Unidos
uns aos outros estamos sempre em nossa caminhada diária, já há séculos incontáveis,
buscando a cada ato, a cada pensamento, encontrar a felicidade, a satisfação de
nossos desejos, de nossos objetivos, estes, variáveis e incontáveis, de acordo com o
estágio evolutivo que nos encontramos, que determinam nossas necessidades,
nossas prioridades, nossas tendências, do inferior ao superior, do feio ao
belo, do improdutivo ao realizador, quando entre erros ou acertos, avanços imperceptíveis
ou significativos, assim como ações estacionárias ou quedas espetaculares, vamos moldando e formando nossa personalidade eterna.
Solitários
somos em relação a responsabilidade assumida a cada escolha, determinando nosso
presente e nosso futuro, mas, invariavelmente interligados e interdependentes em
nossas relações com o próximo e com o ambiente onde somos chamados a viver, seja em nossas romagens no plano físico,
ou na eternidade da vida no plano espiritual.
Como
companheiros, associados, amigos, ou, adversários ferrenhos, inimigos,
perseguidores implacáveis, ou a quem da mesma forma perseguimos, teremos aos
irmãos que formos gerando vínculos frágeis ou altamente jungidos ao nosso ser,
sempre decorrente dos sentimentos que alimentamos, daquilo que elegemos como
ideal de vida, como objetivos maiores, sejam elementos negativos ou positivos,
que nos gerem paz ou guerra, que nos acrescente ou nos restrinja as ações, que
nos libertem ou nos algemem, tudo relacionado ao que em nosso íntimo
alimentamos e valorizamos, ainda que, mascarados, não venhamos declaradamente a
externar.
Nesta
longa jornada, pela inferioridade do nosso mundo, e consequentemente da mesma
pela qual somos revestidos, vamos angariando ou deixando pelo caminho, amigos e
inimigos, amores e ódios, algozes e vítimas, quando muitas vezes somos o perseguidor
e em outras os perseguidos, somos aquele que constrói ou aquele que destrói, aquele
que gera o pranto ou aquele que chora, como também aquele que seca a lágrima ou
que vê a sua ser colhida por alguém que o ama e o quer bem.
Somos
erros e acertos, somos vitórias e derrotas, somos professores e aprendizes,
somos protetores e protegidos, somos amigos e adversários, somos envolventes ou
indiferentes, somos do bem e somos do mal, variando ao infinito as
possibilidades, de acordo com cada momento único que estivermos vivendo, sendo
ainda algozes ou vítimas, enquanto não superarmos a esta inferioridade, a mesma
que alimentamos há séculos de lutas, até que definitivamente o farol divino do
amor passe a resplandecer em nosso coração, quando passamos a ver as pessoas,
aos locais, as situações, ao mundo, com outros olhos, com um pensamento único,
com a intenção permanente e eterna do bem maior, sem que nada mais de negativo possa
nos atingir, ainda que nos atinja, quando aprendemos a tudo superar com a paz íntima
que só a fé raciocinada e límpida no Criador pode proporcionar.
Frente
aos nossos irmãos do caminho o que nos cabe em relação a vitória individual é
basicamente a reação, a nossa reação, é o conceito do “oferecer a outra face”
em seu mais amplo sentido, nunca revidando o mal sofrido, nunca reagindo
proporcionalmente ao que lhe foi infligido, aprendendo a se defender com as armas do
amor, da bondade, da caridade, do perdão, da compreensão frente as diferenças, conscientizando-nos que
o mal é doente, é enfermos, e como tal, merece e precisa, essencialmente, de tratamento, de recuperação, de cura.
Por
mais que companheiros de jornada a nós ligados possam nos desejar o mal, é a
nossa reação que irá determinar a nossa evolução, o grau ao qual atingimos e
que desejamos atingir, o quanto desejamos avançar ou estagnar, nos mantendo
enrolados no cipoal de negatividade, de agressividade, de violência, de
desregramento, de vícios, de paixões insanas, de vitórias transitórias que o
materialismos acerbado carrega em si, ou nos permitindo crescer, nos transformando e nos renovando para o bem.
Se
queremos avançar no caminho, se queremos saber a verdade, se queremos a vida eterna,
aquela que nos fará agregar paz, felicidade, conhecimento, evolução, temos como exemplo maior a seguir Nosso Mestre Jesus,
independente de qual seja nossa religião, ou que mesmo tenhamos alguma religião,
é em seus conceitos, seus ensinamentos, seus exemplos de vida, que encontraremos
a verdadeira realização íntima que nos garantirá qualquer vitória, porque, com Ele, iremos vencer a nós mesmos, ao nosso maior inimigo, o nosso “eu”
inferior e limitado, vindo a expandir nossa mente, vindo a nos abrir para novos
horizontes, arrebentando as algemas que nos prendem a terra e nos alçando aos céus
de infinitas realizações que nossa mente e nosso coração podem vir a almejar.
Ao
caminharmos com nossos companheiros de jornada, que nos foquemos em doar, em servir, em compreender, em acrescentar, nada esperando em troca, porque a própria
vida nos restituirá o que de positivo plantarmos.
Sejamos um agente realizador,
alguém a auxiliar, saindo de vez da cômoda posição de auxiliado, de dependente,
deixando de exigir para apenas contribuir e retribuir com tudo aquilo que o bem
e o amor nos trouxerem pelo nosso esforço e dedicação.
Sejamos
do bem, distribuamos amor, sejamos humildes, distribuamos paz, sejamos
caridosos, distribuamos o que de melhor tivermos, para o que de melhor a vida
possa nos trazer.
Que
assim seja!
Nenhum comentário:
Postar um comentário