terça-feira, 5 de agosto de 2014

Façamos nós...




A humildade e a simplicidade do homem de bem são as garantias de que sua jornada evolutiva está no caminho certo, deixando-o ciente e precavido para as dificuldades que normalmente podem surgir fomentadas pelos sentimentos inferiores que alimentou em seu passado cármico, para que assim, na luta diária, em sua resistência, consiga provar a si mesmo que já consegue supera-las e transforma-las em experiência, em aprendizado, capacitando-o a enfrentar novos desafios e alcançar novas conquistas.


Aquele que já percorre o caminho da própria regeneração e transformação íntima sabe da importância da renúncia de si mesmo para o bem do próximo e da coletividade onde vive. A felicidade de servir é maior para ele do que as efêmeras conquistas humanas ligadas ao poder e aos ganhos materiais.


 Busca viver de acordo com as normas da sociedade em que está inserido, luta para ter uma vida pessoal e profissional equilibrada, mas, não sofre ou se deprime, por eventuais perdas ou fracassos aos quais todos nós estamos sujeitos a passar. Vive para que as pessoas ao seu redor vençam seus obstáculos, abre mão do supérfluo para que os que precisam possam ter algo que os motive a crescer, sabe que tudo que tem, mesmo que conquistado pelo seu esforço, é empréstimo do Pai, e do uso bom ou ruim que fizer derivado de suas escolhas, é que dependerá sua situação presente e do seu futuro ainda como encarnado ou quando do seu retorno a pátria espiritual.


Não precisamos abrir mão de tudo e vivermos como andarilhos, não é isso que Deus espera de nós, mas, gozarmos de uma felicidade efêmera, de um exagerado conforto, enquanto aqueles que estão ao nosso redor mal têm com o que sobreviver, é egoísmo, é indiferença, é vaidade, é orgulho, sentimentos que nos manterão afastados dos reais valores que nos levarão a crescer e evoluir espiritualmente. 


Tudo que pudermos fazer pelo próximo e pela sociedade em que vivemos será tão produtivo para nós como para aqueles a quem estamos auxiliando, porque todo o bem atrai para si novas perspectivas, novas possibilidades, abrindo oportunidades para novos desafios e assim, podermos melhorar como individualidade, aprendendo, trabalhando, com novas responsabilidades e compromissos que nos trarão maior equilíbrio, trazendo a almejada paz que pode aguardar quem sabe abrir mão de si mesmo pela felicidade do próximo.



É muito melhor servir que ser servido, é muito melhor dispor do nosso tempo e de nossas energias para auxiliar quem está enfermo, do que sermos nós a precisar de arrimo em uma cama de hospital; é muito melhor sermos nós a abrir mão do que é supérfluo para alimentar a quem tem fome, do que termos que bater de porta em porta na busca da caridade pública.


O que devemos fazer como cristão quando nos deparamos com alguém que precise de auxílio é, simplesmente, ajuda-lo, ampara-lo, da melhor maneira que conseguirmos, seja com um auxílio material ou com uma palavra, com um gesto de amizade e carinho, demonstrando de forma sincera nossa solidariedade e nosso respeito, pois sabemos que ele é como nós, um homem, um filho de Deus, um irmão do caminho, que atravessa um momento difícil, uma dor, uma decepção que por algum motivo não conseguiu superar, onde, talvez, um simples ato nosso possa vir a se transformar no fator que mudará a triste situação que ele atualmente vive.



Sim, é melhor servir do que ser servido, é melhor ajudar do que precisar de ajuda, sim, é melhor curar uma ferida do que te o corpo em chagas. Muito lutam em uma cama de hospital, com toda sua fé e esperança, com toda sua dor, para poder viver, para continuar respirando, produzindo, se recusa a desistir, enquanto que outros destroem sua saúde perfeita com drogas, com excessos, com distúrbios nervosos, gerados pela vaidade, pelo ciúme, pela intolerância, pela inveja.



Sim, é melhor amar, do que precisa do amor de alguém, carregar alguém no colo, do que precisar da boa vontade de alguém para carregá-lo. Muito desprezam os mais fracos, os incapazes, os pobres, os covardes, porque se julgam fortes, poderosos, superiores, vencedores, sem conseguir enxergar que o que hoje lhe traz felicidade, amanhã pode ser a causa de sua queda, que se hoje pode ajudar, pode se manter de pé, amanhã talvez precise da ajuda de alguém que o sustente.




Se hoje podemos ajudar, se hoje podemos servir, não desperdicemos as oportunidades, mas o façamos com amor, com respeito, com humildade, de forma que aquele a quem estejamos auxiliando se sinta bem, se sinta melhor, amado, compreendido.


Jesus é superior a todos nós nesse planeta e serviu e amou sem distinção, ensinando que devemos viver sem julgar, sem condenar, sem desprezar, cientes que somos todos iguais, e que da nossa união, da nossa solidariedade é que nosso planeta irá evoluir e se tornar um local onde impere o bem, e o mal não mais tenha guarida em nenhum dos nossos corações.

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