Somos
todos filhos do mesmo Pai, irmãos em um infinita e grandiosa jornada evolutiva,
com os mesmos objetivos, na busca de um mesmo ideal: a Perfeição!
Fomos
criados em igualdade de condições, e após atingir a etapa evolutiva do
discernimento, na condição humana, ao passarmos a ter o conhecimento do certo e
do errado, começamos a construir lentamente o nosso destino, de acordo com
nossas tendências, com nossas escolhas, devido ao que de mais sagrado Deus
ofertou a cada um de nós, o Livre Arbítrio, a capacidade que temos, como individualidade
eterna, de escrever a nossa própria história, com nossos erros e acertos, com o
nosso esforço, com as nossas forças.
É a partir daí, então, que passam a surgir as diferenças, as variáveis, com destino único,
cada um escolhe seu caminho, a forma como irá atingi-lo, o tempo e a distância
que irá precisar para chegar, com inúmeras similaridades, mas nunca de forma idêntica,
cada um com sua identidade, com suas particularidades, com suas necessidades e
prioridades, o que acabar por gerar, naturalmente, as diferenças, os estágios,
onde muitos, desde cedo, já caminham resolutos no caminho do bem, com seus
defeitos, seus erros, seus abusos, mas sempre tentando acertar, tentando se corrigir,
na luta para dominar aquilo que seu subconsciente já aponta como sendo
prejudicial para si mesmo, enquanto que outros, a grande maioria, prefere o
imediatismo do prazer, da conquista, utilizando-se de todas suas forças para tomar
o que deseja, para conquistar, independente se isso irá trazer a dor e o
sofrimento para o próximo, levados pelo egoísmo, a maior chaga da humanidade
terrestre, o orgulho desmedido, a vaidade, a cobiça, a prepotência, a sede do
poder e das riquezas, entregando-se a efemeridade dos prazeres carnais e mundanos.
Assim
todos nós, entre erros e acertos, entre provas e expiações, entre aprendizados
e repetições de desagravos a nossa consciência, vamos lentamente avançando em
nossa senda evolutiva, cientes que tanto individualmente como
coletivamente, como sociedade, ainda distantes estamos de nosso objetivo final,
ainda mais pelas díspares formas de pensar e de agir, de crenças políticas e
religiosas que caracterizam nosso planeta, onde muitos adiantados estão em
tecnologia e ciência, enquanto que outros já têm uma condição e percepção maior
dos reais valores que devem nortear as relações humanas, baseados na paz, no
respeito, na igualdade de direitos e deveres, no amor, onde uns ainda se
entregam ao fanatismo, enquanto que outros preferem o nada e a recusa de
admitir a existência de uma força maior a comandar nossos destinos, onde uns se
entregam aos crimes, a inércia, a maldade e o desprezo pela vida humana, pela
natureza, enquanto que outros já renunciam a sua própria felicidade e conforto
em prol do próximo, do mais carente, dos deserdados do mundo.
Algo notório e certo é que não estamos, no plano físico, sós, abandonados ao sabor
de nossas próprias iniquidades, acompanhados estamos de perto por uma plêiade de espíritos
que formam conosco a comunidade terrestre, bilhões de seres nos mais variados
estágios evolutivos, tanto gerando e atuando nas forças positivas e
construtivas, como nas negativas e desagregadoras, em um constante embate, até
que, como prometeu Nosso Amado Mestre Jesus, mesmo que como tal não seja
reconhecido por muitos, todas as desgarradas ovelhas de seu rebanho, como Governador
de nosso planeta, retornem ao redil, alcançando ao estágio onde o bem
definitivamente predomine, nos possibilitando mais altos voos, como
individualidade e coletividade, nas infinitas possibilidades de estudo e trabalho
que nosso Universo oferece.
As
forças do bem sempre presentes, apesar da aparência do caos que muitas vezes a
nossa humanidade assume com suas equivocadas ações inferiores, garantem o equilíbrio,
administrando de forma segura e equilibrada a lei de causa e efeito, a lei do
carma, onde aprendizes que somos, de acordo com nossas escolhas, vamos traçando
nosso caminho pelo amor ou pela dor, pelo trabalho útil ou pelo sofrimento,
sempre respeitando ao nosso direito de agir, dentro de nosso raio de ação,
desde que não venhamos, indevidamente, invadir o espaço alheio, pois, se as
leis e as penitenciárias humanas servem como agentes limitadores de abusos com
características correcionais, assim por vezes, também, precisam agir os agentes
das leis divinas, coibindo abusos, e delimitando a área de atuação, aos que,
deliberadamente, se entregam aos abusos e erros de todas as espécies, dominados
que ainda são pelas mais diversas paixões inferiores, pelos sentimentos
negativos que ainda não venceram ou não se propuseram a combater.
Como
modelo, temos Nosso Mestre Jesus, seus exemplos e ensinamentos são a base do
reto caminho rumo ao nosso objetivo maior, enriquecidos agora pelo advento de
seu Consolador, a Doutrina Espírita, que veio delinear as leis cármicas, o
forte elo que nos une ao nosso passado, as nossas anteriores existências e experiências,
e aquilo que precisamos corrigir, quitar, resolver, transformar, antes de
darmos prosseguimento de forma produtiva ao nosso avanço rumo a novos e
valorosos desafios.
Traçado
e apresentado o caminho, resta a cada um a própria vontade, a própria
iniciativa, o desejo sincero da renovação, assumindo seu papel de forma responsável
frente as conquistas íntimas necessárias para não mais recalcitrar e repetir os
mesmos erros que até então formaram e caracterizaram sua jornada individual,
atraindo para si com o estudo, com o trabalho, as forças espirituais positivas,
seus benfeitores, seus mentores, seus amigos, se fortalecendo em suas resoluções,
vindo a agregar as forças positivas de nosso planeta, passando também, no
futuro, a se tornar um agente aliciador, transformador, auxiliando aos seus irmãos
do caminho que como ele, hoje, ainda hesitam em avançar e assumir o seu papel
nas falanges do bem de nosso Universo Cósmico.
A
cada um sua escolha, seu destino, que seja no bem, sempre.
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