Orar é elevar o pensamento ao Alto, a
Deus, ou àqueles que para nós o representem, em sua bondade, em sua justiça, em
seu Amor!
Jesus, Maria, os santos da igreja
católica, os orixás da umbanda ou do candomblé, Moisés e os profetas para os
judeus, Maomé para os muçulmanos, Buda, e tantos outros que entre nós
representam, na essência, a renúncia, a abnegação, a caridade, a humildade, a
sabedoria, o amor, ainda que a maioria de seus representantes e seus seguidores
se desvie dos conceitos básicos da Doutrina que segue, valorizando unicamente o
sentimento material e mundano.
Orar é abrir um canal de comunicação
com aqueles que nos protegem, nos orientam, nos guiam, e prontos sempre estão
para conosco compartilhar o caminho desde que nossa intenção esteja de acordo
com o bem, com a positividade, com a valorização da paz e do crescimento sem
mácula, sem exclusivismo, isento totalmente do egoísmo e dos demais sentimentos
inferiores que dele derivam.
Desviam sua conduta, ainda que muitos
movidos por boa fé, levados pela ignorância sobre a imparcialidade do bem, e
daqueles que o representam, os que oram buscando o exclusivismo, mais
preocupados em ganhos pessoais, em vitórias, em benefícios próprios ou de seus
entes queridos, como se fossem, apenas a título de possuírem fé, mais
merecedores que os demais irmãos do caminho, como se Deus os tivessem em maior
estima que aos outros, lhe concedendo assim privilégios, prêmios, em detrimento
aos demais seres da criação.
Destes temos inúmeros exemplos
diários, como desportistas, quando agradecem a Deus pela vitória, por coroar
seus esforços, como se assim Ele os favorecem ou o considerassem mais merecedores
que os outros, assim como aqueles que ao praticar atos que venham a de alguma
forma prejudicar ao próximo, ou dele tirar vantagem, pedem proteção ao Pai ou aos
seus benfeitores espirituais, sejam eles quais forem, para que venham a alcançar
seus escusos objetivos.
Importante a fé, a certeza que Deus
está ao nosso lado, assim como o Mestre Jesus e nossos benfeitores espirituais,
e todos o temos, porém com a consciência que não somos melhores ou piores que
nossos irmãos do caminho, que não somos mais ou menos privilegiados ou merecedores
de arrimo e de afeto, independente do estágio que estivermos atravessando,
sejamos já tarefeiros do bem, ou interessados em sermos, sejamos ainda espíritos
voltados ao mal, ao erro, as paixões e vícios.
Se um pai humano, quando justo e
sábio, não privilegia ou ama mais um filho do que outro, por maior que seja sua
prole, como imaginar um Ser Supremo, que a tudo criou, venha por um filho, um
ser de sua própria criação, ter mais afeto ou consideração do que a outro,
tratando-o de forma especial?
Estudando a Doutrina do Cristo, seu
maior representante em nosso planeta, Aquele que veio apresentar o Amor como
única forma de vitória sobre si mesmo, mas difícil se torna a compreensão e a
aceitação de qualquer tipo de favoritismo, de segregação, de parcialidade, pois
Ele recomenda como Lei Maior, amar ao próximo como a si mesmo, sem nenhuma
distinção ou fator condicionante de quem deva vir a ser esse próximo, não os
diferenciando ou privilegiando pela cor, pelo credo, pela posição social, pela
condição sexual, ou por serem de países e culturas distintas da nossa.
Orar é pedir, é louvar, é agradecer,
mas sempre deixando ao Pai determinar o que é melhor para nós, para o atual
estágio evolutivo ao qual estamos atravessando, dentro de nossas existências
cármicas, daquilo que precisamos resgatar, corrigir, aprender e melhorar.
Desta forma, muitas vezes em nossa
existência, como melhor remédio, como melhor experiência, como maior
necessidade, talvez venhamos precisar suportar a dor, o fracasso, a perda, a
decepção, cabendo a cada um a fortaleza íntima na fé de carregar a própria cruz,
sem se deixar levar pelo desânimo, pela revolta, pela tristeza, pelo medo, pela
dúvida, orando pelo suporte, pela orientação, pelo equilíbrio no discernir,
para tomar sempre a melhor decisão, e não se deixar levar por qualquer sentimento
negativo ou inferior, para que não venha sucumbir, ou se entregar, como muitos
o fazem, aos vícios ou a outras fugas ainda mais dolorosas, como o suicídio.
A oração precisa ter como objetivo
maior a paz de espírito, o equilíbrio, independente da situação que estejamos
enfrentando, seja por nossa própria incúria, ou por imposições que em
determinados momentos a vida nos apresenta, porque a dor também não é
privilégio, e a mesma situação que hora enfrentamos também está sendo, de
alguma forma, enfrentada por inúmeros irmãos do caminho, valendo lembrar que
somos todos filhos do mesmo Pai.
Orar com consciência, com fé, com o
verdadeiro sentimento cristão, com a sinceridade de intenções no bem, nos liga
diretamente com nossos benfeitores espirituais, independente do nosso credo, de
nossa religião, deles nos aproximando, e permitindo que eles intercedam de
forma positiva em nosso proceder, aumentando nossa capacidade de percepção aos
seus conselhos, facilitando que nossas decisões e escolhas mais se aproximem de
nossas necessidades e prioridades como individualidade eterna, quando passamos
mais a focar naquilo que precisamos, e não apenas no que por vezes,
equivocadamente, desejamos.
Com a aproximação com aqueles que nos
protegem visando o bem, natural o afastamento dos que objetivam de alguma forma
o nosso mal, daqueles que querem nos prejudicar ou auferir, de nós, alguma
indevida vantagem.
Estes, ao nosso lado, se sentirão
excluídos, ignorados, e impedidos de nos afetar de forma mais significativa, sejam
eles encarnados ou desencarnados, tal a atmosfera pacífica e salutar que nos
rodeará, totalmente incompatível com suas escusas intenções e preferências.
Infelizmente muitas correntes
religiosas ainda pregam e tentam impor a segregação, a discórdia, quando se julgam
as únicas detentoras da verdade, do caminho da salvação, sem atinar que este
tipo de postura vai contra qualquer tipo de conceituação de um Ser Maior, de um
Ser Justo e Imparcial, de um Ser que em sua essência, deve ter em mais alto
grau todos os tipos de qualidades que representam o Bem.
Como espíritas que somos, sabedores da
continuidade da vida após a morte, da certeza de que ao nosso lado podem estar
aqueles a quem amamos e nos precederam no túmulo, maior deve ser a nossa fé
quanto ao poder da oração, da conversa íntima e sincera que nossos pensamentos
nos facultam ter com aqueles a quem nos dirigimos, fortalecendo laços afetivos,
e os ampliando a inúmeros outros irmãos do caminho que, menos ou mais adiantados,
venham a ter, como nós, a efetiva intenção de crescer e melhorar no bem, ainda
que seja longo o caminho de reparação e corrigenda que precisemos trilhar derivado
de nossas indevidas ações em nosso passado milenar, de outras vidas.
Orar e vigiar!
Orar é vigiar!
Com Jesus a nos guiar, na certeza que
a vitória nos pertence, se assim nossa fé a desejar.
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