quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Para pensar...

Ninguém consegue dormir totalmente despreocupado e em paz se alguém, no leito ao lado, estiver gemendo e se lamentando de dor, ninguém consegue viver totalmente em paz, no meio de uma guerra, ninguém consegue desfrutar totalmente de seu conhecimento, no meio da ignorância, ninguém viverá totalmente equilibrado se aquele que está ao seu lado está demente e entregue a loucura...





No estudo, no trabalho digno e honesto, na preocupação de fazer o bem, de ser irmão, de ser justo, de ser fiel aos princípios cristãos está a verdadeira riqueza do homem, independente da posição social que ele ocupe no mundo, independente do que faz, do que ele representa para a sociedade em que vive, tanto um presidente como um gari podem alcançar aos píncaros que uma vida encarnada, no atual estagio evolutivo do nosso planeta, permite chegar, pois não será o que ele possui que irá determinar sua vitória espiritual mas o que ele fez, o que ele sente, o que ele produziu e gerou de bem, para o enriquecimento da aura que envolve o nosso planeta, para a luz que ele acendeu em seu coração e no coração de todos aqueles que cruzaram seu caminho nesta jornada evolutiva.







O correto, quando alguém direta ou indiretamente nos dirige a palavra, em uma conversação formal ou informal, em uma palestra, uma aula, uma exposição, é mantermos a mente aberta sobre o tema tratado, sem preconceitos, sem ideias preconcebidas ou conclusões precipitadas, ouvindo atentamente, concordando ou não, participando ou não da mesma opinião sobre o que nos está sendo passado, primeiramente, por respeito, por educação, e depois, para permitir que nosso interlocutor exponha tudo o que desejar de forma plena, pois, talvez, com o decorrer da argumentação, venhamos a mudar nosso ponto de vista ou entender melhor a sua posição, não vindo, assim, a agir de forma prepotente ou arrogante, mesmo que tenhamos argumentos contrários poderosos ou que estejamos com a razão, já que a vida é um eterno aprendizado, e sempre podemos tirar algo positivo e construtivo de qualquer situação ou qualquer ensinamento ou orientação que queiram nos passar. 






A palavra é a expressão mais pura do pensamento, é a forma mais eficaz de transmitirmos nosso sentimento, é a materialização do amor que trazemos dentro de nós, e unidas a ação, a atitude, nos possibilitará sempre estarmos mais próximos de quem amamos, de quem necessita de nosso arrimo, de quem pode nos ajudar, de quem poderemos levar algum alento, algum conhecimento e de quem poderá nos aconselhar, consolar e ensinar.
Bendito seja sempre aquele que traz nas suas palavras o amor ensinado por Jesus, aquele que visa sempre o bem ao próximo e a compreensão de que Deus estará sempre em seu coração.








O Espírita já consegue compreender, quando de fato comprometido com o estudo e as tarefas voltadas para os conceitos doutrinários, o bálsamo, a maior dádiva que o Pai nos ofereceu para nossa transformação e consequente vitória espiritual, que é a reencarnação, a sua sublimidade, toda justiça nela contida, a bondade divina expressa em sua mais plena concepção, onde a ação e a reação, o plantio e a colheita, a responsabilidade por todos os atos, as recompensas e as punições, são fatores preponderantes para a evolução do homem e do planeta onde vive.
A reencarnação já está descrita, estudada, esclarecida e devidamente conceituada em inúmeras obras espíritas, desde as básicas da Codificação, elaboradas por Allan Kardec, até as demais, as complementares, de diversos outros sérios e responsáveis autores, que enobreceram ao longo do tempo o Espiritismo, auxiliando no crescimento individual de todos aqueles que, de forma séria e determinada, buscam ampliar e solidificar seus conhecimentos sobre a vida.
Tratemos aqui, portanto, apenas de comentar o quanto este tesouro, trazido pelos Espíritos Superiores quando da chegada efetiva do Consolador Prometido por Jesus, marco que traz a mudança definitiva nas possibilidades da compreensão humana sobre seu destino, do porque de sua existência, das dores, do sofrimento, das diferenças individuais, das variáveis em relação a personalidade humana, da posição social, de capacidade intelectual, trazendo como objetivo maior a priorização da contínua busca do conhecimento, da transformação íntima de seus sentimentos, de suas prioridades, voltada para o bem coletivo, para o engrandecimento do amor, da solidariedade, da justiça, ainda é ignorado ou deturpado em seus conceitos mais lógicos e absolutos, pela maioria da humanidade terrestre.
Até podemos compreender quando a Reencarnação é combatida ou, simplesmente, ignorada, quando se trata das religiões atuais que ainda não aceitam Nosso Amado Mestre Jesus Cristo como o enviado divino para a transformação humana, aquele que nos trouxe, de fato, o Caminho, a Verdade e a Vida, o que causa admiração são as religiões ditas cristãs insistirem em negar e até mesmo a lançarem anátemas sobre os princípios básicos contidos no corpo doutrinário do Espiritismo, porque, em nenhum momento, seus conceitos procuram ser contrários aos ensinamentos e aos exemplos cristãos.
Como não aceitar e insistirem em combater e ignorar, aqueles que se intitulam cristãos, as leis como a da reencarnação, a mais sublime prova da bondade divina, que em tantas passagens evangélicas é destacada com tanta precisão e clareza? A possibilidade do retorno a carne, de voltar ao plano físico quantas vezes se fizer necessário até que consigamos resgatar todos nossos débitos, expurgar de nossa personalidade todos os sentimentos inferiores, todas as paixões degradantes, os vícios, poder compensar nossos erros com acertos, corrigir atitudes baseadas no ódio, com o amor, poder não só rogar o perdão a quem ofendemos e prejudicamos, mas, também resgatar e restituir de forma plena o que deles tiramos.
Como ignorar que ela representa a justiça e a bondade de um Verdadeiro Pai, de um Verdadeiro Ser Superior, que é todo Amor, todo Perfeição, que não quer que nenhum de seus filhos se perca, que nenhuma de suas ovelhas fique fora de seu redil, não só permitindo que elas se recuperem de suas quedas, como permitindo que elas o façam de acordo com sua vontade, com suas escolhas, com suas prerrogativas, respeitando suas decisões e o tempo que dispenderam para alcançar a vitória?
Como ainda crer que em apenas alguns anos podemos conquistar tudo que o Pai nos oferece em questão de conhecimento, de possibilidades realizadoras, ainda mais se formos relevar a imensidão cósmica, o infinito do nosso Universo e a pequenez que nosso planeta representa perante este todo imensurável?
Como imaginar que crianças que morrem em tenra idade possam ter um céu, um paraíso, enquanto outros que viveram e suportaram as vicissitudes da Terra por décadas, corram o risco de perder esta oportunidade por um simples erro, por um único momento de insanidade e ter que sofrer em um inferno terrível por toda a eternidade?
São tantas as perguntas, a maioria delas já destacadas nas obras espíritas que enriquecem a Doutrina, abalizando ser a lei da reencarnação a única plenamente compatível com o que podemos imaginar das qualidades, dos dons divinos, pois, sem eles, não a como se imaginar, de fato, um Deus pleno de poder e perfeição.
O Espiritismo veio nos mostrar o quanto ainda nos falta caminhar para atingirmos algo próximo a perfeição, mas, veio, principalmente, nos mostrar, nos motivar, nos esclarecer, que por mais que seja difícil o caminho, ele está franqueado a todos, desde o mais angélico ser, até o mais renitente criminoso, dependendo apenas da vontade, do esforço, do desejo de cada um, o tempo, a forma, de como irá evoluir, de como irá crescer, de como irá atingir aos píncaros da paz, do equilíbrio, da felicidade e do amor ao qual estamos todo, sem exceção, predestinados.
   

Nenhum comentário:

Postar um comentário