Um renascimento, um novo mundo, uma nova concepção
de vida. A partir do momento em que, encarnados ou desencarnados, novos ou
velhos, independente da condição social, da condição financeira, das condições
orgânicas, se no umbral ou em postos de socorro na espiritualidade, se entre
amigos ou solitários dentro do nosso “eu”, aceitamos e vivenciamos, em toda sua
grandeza, os ensinamentos do Mestre Jesus e os conceitos, as ratificações de
seus preceitos, trazidos a nós pela luz do Consolador Prometido, pela Doutrina
Espírita, um novo caminho é traçado em nossa jornada evolutiva, uma nova visão
nos desperta para a vida, independente das alegrias, das tristezas, das
realizações, das dificuldades que estivermos vivendo.
Mudanças absolutas, sérias, que interferem e que
transformam nossa postura, nossas decisões, nossa visão do mundo, das pessoas,
das situações. A descoberta dos valores reais que passam a nortear nossa
existência, agregados definitivamente em nossa personalidade eterna, em nosso
espírito.
Passamos a valorizar as palavras, os pensamentos,
os sentimentos, como o respeito, o amor, o carinho, a tolerância, a paciência,
a coragem, a honestidade. Renovamo-nos no estudo, no trabalho, nas realizações,
pensando sempre em somar, em construir, não só para o nosso crescimento
individual, mas, principalmente para o crescimento comum, de todos nossos
irmãos da jornada.
Perde-se o interesse pelo supérfluo, pelas paixões
inferiores, pelos vícios, pelas conquistas fúteis, não mais a inveja, o
egoísmo, a prepotência, a intolerância, o rancor, as conversas e discussões
banais, o prazer ilusório, o fanatismo político, esportivo ou religioso, entre
tantos outros desvarios que desperdiçam nossas energias, nosso tempo, nossa capacidade
realizadora.
Quando adquirimos o sentimento cristão, a
personalidade espírita, grande parte das “obrigações”, das “necessidades”, das
“prioridades” que alimentamos em nossa vida pessoal e em sociedade, se perde,
se modifica, se transforma, tudo passa a ser mais simples, mais objetivo, mais
natural, como deve ser vida daquele que conhece e passa a viver a Verdade
Eterna, fonte de conhecimento e progresso que no futuro norteará a todos nós.
A humildade, a sinceridade, a discrição, a bondade,
o discernimento, o amor a tudo que é de Deus, da natureza, do homem de bem,
passam a ser os agentes condutores, as bússolas de nossas vidas, não mais a
justiça parcial e individual, o poder desmedido, inconsequente, o orgulho
doentio, aprendendo desta forma a valorizar apenas as conquistas que fazem que
nos aproximemos cada vez mais do bem, da paz, do equilíbrio e do infinito e
eterno amor.
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