A cada um, conforme prometido pelo Mestre Jesus, será dado
segundo suas obras, e se, o sofrimento aguarda o espírito ainda renitente na
inferioridade dos vícios e paixões, a luz e o trabalho engrandecem aquele que
insiste em não se entregar ao mal e luta para melhorar e crescer.
Para que assim seja, se faz necessário que nós utilizemos o
livre-arbítrio, doado por Deus, para aplainar nosso caminho, e assim, com
discernimento e ponderação, assumamos uma posição digna no auxílio a construção
do reino do bem em nosso planeta.
O melhoramento próprio é de fundamental importância para
conseguirmos atingir o equilíbrio.
Devemos ser sempre juízes e censores da
nossa conduta, da nossa postura, de nossas ações, de nossas palavras e de
nossos pensamentos. Se nos entregarmos as paixões, aos vícios, aos medos, aos
ódios, se nos deixarmos dominar pela impaciência, pela intolerância, estaremos
abrindo as portas, abrindo nossas defesas, para o avanço das forças negativas
geradas por espíritos desequilibrados, que acabarão por nos tirar a
estabilidade, e, consequentemente, fazer com que desperdicemos um longo e
importante tempo no necessário resgate e recuperação, tempo que poderia estar
sendo utilizado para o nosso avanço, em novos aprendizados, em novos desafios,
em novas conquistas.
A estagnação talvez seja a marca principal da nossa sociedade
atual, pois antes, a necessidade de evoluir era mais acentuada e valorizada
pelos povos, fazendo com que as pessoas fossem mais arrojadas, mais
participativas, ciência e moral caminhavam mais juntas, mais unidas, enquanto
os avanços tecnológicos aconteciam, leis mais justas e mais brandas eram
debatidas, discutidas, implantadas, o pobre, o fraco, despertava mais atenção,
um interesse maior por parte dos órgãos oficiais e não oficiais.
As artes, os sistemas políticos, os direitos do homem,
tiveram seus períodos áureos, onde seus representantes se eternizaram, fazendo
parte da história, lutando contra a escravidão, a servidão, a discriminação, sendo admirados e seguidos até os dias de hoje.
Na atualidade, tal a velocidade do avanço tecnológico, das
informações, distorceram-se prioridades, necessidades, em nome do afã de se
consumir, de fazer com que as pessoas cada vez mais se sintam motivadas ao
novo, ao diferente, ao moderno, gerando atitudes e posturas, tanto dos jovens
como dos mais velhos, onde a moral, os bons costumes, o respeito, a
solidariedade, viraram motivo de chacota, de desprezo, viraram tabus, sendo
lembrados apenas quando as consequências funestas destas posturas, e elas
sempre ocorrem, se transformam em crimes, em disputas violentas, em prejuízos e
escândalos, passando, então, a se buscar culpados, se esquecendo que estes, na
verdade, são os próprios sistemas onde a injustiça e a parcialidade dominam e
se fazem valorizadas.
Faz-se necessário que a moral, que o sentimento religioso, independente da religião, baseado no respeito, na fraternidade, no amor ao próximo e a Deus voltem a
ocupar espaço, fazendo com que ressurjam representações do verdadeiro belo, na
música, na pintura, na literatura, na política, nos esportes, na beneficência,
onde novamente tenhamos a quem admirar e seguir, exemplos e parâmetros para
nossos jovens, para nossos filhos, acomodando o avanço da ciência, da
tecnologia, ao bem, a paz, ao equilíbrio, onde as pessoas voltem a ter prazer
pelo simples, a valorizar mais os sentimentos do que aos bens materiais, onde a
família ressurja como base principal da sociedade e os laços de amizade e de
amor unam a todos em um objetivo único, evoluir e fazer com que nosso planeta
também evolua e atinja novos estágios, onde o bem prevaleça e faça valer a sua
força e o seu valor.
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