domingo, 24 de novembro de 2013

Em paz sempre...

O médium espírita é aquele que agrega em si as leis morais, os ensinamentos cristãos, não que lhe exija a perfeição, mas, que se esforce ao máximo para pensar, falar e agir conforme os conceitos básicos, os exemplos do cristianismo e do espiritismo. Não se pode supor um médium espírita que durante o dia se entregue aos vícios, as paixões inferiores, a sentimentos e atitudes negativas, onde a impaciência, a cólera, a inveja, o egoísmo, o orgulho imperem, e a noite, durante as reuniões do centro que frequenta se “santifique”, esperando se tornar um instrumento fiel e passivo da espiritualidade superior. É uma questão de lógica, de bom-senso, devendo todos estar ciente que o ensinamento do Mestre Jesus, em que diz que a cada um será dado segundo as suas obras, não é por acaso ou sem fundamento.




Temos que nos conscientizar que quanto mais informação, quanto mais conhecimento, quanto mais estudo, quanto maior a nossa capacidade de reconhecimento e discernimento, maior será a cobrança sobre nossos pensamentos e atitudes, cobranças essas feitas por nossa própria consciência, encontrando cada vez menos justificativas para erros, desvios, repetições, quedas e desatinos.





 O entusiasmo é uma das forças mais atuantes para que alcancemos nossos objetivos na vida e assim é também quando se trata das lides espíritas, porém, ele tem que ser comedido, raciocinado, estudado, persistente, o que nos tornará sempre capaz das mais altas realizações, de sempre buscar novos desafios, vencendo os naturais obstáculos que costumam surgir quando passamos a nos dedicar efetivamente as tarefas do bem.




Todo o mal que nós produzimos, assim, como todo o bem, voltará para nós com a mesma força e proporção, em um prazo mais curto ou mais longo de tempo, de acordo com as consequências materiais e espirituais que ele gerar.






É imprescindível, que cheguemos na nossa casa, em nosso lar, e encontremos um ambiente de paz, de concórdia, de tranquilidade, de amor, para que nosso espírito possa se restabelecer, se equilibrar, reavaliar o que fez, planejar o que ainda falta fazer, corrigindo erros, melhorando acertos.

Podemos dividir nossa existência física em “templos”, locais onde devemos estabelecer nossas prioridades, coordenar nossos desejos, nossos pensamentos, avaliar o que temos feito, como temos agido, sendo os dois principais “templos”, o nosso “eu” interior e a nossa casa, nosso lar, onde, caso tenhamos plena condição de nos mantermos equilibrados, cordatos, com uma postura definida para realização do bem, dos conceitos cristãos que devem nortear nossa existência, muito mais fácil será nossa participação e nosso convívio nos outros “templos” que fazem parte de nossa vida, nosso trabalho, nosso centro espírita, nosso convívio social, nossa vida diária.

Por este motivo, as pessoas que convivem no mesmo lar, sob o mesmo teto, sejam cônjuges, pais e filhos, irmãs e irmãos, tudo devem fazer, para viverem bem, para se respeitarem, para aceitarem as diferenças de personalidade e as diferenças evolutivas, alimentando a amizade, a compreensão, a fraternidade, a solidariedade, o amor, porque, quando conquistarem estes valores, estes sentimentos dentro do seu próprio lar, mais perto estarão de expandi-los para fora dele, para os outros ”templos”, tornando-se assim, mais próximo do ideal cristão que deve nortear às nossas vidas.

No lar não deve existir, consequentemente, orgulho, vaidade, ciúmes, egoísmo, deve existir, sim, cumplicidade, carinho, aconchego, o lar tem que ser nosso oásis, nosso porto seguro, o lugar para onde voltar após a batalha diária, para o repouso físico e espiritual, onde, em sua entrada, tenham como barreiras, o bem que alimentamos e buscamos vivenciar, tornando-o intransponível para as forças inferiores que pululam ao nosso redor e que buscam no desequilíbrio, nos vícios, nas paixões degradantes, na hostilidade, no menosprezo pela moral, pelo amor, invadir nossa casa e espalhar todo seu fel, sua revolta, seu mal.

Façamos do nosso lar um ”templo” de amor, de paz, de alegria, de eterna esperança para um futuro melhor, não só nosso, mas, de todos que dele possam se aproximar, física ou espiritualmente, em busca de um reduto de Jesus na Terra.

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