domingo, 24 de novembro de 2013

Em paz sempre...

O médium espírita é aquele que agrega em si as leis morais, os ensinamentos cristãos, não que lhe exija a perfeição, mas, que se esforce ao máximo para pensar, falar e agir conforme os conceitos básicos, os exemplos do cristianismo e do espiritismo. Não se pode supor um médium espírita que durante o dia se entregue aos vícios, as paixões inferiores, a sentimentos e atitudes negativas, onde a impaciência, a cólera, a inveja, o egoísmo, o orgulho imperem, e a noite, durante as reuniões do centro que frequenta se “santifique”, esperando se tornar um instrumento fiel e passivo da espiritualidade superior. É uma questão de lógica, de bom-senso, devendo todos estar ciente que o ensinamento do Mestre Jesus, em que diz que a cada um será dado segundo as suas obras, não é por acaso ou sem fundamento.




Temos que nos conscientizar que quanto mais informação, quanto mais conhecimento, quanto mais estudo, quanto maior a nossa capacidade de reconhecimento e discernimento, maior será a cobrança sobre nossos pensamentos e atitudes, cobranças essas feitas por nossa própria consciência, encontrando cada vez menos justificativas para erros, desvios, repetições, quedas e desatinos.





 O entusiasmo é uma das forças mais atuantes para que alcancemos nossos objetivos na vida e assim é também quando se trata das lides espíritas, porém, ele tem que ser comedido, raciocinado, estudado, persistente, o que nos tornará sempre capaz das mais altas realizações, de sempre buscar novos desafios, vencendo os naturais obstáculos que costumam surgir quando passamos a nos dedicar efetivamente as tarefas do bem.




Todo o mal que nós produzimos, assim, como todo o bem, voltará para nós com a mesma força e proporção, em um prazo mais curto ou mais longo de tempo, de acordo com as consequências materiais e espirituais que ele gerar.






É imprescindível, que cheguemos na nossa casa, em nosso lar, e encontremos um ambiente de paz, de concórdia, de tranquilidade, de amor, para que nosso espírito possa se restabelecer, se equilibrar, reavaliar o que fez, planejar o que ainda falta fazer, corrigindo erros, melhorando acertos.

Podemos dividir nossa existência física em “templos”, locais onde devemos estabelecer nossas prioridades, coordenar nossos desejos, nossos pensamentos, avaliar o que temos feito, como temos agido, sendo os dois principais “templos”, o nosso “eu” interior e a nossa casa, nosso lar, onde, caso tenhamos plena condição de nos mantermos equilibrados, cordatos, com uma postura definida para realização do bem, dos conceitos cristãos que devem nortear nossa existência, muito mais fácil será nossa participação e nosso convívio nos outros “templos” que fazem parte de nossa vida, nosso trabalho, nosso centro espírita, nosso convívio social, nossa vida diária.

Por este motivo, as pessoas que convivem no mesmo lar, sob o mesmo teto, sejam cônjuges, pais e filhos, irmãs e irmãos, tudo devem fazer, para viverem bem, para se respeitarem, para aceitarem as diferenças de personalidade e as diferenças evolutivas, alimentando a amizade, a compreensão, a fraternidade, a solidariedade, o amor, porque, quando conquistarem estes valores, estes sentimentos dentro do seu próprio lar, mais perto estarão de expandi-los para fora dele, para os outros ”templos”, tornando-se assim, mais próximo do ideal cristão que deve nortear às nossas vidas.

No lar não deve existir, consequentemente, orgulho, vaidade, ciúmes, egoísmo, deve existir, sim, cumplicidade, carinho, aconchego, o lar tem que ser nosso oásis, nosso porto seguro, o lugar para onde voltar após a batalha diária, para o repouso físico e espiritual, onde, em sua entrada, tenham como barreiras, o bem que alimentamos e buscamos vivenciar, tornando-o intransponível para as forças inferiores que pululam ao nosso redor e que buscam no desequilíbrio, nos vícios, nas paixões degradantes, na hostilidade, no menosprezo pela moral, pelo amor, invadir nossa casa e espalhar todo seu fel, sua revolta, seu mal.

Façamos do nosso lar um ”templo” de amor, de paz, de alegria, de eterna esperança para um futuro melhor, não só nosso, mas, de todos que dele possam se aproximar, física ou espiritualmente, em busca de um reduto de Jesus na Terra.

sábado, 16 de novembro de 2013

Porções...

Mesmo todos tendo o livre-arbítrio, a capacidade de decidir e não aceitar, aquele que tem o dom da oratória, da manipulação das massas, torna-se sempre corresponsável por tudo que gerar com seu discurso, com seus conselhos, com o que sua índole priorizar de bom ou de ruim, assumindo a responsabilidade pelos fatos gerados de sua influência, tendo que, no futuro, viver as consequências, positivas ou negativas, sempre de acordo, com a bondade e a justiça divina.





Viver para o bem, de acordo com a moral cristã, buscar no estudo dos preceitos espíritas o porquê do sofrimento, da dificuldade e da dor, cientes que Deus nunca dá um fardo superior as forças e que o trabalho honesto, o real desejo de acertar, a verdadeira fé nas possibilidades de transformação e evolução, serão sempre as melhores maneiras de encontrar a paz e o equilíbrio que tanto se almeja e se necessita, além da verdadeira felicidade, aquela que se baseia unicamente no bem e no amor ao próximo e a Deus.






Temos que saber avaliar os conselhos, as orientações, os “auxílios” que nos são oferecidos, principalmente, quando estamos carentes, fragilizados, por estarmos enfrentando problemas, dificuldades, sofrimentos, porque é nesta hora que agentes do mal, agentes da inferioridade humana, se aproveitam para satisfazer seus interesses mesquinhos, quando, invigilantes, nos entregamos aos seus domínios.
Não existem milagres, tudo carece esforço, estudo, trabalho, disposição. Soluções mirabolantes, instantâneas, facilidades quando tudo aponta para dificuldades, devem ser vistas com precaução, com atenção, com vigilância, atendo-nos que, vale mais a pena sofrer com dignidade, que nos “salvar”, escapar do perigo, através do erro, do crime, do mal.




Em tudo que se puder imaginar de bom, de gratificante, de construtiva alegria ou tudo que se puder apontar de ruim, de sofrimento, de dor, de decepção, todas as consequências, todos os prêmios, todos os resgates, todo o mecanismo que controla o ritmo e as possibilidades de realização, que regula a vida humana em quaisquer paragens do Universo Cósmico, pode-se resumir para a conquista, para o conhecimento, a verdade contida na máxima cristã, que inalterável, guiará sempre o caminho do homem e do que ele pode esperar para o seu futuro, em qualquer circunstância, em qualquer plano que esteja vivendo ou que venha a viver:

“A cada um será dado conforme suas obras”






Seremos sempre aquilo que quisermos ser, receberemos aquilo que fizermos por merecer, nem mais, nem menos, não há injustiça nas leis divinas, e também não há forma de que qualquer um consiga vir a burlar estas mesmas leis, o amor gera amor, o bem gera o bem, enquanto aquele que odeia gera para si o ódio, aquele que provoca a dor terá como consequência futura a dor, não há punição, não a recompensa, não há castigos, não há privilégios, há apenas respostas, reações. Cumpra-se a lei do retorno e se quisermos avançar, se quisermos nos tornar pessoas de bem, se quisermos viver com aqueles quem amamos e que nos amam, em um ambiente de paz, de equilíbrio, de tranquilidade, de amor, de justiça, façamos por merecer, através do esforço próprio, do estudo continuo, do trabalho heroico, aprendendo a renunciarmos a nos mesmos, a carregamos valorosamente nossa cruz e a seguirmos ao Mestre Jesus, porque Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida.






O mal, a inferioridade, os vícios, as paixões seculares, devem ser combatidas diuturnamente, sem descanso, sem trégua, precisamos ser os nossos mais severos juízes, os nossos mais contundentes censores, aprendendo a relevar o erro do próximo e a não aceitar de forma alguma o nosso, nos mantendo atentos, vigilantes, controlando-nos seja qual for a dificuldade que formos chamados a superar.







Humildade, resignação, coragem, discernimento, consciência, determinação, comprometimento, disciplina, ideal, organização, amor, compreensão, muitas qualidades a se desenvolverem, mas todas fáceis, simples, se, de fato, quisermos nos tornar pessoas de bem, se desejamos nossa transformação, se permanecemos focados na vontade de melhorar, de crescer, de vencer e superar as dificuldades, de buscar e não temer novos desafios, sempre baseados na fé cristã, em seus conceitos, em seus exemplos cristalinos, e melhor ainda, se ratificados e ampliados nos preceitos espíritas, em seus ensinamentos e esclarecimentos, como Consolador Prometido por Jesus.
Plantar para colher, para merecer, para poder esperar, para poder escolher, para poder continuar sempre resoluto no caminho único e possível que nos levará a alcançar os mais altos cumes da perfeição espiritual, o do BEM! 









O arrependimento é o início da jornada de recuperação do espírito culpado, da avaliação da postura que até então se utilizou para as escolhas e decisões, da mudança do seu padrão vibratório, é o primeiro passo para se desligar de seus instintos e paixões inferiores, assim como dos sentimentos negativos que alimentou.
O arrependimento surge quando nos conscientizamos que fizemos algo errado, quando no íntimo nos sentimos insatisfeitos com nossas ações, sejam elas prejudiciais apenas a nós mesmos ou a nossos irmãos do caminho, variando o grau e a intensidade da culpa com a nossa fragilidade, como nosso desequilíbrio, quando grandes erros podem ser encarados de forma tranquila e consciente, vindo a ser, desta forma, mais prontamente, corrigidos ou ressarcidos, enquanto, pequenas falhas, podem gerar “monstros” de desânimo, de complexos, de fobias, fazendo que levem um tempo maior do que o necessário e exigido para serem quitados, superados e esquecidos.
Uma agressão, uma traição, um engodo, uma calúnia, um crime, uma simples mentira, alguém que deixamos de ajudar ou que viemos a prejudicar, um bem que poderíamos ter feito e não fizemos, são vários os erros e desacertos que nos levam, quando já interessados em praticar o bem, a conviver este sentimento que é gerado por nossa consciência, quando nos avisa que estamos em desacordo com a verdade divina que carregamos conosco em nosso íntimo, desde os remotos tempos de nossa criação e que aos poucos vai desabrochando, surgindo, nos fazendo ver o quanto se faz necessário melhorar para atingirmos estágios superiores, objetivo maior de todos que buscam a evolução.
O mais importante ao reconhecermos nossos erros e deles nos arrependermos, é não nos deixar abater, não desanimar, conscientes que este é o primeiro passo de nossa recuperação, que não há uma justiça implacável, uma eternidade de penas e castigos, e que todos nós estamos habilitados para a renovação, para ressarcimos todos os débitos que gerarmos, sejam eles referentes a nossa própria personalidade, aos nossos irmãos do caminho, ao local onde vivemos, a um ideal que nos comprometemos a atingir ou a promessas e compromissos não cumpridos.
Vale ressaltar que não basta, portanto, o arrependimento, por mais sincero que ele seja, para a quitação do nosso débito, ele é apenas o ponto de partida para que possamos através do resgate, do esforço, do trabalho, do sofrimento, da dor, do amor, pagar as nossas dívidas e reassumirmos o equilíbrio junto a nossa consciência e a consciência cósmica, nos habilitando para avançar na busca de novos compromissos, novos desafios, novas condições de estudo e aprimoramento individual.
Todos nós somos devedores, somos credores, se hoje prejudicamos a alguém, ontem, fomos prejudicados, não há ninguém isento de culpa, não há ninguém que seja apenas vítima, que um dia já não tenha sido o agressor, desta forma, devemos satisfação de nossos erros, de nossos débitos, apenas a Deus, não cabendo o direito a mais ninguém, por mais que se julgue prejudicado, a se arvorar de juiz, a condenar ou querer aplicar a justiça com as próprias mãos.
Devemos, sim, procurar o perdão e a reconciliação com quem prejudicamos quitando o débito que temos para com ele. Devemos, sim, perdoar e aceitar o pagamento quando aqueles que nos prejudicaram nos procuram para saldarem suas dívidas, mas, sempre agindo reciprocamente com caridade, com respeito, com paciência, com fraternidade, com tolerância, com amor.
Não há vítima que tenha o direito, dentro da justiça divina, de humilhar seu agressor, de tripudiar sobre seu arrependimento, de persegui-lo, de querer pagar na mesma moeda aquilo que sofreu, já que, talvez, para este que se julgue tão prejudicado, um dia ressurja em sua lembrança cármica, erros tão ou mais graves do que aqueles que lhe foram impostos e que se julga no direito de cobrar, quando, com certeza, esperará, por sua vez, um tratamento mais brando e cristão por parte daqueles que são ou foram suas vítimas.
Quando nosso arrependimento é sincero, quando predispostos a nos transformar, a quitar nossos débitos, a nos agregarmos as forças do bem, caso não sejamos perdoados por nossas vítimas, e estas, por sua vez, queiram assumir o papel de algoz, poderão elas se ver impossibilitadas de nos maltratar, de nos perseguir, de nos castigar, porque a justiça pertence somente a Deus e Ele sempre mantem a porta da renovação aberta ao espirito delinquente, não cabendo a ninguém mais o direito de julgar, por mais que se entregue a revolta, a lamentação, ao queixume.
Desta forma, resta a estas pretensas vítimas, caso não queiram piorar ainda mais a sua situação, não mais desperdiçarem sua jornada evolutiva, perdoar ou esquecer, para não ficarem paradas no tempo, enquanto vêm àqueles que julgavam seus inimigos, seus algozes, se distanciarem, por estarem lutando e se esforçando para ser tornarem melhores, verdadeiros trabalhadores do bem.
Arrependamo-nos, sim, de nossos erros, de nosso passado culposo, mas, sempre olhando para frente, para o futuro, para o alto, buscando da renovação, objetivando um novo começo, livre do mal que, até então, impensadamente tínhamos alojado em nosso coração.
Jesus não quer que nenhuma de suas ovelhas fique sem retornar ao redil, nos voltemos desta forma para Ele e tudo façamos para nos apresentar límpidos, já quites com nossa consciência e prontos para avançar rumo a perfeição que Ele almeja para todos nós.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Nada demais...

Quantas vezes já tentamos começar a fazer alguma coisa e adiamos, nos escondendo ou nos amparando nas mais diversas, reais ou imaginárias, desculpas e justificativas, as quais, se analisarmos, não são assim tão desculpáveis ou justas, para que, de fato, nos impedissem de concretizar aquilo que planejamos ou sonhamos realizar.

Medo, dúvida, comodismo, preguiça, indecisão, incerteza, excesso de zelo, avisos da consciência, apelos do bom senso, são inúmeros os motivos e as razões que nos fazem adiar ou até mesmo desistir de realizar aquilo que desejávamos, e não necessariamente que isso seja ruim ou prejudicial, afinal, a precipitação e a pressa também são sinais inequívocos de desajustes e atrapalham não só o equilíbrio das nossas decisões, mas, também a nossa capacidade de discernimento, já que, o fato de algo desejarmos, sonharmos, aspirarmos, não significa, essencialmente, que nos será um benefício, principalmente, se for contrário ao bem e a positividade que norteiam aqueles que buscam na sua vida ser feliz, conquistar seus sonhos, de forma honesta, digna, sem prejudicar ao próximo ou violar as normas sociais ou a lei vigente da comunidade onde vive. 

Nosso maior problema se encontra e se define quando nossa própria consciência, nos alerta que aquilo que desejamos fazer é o melhor e é de fundamental importância para que venhamos a nos sentir melhore e que nos acarretará a felicidade e o prazer pessoal que tanto precisamos e ao qual todos aspiram.

Como já descritas acima, diversas são as razões que nos levam a nos esconder, mesmo sem assumi-las, para não ter que dar o tão necessário passo para nosso engrandecimento, para a mudança que sentimos ser necessária em nossa vida, onde vamos então criando uma diversidade de empecilhos, de desculpas, para irmos adiando, mais uma semana, mais um mês, mais um ano, e o pior, ficamos contentes e aliviados quando conseguimos nos convencer da validade da desculpa que estamos impetrando, para não tomarmos as atitudes que sabemos precisar para melhorar e crescer, principalmente, quando conscientes estamos que estas atitudes nos exigirão, maior responsabilidade, maior esforço, maior disciplina, que deveremos abrir mão do nosso tempo, de nosso repouso, de nossas mordomias, de efêmeros prazeres e situações que, atualmente, nos eximem de maiores dificuldades, mas que em compensação nos fazem passar o tempo e não aproveita-lo de forma a virmos a melhorar e a crescer como seres humanos dentro daquilo que, no íntimo, sabemos ser o melhor para nós.

A solução existe e é até bem simples, decidirmos o que queremos, o que precisamos, o que devemos fazer para alcançar as mudanças e os objetivos que sabemos serem necessárias para a nossa vida, planejarmos, nos prepararmos, nos disciplinarmos, e agirmos, de fato, sem interrupções, sem indecisões, sem prorrogações ou prerrogativas que nos façam retroceder ou parar, vencendo a nós mesmos, indo quando o nosso desejo íntimo é ficar, avançando quando o nosso desejo íntimo é retroceder, e fazendo quando nosso pensamento é novamente adiar.

Não há outra forma, essa é a diferença daqueles que conquistam e daqueles que gostariam muito de conquistar, isso não quer dizer que conseguiremos tudo que desejarmos, não significa que ao conquistarmos seremos felizes, que tudo valerá a pena, que todo o esforço trará uma benéfica recompensa, mas, teremos sim, a sensação dentro de nós do dever cumprido, a certeza que tudo fizemos na nossa existência para realizarmos nossos sonhos, para sermos felizes, para seguir nossa consciência, nossa intuição, nossos desejos.

Vale lembrar apenas a orientação do nosso querido apóstolo dos gentios, Paulo de Tarso, quando afirmou que tudo nos é lícito, nos é permitido, mas, porém, nem tudo nos convém. Desta forma, que cada um avalie o que é melhor para si, o que realmente, de fato, o fará feliz, que não tome suas decisões ou faça suas escolhas, baseadas ou de acordo com um padrão imposto pela sociedade ou pelas pessoas que lhe são caras, com quem convivem e o influenciam, mas sim, pelo que sente dentro de si, no seu íntimo, o seu real desejo do que é a felicidade, o seu sonho, o seu ideal, não importa como ou o que, se lhe trará fama, dinheiro, poder, ou simplesmente lhe trará paz, equilíbrio, satisfação pessoal, cada um tem sua meta, seu sonho, sua visão atual de felicidade, assim, lute e conquiste, mas sempre, sempre no bem.

Para pensar...

Ninguém consegue dormir totalmente despreocupado e em paz se alguém, no leito ao lado, estiver gemendo e se lamentando de dor, ninguém consegue viver totalmente em paz, no meio de uma guerra, ninguém consegue desfrutar totalmente de seu conhecimento, no meio da ignorância, ninguém viverá totalmente equilibrado se aquele que está ao seu lado está demente e entregue a loucura...





No estudo, no trabalho digno e honesto, na preocupação de fazer o bem, de ser irmão, de ser justo, de ser fiel aos princípios cristãos está a verdadeira riqueza do homem, independente da posição social que ele ocupe no mundo, independente do que faz, do que ele representa para a sociedade em que vive, tanto um presidente como um gari podem alcançar aos píncaros que uma vida encarnada, no atual estagio evolutivo do nosso planeta, permite chegar, pois não será o que ele possui que irá determinar sua vitória espiritual mas o que ele fez, o que ele sente, o que ele produziu e gerou de bem, para o enriquecimento da aura que envolve o nosso planeta, para a luz que ele acendeu em seu coração e no coração de todos aqueles que cruzaram seu caminho nesta jornada evolutiva.







O correto, quando alguém direta ou indiretamente nos dirige a palavra, em uma conversação formal ou informal, em uma palestra, uma aula, uma exposição, é mantermos a mente aberta sobre o tema tratado, sem preconceitos, sem ideias preconcebidas ou conclusões precipitadas, ouvindo atentamente, concordando ou não, participando ou não da mesma opinião sobre o que nos está sendo passado, primeiramente, por respeito, por educação, e depois, para permitir que nosso interlocutor exponha tudo o que desejar de forma plena, pois, talvez, com o decorrer da argumentação, venhamos a mudar nosso ponto de vista ou entender melhor a sua posição, não vindo, assim, a agir de forma prepotente ou arrogante, mesmo que tenhamos argumentos contrários poderosos ou que estejamos com a razão, já que a vida é um eterno aprendizado, e sempre podemos tirar algo positivo e construtivo de qualquer situação ou qualquer ensinamento ou orientação que queiram nos passar. 






A palavra é a expressão mais pura do pensamento, é a forma mais eficaz de transmitirmos nosso sentimento, é a materialização do amor que trazemos dentro de nós, e unidas a ação, a atitude, nos possibilitará sempre estarmos mais próximos de quem amamos, de quem necessita de nosso arrimo, de quem pode nos ajudar, de quem poderemos levar algum alento, algum conhecimento e de quem poderá nos aconselhar, consolar e ensinar.
Bendito seja sempre aquele que traz nas suas palavras o amor ensinado por Jesus, aquele que visa sempre o bem ao próximo e a compreensão de que Deus estará sempre em seu coração.








O Espírita já consegue compreender, quando de fato comprometido com o estudo e as tarefas voltadas para os conceitos doutrinários, o bálsamo, a maior dádiva que o Pai nos ofereceu para nossa transformação e consequente vitória espiritual, que é a reencarnação, a sua sublimidade, toda justiça nela contida, a bondade divina expressa em sua mais plena concepção, onde a ação e a reação, o plantio e a colheita, a responsabilidade por todos os atos, as recompensas e as punições, são fatores preponderantes para a evolução do homem e do planeta onde vive.
A reencarnação já está descrita, estudada, esclarecida e devidamente conceituada em inúmeras obras espíritas, desde as básicas da Codificação, elaboradas por Allan Kardec, até as demais, as complementares, de diversos outros sérios e responsáveis autores, que enobreceram ao longo do tempo o Espiritismo, auxiliando no crescimento individual de todos aqueles que, de forma séria e determinada, buscam ampliar e solidificar seus conhecimentos sobre a vida.
Tratemos aqui, portanto, apenas de comentar o quanto este tesouro, trazido pelos Espíritos Superiores quando da chegada efetiva do Consolador Prometido por Jesus, marco que traz a mudança definitiva nas possibilidades da compreensão humana sobre seu destino, do porque de sua existência, das dores, do sofrimento, das diferenças individuais, das variáveis em relação a personalidade humana, da posição social, de capacidade intelectual, trazendo como objetivo maior a priorização da contínua busca do conhecimento, da transformação íntima de seus sentimentos, de suas prioridades, voltada para o bem coletivo, para o engrandecimento do amor, da solidariedade, da justiça, ainda é ignorado ou deturpado em seus conceitos mais lógicos e absolutos, pela maioria da humanidade terrestre.
Até podemos compreender quando a Reencarnação é combatida ou, simplesmente, ignorada, quando se trata das religiões atuais que ainda não aceitam Nosso Amado Mestre Jesus Cristo como o enviado divino para a transformação humana, aquele que nos trouxe, de fato, o Caminho, a Verdade e a Vida, o que causa admiração são as religiões ditas cristãs insistirem em negar e até mesmo a lançarem anátemas sobre os princípios básicos contidos no corpo doutrinário do Espiritismo, porque, em nenhum momento, seus conceitos procuram ser contrários aos ensinamentos e aos exemplos cristãos.
Como não aceitar e insistirem em combater e ignorar, aqueles que se intitulam cristãos, as leis como a da reencarnação, a mais sublime prova da bondade divina, que em tantas passagens evangélicas é destacada com tanta precisão e clareza? A possibilidade do retorno a carne, de voltar ao plano físico quantas vezes se fizer necessário até que consigamos resgatar todos nossos débitos, expurgar de nossa personalidade todos os sentimentos inferiores, todas as paixões degradantes, os vícios, poder compensar nossos erros com acertos, corrigir atitudes baseadas no ódio, com o amor, poder não só rogar o perdão a quem ofendemos e prejudicamos, mas, também resgatar e restituir de forma plena o que deles tiramos.
Como ignorar que ela representa a justiça e a bondade de um Verdadeiro Pai, de um Verdadeiro Ser Superior, que é todo Amor, todo Perfeição, que não quer que nenhum de seus filhos se perca, que nenhuma de suas ovelhas fique fora de seu redil, não só permitindo que elas se recuperem de suas quedas, como permitindo que elas o façam de acordo com sua vontade, com suas escolhas, com suas prerrogativas, respeitando suas decisões e o tempo que dispenderam para alcançar a vitória?
Como ainda crer que em apenas alguns anos podemos conquistar tudo que o Pai nos oferece em questão de conhecimento, de possibilidades realizadoras, ainda mais se formos relevar a imensidão cósmica, o infinito do nosso Universo e a pequenez que nosso planeta representa perante este todo imensurável?
Como imaginar que crianças que morrem em tenra idade possam ter um céu, um paraíso, enquanto outros que viveram e suportaram as vicissitudes da Terra por décadas, corram o risco de perder esta oportunidade por um simples erro, por um único momento de insanidade e ter que sofrer em um inferno terrível por toda a eternidade?
São tantas as perguntas, a maioria delas já destacadas nas obras espíritas que enriquecem a Doutrina, abalizando ser a lei da reencarnação a única plenamente compatível com o que podemos imaginar das qualidades, dos dons divinos, pois, sem eles, não a como se imaginar, de fato, um Deus pleno de poder e perfeição.
O Espiritismo veio nos mostrar o quanto ainda nos falta caminhar para atingirmos algo próximo a perfeição, mas, veio, principalmente, nos mostrar, nos motivar, nos esclarecer, que por mais que seja difícil o caminho, ele está franqueado a todos, desde o mais angélico ser, até o mais renitente criminoso, dependendo apenas da vontade, do esforço, do desejo de cada um, o tempo, a forma, de como irá evoluir, de como irá crescer, de como irá atingir aos píncaros da paz, do equilíbrio, da felicidade e do amor ao qual estamos todo, sem exceção, predestinados.
   

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Apenas mais um trecho de um livro que ainda está por vir...

A todo o momento, a cada segundo, a cada pensamento, a cada palavra, a cada gesto, a cada decisão, estamos criando para nossa jornada cármica um novo fato gerador. Tudo é ação, tudo é força, e, consequentemente, causa uma reação, um efeito, estamos assim, portanto, constantemente vivendo o nosso presente e construindo o nosso futuro. No hoje, no agora, estamos determinando exatamente como será nosso amanhã, o nosso destino, e isso, não para próximo mês, o próximo ano, a próxima vida, a resposta para o que geramos pode ser, e muitas vezes o é, imediata, constante, interrupta, o que pensamos, falamos ou agimos neste segundo, no posterior já gerou uma resposta, uma reação, uma alteração, uma mudança. Algumas quase que imperceptíveis, como se estivéssemos para sair por uma porta e de repente, decidíssemos não mais prosseguir, nada mais grave vindo a acontecer, enquanto, em outras, podem mudar nossos destinos para sempre, quando, por exemplo, ao insistir em sair pela porta venhamos a gerar brigas, confusões, perdas, crimes, que alterarão completamente o que tínhamos programado para nós.

A vigilância sobre nós mesmos, sobre o que pensamos; sobre o que falamos, sobre as atitudes e decisões que tomamos, é de fundamental importância para que nos mantenhamos, quando assim determinados, a traçar o caminho do bem e das nossas necessidades reencarnatórias.
Todo o esforço, todo o estudo, todo o trabalho, para nos transformarmos, deixando para trás a nossa inferioridade, formada de vícios e paixões inferiores, que alimentamos há vários séculos, pode ser improdutivo, nulo, desperdiçado, em um único segundo, em que, invigilantes, tomarmos uma decisão contrária aos princípios que determinam a personalidade e a vida de um homem de bem.

Uma simples discussão no trânsito, com um vizinho, uma desavença com um empregado, com um servidor público, uma distração perante as teias do sensualismo, do uso de bebidas alcoólicas, de algum tipo de droga, que podem gerar desastres, acidentes, de irremediáveis proporções, perdendo-se anos de trabalho junto a Seara Cristã, de assistência aos necessitados, de estudo, de palestras, inúmeras formas as quais nos dedicamos para extirpar os sentimentos negativos que alimentamos por vidas, substituindo-os definitivamente por aqueles que norteiam a existência do real trabalhador, baseados no amor ao próximo, no perdão das ofensas, da fraternidade, da tolerância, da paciência, do respeito as diferenças.

Quando nos deixamos envolver por instintos inferiores, por sentimentos negativos, prejudicamos não só nosso corpo físico ou nosso corpo espiritual no momento da ação, mais faz também, com que as energias negativas geradas por nossa imprevidência, agreguem-se ao nosso espírito, a nossa mente, alojando-se por tempo indeterminado. Vários trabalhadores reconhecidamente do bem guardam em seu passado cármico, acumulados em sua consciência cósmica, erros pretéritos que dificilmente os imaginaríamos cometendo e que em determinado momento de sua jornada evolutiva, ressurgem, não como tentações ou possibilidades de recalcitrarem, mas, que os incomodarão ao ponto de sentirem a necessidade de ressarcimento perante aqueles que prejudicaram, sejam irmãos do caminho, instituições e até a si mesmos, formalmente decididos a fazer um significativo intervalo em suas tarefas espirituais, mesmo que, já altamente capacitados para cumpri-las, e, assim, poder resgatar seus débitos e com isso clarear, limpar seu corpo espiritual das marcas que seus desatinos passados deixaram em seu histórico individual.

Nada é esquecido, adiado sim, por vezes transformado em serviços diversos, em tarefas constantes no bem, já que inegavelmente o Amor cobre uma multidão de pecados, porém, pelo amor ou pela dor, todos os débitos deverão ser pagos, ressarcidos, até que a plena quitação com nossa consciência nos possibilite e nos libere a mais amplos vôos na imensidão cósmica de nosso universo divino, assumindo, novas tarefas, mais graves responsabilidades, capacitados e motivados que estaremos em cumpri-las, para não só o nosso adiantamento, mas de todos que pudermos agregar as nossas decisões e atitudes de crescimento e melhoramento.

É trabalho diário, contínuo, persistente, e a melhor maneira, quando ainda não conseguimos exercer o total domínio do nosso espírito no que se refere a conduta e a postura cristã, é avançarmos de forma gradativa e ordenada, objetivando sempre vencer e superar nossas tendências negativas, modificando o tipo das energias que até aqui geramos e acumulamos em nosso corpo espiritual, nestes séculos de desvarios, ajustando os fatos geradores no presente, para garantirmos um futuro mais seguro e mais próximo do que almejamos para nossa jornada evolutiva, alcançando um autodomínio sobre o que fazemos e vivemos, capaz de nos tornar aptos a captar as energias que nossos benfeitores espirituais nos enviam, representantes que são de Nosso Amado Mestre Jesus e que tudo fazem para que nos reajustemos e nos voltemos a efetiva transformação.

Para essa renovação, algumas ações, simples e efetivas podem ser tomadas para garantir nossa retomada no caminho do bem:

- fazer constantemente uma autoanálise, profunda e detalhada, da forma como estamos agindo, utilizando como parâmetros, os ensinamentos e os exemplos de Jesus, os conceitos e preceitos de sua Doutrina e da Doutrina Espírita.

- após detectar as deficiências que ainda nos prejudicam o total equilíbrio em nossa existência, que dificultam o domínio sobre nossas tendências inferiores, nos condicionarmos para assumir atitudes que as combatam de forma eficaz, buscando vencê-las por etapas, podendo até mesmo separá-las em três partes, três passos, que, mesmo coexistindo, agem separados e de forma diferenciada que são: os nossos pensamentos, as nossas palavras e as nossas ações.

Utilizemos como exemplo de fato gerador o sexo desregrado, que, com algumas variáveis, pode servir de parâmetro para todas as outras paixões inferiores, para todos os vícios ou sentimentos negativos que ainda fazem parte de nossa personalidade, tal a influência que a energia sexual teve em todos os períodos de nossa civilização, causando crimes, traições e até mesmo guerras da mais variadas matizes.

Ele pode gerar, por exemplo, o desejo em um homem por mulheres que já sejam comprometidas, seja através do casamento, noivado, até mesmo um simples namoro, fazendo com que ele tente, quando surja a oportunidade, desvia-la de seu compromisso, o que pode vir a gerar consequências funestas, dolorosas, não só para ele ou para quem tenta assediar, como também, caso consiga o que pretende, para as outras pessoas envolvidas, como maridos, noivos, namorados, filhos, amigos.

Nesta questão, o que o homem, mesmo ainda não liberto de suas tendências e sentimentos inferiores, já que vê o desejo desperto por algo que sabe ser errado e indevido, deve fazer quando está determinado a se transformar a viver dentro dos conceitos doutrinários do bem?

Basicamente deve seguir três passos, gradativos, mas, seguros, para que consiga vencer de uma vez por todas suas tendências viciosas e seculares:

a)       Evitar a todo custo qualquer contato mais pessoal com pessoas comprometidas que lhe atraiam sexualmente, não gerando assim oportunidades para recalcitrar no erro e agravar seus débitos cármicos, mesmo que continue comentando com amigos e constantemente, pensando e fantasiando estes tipos de relação, deve ele, com esforço, determinação e vigilância controlar os seus “ATOS”.

b)      Evitar a todo custo conversar, emitir comentários, ou participar de conversas, que o tema seja pessoas comprometidas, sobre sua beleza, sua disponibilidade, sua forma de agir, nada que gere qualquer tipo de energia negativa, ligada ao assunto que está sendo tratado, mesmo quando não mais tenha a intenção de algo fazer, ou seja, mesmo que ainda continue pensando e fantasiando sobre relações proibidas e indevidas, não mais externa-las e com esforço, vigiar e controlas as “PALAVRAS”.

c)       Evitar a todo custo o pensamento e a fantasia sobre qualquer pessoa já comprometida, fazendo de tudo para desviar o foco de suas criações mentais de imagens ou situações que o façam ficar preso ao sentimento que elas geram, buscando o auxílio na oração, na leitura edificante, no trabalho assistencial, ocupando sua mente com coisas sadias, sérias, baseadas na conduta cristã, até que chegue ao nível de controle, de educação, de domínio amplo e irrestrito de seus “PENSAMENTOS”.

Não mais cometer o erro, mesmo que ainda falemos e pensemos em fazê-lo. Não mais cometer e falar em cometer o erro, mesmo que ainda nele pensemos. Não mais cometer, comentar e pensar no erro, dominando nosso instinto, nosso desejo, educando-nos e assimilando tudo aquilo que nos levará a nossa transformação real e contínua para o bem. Passo a passo, uma vitória de cada vez, ninguém se iluda que erros, ilusões, paixões, vícios alimentados por séculos, por diversas existências irão desaparecer por encanto, bastando querer para assim acontecer.

A porta do mal é larga e a do bem, estreita e de difícil acesso. Para errarmos, para nos desviamos do caminho, basta um simples pensamento, uma simples palavra, um simples gesto, um simples segundo. Para retomarmos a jornada, para ressarcirmos nossos débitos, para recuperarmos nosso equilíbrio, a paz com nossa consciência, por vezes, necessitaremos de séculos de luta e de esforço, de queda e de soerguimento, até que consigamos nos estabilizar e caminhar confiantes, sem mais o temor de novos desatinos.

Bendita é a oportunidade do recomeço, da reencarnação e saber que depende exclusivamente de nosso esforço para que sigamos adiante, na busca de retomar o tempo perdido e assumir nosso lugar na seara dos trabalhadores do Cristo em nosso Planeta.




sábado, 9 de novembro de 2013

Um estudo...

Se preparar devidamente para realização de uma tarefa é de fundamental importância para que essa seja realizada com êxito, mas, apenas este fato, por si, não garante que isso irá ocorrer, dependendo sempre do real desempenho do trabalhador frente aos desafios que surgirem para que o objetivo seja alcançado.

Desde jovem alguém pode aspirar a ser médico, e, com total apoio dos pais, consegue passar por todas as etapas da educação escolar, engaja-se no estudo, noites de vigília, renúncia a divertimentos típicos da idade, presta o vestibular e passa entre os primeiros, e ao iniciar a faculdade, nas primeiras aulas práticas, deixa-se arrastar pelo medo, pela dúvida, pela indecisão, descobre sua fraqueza ao conviver com a dor, com o sofrimento físico, com as feridas, com a morte, desiste e não consegue concluir o curso, entrega-se ao desespero e ao desânimo pela derrota, desperdiçando todos os esforços, todos os anos de estudo, de dedicação, de concentração, de renúncias, não só seus, mas, daqueles que o apoiaram e o patrocinaram, para que seus objetivos, seus ideais, fossem alcançados.

Falta de fé, falta de determinação, de coragem, de persistência, de seriedade, como nós, encarnados ou desencarnados, que abandonamos os trabalhos e as tarefas cristãs que havíamos assumido, os compromissos com o Espiritismo que prometemos honrar e cumprir.

No início, o entusiasmo, a ânsia de aprender, de estudar, em nos apresentar para os mais diversos trabalhos, as mais variadas funções, eufóricos em participar de forma efetiva em tarefas do centro que escolhemos frequentar, levados pela curiosidade, pela necessidade, ou por interesse em conhecer algo que nos faça crescer espiritualmente, imaginando-nos importantes lidadores espíritas, seja como médiuns, doutrinadores, dirigentes, auxiliando aqueles que precisam, sofredores, doentes, pobres, carentes, verdadeiros campeões de caridade, de participação efetiva  na Seara do Senhor.

Lemos, estudamos, ouvimos lições, exemplos de trabalhadores espíritas, instrutores, benfeitores espirituais em diversas tarefas realizadas, tanto no plano físico, como no espiritual e que nos estimulam, nos fascinam e nos fazem idealizar novos caminhos, novos desafios a vencer.

Tudo que vemos de fora, que vemos o exemplo, que conhecemos a história, é bonito, é estimulante, é motivacional, assim como o jovem descrito anteriormente que via nos médicos, seu ideal de vida, salvar um paciente, descobrir doenças, acertar diagnósticos, ser importante, ser louvado, elogiado e admirado.

Toda tarefa, por mais estimulante, por mais sublime, vantajosa, importante, também tem seus momentos de dor, de esforço heroico, de críticas, de fracassos, de erros, de difícil execução, que geram dúvidas, desânimos, receios, incertezas.

Muitos procuram sempre funções que trazem notoriedade, admiração, tanto que as profissões que mais admiramos quando encarnados e que muitos sonhamos em realizar, são as dos artistas, dos desportistas, dos políticos, das celebridades, dos famosos, onde o brilho, o destaque, fazem com que sintamos orgulho pelas conquistas, muitas delas efêmeras, mais que causam um sentimento de falsa superioridade e sucesso.

Também eles, estas celebridades que admiramos e invejamos, enfrentam momentos de dor, de sofrimento, de indecisões, de medos, de desânimo. A falta de privacidade, a falta de liberdade, a cobrança contínua, a crítica feroz, a necessidade de se manter no topo, em evidência, a dúvida sobre a sinceridade nos sentimentos das pessoas que se aproximam se dizendo amigas, fazem com que muitos não suportem ou administrem de forma errônea o sucesso ou o fracasso que resultam e alcançam em seus trabalhos, entregando-se as drogas, aos vícios, aos desregramentos, aos desvios sexuais, dando mais argumentos para aqueles que com mesmo prazer que os colocaram em evidência, os soterram no ostracismo.

Assim também ocorre nas tarefas cristãs, nas realizações espíritas, muitos se comprometem, se empenham, levados pelo entusiasmo, em  diversas áreas de atuação, querem ser médiuns e receberem belas mensagens dos benfeitores espirituais, querem ser doutrinadores respeitados no trato com espíritos que sofrem ou que estão entregues ainda ao mal, oradores eméritos levando a esperança, a fé, as lições do Mestre e dos amigos espirituais aqueles que buscam orientação e consolo, médiuns passistas, curadores, levando o alívio físico e espiritual aqueles que necessitam.

Válido, louvável, porém, entre o querer e o fazer existe uma considerável distância, quase tão grande como a que existe entre o fazer e o fazer bem.

O entusiasmo, a euforia, geralmente cega àquele que por eles se deixa levar, impedindo-o de enxergar que o resultado para o sucesso do empreendimento, tem que passar por todos os obstáculos encontrados durante a realização, exigindo para isso o esforço, a dedicação, o suor, o estudo sistemático, o aprendizado constante, a renúncia de muitos dos prazeres da sociedade, a disponibilidade do tempo, a assiduidade, o comparecimento, a constância e isso sempre convivendo com a crítica, com a censura, com os que são mal agradecidos, com aqueles que esperam milagres e não se contentam com promessas, com a decepção das tentativas mal sucedidas, com o desprezo de amigos que não aceitam sua religiosidade, com a falta de compreensão de familiares, com os fracassos, com as derrotas, com os maledicentes, com as injúrias, por parte daqueles que se julgam enganados porque procuram milagres e não trabalho, esforço, paciência.

Muitos após o entusiasmo inicial, abandonam, desistem, fogem das responsabilidades e por não admitirem o próprio fracasso, a própria fraqueza, ainda saem criticando, menosprezando, agredindo a Doutrina e seus antigos companheiros de tarefas, tornando-se um inimigo gratuito daquela que é só amor, só tolerância, só perdão, só caridade, baseada que é nos conceitos de Nosso Amado Mestre Jesus.

Tudo exige esforço, dedicação, estudo, método, discernimento, compreensão, lucidez, tranquilidade. Ninguém é perfeito, nem os que trabalham no centro espírita, nem os que o procuram para solucionar seus problemas, físicos ou espirituais.

Muito acertaremos, muito erraremos, teremos vários sucessos, amargaremos diversos fracassos, receberemos elogios, agradecimentos, críticas, ofensas, o principal, o remédio, a fórmula para que consigamos superar todos obstáculos e dificuldades e continuar no trabalho espírita, é saber que o trabalho pertence a nós, mas, o resultado pertence a Deus.

Temos que fazer a nossa parte e seguir adiante, dar sempre o melhor de nós, aceitar críticas, avaliar procedimentos, mudar o que está errado, melhorar o que está certo, cientes que, mesmo quando já temos algo a ensinar, ainda assim somos meros aprendizes e o seremos sempre, assim como são nossos benfeitores espirituais e os espíritos superiores do nosso planeta.

Não podemos é desistir, é abandonar, é rejeitar a Verdade que nos trouxe o Consolador Prometido, temos que ter a humildade de não esperarmos nada mais do que Jesus teve com todo seu heroico esforço de nos trazer o Caminho, a Verdade e a Vida.

Não conseguiremos agradar a todos, mais conseguiremos ajudar a muitos, impossível acertar sempre, mais inaceitável errar consciente. Persistentemente, nós temos o dever de fazer sempre o melhor e cumprir com todas as responsabilidades que assumimos, porque a mais simples tarefa cristã, sempre está ligada a realizações de outras pessoas, encarnadas ou desencarnadas.

Não há espaço para mágoas, melindres, deserções, quem é espírita é trabalhador fiel da Seara de Jesus, não é e ainda demorará séculos para ser perfeito, mas, em toda circunstância, todo momento, todo pensamento, toda palavra, se esforçará sempre para sê-lo, com a Graça de Deus.


O fracasso não ocorre somente pelo desânimo, mais pelo excesso de entusiasmo, não só pelo medo, mais pela coragem desajustada, não só pela ignorância, mas, pelo mau uso da inteligência, não só pela falta de fé, mas, pela má interpretação daquilo em que se crê. 

Como para tudo na vida, espiritual, física, encarnada, desencarnada, o caminho para vitória, obrigatoriamente, passa por ele, pelo fator mais importante para todo aquele que almeja sua transformação para o bem: o Equilíbrio.

E assim vamos tentando entender, assimilar e vivenciar, como se fosse fácil...

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Falando um pouco mais sério...


Seres vorazes, invisíveis ao olhar humano e aos aparelhos modernos que sondam o corpo físico, conhecidos também por larvas, alimentam-se, crescem e multiplicam-se através das energias negativas criadas pelas mentes humanas em desequilíbrio, e não se circunscrevem ao corpo daquele que as criou e sim, expandem-se pela atmosfera, buscando forças similares, afins, vindo a formar espesso e denso exército, pronto para atacar, sempre que encontram campo adequado para se nutrirem e se acomodarem, como sementes que se desenvolvem, multiplicando-se e florescendo sempre que a terra esteja fértil e disposta a acolhê-los.

Várias doenças do corpo, físicas e psicológicas, têm suas origens no ataque e assédio destes vampiros energéticos, mas, devemos salientar que não atacam aleatoriamente, e sim quando são chamados, convidados, quando lhes dão guarida, através de pensamentos e atitudes inferiores, das paixões e vícios, atraindo-os como as mariposas são atraídas pela luz, alojando-se junto aqueles com que se afinam, sugando-lhes as energias e dificultando cada vez mais que recuperem o equilíbrio necessário para deixarem de lado os desvarios que colocaram como prioridades determinantes em suas existências, impedindo-os que voltem a caminhar de forma produtiva em sua jornada evolutiva, onde o bem e o amor cristão lhes garantiriam se desvencilhar destes parasitos, fazendo com que as energias geradas pelo desejo de transformação os eliminassem ou os dispersassem pela atmosfera, com o auxílio dos amigos e benfeitores espirituais.

São também considerados vampiros, seres humanos, encarnados ou desencarnados, que buscam na comodidade e na manipulação, levar uma vida desregrada, voltada a sentimentos inferiores, como a usura, a cobiça, a inveja, o orgulho, se aproveitando da fraqueza e fragilidade de irmãos do caminho, que, por boa vontade, ingenuidade, insegurança, deixam-se iludir e controlar por eles, que sugam suas energias vitais, fazendo com que trabalhem, produzam, de acordo com seus interesse mesquinhos e geralmente escusos, abusando de sua covardia ao se deixarem manipular e comandar, temerosos que são em assumir suas escolhas, posturas,  preferindo que outros os façam por eles, aceitando e permitindo que os vampirizem, até que venham a compreender que a cumplicidade no mal é tão prejudicial quanto a sua realização efetiva, não adiantando depois interpor vãs justificativas, alegando que foram induzidos ao erro, já que todos nós temos a noção do certo e do errado e o direito e o dever de escolher o nosso próprio caminho.

Muitos são “vampiros” mesmo sem perceberem, roubam energias de seus semelhantes através de pensamentos íntimos que alimentam, de inveja, de medo, de raiva, mesmo não vindo a externá-los e efetivá-los. São aqueles que depois de um tempo em nossa companhia, nos fazem sentir fracos, cansados, entediados, desanimados, tal o envolvimento que eles provocam com sua negatividade fluídica, que nos alcança e nos perturba.

Contra qualquer um desses ladrões de energias, teremos sempre condições de nos defender e proteger, de atrair para nós as forças positivas e criadoras do bem, através de nossos pensamentos, nossas palavras, nossas atitudes, nossa postura voltada para o ideal cristão, que forma uma barreira, um escudo, quando nossos amigos e protetores espirituais conseguem nos auxiliar a resistir e não nos deixar abater por qualquer ataque das forças negativas, inclusive, permitindo que, com nossos exemplos e nosso amor, venhamos a inverter o quadro, e com a doação de nossas energias positivas, auxilia-los a se recuperarem e aprenderem a se livrar por sua vez, dos miasmas inferiores que agregaram em si por anos e vezes séculos, de desequilíbrio e desvarios.


Nós somos os geradores principais das energias que nos rodeiam, geremos então o bem para termos a nossa volta o bem e, assim, podermos sempre caminhar de acordo com nossos desejos, na busca de nossos ideais cristãos.     

domingo, 3 de novembro de 2013

Avaliando...

Ao estudar as obras de André Luiz por diversas vezes  nos deparamos com situações que imperam os sofrimentos, as injustiças, o desprezo pelo bem, as agressões a inocentes, os desencantos, as tristezas, as revoltas, que ao surgirem, despertam no protagonista, como também em nós, leitores, diversos sentimentos como a piedade, a solidariedade, a indignação, a pressa em interferir, em interceder, que contrasta de forma significativa com a postura de seus mentores e benfeitores espirituais, que usam como parâmetros de procedimento, a lucidez, a tranqüilidade, o amor, o discernimento, a lógica, a paciência, a tolerância, não definindo ou priorizando, não rotulando ou questionando quem é o agressor, quem é a vítima, quem é o algoz e quem é o enfermo, agindo sempre de forma construtiva e incisiva, buscando o equilíbrio e o beneficiamento geral de todos os envolvidos, o que faz com que o neófito nas tarefas assistenciais, André Luiz, por vezes, se desespere, deixe-se levar pela ansiedade e angústia, cogitando uma ação mais severa, mais impulsiva, que coincide, inclusive, com a forma normalmente utilizada por nós quando nos deparamos com problemas e situações similares no plano físico, acarretando invariavelmente soluções precipitadas e não plenamente objetivas tanto para nós, como para os demais envolvidos.

Também nos surpreendemos, ao estudar a Doutrina através das narrativas do autor, a praticidade, aliada a razão, com que os benfeitores espirituais agem para solucionar as situações aflitivas com que se deparam, sempre da forma com que todos os envolvidos sejam beneficiados, ampliando sempre o raio de ação, a abrangência, planejando suas ações para o auxilio do maior número de espíritos, sejam encarnados ou desencarnados, envolvidos no drama sob sua orientação.

Se for um caso de obsessão, eles vão buscar a origem do conflito, o fato gerador que levou aquele tipo de relação, beneficiando com suas ações a todos, tanto aos obsessores, como aos obsedados, ainda mais quando sabem serem os vínculos gerados entre os envolvidos, já de outras existências, sendo que, hoje quem é a vítima, ontem, pode e deve ter sido o agressor, o que não se justificaria, simplesmente, o afastamento de um, em detrimento a tranquilidade do outro,

Todos somos irmãos do caminho e mesmo quando o benfeitor espiritual tenha vínculo mais forte com um do que com o outro envolvido no drama, nunca age com parcialidade, com favoritismo, sempre visa o bem estar e a felicidade geral, não se preocupando no imediato afastamento do obsessor e sim que, o tempo, de forma gradativa e constante, desate suavemente os nós que os prendem um ao outro, ou os transformem em laços, não mais de ódio ou revolta, e sim de amizade, de perdão e amor.

Os espíritos superiores, os benfeitores espirituais, nossos mentores, são simples, humildes, equilibrados, coerentes, pacientes, tolerantes, mesmo quando suas ações não surtam o efeito desejado e aqueles a quem intentaram beneficiar continuem afastados do caminho do bem por sua própria insensatez e intolerância, pois, sabem, que o tempo, a dor, o sofrimento, a decepção, o tédio, vão fazer com que, mais cedo ou mais tarde, eles se voltem para a Verdade e passem a receber seus auxílios de forma mais positiva e produtiva, melhorando e readquirindo as possibilidades reais de transformação e crescimento.

Nós, que estudamos e Doutrina, que já temos o conhecimento de suas presenças e de suas atuações constantes ao nosso lado e no ambiente onde vivemos e procuramos desenvolver nossas tarefas, temos que nos esforçar ao máximo para auxiliá-los a nos auxiliar, a mais prontamente assimilar e compreender o que a espiritualidade superior espera de nós, para que possamos de alguma forma, não só algo fazer em nosso próprio adiantamento individual, mas, principalmente o que poderemos fazer pela coletividade, nas tarefas do dia-a-dia e as realizadas junto a Doutrina.

A melhor forma para que isso ocorra é nos mantermos sempre no caminho do bem, seguindo os preceitos e conceitos cristãos e espíritas, procurando fazer a nossa parte de acordo com os ensinamentos e exemplos, de caridade e amor, de estudo e trabalho que Nosso Mestre Jesus nos deixou.


Esforçando-nos por melhorar será sempre a melhor forma de continuar a receber a ajuda e a orientação que nossos benfeitores espirituais nos trazem, seja através de contatos diretos em nossas atividades espíritas ou através da intuição, do abraço apertado, do ósculo de amor que nos ofertam sempre que nossas energias, nossos pensamentos, nossos anseios, permitam que de nós, eles se aproximem.   


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Alguns tarefeiros e estudiosos da Doutrina Espírita defendem a ideia que, se alguém está passando por uma provação, um problema, uma enfermidade, que isso vem a fazer parte do resgate que ele deve enfrentar, nada precisando ou devendo fazer para auxiliar que tenha a situação minorada ou melhorada. Uma forma de agir e de pensar totalmente sem nexo, inconcebível, bastando para rebater este argumento, esta ideia, ler, com respeito e carinho, o Evangelho, que contém todas as máximas, todos os ensinamentos, todos os exemplos do Nosso Amado Mestre Jesus, baseado no Amor e na Caridade para com o próximo, para com os mais fracos, os mais enfermos, tanto do corpo, como do espírito.

O cristão, o espírita, tem que se conscientizar que não está no plano físico para julgar ou pré-julgar, para “achar” que algo está certo ou errado, que mereça ou não auxílio, para selecionar aqueles que precisam realmente de ajuda, quem vale a pena ser socorrido, quem será grato, quem aproveitará o que lhe for oferecido, quem precisa ser tratado.

Não cabe ao tarefeiro espírita escolher os que deverão receber a orientação e o ensinamento dos preceitos e conceitos doutrinários, querendo discernir se esse ou aquele tenha mais ou menos capacidade ou merecimento de ter acesso as Verdades Eternas.

Tudo isso é irrelevante, Deus se utiliza do homem para interagir com os outros homens, para que um e outro se apóiem reciprocamente, de acordo com a habilidade, capacidade e o grau evolutivo que atravessam no momento, para socorrer, auxiliar, unir, construir, sempre os mais fortes amparando os mais fracos, os mais inteligentes ensinando e orientando os mais ignorantes, os mais sadios socorrendo aos enfermos, os mais jovens ajudando os mais idosos, os mais idosos passando sua experiência aos mais jovens, tudo é uma troca. Em um determinado momento, com uma determinada pessoa estaremos ajudando, em outro, esta mesma pessoa ou outra, estará nos amparando; é tudo um aprendizado, um trabalho contínuo, constante, infinito, de interdependência, de interação, de interligação, de reciprocidade.

Se Deus utiliza o homem para auxiliar ao homem, não significa que Ele não esteja no comando, sendo assim, caberá unicamente a Ele a avaliação do desempenho de cada um de nós, as recompensas e as necessárias cobranças e ressarcimentos por erros e desvios cometidos.

Temos sempre o dever, sendo que quem o faz por Amor considera na verdade como um direito, de servir, de sermos instrumentos, fieis intermediários dos espíritos superiores, dos benfeitores espirituais, que sabem sempre o que é melhor para nós e para o nosso crescimento cármico, que nos deixam caminhar com as nossas próprias forças e nossas próprias escolhas, na jornada que nos levará a necessária transformação espiritual.

Desta forma não cabe, portanto, a nenhum de nós, mágoas, melindres, ressentimentos, contra as pessoas que não souberem ou não puderem compreender o nosso esforço em auxiliá-los. Temos que agir, servir e seguir adiante, para novos trabalhos, novas tarefas, novos aprendizados.

O aproveitamento do que oferecermos aos nossos irmãos do caminho é inteiramente deles, façamos sempre a nossa parte, assim como eles tem que fazer a deles e deixemos a Deus, Nosso Pai, a avaliação do resultado de nossos esforços. Não podemos ter a pretensão de saber o que é melhor para os outros, se não conseguimos nem mesmo, até hoje, saber o que é melhor para nós, e se já sabemos, colocar efetivamente e devidamente, em prática.

A jornada é longa e todos têm que percorrê-la, cientes, que dependerá do esforço de cada um a vitória e a possibilidade real de transpor os obstáculos na busca de novos e brilhantes desafios.  empre o dever, sendo que quem o faz por Amor considera um direito, de servir, agindo com efeicintes intermediessoa ou outra, es         

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Em constante aprendizado...

Espíritos recém-desencarnados, bons ou ainda presos à inferioridade de paixões ou sentimentos, que já possuem certo conhecimento, uma capacidade já ativa de discernir sobre novas situações, de entender mudanças e oportunidades que o plano espiritual oferece, conseguem perceber e se adaptar com mais facilidade, as diferenças existentes ente a vida no plano físico e a do plano espiritual, em se tratando de posturas tidas como normais para qualquer ser humano, como no trato com a alimentação, dos hábitos da higiene pessoal, das necessidades fisiológicas, do vestuário, da saúde orgânica, da locomoção, quando tudo passa a derivar, basicamente, da força de vontade, da determinação, do controle que cada um tem sobre sua mente, que faz com que consigam mais prontamente conquistar aquilo que desejam e viver da forma como escolherem, dentro é claro, daquilo que lhe está reservado quando do retorno a espiritualidade, pelo que fez quando encarnado, podendo ocorrer, apesar de seu livre arbítrio, situações onde será manietado e obrigado a suportar sofrimentos, desgostos, dores, agressões, perseguições, vexames, de acordo com o que plantou, com o que gerou, quando de sua passagem pelo plano físico, na colheita que todos temos que fazer, conforme está prescrito na lei da ação e reação que comanda nosso histórico cármico.

Há espíritos que já conseguem sobreviver, por sua pureza, sem a necessidade de alimentos, retirando sua força e seu sustento da própria atmosfera, enquanto outros, por mais que tentem se alimentar, retirar energias de encarnados ou dos ambientes onde vivem, sofrem com a fome e a insatisfação de forma contundente e dolorida. Há alguns que conseguem forjar sua própria vestimenta de acordo com seus desejos, enquanto que outros sofrem, por se verem despidos ou com roupas em frangalhos. Há alguns que conseguem se locomover por distâncias imensuráveis apenas com a força do pensamento, enquanto outros se arrastam não conseguindo nem mesmo caminhar como faziam quando encarnados. Há uns que dispensam quaisquer tipos de atitudes voltadas a higiene, mantendo sempre seus corpos espirituais límpidos e brilhantes apenas com a força de suas vontades, enquanto que outros são verdadeiros dejetos humanos, por mais que se esforcem para manterem-se limpos. Alguns não mais sentem nenhum tipo de dificuldade orgânica ou física, enquanto outros, ainda sofrem doentes como na Terra ou suportando os defeitos físicos ou mentais que possuíam quando encarnados.

Dentro destes opostos, inúmeras são as situações intermediárias que nós, espíritos ainda em transformação espiritual para o bem, enfrentamos quando do nosso retorno e readaptação na espiritualidade, uns se acostumando mais rápido com os novos hábitos, outros, até mesmo por preferência, vivendo de acordo como viviam na Terra; uns tentando mudar aos poucos, outros não procurando estas mudanças, mais preocupados que estão de aprender os conceitos do bem, em resgatar seus débitos, em ressarcir seus erros, em auxiliar suas vítimas, todos, sempre donos de seus destinos, vivendo de acordo com sua razão, com que sua consciência determina, mesmo que ainda disso não tenha plena percepção, julgando até mesmo estar sendo castigado ou obrigado a enfrentar as dificuldades por sua conduta errônea, quando na verdade, não está recebendo nada mais do que aquilo que gerou para si mesmo, com seus atos e suas escolhas inconsequentes, quando ainda encarnado.


Ainda quanto a esta adaptação aos novos patamares que deverá enfrentar e conhecer quando do retorno a pátria espiritual, o Espiritismo se faz presente como agente facilitador, oferecendo através de sua extensa e rica literatura, assim como também nas possibilidades de intercâmbio que todos têm com o plano espiritual através das reuniões mediúnicas, exemplos de como é a vida no plano espiritual, o que nos aguarda, o que poderemos fazer e realizar, parâmetros para desde já modelarmos nossa postura, nossa forma de viver, aprendendo a buscar, antes mesmo de desencarnarmos, o devido preparo para as mudanças,  assimilando, como é a existência no mundo espiritual, principalmente, quanto ao fato de que, tudo irá depender da forma como nos portarmos, como fizermos por merecer, de acordo com nossos desejos e ações, com nossas escolhas e nossas realizações, cientes que será a nossa vontade, a nossa determinação em aprender, em conhecer, em mudar, em transformar, em ouvir os conselhos de nossos benfeitores, de nossos amigos, de seguir os seus exemplos, que farão com que mais prontamente nos sintamos a vontade com as novas obrigações, com os novos deveres, com os novos direitos, com as novas possibilidades de atuação, aprendendo mais rápido a agir e a reagir nas mudança naturais do meio, aprendendo a viver de forma espontânea, aprendendo a nos vestir, a nos alimentar, a nos locomover, da melhor maneira possível, sempre lembrando que quanto mais envolvidos estivermos com o bem, quanto mais nos afastarmos do mal, maior serão as nossas possibilidades de atuação e mais fácil será o nosso aprendizado e a nossa adaptação, nos deixando mais prontamente habilitados para novos desafios, novas tarefas, sempre voltados ao nosso melhoramento individual e da coletividade onde formos chamados a viver.  


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Quantas vezes, quando os problemas ou as enfermidades nos assaltam, os fracassos e as decepções nos atingem, as perdas, as aparentes injustiças, nós blasfemamos e questionamos à bondade e a justiça Divina, duvidando de Sua Excelsa Existência ou Sua preocupação para com nossa vida?

Culpamos a Deus, culpamos aos nossos pais, aos nossos filhos, aos nossos amigos, aos nossos inimigos, a sociedade, o ambiente onde vivemos, a nossa condição profissional e financeira, ao destino, a sorte, ao azar, nos engolfando em pensamentos sombrios, destrutivos, negativos, em atitudes desequilibradas, tentando desesperadamente justificar nossos desatinos, nossos desvarios, nossas ações impensadas, precipitadas, egoístas, preconceituosas, voltadas ao orgulho, a vaidade, nos escondendo e não assumindo nossas culpas e responsabilidades pelos erros cometidos e as consequências deles advindas.

Se assim agimos comumente quando encarnados e somos surpreendidos pela morte, não se operará milagres, ninguém se modificará ou se transformará só porque desencarnou, o choque natural do fato só interfere ou algo modifica em nossa personalidade, quando já nos encontramos, no momento, preocupados, receosos, confusos, em dúvida se o nosso proceder é correto ou válido, quando já, pelo menos, estivermos em uma fase de questionamento, de reflexão, fazendo com que a mudança de plano nos sirva como fator incentivador e motivacional, para nos modificarmos e mais prontamente nos adequarmos, com o auxilio dos benfeitores espirituais, ao novo ambiente onde fomos chamados a viver.

O mesmo não acontece quando estamos acostumados a jogar a culpa de nossa infelicidade nos outros, não admitindo nossas falhas, nossos erros, estando em constante revolta contra pretensas injustiças, perseguições, não aceitando de forma humilde e cordata a dor, a dificuldade, o sofrimento, o fracasso, a perda, vivendo como se fossemos o centro do Universo, onde tudo gira em nosso sentido, onde todos devem viver ao nosso dispor e unicamente para satisfazer nossos desejos e exigências.

Agindo assim, quando adentramos o plano espiritual, sofremos um longo período de desequilíbrio, de estagnação, propensos a ingressarmos em falanges de espíritos inferiores ou de atrairmos para nós espíritos tão desequilibrados como nós, unindo-os às nossas queixas e lamentos, desperdiçando tempo, energia, capacidade produtiva, nos afastando daqueles que poderiam nos auxiliar e nos fazer compreender o quanto estamos equivocados quanto ao nosso destino e a nossa existência, preferindo nos afundar em charcos de revolta, de dor, de culpa não manifesta, dando ouvidos apenas aqueles que querem nos manipular e aproveitar nosso desequilíbrio para suas nefastas ações ou àqueles que conosco ficaram presos e inúteis por similaridade de atitudes improdutivas e estacionárias, cúmplices de nossos equívocos e de nossa teimosia.

O tempo é sempre o melhor remédio e ele nos auxiliará a compreender o quanto estamos distantes, por nossa exclusiva culpa, da felicidade e do equilíbrio que Deus, em sua infinita bondade, reserva a todos seus filhos, a toda sua criação.

Nosso Pai, entretanto, não esquece e não desampara a nenhum de nós, mesmo os mais renitentes e endurecidos espíritos, e mesmo com nossa rebeldia e teimosia, permite que nossos amigos e benfeitores espirituais exerçam suas ações benéficas no sentido de nos despertar para nossas necessidades e responsabilidades, quando agindo com paciência e discernimento, respeitando nossa vontade e nosso livre-arbítrio, geram situações onde nosso interesse comece a se voltar, a despertar, para uma situação diferente da qual estamos entregues, fazendo ver o quanto estamos distantes e diferenciados daqueles que já se adiantaram e avançaram nas suas jornadas evolutivas, enquanto que nós, estacionados, estagnados, continuamos a desprezar as mesmas oportunidades que eles tiveram, de nos transformar, de assumir e assimilar as reais posturas que também nos levariam a crescer.

Não fazendo deliberadamente o mal, não nos entregando aos vícios, aos crimes, as perseguições, aos processos obsessivos, as vingança, não prejudicando a ninguém, além de nós mesmos, mais fácil se fará a intercessão dos benfeitores espirituais em nosso auxílio, entre elas, as oportunidades de, nos convidando ou suavemente nos constrangendo, comparecer a reuniões mediúnicas onde seus integrantes trabalham de forma digna e cristã, para que junto a energia do plano físico, junto aos amigos ainda na carne, tenhamos mais ampla percepção de nossa situação, do rumo indevido que estamos dando para nossos pensamento e nossas ações, recebendo assim a orientação para que revertamos o nosso quadro, nos interessando por novas perspectivas, novas possibilidades, novas frentes de trabalho e estudo que nem mesmo imaginávamos existir no novo mundo onde fomos chamados a viver, quebrando a redoma em que nos envolvemos e abrindo a mente e o espírito para novas e importantes realizações.

Bom para aqueles que ainda encarnados já vivem de forma cristã, de forma espírita. Que já conhecem seu destino, que já sabem o porquê da dor, da adversidade, da dificuldade, tentando sempre melhorar, enfrentar, superar, agindo de forma resignada quando não consegue reverter uma situação difícil, escorado na fé, na certeza que Deus nunca lhe dará um fardo superior as suas forças, que tudo faz parte de sua necessidade cármica, e que, na humildade, na paciência, na tolerância, no amor, na coragem, no equilíbrio, conquistará a si mesmo e vencerá toda e qualquer dificuldade, mesmo que só venha a conseguir pleno êxito depois que, vitorioso por sua conduta frente a dor, ao mal, retorne a pátria espiritual.