sexta-feira, 27 de setembro de 2019

Somos capazes de vencer...






Normal e aparentemente justificável nossas queixas e reclamações quando inúmeros dissabores, principalmente, quando fogem ao nosso controle, surgem em nossa existência gerando repercussões negativas, sejam orgânicas, físicas, mentais ou psicológicas, além daquelas que de alguma forma mexem com nossa paz, com nosso equilíbrio íntimo.

Doenças graves, acidentes, perdas de entes queridos, fracasso profissional ou financeiro, desilusões amorosas, traições, entres tantos outros fatos que nos levam a dor, ao sofrimento, ao desânimo, a revolta, a indignação, ainda mais quando estes percalços possam também atingir direta ou indiretamente aos nossos familiares, aos nossos amigos, aqueles que nos são caros e estimados.

Porém, quando adquirimos a fé raciocinada, o conhecimento através do estudo da Doutrina Espírita, que como Consolador Prometido por Jesus veio nos reconduzir aos seus ensinamentos em sua essência, em sua total pureza, longe dos dogmas humanos que por muitos séculos os desvirtuaram, e até hoje os desvirtuam, passamos a encarar essas dificuldades sob outro prisma, com um novo olhar, uma nova postura, fazendo com que reconheçamos que não há efeitos sem causas, que tudo em um determinado momento teve sua origem, seu fato gerador, e o fato de que agora não compreendamos o porquê, não significa que não seja estritamente necessário para o nosso aprendizado, para nossa evolução humana, fazendo parte para a conquista da necessária experiência para almejar novos e abrangentes estágios, sejam estes expiações, resgates, provas ou missões que nos caberá realizar para nossa vitória como individualidade.

Fato é que não basta reconhecer que tudo tem sua razão, não basta apenas termos fé na Força Maior que nos comanda, para que sejamos firmes e resolutos, para que mantenhamos em todos os momentos, o equilíbrio íntimo necessário para não esmorecer, não fraquejar, não desabar, não desalinharmos da rota que escolhemos seguir para conquistar de forma definitiva nossa transformação espiritual para o bem.

Foram muitos séculos entregues de forma voluntária as paixões e aos vícios, inúmeras existências voltadas aos sentimentos inferiores, ao egoísmo, a inveja, a cobiça, ao orgulho desmedido, a usura, ao preconceito, ao medo, a dúvida, para que de uma hora para a outra, mesmo que bem intencionados e sintonizados com nossos benfeitores espirituais, consigamos nos momentos de dor, de desespero, de perda, da tentação natural no convívio com situações rotineiras em nossa sociedade moderna, nos mantermos firmemente pautados nos objetivos maiores da conduta espírita cristã e, consequentemente, não recalcitrarmos, não repetirmos erros, não reincidirmos em crimes, ainda mais quando se trata da postura, da reação que assumimos quando defrontados somos com os mesmos motivos que outrora nos fizeram falir.

Por esta razão que se torna extremamente necessário que venhamos a nos policiar, a nos disciplinar, a, como recomendou o Mestre, orar e vigiar, de forma constante, de forma contínua, sem nos permitirmos à distração, ao descaso, a displicência, não subestimando a carga negativa que ainda trazemos dentro de nós, mesmo que nesta encarnação esta carga permaneça adormecida, apenas com repentes que nos levam a perceber onde estão as nossas maiores dificuldades em relação a essência de nossa personalidade eterna, e que por vezes, precisa apenas de uma faísca, de um único segundo de descuido, para que venha a ruir todos os anos que dedicamos na busca de nos tornarmos, nesta encarnação, um efetivo tarefeiro da seara do Nosso Mestre Jesus, um efetivo homem de bem.

Não é, e não será por um bom período ainda, uma tarefa simples, fácil, teremos inúmeros percalços a superar e a vencer nesse período de transição do inferior para o superior.

Teremos inúmeros adversários a vencer, inimigos, associados, cúmplices, da atual ou de pretéritas existências, estejam eles encarnados ou desencarnados, que desejarão que permaneçamos no erro, na estagnação, pelos mais variados motivos.

Precisamos, assim, nos manter firmes e resolutos em nossos objetivos maiores, tendo como maior obstáculo a transpor, a nós mesmos, o nosso eu inferior, o nosso passado culposo, e os resquícios mais ou menos fortes de nossas antigas paixões, deixando claro o quanto nossa determinação se faz necessária para que não venhamos por mais uma vez sermos derrotados em nossas mais sinceras esperanças de mudança.

Somos capazes de vencer, essa precisa ser a nossa certeza, porque como prometido, o fardo que teremos que carregar nunca será superior as nossas forças, confiando que, quando no caminho do bem, não nos faltará a presença constante de nossos amigos espirituais, cabendo a nós, através da oração, dos bons pensamentos, das atitudes corretas, potencializar suas ações em nosso benefício, os fortalecendo e nos fortalecendo, principalmente, quando maior se fizer a necessidade de superação.

Resignação não é conformismo, é aceitar e conviver com a dor enquanto nada pudermos fazer para debela-la, aprendendo e trabalhando para que a cada dia nos aproximemos mais de nosso objetivo maior, carregando nossa própria cruz, para, como bem esclareceu Nosso Mestre, podermos segui-Lo rumo as mais altas paragens Divinas.


Que assim seja!

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