consciente ou pelo desperdício desta
energia vital que recebe da bondade divina, em suas atribuições diárias e
contínuas, através de seu corpo físico quando encarnado, ou no uso de seu
períspirito quando vivendo no plano espiritual.
Quando
nascemos, ou melhor, renascemos na matéria, somos aquinhoados com a quantidade
deste fluído, dessa energia, suficiente para cumprirmos o tempo que o nosso
planejamento reencarnatório exige, de acordo com nossas necessidades, com
nossas prioridades, para podermos de forma efetiva e eficiente cumprimos aquilo
ao qual nos prontificamos realizar, ou que nos foi imposto por aqueles que
sabem o que é melhor para nossa evolução, quando não temos condições de
escolher por nós mesmos a melhor maneira de prosseguirmos nossa marcha rumo a
transformação espiritual para o bem.
O
uso dessa energia irá variar sempre em sua potência de acordo com a nossa
capacidade individual de utiliza-la, sendo que, quanto mais nos aprofundarmos
no estudo e nos trabalhos para a espiritualização do nosso ser, quanto mais
educarmos nossos pensamentos, nossas palavras, nossas atitudes, nossa postura,
quanto mais determinados estivermos para viver de acordo com a moral cristã,
com os preceitos espíritas, nos desligando cada vez mais dos desejos meramente
materiais e carnais, mais estaremos capacitados para senti-la nos envolvendo,
potencializando-a assim para servir de arrimo para nossas tarefas, uma
ferramenta a mais para levarmos o bem que nos propusermos realizar, nos
fortalecendo para superar os embates e os desafios que a vida nos impuser ou
que nós mesmos, por livre iniciativa, formos buscar.
Esta
energia que em nós está presente, que nos satura, e a todo ser vivo do nosso
planeta, pode ser sempre acrescida, potencializada, de acordo com o que nos
propusermos a realizar, sendo ela que doamos, quando, por exemplo, trabalhamos
em favor do próximo na tarefa do passe salutar, como se realizando uma transfusão,
dando não só nossa própria energia, como também, a ela captando no ambiente ao
nosso redor, na natureza, na atmosfera terrestre, ou a nós fornecida por nossos
amigos espirituais, que nos secundam os esforços em levar o bem, sempre que
nossa intenção for sincera e de acordo com os elevados conceitos do amor
cristão.
Não
só nas tarefas espíritas ela é utilizada na doação e na renovação de energias,
já que a bondade divina não concede privilégios por títulos, o diferencial é
que no espiritismo, como em outras correntes que dela fazem uso de forma
específica, temos a possibilidade de agir com conhecimento de causa,
conhecedores que podemos ser, através do estudo da sua existência, da sua
capacidade realizadora, o que facilita assim sua utilização de forma incisiva,
de acordo com as necessidades do consulente, ou daquele que busca seu benefício
nas casas e nos centros espíritas.
Da
mesma forma que, conscientes poderemos manusear esta energia de forma a
auxiliar ao próximo e a nós mesmos, nos fortalecendo e ampliando nossa capacidade
realizadora, também, por nossos excessos, por nosso desequilíbrio, por nossa falta
de vigilância, poderemos vir a desperdiça-la, nos enfraquecendo, limitando
assim as nossas oportunidades de trabalho e elevação, encurtando nosso tempo no
plano físico, ou contraindo enfermidades que limitem nossa atuação, impedindo
que tenhamos força e disposição, além de tempo e energia, para que venhamos a
desempenhar as tarefas as quais nos programamos e que faziam parte do
planejamento de nossa atual existência, nos desviando assim dos nossos objetivos
maiores.
Assim,
vícios como o álcool, o fumo, as drogas tóxicas, os excessos alimentares, os
desregramentos sexuais, o mau uso do tempo, dos nossos sentimentos, não nos
permitindo ter uma vida regrada entre nossas atividades diárias e o nosso
necessário repouso, fazem com que nossas energias se percam, desperdiçando
nosso fluído vital, e o pior, sem ações que possam vir a fazer com que ele seja
reposto, fazendo com que o tempo previsto para estarmos encarnados venha a se
reduzir, o que significa que, pelo mau uso de nossa capacidade realizadora, agimos,
na verdade, como suicidas, mesmo que indiretos, onde por livre vontade,
deixamos de realizar de forma positiva a energia que dispusemos quando em
jornada no plano físico.
Durante
nossa existência, devido aos nossos erros e acertos, o nosso planejamento
reencarnatório sofre inúmeras mudanças e transformações, sendo que, nossos amigos
e mentores espirituais estão sempre ao nosso lado renovando nossas
possibilidades e as readequando de acordo com nossas prioridades, sendo que por
multas vezes, ao contrário do que desejamos e esperamos, é a dor, a
enfermidade, o fracasso, a decepção, que são por eles utilizados para que
venhamos a rever nossa postura, modificando assim a forma de pensar e de agir, aquela
que vinha, gradativamente, nos arrastando para mais um fracasso cármico.
Mesmo
que, devido aos nossos erros, não mais possamos cumprir a risca e na integra
nossos objetivos para a atual encarnação, não possuindo nem mesmo o fluído
vital necessário para o tempo que ainda iríamos precisar para essa total
realização, poderemos sempre algo melhorar e acrescentar em nossa existência
para que, ao desencarnarmos, estarmos em melhores condições do que antes, vindo
a nos sentir mais fortes e capacitados para dar continuidade em nossa jornada
evolutiva.
O
fluído vital, mesmo que venhamos a atingir uma posição de difícil recuperação,
poderá sempre ser de alguma forma renovado se nos prestarmos de forma sincera e
efetiva a algo recuperar de nosso tempo, procurando ações e realizações no bem,
estudando e trabalhando não só para nosso próprio melhoramento, mas, principalmente
em favor dos mais necessitados e da sociedade onde vivemos, nos alicerçando nos
bons pensamentos, nas boas intenções, na oração, atraindo para nós a espiritualidade
superior, e dando ensejo para que nossos benfeitores espirituais ajam de forma
incisiva no fortalecimento de nossas energias, vindo assim a nos fortalecer e
de certa forma recuperar, para prorrogarmos um pouco mais o tempo que dispomos
no plano físico para, de fato, vir a fazer algo de produtivo visando nossa
ascensão espiritual.
Esta
energia, o fluido vital, ainda é pouco conhecida pelo homem, pela ciência
humana, se restringindo ainda àqueles que não têm receio em manter a mente
aberta para aquilo que, ainda para nós é imensurável, sendo que no passado, ela
muito foi utilizada pelos que detinham um conhecimento acima do homem vulgar,
considerados magos, sacerdotes, que se escondiam atrás do maravilhoso e do
profano para se utilizar de um poder, que na verdade, estava disponível a
todos, desde que tivessem a disposição de se disciplinar para dele fazer uso,
principalmente, quando o objetivo fosse o bem e o amor ao próximo.
Quando
o homem se cientificar de sua capacidade, da energia que possui, assim como a
atmosfera que o rodeia, e da capacidade que detém em manipula-la, com certeza
terá um novo padrão de existência terrestre, onde as enfermidades serão vistas
e tratadas sobre outro prisma, onde a possibilidade de realização se
transformará, fazendo com que as diferenças sejam reduzidas, já que o maior
fator potencial desta energia é o bem, a paz, o amor, tudo aquilo que Jesus nos
exemplificou, sendo Ele o melhor modelo do que seremos capazes de realizar
quando dominarmos e conhecermos esta força, invisível, mas, real que todos temos
dentro de nós.
Nenhum comentário:
Postar um comentário