quarta-feira, 29 de junho de 2016

Dentro de nossa liberdade...




Pressa, só quem tem somos nós, espíritos imperfeitos, presos em nossa inferioridade imediatista, estando cumprindo nossa etapa na vida física, ou no plano espiritual, enredados em vícios, paixões degradantes e sentimentos negativos.



Toda organização cósmica, a vida, a matéria, a energia, tudo que compõe o Universo está na mais perfeita harmonia de espaço e tempo, de acordo com à macro necessidade da humanidade, inclusive a terrestre, consciente a sabedoria Divina, através dos espíritos superiores que supervisionam os nossos destinos e nossa escalada evolutiva, quando, onde e porque iremos falir, recalcitrar, errar, bem como, acertar, construir, obter nossas vitórias e nossos avanços espirituais, não sendo, portanto, nossas ações, nossas escolhas, mesmo que para nós sejam totalmente levadas pelo imprevisível, motivos de surpresa para aqueles que comandam os destinos superiores de nosso planeta, sendo impossível até mesmo inconcebível, que, sequer por um instante, pudéssemos vir a surpreender a Deus.



Nosso aprendizado, nossos passos, aquilo que determinamos por prioridades e necessidades, de acordo com nosso estágio evolutivo, são supervisionados por nossos amigos e benfeitores espirituais, que tem como tarefa voluntária, pelos mais variados motivos, nos servir de guia, de protetores, de conselheiros, visando sempre nossa evolução, nosso melhor aproveitamento de tempo e de energia, ainda que na maioria das vezes, por liberdade de escolha, venhamos a tomar os caminhos mais difíceis e que mais nos retardem, frente aos nossos objetivos maiores.



Assim, mesmo com contratempos normais, com desvios, com mudanças de plano devido ao uso de nosso livre arbítrio, nossos mentores estarão sempre, por sua superioridade e equilíbrio, no controle da situação, projetando as variáveis decorrentes das nossas mudanças de postura, gerando situações que venham a ser aproveitadas da melhor maneira possível em nosso aprendizado, ainda que sejam necessárias medidas mais extremas, originadas dos nossos erros, da nossa inferioridade, quando a dor, o sofrimento, o fracasso, a perda momentânea, venham à nos afastar do rumo equivocado que tomamos em nossa atual experiência carnal ou espiritual.



Todos, antes de reencarnar, temos nosso retorno devidamente planejado, as medidas principais decididas pela espiritualidade superior, com nossa participação efetiva ou não, de acordo com o equilíbrio íntimo que dispusermos no momento de nos preparamos para voltar ao plano físico, sendo o efetivo desenrolar deste em todas as suas nuances, de acordo com as nossas escolhas e a postura que assumirmos quando os fatos predeterminados e importantes de nossa existência forem surgindo.



Assim, por ser muito difícil que venhamos a aproveitar no todo às oportunidades de crescimento e ressarcimento de dívidas previstas em nosso planejamento, devido ao véu de esquecimento que nos envolve, e a nossa preferência ainda natural pelo erro, e pelo que em mais de uma existência já tenha nos prejudicado, principalmente o que está ligado a vícios e prazeres carnais e mundanos, torna-se fato comum, que haja remanejamentos naquilo que foi previamente estabelecido, quanto então nossos mentores, geram novos planos, muitos deles emergenciais, para que venhamos a desperdiçar o mínimo possível nossa nova oportunidade carnal, tudo fazendo para que venhamos a ter disponível tudo o que mais precisamos para nosso reequilíbrio, independente que esteja de alguma forma, relacionado com aquilo que desejamos, e que elegemos como prioridade em nossa existência atual.



Assim, nosso aprendizado, nosso crescimento, o aproveitamento pleno de nosso tempo e de nossa energia quando em nossa existência no plano físico, será sempre de nossa inteira responsabilidade, porém nunca estaremos sós, e mesmo que, indevidamente, tenhamos nos deixado arrastar pelo erro, tenhamos atraído para nós influências e associações inferiores e negativas, teremos sempre ao nosso lado, equilibrados, calmos e seguros, os nossos amigos maiores, que velarão por nós, nos dando pleno suporte para que venhamos aproveitar todo o tempo que dispusermos à nosso favor, ainda que para isso seja necessária a visita da dor, dos distúrbios naturais e consequentes de nossas indevidas escolhas, de nossas equivocadas decisões.



Dentro de nossa liberdade, vivemos em sociedade e interligados a inúmeros irmãos do caminho, nos tornando interdependentes, muitas vezes corresponsáveis, o que faz com que muitas vezes tenhamos limitadas nossas ações de acordo com o direito e o espaço do próximo, como ocorre no plano físico, quando a legislação humana tem o direito de intervir sempre que o direito de alguém esteja sendo usurpado, segregando aquele que não compreende que sua liberdade termina exatamente onde começa o espaço de liberdade do seu irmão do caminho.



Nosso desespero com a dor, nossa falta de esperança, de fé, a revolta com situações que venham a nos prejudicar sem que tenhamos o poder de intervir, qualquer reação adversa a paz íntima, são derivadas unicamente de nossa inferioridade, da nossa falta de equilíbrio, da ignorância dos conceitos cristãos que devem nortear nossa existência, assim como da aplicação prática daquilo que a Doutrina Espirita nos oferece como aprendizado e suporte, quando trata de nossa eternidade como individualidade, da sucessão de vidas, da lei da causa e efeito, quando nos deveríamos sentir calmos e pacificados por saber que nada é por acaso, e que mesmo as maiores dificuldades e adversidades são valiosas fontes de aprendizado e experiência, que servirão para nos tornar mais fortes e mais preparados para novos desafios, além de nos possibilitar resgatarmos nossos débitos e nossas dívidas pretéritas ou atuais, aplanando nossa existência presente e futura com a nossa consciência e com o poder Divino que guia nossa jornada evolutiva.




Se desejamos vencer, estar mais próximos e interligados com nossos mentores e protetores espirituais, temos que aprender a subir nosso padrão vibratório, a nos mantermos equilibrados, tranquilos, alicerçados pela fé raciocinada, pela esperança, pela certeza que tudo nos será oferecido e imposto de acordo com a força que temos de suportar, de manipular, de realizar, cabendo a nós desenvolvermos os sentimentos que nos garantirão a vitória sobre nós mesmos, como a humildade, a fraternidade, a tolerância, a paciência, a disciplina, para não nos deixarmos arrastar por nossas tendências inferiores, as suprimindo, até que não mais estejam vivas em nós, mas transformadas em infinitas possibilidades de aprendizado e de trabalho no caminho do bem, do infinito amor que nos sustenta e nos guiará os passos por toda eternidade evolutiva.

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